quinta-feira, dezembro 29, 2011

Cancros específicos

[4505]

Já se tinha inventado a Sida para exterminar os africanos. Também a malária terá sido manipulada ao ponto de os alemães terem alterado o Plasmodium para morrerem só com as moléculas da Bayer. Uma vez uma holandesa, que andava imenso de bicicleta para ir aos comícios de Machel e nos outros dias andava de Volvo, também me disse que sabia muito bem que a CIA, através da NASA, condicionava o clima para a seca matar os africanos todos à fome. Isto e outras histórias sobre conluios repugnantes em que os ocidentais eram exímios eram verbo corrente nas minhas andanças por África, ao tempo do internacionalismo proletário, da solidariedade internacional e da sabotagem económica. Curiosamente, quem acreditava (ou fomentava) mais nestas histórias eram os expatriados progressistas, cidadãos impolutos, de boas práticas e de iluminadas ideias, de palavras com valor de lei e de um oportunismo atroz e de um convencimento absoluto sobre a sua indispensabilidade no processo revolucionário de desenvolvimento das jovens nações africanas. Várias vezes conversei com amigos africanos sobre estes assuntos e frequentemente eles me pareciam cépticos ou desinteressados. Os estrangeiros que fizessem a despesa do boato!

Desta vez, eis que uma desconfiança é genuinamente autóctone. Chávez não afirma, não tem provas, mas tem um pressentimento que daqui a cinquenta anos se há-de falar nestes cancros que, estranhamente, começaram a assolar os estadistas sul-americanos. Assim de repente, e que ele se lembre, é a presidente argentina, é Lula e ele próprio. Claro que ele não pode provar mas que tudo isto é muito estranho, é. Diz ele. E muitos acreditam.

Foi sempre assim. E assim será por muitos mais anos. Não há que estranhar esta manipulação criminosa destes ditadorzecos que se comprazem em se ocupar com estas minudências, matando dois coelhos de uma cajadada. Uma, a de trazerem os seus conterrâneos felizes por terem nascido, convencidos da permanente conspiração dos americanos que, desta vez, resolveram inventar cancros específicos para os estadistas latino-americanos. Outra, a de eles próprios darem de comer aos seus imensos complexos, não se poupando a estas manifestações masturbatórias da mais descarada demagogia.
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quarta-feira, dezembro 28, 2011

Esta NÃO é uma das coisas com que o PCP não se identifica em relação à C. do Norte



[4504]

Bernardino Soares vai propor ao Partido Comunista Português a compra de andorinhas de inverno para serem criadas nas pedreiras da Serra de Aire. Nunca se sabe quando morre alguém no Partido e ele ficou muito comovido, a propósito da morte do Querido Líder norte-coreano, com a cena das andorinhas de luto e as montanhas a rasgarem-se de dor. Quanto à choradeira, a coisa está um pouco mais complicada, mas nada que uma visita ao Portugal profundo não resolva.
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Subsídio de condução para conduzir...

[4503]

A entrevista de ontem do Presidente da CP José Benoliel a Mário Crespo (ver aqui na íntegra) foi pouco menos do que um filme de terror. Para além das incidências relativas à greve (por razões inaceitáveis) em curso dos maquinistas, ficámos a saber que o salário de um maquinista compreende 23 (!!!!) componentes para perfazerem os valores exigidos e «conquistados» pelos maquinistas, sendo que esses componentes têm designações tão surpreendentes como subsídio de presença, subsídio de condução (qualquer coisa assim ao jeito de se pagar a um cronista para pegar na caneta…) e outras alíneas absurdas que serviam apenas para atingirem as plataformas de remuneração resultantes da justa luta dos trabalhadores. Essa remuneração que em alguns caso pode atingir os €4800 decorre do aproveitamento oportunista do período pós-prec, em que nada do que se exigia era absurdo, mas resultava, sim, da justa luta dos trabalhadores. No que iam sendo aplaudidos por uma colecção de idiotas irresponsáveis que iam passando pelo governo e que achavam muito bem.

Do que percebi da entrevista de ontem, este é um dos múltiplos aspectos (como o facto de existirem vinte e três, leram bem, vinte e três sindicatos com quem a Administração da CP tem de «concertar» periodicamente) que tornam a CP alem de economicamente inviável, absolutamente ingovernável. Se alguma vez as pessoas ganharem consciência deste legado das loucuras pós 25 de Abril (o que, francamente, me parece improvável), pode ser que se arranje maneira de porem os senhores Medeiros na rua, formarem novos maquinistas, pagarem-lhes salários isentos de vinte e três componentes e passarmos a ter uma empresa economicamente viável, eficaz e segura. Assim como está, falida e com os contribuintes a pagarem as fantasias e as conquistas dos apaniguados do senhor Medeiros é que não dá. Mas não dá, mesmo. Antes ficarmos sem comboios e os maquinistas que se entretenham a maquinar noutra freguesia.
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Quéstamerda de levantar processos disciplinares?

[4502]

Ora aqui está mais uma flagrante injustiça empreendida pelos poderosos, pelos patrões mafiosos, pelas administrações perseguidoras, quiçá pelos «apoderados» e comissionistas correlativos.

Eu se fosse o Ruben Amorim ia falar com o senhor António Medeiros, que tem uma prática imensa em organizar greves até que se retirem ou anulem os processos. Estas administrações têm a mania de perseguir as pessoas, por isso nada como o senhor Medeiros se pôr em campo, falar aí com uma meia dúzia de sindicalistas e organizar umas greves. Não há futebol para ninguém. Quéstamerda de levantar processos? Hein? Hein?
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Para a próxima vou de «check list»

[4501]

Francisco Ferreira, aquele senhor de olhinhos vivos e calvície ecológica, todos os dias nos castiga com uma retórica que, na minha opinião, chega a raiar a insolência, pelo que ela contém de sinais evidentes de nos arrolar num bando de idiotas a quem há que dizer uma série de patetices. Presumo que para justificar os honorários que percebe.

O tema de hoje era os aviões. Que devem usar menos gelo, menos limões (????), material plástico para a utilização de água e outras bebidas (espero que no fim do voo não se esqueçam de reciclar o plástico…) e materiais muito leves para o avião gastar menos combustível. Perante tal colecção de conselhos, presumo que os fabricantes, se não andarmos a pau com eles, desatam a construir aviões pesadíssimos, as tripulações carregam toneladas de limões, passam a servir café em pesadíssimos bules de loiça de Sacavém e enchem o avião com cubos de gelo. Isto parece meio absurdo mas … foi o que eu acabei de ouvir no «Bom dia Portugal». A cereja vem quando Francisco Ferreira se senta numa das poltronas do avião, exala um suspiro de missão cumprida (suspeito que carregado de anidrido carbónico…) e nos aconselha que nas nossas viagens escolhamos sempre aviões mais amigos do ambiente. Suspeito que numa próxima viagem vou equipado de «check list» e não me sento enquanto não verificar os quesitos do Francisco Ferreira.
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terça-feira, dezembro 27, 2011

Do what you gotta do



[4500]

Sim, por que hay que tenerlos. Como diria a Rititi.

Já agora…tardo em entender o seguinte: Se, por um lado, há que resolver a situação e equilibrar as contas dos países, e façamo-lo depressa, por outro não vejo que se faça alguma coisa no sentido de:

- Responsabilizar criminalmente aqueles que nos conduziram ao desastre. Em vez, por exemplo, de andarmos preocupados com o que eles vão estudar em Paris ou com o conteúdo de afirmações feitas a grupos de jovens estudantes;

- Fazer (não sei bem o quê, mas deve haver alguma forma…) com que estas situações não se repitam e não continuemos à mercê desta fauna «iluminada» que esgrime com pundonor a sua estupidez e libertinagem (ao mesmo tempo, sim…) com o dinheiro dos outros;

- Começar desde já uma campanha séria no sentido de fazer chegar às pessoas a mensagem desde deputado. Para que não «socratizemos, guterremos, sampaiemos ou cravinhemos» uma vez mais a política e, depois, nos queixemos amargamente. Ou, mais grave, persistamos na falácia idiota e no proselitismo criminoso que nos tem arruinado o presente e minado o futuro.
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segunda-feira, dezembro 26, 2011

Gilberto Narciso Madaíl

[4499]

Gilberto Madaíl foi presidente da Federação Portuguesa de Futebol, durante um ror de anos. Recentemente houve eleições. Um novo presidente é eleito e Madaíl podia e devia ir para casa. Não foi. Eis que se desdobra em opiniões e começa a «achar» por aí fora, coisa em que os portugueses são pródigos desde que acharam que acharam o Brasil. E é assim que Madaíl, «out of the blue», acha que Ricardo Carvalho é um grande jogador e acha que Paulo Bento se calhar precipitou-se em excluir o homem da selecção. Porquê? Porque Ricardo Carvalho achou que devia ser titular e vai daí achou que o melhor era abandonar o hotel da Selecção e ir para casa. Em face do que Paulo Banto achou que Ricardo foi malcriado e não voltaria a chamá-lo. Mas Madaíl acha que Paulo Bento achou mal. Não se sabe bem porque é que Madaíl acha isto, apesar de eu achar que acho que sei. E mais. Madaíl também acha que Paulo Bento devia convocar Bosingwa. Mas Bento achou que não.

Depois Madaíl acha que Scolari devia ter seleccionado Vítor Baía para a selecção. Scolari é que não foi de modas e não achou coisa nenhuma e eu acho que ele fez muito bem. Finalmente acha que Carlos Queirós teve uma manifesta falta de respeito para com a Federação, porque Queirós acha que tem sempre razão.

Eu acho que Madaíl devia ir para casa. Com jeito ainda acha uma maneira de perceber que com tanto achamento ele se prestou a uma clara manifestação de narcisismo puro que nós, portugueses, poderíamos perfeitamente dispensar, não fossem os jornalistas acharem que deviam fazer estas perguntas todas a Madaíl. Acho eu, claro!
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Gilberto Narcido

Natais pós-modernos





[4498]

Sinal dos tempos, provavelmente. Tempos em que a sanha contra tudo o que cheira a Cristo e em que altas personalidades da igreja não resistem à tentação de meterem uma colherada na política, o que nem seria grave se a colher não saísse besuntada de utopia e uma hábil tentativa de configurar a igreja católica ao pensamento corrente de que os países estão comandados por máfias de empresários que, mais do que rendibilizarem as empresas, saltam todos os dias da cama com o pensamento incontornável de decidirem quantos trabalhadores é que vão despedir nesse dias.

Recorrendo a três exemplos, num universo de muitos que me tolhem o entendimento, acordo e leio uma notícia «boazinha» do Público que quase pede desculpa pelos islamistas estarem cada vez mais sofisticados e acalentarem ambições nacionais enquanto, de caminho, assassinam cerca de quarenta pessoas que, imagine-se, tiveram a ousadia de ir à igreja celebrar o Natal.

Depois vi farrapos de um programa inenarrável na RTP, no qual um comediante monologava com um crucifixo e se interrogava para que lado Cristo estaria a olhar naquela altura…ao mesmo tempo que o submetia a um jogo esquisito de movimentos que nem consegui definir e que me pareceram situar-se entre o obsceno e o idiota, enquanto chegava outro «artista» que se ria muito e lavava as mãos na pia de água benta… momentos abjectos que mesmo aqueles que não vão à missa, como é o meu caso, se sentem envergonhados com estes nossos artistas modernaços e, mais grave, parece que há gente que acha graça aquilo.

Por fim, oiço o Patriarca de Lisboa deixar uma mensagem de Natal, na qual o nosso Patriarca se evolve em espirais oníricas de justiça social, do sofrimento, do colectivo, desigualdades chocantes e para isso só uma nova etapa de civilização com uma nova ordem económica pode resolver a questão. Por outras palavras, trocado por miúdos, o nosso colectivo tem de arrancar para uma nova ordem económica que esta não presta, esquecendo-se o Patriarca que se houve ordem económica que trouxe bem-estar e desenvolvimento aos povos e diminuiu o chamado fosso económico foi exactamente este que o Patriarca verbera, uma coisa que lhe vai bem com o hábito, mas mal com alguma vergonha na casa, presumindo eu que ele saberá o resultado das condições de trabalho da Igreja católica em países onde o colectivo e a ordem económica eram exactamente o que agora ele parece preconizar. Par além de que me faz impressão D. Policarpo, de resto vezeiro nesta linguagem correcta, se ter esquecido do massacre de Natal na Nigéria. Faz-lhe mais impressão a falta de iquidade, o dinheiro e os bens matérias, para o que ele acha que precisamos todos de dar um grito.
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sexta-feira, dezembro 23, 2011

Para todos os amigos



[4497]

Os próximos dias vão ser dedicados à deglutição desenfreada de uma obscena quantidade de iguarias que a tradição nos obriga a não recusar. Pelo meio, muitos beijos e abraços, risadas e a alegria de estarmos juntos com aqueles que amamos. E, mesmo com os que não estão assim tão juntos, quando juntos significa perto, mas que nem por estarem longe deixarão de estar tão juntos como se lhes pudéssemos tocar com a mão ou dar um beijo *.

Daqui deixo, também, um abraço e os votos genuínos de uma quadra festiva no seio da família a todos os amigos e a todos aqueles que me privilegiam com a leitura destes modestos posts que se têm mantido há mais de sete anos. Facto, de resto, que muito me sensibiliza e comove. Para todos, um grande beijo e um grande abraço e que esta quadra festiva seja o prenúncio de tempos melhores para todos nós.

Nelson Reprezas
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Natal - sempre


[4496]

Nem uma família cosmopolita como a minha consegue esbater o significado de uma noite de paz ou o enraizado sentido de família que nela subsiste, perene. A vida, seja o que for que o termo encerre, reserva-nos direcções inesperadas e desfechos que têm tanto de imprevisíveis como de moldáveis, sempre que a vontade e o engenho conseguem contornar essa imprevisibilidade. Para isso ajudará, com certeza, a essência fecunda do amor, da tolerância e da suprema felicidade de nos sentirmos bem com o mundo. E nem o cosmopolitismo que atrás referi consegue esbater os laços de sangue ou a proximidade etérea daqueles que amamos. Sejam o que forem, estejam onde estiverem.

Será o Natal a contribuir para este desiderato. Porque dos brinquedos modestos pendurados nas agulhas dos pinheiros verdadeiros, que o meu pai fazia questão de conseguir, às ceias da véspera com mesas lautas de manjares delicados disponíveis para a família e amigos chegados, gerei este sentimento muito profundo que nem a matriz cosmopolita da família que construí conseguiu desfazer. Por isso, todos os anos é Natal. E todos os anos, nos juntamos, em corpo ou em espírito e cantamos a suprema felicidade de nos amarmos e de mantermos vivo este sentimento de pertença. E haverá sempre um momento breve em que cada um de nós cerra os olhos para recordar os ausentes. Os que já nos deixaram e os que, por razões diversas, estão geograficamente distantes *. E, baixinho mas com um elevado sentimento, cantamos para dentro de nós a mais bela canção do mundo de sempre. A noite silenciosa, a noite de todos os mistérios mas que nos aquece e conforta e nos faz sentir que, acima de tudo, estamos juntos.
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terça-feira, dezembro 20, 2011

A diáspora moderna

[4495]

Aqui está ele. O primeiro dos meus amigos a emigrar depois do discurso de Passos Coelho. Sente a falta do tinto do Cartaxo, secretos de porco preto, pastéis de nata da Cristal e de interromper a conversa dos amigos ao almoço, até porque ainda não domina bem a língua. Mas já mandou um relatório sobre o gineceu local e parece estar a ajustar-se com eficácia ao linguajar em uso nestas paragens.
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segunda-feira, dezembro 19, 2011

Que descanse em paz





[4494]

Com todo o respeito que os mortos me merecem, não posso deixar de me surpreender com a vaga de comoção que tem varrido os portugueses no Face Book e na Blogosfera, para falar apenas nos meios de rede social que conheço, a propósito do falecimento de Cesária Évora.


Terá sido uma intérprete de talento e de muito sentimento mas, e que me desculpem os mais sensíveis, eu recordo com nitidez a frequência com que Cesária se referia aos portugueses com grande desprezo e em termos ofensivos. Algumas vezes até, como numa célebre entrevista que deu a uma revista francesa, fazendo afirmações sobre o nosso passado colonial em Cabo Verde e que eu, que conheci quase todas as colónias portuguesas, não tenho dúvidas em classificar como mentiras grosseiras.

Cesária morreu e os portugueses, especialistas na matéria, procederam de imediato à emulação da senhora nas redes sociais, alguns deles misturando mesmo os alhos com os bugalhos, entenda-se os seus méritos como cantora e a sua putativa intervenção política e social.

Por mim, recordado de muitas coisas que ela disse e que eu sabia serem mentira, mais o rancor evidente que ela tinha aos portugueses, ainda que mitigado por uma atitude mais tolerante quando entrevistada por publicações portuguesas, resta-me guardar o respeito devido aos mortos e os votos de que descanse em paz.
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domingo, dezembro 18, 2011

Os tontos

[4493]

Por acaso ouvi Passos Coelho discorrer sobre um conjunto de circunstâncias que poderiam incentivar alguns professores a procurar trabalho em países de expressão portuguesa. A crise económica, o decrescimento demográfico, o elevado nível de desemprego seriam, só por si, matéria de reflexão para que os professores pensassem em alternativas, Passos Coelho disse-o com clareza, limpidez e com honestidade.

Já Mário Nogueira aproveitou o ensejo para disparatar, soltar um chorrilho e demonstrar bem o tipo de mentalidade que enforma esta gente que acha que vem ao mundo e, no berço, tem direito a uma oferta de emprego e uma reforma esperando por ela, sem embargo de outras conquistas que lhe vão pondo no sapatinho, como as horas de trabalho, as férias, as faltas justificadas, injustificadas, ordenados mínimos, subsídios, progressões de carreira e tudo aquilo que acham que têm direito desde a fase do espermatozóide, sem alguma vez se quedarem a perguntar quem é que há-de pagar tudo isso.

Uma vez, já lá vão uns anos e era eu muito jovem, disseram-me que eu tinha perdido uma guerra e, no meio de tiros e da destruição da economia em resultado do roubo ajuramentado da maioria das empresas, tive de me fazer à vida indo trabalhar para outras latitudes, recorrendo às aptidões que achei que tinha. Não sei que idade Nogueira teria nessa altura e se já era tonto como hoje. Porventura haveria de estar estudando sindicalismo para, uns anos mais tarde, chatear as pessoas e contribuir decisivamente para o estado do Estado em que estamos.

Alguém deveria explicar a esta rapaziada que emigrar não é desonra e, por acréscimo, nos dá uma visão mais lata da vida e nos enriquece o conhecimento e, porque não dizê-lo, a carteira. Tal como perguntar-lhe, à tal rapaziada, o que é que verdadeiramente propõe quando, ao que parece, há quinze mil professores a mais. Abrir escolas e pô-los a ensinar quem? Ou, mais pragmaticamente, pôr os quinze mil a planearem, estudarem, estruturarem, comissionarem, discutirem, reunirem, organizarem e sindicalizarem, com salários que eventualmente seriam cobertos pelos impostos daqueles que, entretanto, emigraram e remeteram para Portugal as suas poupanças.

É por estas e por outras, por causa dos tontos como Nogueira, que jamais me esquecerei de uma cena patética que observei numa televisão – uma jovem aparentemente saudável, mas raivosa, dizendo para uma repórter: - «Já saí da faculdade há quatro anos e até hoje o Estado não me arranjou emprego!»

Olha se eu tivesse feito isto em 1974… A Mário Nogueira faria bem emigrar. Ele e uns quantos Nogueiras que eu cá sei. Ao regressarem, poderiam decisivamente contribuir melhor, para um país melhor. Sem tretas. Nem tonterias.
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quinta-feira, dezembro 15, 2011

Os marimbeiros

[4492]

Este homem, com a responsabilidade conferida pelo facto de ser vice-presidente do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, berra que se está marimbando para o dinheiro que devemos, para os alemães, os franceses, para os bancos alemães e sei lá eu bem para o mais em que ele se marimba, com a petulância e irresponsabilidade em uso corrente neste Partido.

Infelizmente não nos podemos marimbar nesta gente. Ganham votos, ganham lugares na Assembleia e vão-se marimbando para os portugueses, à medida que se entretêm com a bebedeira do poder que lhes damos, arruinando o país e colocando-nos (insisto neste pormenor) numa situação vexatória e que nos remete mesmo, aos olhos de gente mais atenta, para patologias que oscilam entre o vulgar complexo de inferioridade e a imbecilidade, pura e simples.

Via Blasfémias
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quarta-feira, dezembro 14, 2011

Que gozo!...




[4491]

A propósito da analogia entre utentes e claques do último post, acabei de ouvir na TV que faz hoje anos que o Sporting «espetou» 7-1 ao Benfica no Estádio Alvalade.

Para além do gozo e conforto interior que isto me proporciona (basta pensar que pode acontecer muito bem que um amigo e colega que eu cá sei poderá muito bem optar hoje pelo privilégio que normalmente lhe dou em almoçar com ele…), reparei que no fim da reportagem na televisão apareciam imensas cadeiras a arder. Já foi há alguns anos… mas, ao que parece, os bons costumes mantêm-se. Sem distinção de cores, raças, credos, etnias ou convicções políticas, religiosas ou gastronómicas!
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Os «utentes» irritados e a democracia directa




[4490]

Os comunistas em geral são assim uma espécie de claque de futebol. Recebem ajuda, cantam-lhes promessas e como não sabem fazer mais nada vão para os estádios rebentar petardos, atirar bolas de golfe, encadear jogadores com laser e, quando perdem, deitam fogo às cadeiras. São uma parte ínfima dos sócios de uma colectividade desportiva, mas a demagogia e desonestidade dos dirigentes dos clubes fazem-nos sentir importantes e o resultado é conhecido.

Esta analogia ocorre-me por mor dos acontecimentos recentes na Via do Infante, onde grupos de «utentes» se entregam à orgia do descontentamento e do «reviralho». Em vez de queimarem cadeiras dos estádios e lançarem bolas de golfe, incendeiam os «caganissos» e disparam caçadeiras. Depois aparecem os Joões de Vasconcelos com o topete moralista de condenarem os actos de vandalismo, mas que os utentes têm razão para estar descontentes, têm. Porque a esquerda é assim. Dispõe de todo o equipamento das democracias, dá-se-lhes urnas para os votos, um parlamento, programas de promoção política e uma imprensa boazinha e, frequentemente, imbecil, mas como nada disso funciona, porque já não há pachorra para os aturar, têm de deitar mão das organizações populares e de «democracia directa» que, como se sabe, tem dado imenso resultado em países socialistas e que vai muito bem em fóruns da TSF, palestras e reflexões existenciais da maioria dos nossos «paineleiros» de rádio e televisão.

Numa reflexão mais detalhada eu até acho que a culpa não é destas comissões de utentes, incendiárias de paixões e moralistas na crítica aos resultados (a propósito, alguém me explica bem o que é uma comissão de utentes e qual o seu peso e natureza jurídicos? Até quando temos de apanhar com utentes por tudo e por nada?), a culpa é dos demagogos Cravinhos, Guterres, Sampaios e Sócrates do nosso descontentamento que andaram por aí a prometer SCUTS e deixaram para os vindouros a tarefa de descascar o abacaxi (e perdoe-se-me o termo dos nossos irmãos brasileiros, mas cai aqui tão bem…). Entenda-se saber onde vão buscar o dinheiro contratualizado com as concessionárias por várias gerações.

Eventualmente, esta coisa dos tiros e dos incêndios dos «caganissos» vai-se resolver. Até vir um outro governo socialista qualquer que borra a escrita toda outra vez… que é o que nos tem acontecido desde Mário Soares!
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terça-feira, dezembro 13, 2011

Socratismo



[4489]

Não se diga que a Nissan cancelou o seu investimento por causa de Sócrates. Mas rever este vídeo diz-nos bem da sua brutal máquina de propaganda, um primeiro-ministro que quase todos os dias inaugurava coisas, algumas delas verdadeiramente lesivas do interesse e do futuro dos portugueses. As realidades ficavam para depois. Como esta. Pese a tristeza de Basílio Horta que me comoveu imenso e me fez bailar uma lágrima sentida no olho.
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De baladeiros a badaleiros



[4488]

Via Blasfémias, tropecei neste vídeo (que aliás já conhecia). Tem cerca de 40 anos e o génio de Raul Solnado faz-nos ir às lágrimas com o seu baladeiro, uma «espécie» que já na altura se adivinhava iminente e que o «fassismo» guardava nas gavetas, provavelmente as mesmas onde, mais tardem, os socialistas guardariam os socialismos.

A Helena recomenda os primeiros dois minutos, mas eu ouso aconselhar a audição completa. Uma actuação hilariante de Solnado e que nos recorda agora, 40 anos depois, que não aprendemos nem mudámos nada.


Continuamos a ser uns verdadeiros baladeiros de espírito. E ainda por cima cantamos pior.

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segunda-feira, dezembro 12, 2011

Insectiflora



[4487]

A Cristina é uma técnica competente e uma excelente companheira. Durante algum tempo fomos até colegas na mesma empresa e, entre outras coisas, ela participou activamente no estabelecimento de um programa de combate ao jacinto de água no rio Niger, no Mali. Para além dos resultados técnicos obtidos (excelentes), registo uma célebre viagem entre Bamako e Ségou, na qual fomos sujeitos a um regime de sardinha enlatada num Mercedes quase com a minha idade, sem vidros, suportando o aperto de cinco pessoas que de hora a hora paravam para rezar na berma da estrada e, de caminho, faziam o xixi da ordem. Foi um episódio que hoje, a uma certa distância nos faz sorrir mas que, na altura, custou um bocadinho. Sobretudo se nos lembramos que a temperatura do ar rondava os quarenta e dois graus…

A Cristina arregaçou as mangas e abriu a Insectiflora. Tremam os insectos e os ácaros, morram de medo os fungos e acautele-se a flora infestante gramínea e folha larga. Fujam a correr os ratos e os moluscos gastrópodes (ok, estes últimos não correm mas, pelo menos, escondam-se bem na valve… ok, as lesmas não têm valve… olhem, elas que se amanhem). E descansem os terrenos carentes, porque a Cristina não só sabe aconselhar como dispõe de uma vasta linha de macronutrientes e micronutrientes e oligoelementos que os tornará férteis e pujantes. Resumindo, a Insectiflora tem uma resposta abrangente para uma agricultura sã, equilibrada e economicamente sustentável (como se diz agora), seja qual for o problema.

Para contactos, consultas e aprovisionamentos é só clicar aqui.
Boa sorte, Cristina.
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sábado, dezembro 10, 2011

O orgulho imaterial dos portugueses




[4486]

Anda o país alvoroçado com a perda de soberania decorrente da dívida soberana, das «malfeitorias» de Merkel e Sarkozi, da malandrice dos países ricos que não querem emprestar aos pobres para os pobres poderem continuar a comprar telemóveis, play-stations, férias em Punta Cana ou sapatilhas da Vans Dots; e do orgulho ferido por nos ameaçarem com sanções se não cumprirmos com aquela criancice de pagarmos o que devemos, como o nosso avozinho nos ensinava ser de bom-tom, ao mesmo tempo que ninguém ainda reparou que o país vai parar logo virtualmente pelas 21 horas para ver o grande embate entre o Real Madrid e o Barcelona.

Convenhamos que em termos de orgulho pátrio, só a equipa do Real Madrid apresenta mais jogadores portugueses que o Porto e o Benfica todos juntos (o Sporting é a reconfortante excepção), mas pensar que aquele desafio se desenrola ao mesmo tempo que dois jogos importantes da «Liga Sagres» (um do Porto e outro do Sporting) é caso para fazermos uma excursão a Guimarães e rezarmos um acto de contrição ao campo da batalha de S. Mamede e queimarmos algumas efígies da duquesa de Mântua.
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sexta-feira, dezembro 09, 2011

Apocalipse N... quando?




[4485]

A leitura deste post da Helena é de leitura obrigatória. Incluindo os links. Faz bem perceber que há quem perceba que muitos não percebem o que devia ser obrigatório perceber. A tremenda hipocrisia e o cretinismo patológico que grassam na sociedade europeia em geral e na portuguesa muito em particular, quando mais não seja pela nossa índole de «Maria vai com as outras» ou de Madre Teresa do politicamente correcto.

Particularmente sobre a conferência do aquecimento global em Durban (alterações de clima? Mas alguém tem dado pela tal conferência?) é absolutamente patético ouvir as considerações, patéticas, do nosso ecológico Fernando Ferreira, deslocado em Durban para assistir à conferência e que nos vai dando conta de conta nenhuma. Percebe-se que o homem não sabe bem já o que dizer, para além de que a temperatura subiu não sei quantos graus nos últimos não sei quantos anos e o que o planeta verde cada vez está mais castanho. Escusavam era de ir tão longe para dizer isto com alguém, que não sei bem quem, a pagar. Mas os apocalípticos de vez em quando também têm direito a «sea food» num qualquer restaurante da Victoria Embankment ou a dar uma volta de riquexó na Golden Mile, ali em frente ao Malibu e ao Oceanário. De riquexó, sim, com toda a sua simbologia, já que é puxado por um bem ataviado guerreiro zulu e, portanto, não gasta combustível e a única libertação de CO2 provirá eventualmente do inevitável flato do guerreiro propulsor do veículo (…ou isto é mais com as vacas?), ao fim de quinze minutos do esforço? E esqueceram-se do Al Gore? E vá lá que ainda ninguém se lembrou de dizer que o aquecimento global foi inventado pelos colonialistas, como fizeram com a sida, lá mesmo em Durban, também… mas ainda temos hoje e amanhã, não percamos a esperança!
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Coming home (Bom dia madrugada)


[4484]

Aterrar nesta cidade
Só mesmo um poeta o cita.
Mas digam lá: de verdade
Ele há coisa mais bonita?
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quinta-feira, dezembro 08, 2011

Ausências

[4483]

A ausência pode assumir várias formas. Uma pessoa adormece, uma pessoa desmaia, metemo-nos num carro e devoramos os marcos quilométricos de uma auto-estrada ao acaso, saltamos para um barco numa marina qualquer e vogamos para uma ilha deserta ou ouvimos aquele som mecânico do trem de aterragem de um avião recolher ao seu invólucro. São ausências normais, formais, por definição.

Também existem ausências diferentes. Muitas vezes sem tirar sequer os pés do chão. Deixamos a imaginação tomar asas e voamos para os locais mais improváveis. Aí, pairamos e usamos o momento para processar uma cascata de recordações do passado, ideias do presente e projectos de futuro, muitas vezes tudo isso se emaranha como as linhas de pesca de quatro canas de «corrico» ou os atacadores dos ténis de uma criança e quando pensamos ter desatado um nó surge-nos mais uma série de outros que nos obrigam a passar as linhas ou os atacadores por vias inesperadas. Outras vezes sentimo-nos num mundo estranho, tomando um chá de loucos com o gato, o coelho, o chapeleiro maluco, o coelho do relógio ou a rainha de copas do mundo de Alice e hesitamos entre a atitude cordata (quiçá covarde) de nos deixarmos enredar no seu mundo ou sacudi-lo com energia e mantermo-nos fiéis aos valores da razão e da nobreza dos mais puros sentimentos do homem. Que já são poucos, mas ainda existem. Pairando, como atrás dizia, aumentamos (o termo inglês «enlarge» é, aqui, bem mais adequado) a perspectiva das coisas e melhoramos a sua definição. E isso ajuda, restaura o corpo, rejuvenesce a alma. Seja pelo regozijo, seja pela contrição. De pensamentos, palavras e obras.

Outras vezes, ainda, as «ausências» têm, a ver apenas com a preguiça. Apenas preguiça. Pura. Lassidão. Vontade de fazer nenhum. Sem embargo da «presença» perene e cometida, junto daquilo que verdadeiramente nos interessa.
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quarta-feira, dezembro 07, 2011

Em defesa de Jesus...




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As nossas televisões fervem de comentaristas desportivos, parindo orações de sapiência todas as semanas, cada qual defendendo a sua dama, nenhum deles parecendo ter um módico de contenção desejável para tornar os seus programas minimamente interessantes.

Uma das suas irritantes características é o ar catedrático, cuidadosamente polvilhado da benevolência devida aos mais pobres de espírito, sobretudo a treinadores de futebol, que têm a má sina de cair nas malhas dos seus elevados padrões de análise. Cátedra e benevolência contemporizadora só podem descambar numa demonstração pires de arrogância, novo-riquismo intelectual e, nalguns casos, pesporrência pura.

Foi assim que ainda ontem ouvi dois «paineleiros» divertirem-se imenso com algumas declarações de Jesus, treinador do Benfica. Glosaram-nas num tom chocarreiro e no fim, polidamente, disseram que até gostavam imenso de Jesus, porque se divertiam imenso com ele. Por acaso ouvi as declarações de Jesus esta manhã e tornou-se claro que o contexto em que foram proferidas, nada tinha a ver com a substância das ironias dos referidos «paineleiros».

Refiro que ouvi um dia um dos comentaristas dizer que Jesus não era formado em filologia românica, tinha uma oralidade limitada e, naturalmente, tinha algumas dificuldades em se exprimir. Foi a declaração mais honesta que ouvi relativamente a Jesus, um homem modesto mas que, aparentemente, é bom naquilo que faz. Treinar futebolistas. Exercendo o seu mister. Situação bem diferente de vários juristas, um médico cirurgião, um ex-deputado e ex-ministro, um empresário de moda, um presidente de câmara, um gestor de empresa de sondagens e até um médico psiquiatra… gente muito culta, muito «tribunícia» e assim e que precisa desesperadamente dos «Jesus» do nosso futebol para desfilar a sua semanal feira de vaidades.
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Ideias de criança …



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Há quem ache que esta criatura deu-lhe três coisas e se tornou inimputável. Eu discordo. Este fulano, para além de ter objectivamente arrastado Portugal para uma situação penosa e da qual não sabemos bem se ou quando dela sairemos, demonstrou ter uma argúcia fora do comum e uma notável esperteza que usou em benefício próprio, sem embargo de perceber que estava a liquidar este país e os seus cidadãos. Depois, há aquela coisa a que chamamos auto-estima, em nome da qual eu me senti frequentemente diminuído, embaraçado, envergonhado, no plano internacional.

Sócrates agora saiu-se com esta. Tenho para mim que este tipo de atitudes tem a ver com um gozo muito específico que lhe põe as hormonas a ferver, pela bebedeira do poder que em má hora lhe outorgaram e lhe possibilita estes momentos de glória acrescida.

Alguém devia parar este homem. Começa a ser vexatório. Como não me parece possível pará-lo, desde já me solidarizo com um imposto extra, específico, canalizado para uma espécie de campanha internacional (cartazes, posters, anúncios de televisão, revistas e jornais de distribuição gratuita nos aviões e navios de cruzeiro que demandem Lisboa e nos postos fronteiriços rodoviários) onde fique bem claro que a maioria dos portugueses não tem nada a ver com este ser nem com as suas deploráveis atitudes. E que ele não passa de uma «amostra sem valor».

E.T. Estou «ausente» mas esta notícia (e, confesso, uma instigação colateral…) tirou-me do sério.

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terça-feira, dezembro 06, 2011

Volto já




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Também, para a atenção que tenho dado ao blogue, não vai fazer muita diferença. Mas regresso breve.
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sexta-feira, dezembro 02, 2011

Madaíl – à la «tuga»



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Ouvi, ao acaso, o presidente da Federação Portuguesa de Futebol afirmar, com um ar misto de pedagogia, tolerância, bondade e sapiência, que:

- Ele tinha uma opinião sobre Paulo Bento mas não ia divulgá-la…
- Que Ricardo Carvalho e Bosingwa eram dois excelentes jogadores e faziam falta à selecção nacional – ou a qualqer selecção…
- Que tinha uma opinião sobre Paulo Bento, não ia agora divulgá-la. Mas Portugal tem a obrigação de, pelo menos, atingir os quartos de final no campeonato da Europa…
- Que Paulo Bento disse o que disse sobre Bosingwa e Ricardo Carvalho, mas não perguntou à Federação se podia dizê-lo (o sempiterno espírito de contínuo de faculdade de que absolutamente não abdicamos)…
- Que Paulo Bento disse o que disse, mas que não devia tê-lo dito naquela altura, devia esperar oito dias. Naquela altura foi uma opinião…inopinada (juro!).

Porque é que temos de ser assim? Será o tal do património imaterial?
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9 anos de Rititi




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Há aquelas pessoas que escrevem bem e mil pessoas que escrevem como ela. Depois, há aquelas pessoas que escrevem mal e mil pessoas que escrevem como ela. E há a Rititi. Escreve como só ela. Com a turbulência de um rio, rápidos abaixo com tudo à frente, a calmaria de uma bebida de fim de tarde numa esplanada junto ao mar, mas sempre com aquele incomparável humor onde a verrina se esbate num apurado sentido crítico e aquela capacidade muito dela de transmitir um notável sentido de amizade e solidariedade. Sem rodriguinhos, muito genuína.

O rosa-cueca faz nove anos. Parabéns a um dos meus blogues eleitos desde sempre e

Tchin Tchin
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quinta-feira, dezembro 01, 2011

Nada como as boas sugestões



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Sugestão para receber os lampiões no próximo Sporting vs Benfica.
Com a devida vénia ao «
Somos do Sporting».
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