Natais pós-modernos
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Sinal dos tempos, provavelmente. Tempos em que a sanha contra tudo o que cheira a Cristo e em que altas personalidades da igreja não resistem à tentação de meterem uma colherada na política, o que nem seria grave se a colher não saísse besuntada de utopia e uma hábil tentativa de configurar a igreja católica ao pensamento corrente de que os países estão comandados por máfias de empresários que, mais do que rendibilizarem as empresas, saltam todos os dias da cama com o pensamento incontornável de decidirem quantos trabalhadores é que vão despedir nesse dias.
Recorrendo a três exemplos, num universo de muitos que me tolhem o entendimento, acordo e leio uma notícia «boazinha» do Público que quase pede desculpa pelos islamistas estarem cada vez mais sofisticados e acalentarem ambições nacionais enquanto, de caminho, assassinam cerca de quarenta pessoas que, imagine-se, tiveram a ousadia de ir à igreja celebrar o Natal.
Depois vi farrapos de um programa inenarrável na RTP, no qual um comediante monologava com um crucifixo e se interrogava para que lado Cristo estaria a olhar naquela altura…ao mesmo tempo que o submetia a um jogo esquisito de movimentos que nem consegui definir e que me pareceram situar-se entre o obsceno e o idiota, enquanto chegava outro «artista» que se ria muito e lavava as mãos na pia de água benta… momentos abjectos que mesmo aqueles que não vão à missa, como é o meu caso, se sentem envergonhados com estes nossos artistas modernaços e, mais grave, parece que há gente que acha graça aquilo.
Por fim, oiço o Patriarca de Lisboa deixar uma mensagem de Natal, na qual o nosso Patriarca se evolve em espirais oníricas de justiça social, do sofrimento, do colectivo, desigualdades chocantes e para isso só uma nova etapa de civilização com uma nova ordem económica pode resolver a questão. Por outras palavras, trocado por miúdos, o nosso colectivo tem de arrancar para uma nova ordem económica que esta não presta, esquecendo-se o Patriarca que se houve ordem económica que trouxe bem-estar e desenvolvimento aos povos e diminuiu o chamado fosso económico foi exactamente este que o Patriarca verbera, uma coisa que lhe vai bem com o hábito, mas mal com alguma vergonha na casa, presumindo eu que ele saberá o resultado das condições de trabalho da Igreja católica em países onde o colectivo e a ordem económica eram exactamente o que agora ele parece preconizar. Par além de que me faz impressão D. Policarpo, de resto vezeiro nesta linguagem correcta, se ter esquecido do massacre de Natal na Nigéria. Faz-lhe mais impressão a falta de iquidade, o dinheiro e os bens matérias, para o que ele acha que precisamos todos de dar um grito.
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Sinal dos tempos, provavelmente. Tempos em que a sanha contra tudo o que cheira a Cristo e em que altas personalidades da igreja não resistem à tentação de meterem uma colherada na política, o que nem seria grave se a colher não saísse besuntada de utopia e uma hábil tentativa de configurar a igreja católica ao pensamento corrente de que os países estão comandados por máfias de empresários que, mais do que rendibilizarem as empresas, saltam todos os dias da cama com o pensamento incontornável de decidirem quantos trabalhadores é que vão despedir nesse dias.
Recorrendo a três exemplos, num universo de muitos que me tolhem o entendimento, acordo e leio uma notícia «boazinha» do Público que quase pede desculpa pelos islamistas estarem cada vez mais sofisticados e acalentarem ambições nacionais enquanto, de caminho, assassinam cerca de quarenta pessoas que, imagine-se, tiveram a ousadia de ir à igreja celebrar o Natal.
Depois vi farrapos de um programa inenarrável na RTP, no qual um comediante monologava com um crucifixo e se interrogava para que lado Cristo estaria a olhar naquela altura…ao mesmo tempo que o submetia a um jogo esquisito de movimentos que nem consegui definir e que me pareceram situar-se entre o obsceno e o idiota, enquanto chegava outro «artista» que se ria muito e lavava as mãos na pia de água benta… momentos abjectos que mesmo aqueles que não vão à missa, como é o meu caso, se sentem envergonhados com estes nossos artistas modernaços e, mais grave, parece que há gente que acha graça aquilo.
Por fim, oiço o Patriarca de Lisboa deixar uma mensagem de Natal, na qual o nosso Patriarca se evolve em espirais oníricas de justiça social, do sofrimento, do colectivo, desigualdades chocantes e para isso só uma nova etapa de civilização com uma nova ordem económica pode resolver a questão. Por outras palavras, trocado por miúdos, o nosso colectivo tem de arrancar para uma nova ordem económica que esta não presta, esquecendo-se o Patriarca que se houve ordem económica que trouxe bem-estar e desenvolvimento aos povos e diminuiu o chamado fosso económico foi exactamente este que o Patriarca verbera, uma coisa que lhe vai bem com o hábito, mas mal com alguma vergonha na casa, presumindo eu que ele saberá o resultado das condições de trabalho da Igreja católica em países onde o colectivo e a ordem económica eram exactamente o que agora ele parece preconizar. Par além de que me faz impressão D. Policarpo, de resto vezeiro nesta linguagem correcta, se ter esquecido do massacre de Natal na Nigéria. Faz-lhe mais impressão a falta de iquidade, o dinheiro e os bens matérias, para o que ele acha que precisamos todos de dar um grito.
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Etiquetas: assistência religiosa, Cardeal Patriarca, política
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