sábado, dezembro 31, 2016

Bom Ano. Tchin Tchin


[5477]

O mundo está estranho. Muitas vezes assim esteve durante a minha existência mas, desta vez, acho-o estranhamente mais estranho. Provavelmente por se sentir cansado de tão maltratado. Grassa uma crise pelo mundo caldeada por ódio, racismo, intolerância e obscurantismo e que, coisa estranha, medra num outro caldo não menos repulsivo de teorias politicamente correctas erigidas num conceito pacóvio de intelectualidade e assente num pretenso iluminismo num século errado com gente errada. Vá-se lá perceber porquê.

Resta, quiçá, continuar a acreditar. E a esperança por nós próprios, por aqueles que amamos e pelos nossos amigos, no dealbar de 2017. E nesse gesto brindar pelo seu bem-estar. E pela realização dos seus ideais.


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domingo, dezembro 25, 2016



Daniel explica bem explicadinho um qualquer detalhe sobre a abstinência sexual de alguns colégios americanos, mas confesso que com o sono não cheguei lá...

[5476]

Com as paredes do estômago forradas por um vinho do Porto “produzido num ano declarado” (ora tomem, para aqueles que julgavam que eu não sabia o que era um vintage… quer-se dizer, por acaso não sabia, mas agora sei, depois de uma esmiuçada explicação que ontem me deram a preceito e que, doravante, me vai fazer parecer um daqueles tipos que percebem imenso de vinhos), acabei por me deitar docilmente, após uma ligeira hesitação entre tomar ou não outro duche. Mas, depois de umas filhós de abóbora e do tal vinho, achei que a coisa podia ficar pela higiene oral a preceito e eis-me a cair rapidamente no sono dos justos (é…pode-se pensar que não, mas sou justinho, como a minha mãe me prendou, depois de devidamente industriada pelo meu pai).

O pesadelo começa aqui. Acordei poucos minutos depois, porque a TV estava ligada. Não viria muito mal daí ao mundo se, de chofre e ainda envolto nos vapores do tal vinho “de ano declarado”, eu não estivesse a apanhar com o Daniel Oliveira (eram três da manhã, eu seja ceguinho…) empertigado com umas escolas nos EEUU que agora insistem em educar os alunos num regime de abstinência sexual mas, diz Oliveira, os putos estão cheios de hormonas, o sexo é bom e o resultado é que começa tudo a f...pelos cantos aumentando exponencialmente o HIV, as DST e sabe-se lá mais o quê, mas entre o sono ficou-me a ideia que ele se referia claramente a práticas sexuais "pouco abonatórias". Pior do que isso, só mesmo a Câncio, eriçada porque muita gente deseja Santo Natal uns aos outros o que, naturalmente, devia ser proibido porque somos um estado laico, juro.

Nesta fase, com uma versão ensonada e “portwined” de um grupo de adolescentes a fazerem sexo em grupo na carrinha dos “ice-cream”, procurei desesperadamente o comando. To no avail, já que estamos nos EEUU. A porcaria do comando escondia-se algures pelos lençóis e vinho do Porto com Daniel de Oliveira não jogam muito bem. Resignei-me mas… pois, há sempre um mas, aqui salta o Pedro Marques Lopes a dizer que a culpa dos atentados terroristas é da extrema-direita e aproveita para um extenso panegírico a Merkel, que de bruxa má passou de repente a tooth fairy. O PML macaqueava o tema por uns largos minutos e eu confesso que fervia já entre ouvir aquele rancho de patetas ou levantar-me para 1 – encontrar de vez o comando ou 2 – dar um pontapé no televisor que fizesse inveja ao CR7. Segue a Clarinha, acho que disse umas coisas acertadas mas eu já não ouvia bem. O Luis Pedro Nunes disse mais umas larachas, sem laracha, que ele só tem laracha a escrever, mesmo… a coisa voltou ao Daniel… falava-se da TSU… duma manif que o Daniel fez há dois anos… falava-se do salário mínimo... falava-se de outras maravilhas do género para uma noite de consoada. Uma nota estranha - jamais (salvo lapso de sono, entretanto) se falou de Passos Coelho. O que achei notável.

E assim vai o mundo. O português. Com uma acentuada consciência cívica e um sentido de oportunidade fantástico. Incluindo o meu, que me atirei para a cama sem fazer caso de que a TV estava ligada e, pior, sem saber, onde estava o comando.

Acordei benzinho. E agora, sim. Sai o duche nr 2 de ontem, que passou para o nr 1 de hoje e aí vou eu para mais uma sessão natalícia. Almoço com a filhota que nasceu ontem mas há dias já fez 31 anos - e só espero que não liguem o televisor ao almoço. Não ligam com certeza. E vou saborear o repasto e a companhia de família, gente querida que é o que se leva desta vida. Enquanto outros andam excitados com a extrema-direita alemã, a TSU e a abstinência dos adolescentes americanos. E zangam-se imenso a falar destas coisas. E pagam-lhes por cima. E nós, idiotas como eu, vamos ouvindo.


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quarta-feira, dezembro 21, 2016

What a wonderful (portuguese) world...



[5475]

O DN é como o algodão. Não engana. Ou melhor, engana só um bocadinho, não se nota. Melhor ainda… engana que se farta, mas persegue a sua infrene luta com o Público para ver qual deles é o pasquim mais pestilento.

De há pouco tempo a esta parte, porém, a coisa torna-se insuportável. Tendo desistido, em permanência, do Público, tenho comprado o DN. Até porque tem uma página de passatempos meritória, melhor que a do Público o que, na obediência diária que um cidadão saudável deve ao seu trato intestinal pode ser de elementar utilidade. Sentado na “privada” e a fazer as palavras cruzadas do DN, eis um binómio que cada vez reflecte com mais nitidez o uso diário do euro e vinte.

O problema é que a “coisa” está que não se pode. Todos os dias, repito… todos os dias há notícias lindas, fofas, segundo as quais os portugueses vivem no melhor dos mundos, nada que se compare com as tragédias do governo anterior. Ele é o metro que vai abrir mais duas estações (em 2018, eu sei, mas o Costa é especialista nesta forma de dar notícias boazinhas) ele é o passe social que vai ser mais caro mas, segundo Costa, vai ser mais barato (não estou a brincar, o homem faz para ali umas contas e no fim bate certo…) ele é os lesados do BES que ainda NINGUÉM percebeu quem é que lesa quem, o que não inibiu um lesado de dizer que “aquilo era uma bênção” ele é as máquinas dos bilhetes do metro que vão, finalmente, ter bilhetes, ele é a Carris que vai ter mais de para cima duma quantidade de autocarros e dará emprego a muitas famílias (nunca o termo famílias se usou tanto), ele é isto, ele é aquilo, ele é tudo o que um português pode aspirar para ser um homem feliz.

Mas hoje, convenhamos. O DN abusou. Tirou partido de mim… abusou…tra-la-la que eu já nem sei se é meninice ou cafonice o meu amor… e vai daí logo na primeira página, afirma (ipsis literis):

- Há seis anos que não se gastava tanto no Natal;

- Consumo registado ao nível das compras antes da crise (entenda-se por antes da crise, o ultimo ano de Sócrates, é preciso ter lata, mas é o que o Jornal diz);
Há menos pessoas a escolher centros comerciais, enquanto o comércio tradicional está a ganhar clientes (eis aqui, sem mais, o espírito de cidadania dos portugueses, contra os capitalistas);

- Em 2011, 47% dos consumidores diziam fazer as compras exclusivamente em centros comerciais, mas este ano apenas 29% dão esta resposta (fantástica, esta mudança dos portugueses).

E por aí fora, confesso faltar-me a paciência para mais.

Não comprem o jornal. Não vale a pena. É sempre igual. E a crónica do Alberto Gonçalves vem na net, de qualquer modo. Portanto, não vale a pena, a menos que se tenha adquirido o saudável hábito de fazer palavras cruzadas durante o acto. Esse. O da “privada”. E aí recomenda-se o DN.


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domingo, dezembro 11, 2016

Saudade, poesia...au temps des amours mortes



Que c'est triste Venise 
Au temps des amours mortes 
Que c'est triste Venise 
Quand on ne s'aime plus 
On cherche encore des mots 
Mais l'ennui les emporte 
On voudrait bien pleurer 
Mais on ne le peut plus 
Que c'est triste Venise 
Lorsque les barcaroles 
Ne viennent souligner que les silences creux 
Et que le coeur se serre 
En voyant les gondolles 
Abriter le bonheur des couples amoureux 
Que c'est triste Venise 
Au temps des amours mortes 
Que c'est triste Venise 
Quand on ne s'aime plus 
Les musées, les églises 
Ouvrent enfin leurs portes 
Inutile beauté 
Davant nos yeux doux 
Que c'est triste Venise 
Le soir sur la lagune 
Quand on cherche une main 
Que l'on ne vous tend pas 
Et que l'on ironise 
Devant le clair de lune 
Pour tenter d'oublier 
Ce que l'on ne se dit pas 
Adieu tous les pigeons 
Qui nous ont fait escorte 
Adieu Pont des Soupires 
Adieu rêves perdus 
C'est trop triste Venise 
Au temps des amours mortes 
C'est trop triste Venise 
Quand on ne s'aime plus

[5474]

Quando um homem de 92 anos não troca o seu mister e a sua realização espiritual e continua a trabalhar, em vez de se sentar a uma mesa de um parque de bairro jogando à sueca com os seus colegas de reforma, todos eles na casa dos sessenta anos, merece toda a minha admiração. Independentemente de quanto sempre amei muitas das suas canções. La Bohème, Hier encore, She (o eterno “She”), Et Pourtant e tantas e tantas outras.

Que cést triste Venise foi sempre uma das minhas favoritas. Com a poesia casando com a melodia, como a tristeza casa, frequentemente, com a saudade. E depois, quem de nós não tem ou teve uma Venise triste dentro de si?


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terça-feira, dezembro 06, 2016

Crescimento do consumo pelo aumento do produto



[5473]

A geringonça é uma bem-aventurança dos portugueses. Não há jornal ou revista que não se esgalgue a fazer capas com múltiplas “boas notícias”. As boas notícias podem ser as coisas mais banais e incríveis, desde um aluno que foi o melhor num concurso qualquer, ao número de mortos na estrada que diminuiu, ao aumento do consumo dos portugueses via multibanco, passando pelos pacotes de férias esgotados para o Natal em países de sol, praia e alegria de viver. Os hotéis estão igualmente lotados de gente que vai sentar-se em mesas fartas e na paz do Senhor. São primeiras páginas atrás de primeiras páginas com as benesses da geringonça. Que nos fez "desausteridizados" e felizes por termos nascido.

Hoje é o papel higiénico. A Renova aumentou a sua capacidade de produção e lá foi Costa botar faladura. Como de costume, com o sorriso alarve que o caracteriza e o verbo típico de que não fosse ele e a Renova não investiria a ponta de um chavo. Por mim, apetece-me dizer que a renovação da fábrica deve estar na razão directa da necessidade, pela merda que a criatura tem feito. E perdoe-se-me a vulgaridade da expressão mas tenho ainda na retina o sorriso do homem a falar do investimento, do progresso, da confiança e da tranquilidade. Não ouvi mais porque ele acaba sempre naquele estilo chocarreiro a falar de Passos Coelho e eu já não consigo ouvir mais.


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segunda-feira, dezembro 05, 2016

Funeral de Txova



[5472]

Era o que faltava – deixar o socialismo por mãos alheias. E só elas, as mãos socialistas, poderiam fazer cabalmente jus à essência do socialismo. Entenda-se, a mão do Estado em tudo o que mexe. Eu, que já vi barbearias, pastelarias, capelistas e bancas de mercado serem nacionalizadas, entendo bem a razão porque, tarde ou cedo, não há lâminas para fazer a barba, pastéis, botões e alfinetes ou verduras. Depois…é só aplicar o método de análise à agricultura, à indústria, às finanças, à justiça e a todas as mariquices que os capitalistas inventaram e ver o resultado.

A tragédia da coisa é que gerações formatadas nestes sistemas (e ainda há dias foquei esse aspecto) não só entendem as “insuficiências” como acham que a culpa é dos corruptos capitalistas. Não fossem eles, os capitalistas e o Jeep transportando as cinzas do ditador (um Jeep soviético montado na Checoslováquia, com cerca de 50 anos de uso e certamente enviado para Cuba por conta do açúcar a preços políticos) não se iria abaixo. Mas, lá está. A multidão não teria como ulular as honrosas “insuficiências do socialismo” (não é ironia, as insuficiências tinham um lugar de honra nos regimes socialistas) e, muito menos, um motivo para vilipendiar o capitalismo.

Fidel vai para a cova de Txova, uma expressão moçambicana que significa “empurrar”, Sukuma em vários países da África Oriental e cuja equivalência não me ocorre para Angola. Vai-lhe bem com o caqui da farda, a barba, o Cohiba e a garrafita da Laurent Perrier. Enquanto, cá fora, ainda vivas, as vítimas berram, excitadas, Fidel, Fidel.

Em Portugal a coisa é mais sóbria mas nem por isso menos trágica. Duas moções de pesar na Assembleia e a torrente de panegíricos na nossa já insuportável comunicação social. Incluindo um sem número de comentadores televisivos. Bem que alguns deputados poderiam e deveriam ir a Cuba dar uma mãozinha ao féretro.


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domingo, dezembro 04, 2016

Ainda Fidel



[5471]

Estive “out of order” quando o tirano caribenho, de cuja ascendência galega os portugueses parecem sentir um estranho orgulho, se finou. E há uma torrente de comentários sobre o assunto, pelo que me dispenso de acrescentar seja o que for ao óbvio. Fidel era um tirano, um torcionário vaidoso e, no fundo e na minha modesta opinião, a utopia que defendia era tão utópica como o desejo real de obter ajuda material por quem lhe parecia mais habilitado para o fazer. Obviamente os Estados Unidos. 

Levou sopa, zangou-se, amuou e virou-se para os soviéticos que viram nele uma boa oportunidade. Uma forte ajuda material nos preços políticos da cana-de-açúcar em troca do estabelecimento de uma base de mísseis a escassos quilómetros do território americano. E assim se esteve à beira de um conflito nuclear por força dos dislates de um louco que, mais tarde e com as costas quentes, se entreteve a matar gente só porque usavam risco ao meio ou tinham mau hálito.

Nada disto é novidade, por isso faço apenas um registo de um facto que tive oportunidade de viver, qual seja a tremenda impressão que senti quando tive de lidar profissionalmente com bastantes cubanos num país africano. Gente jovem e que desenvolvia trabalhos de pulverização aérea em campos agrícolas. E foi impressionante perceber como a morte de muitos oposicionistas foi, seguramente, uma situação trágica e criminosa, mas tê-lo-á sido menos a verdadeira formatação de gerações nascidas já sob o jugo do tirano e que claramente manifestavam essa formatação? Não só acreditavam piamente que o mundo era composto por sociedades infectas e infelizes por não terem tido o privilégio de desfrutar os ensinamentos de um líder como Fidel como se sentiam extremamente felizes por serem eles os ditosos cidadãos dessa sociedade nova, solidária, revolucionária e internacionalista. 

E demonstravam-no cabalmente. Ao mesmo tempo que se sentiam felizes e honrados, repito, honrados, por serem espoliados num trabalho que era pago miseravelmente em moeda local enquanto os verdadeiros salários, equiparados àqueles que os “capitalistas corruptos” recebiam eram pagos directamente ao Estado cubano. Havia uma compensação, todavia. Esses pilotos recebiam “pontos”, semelhantes aos que as gasolineiras pagam por cada litro de combustível que consumimos, que lhes davam direito a adquirir um artefacto de luxo, como um electrodoméstico, um carro dos anos 50 ou, ainda, uma caderneta de abastecimento extra de alguns alimentos.

Foi só um registo. Matar gente por capricho é nauseabundo. Mas formatar jovens, durante gerações, como os que vi nesse país africano, felizes e contentes pelo seu líder e por poderem comprar um aspirador quando chegassem a casa não o era menos. Felizmente, havia os balseiros e os desportistas que acabavam por perceber o logro e escapavam o”paraíso”. Muitos não escapavam porque sabiam que lhes prendiam a família.

Sinto-me envergonhado pela forma como o meu país “tratou” o dossiê da morte do líder criminoso. Com particular relevância para o Presidente da República. 


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sábado, dezembro 03, 2016

E a página que nunca mais se vira...

[5471]

Aquele Passos Coelho é tramado. Arranjou para aí uma trapalhada que obrigou os jovens a emigrar. O que valeu foi ter aparecido o Costa mai-la a sua geringonça, para virar a página. A tal página da austeridade.

Não sei onde é que ele molhou o dedo para virar a página, mas o facto é que mais uma filha abalou. Fartou-se do sol e dos vestidos frufru




e aí vai ela para a neve e temperaturas subzero.




Ainda lhe disse para dar tempo ao tempo, deixar o Costa fazer o trabalho e virar a página toda, mas as trapalhadas com que ela (a filha) passou a ter de lutar todos os dias, incluindo corte de remunerações que lhe eram devidas pela custódia de uma filha pequena e a opinião mais ou menos segredada de uma funcionária que lhe disse que estas situações são provocadas e que as pessoas têm de esperar meses até se “desenrolarem”, por absoluta falta de verbas, ou cativações, como se diz agora, fez com que a referida filha resolvesse não esperar pelas sacanices (desculpem o plebeísmo do termo, mas trata-se de sacanices, mesmo…) da geringonça e foi à vida. Trocou o tal sol e a imperial pelo fim de tarde com os amigos, pela neve e um bife de rena (blharrrgggg!...) ao jantar.

Boa sorte, filha, o pai (na circunstância, eu) cá fica, que já lhe doem os ossos de tanta emigração, embora mantenha um estado potencialmente apopléctico de cada vez que vejo na TV o sorriso alarve daquela criatura que continua a virar a página… vai dando notícias, que ainda cá tens uma irmã. Quem sabe lhe salta a tampa também, que aquele Passos Coelho é danado.


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sexta-feira, dezembro 02, 2016

A Esquerda festiva


[5470]

Uma breve e aleatória consulta do Google para uma incompleta cronologia dos factos:


13.01.2014 - PCP alerta para estratégia criminosa de Paulo Macedo.

5.02.2014 - Bloco de Esquerda acusa Paulo Macedo de preferir tratar a saúde dos credores à dos doentes.

08.07.2014 - CGTP acusa Paulo Macedo de ser o coveiro da Saúde.

10.07.2014 - PS considera Paulo Macedo inadaptado ao lugar de Ministro da Saúde.

08.01.2015: João Semedo pergunta no Parlamento a Paulo Macedo "que tragédia é preciso acontecer para o senhor mudar de política?".

27.01.2015 - PS acusa Paulo Macedo de estar em negação perante os problemas.

19.02.2015 - PS exige que Paulo Macedo resolva caos no SNS.

24.02.2015 - O PS acusou hoje o ministro da Saúde de ser "o principal responsável político" pelos problemas no acesso a medicamentos para a hepatite C, desafiando Paulo Macedo a avaliar se tem condições para se manter no cargo.

02.12.2016 - Finanças confirmam Paulo Macedo como Presidente da Caixa.

Num artigo de 14 de Abril de 2015, João Semedo concluía perguntando o que mais teria de acontecer para Paulo Macedo se demitir ou ser demitido. Perante esta cadeia de acontecimentos, é caso para perguntar: o que mais terá acontecido para Paulo Macedo ser agora escolhido para presidir à Caixa?

E mais isto:

Pelo Rui Rocha no FB.

Insisto. Esta galeria de idiotas não tem culpa dos dislates que produz. Com uma honrosa excepção de Semedo, por ser médico e, naturalmente, com responsabilidades acrescidas por tal condição. E não tem culpa porque há uma dolência criminosa quanto à percepção da verdade intransferível de que esta rapaziada se apropriou, arvorando um registo de propriedade que consideram seu e de mais ninguém. A culpa é de quem os lê e mantém a referida indolência como se tudo isto fosse verdade e aceitável. As culpas maiores vão para a comunicação social que alberga um número indiscriminado e, infelizmente, crescente de idiotas úteis.

Esta cronologia organizada pelo Rui Rocha é um bom exemplo de tudo isto. E desenganem-se aqueles que acham que a Esquerda engole sapos. Porque a Esquerda não engole sapos nenhuns. Os seus próceres assistem impávidos e pesporrentes ao desenrolar dos acontecimentos e acham que as coisas são assim, porque sim. E no caso presente tudo se torna mais trágico. Porque não há nada pior que a Esquerda tomar gosto pelo Poder. E o nefando Costa tratou de lho dar. Agora aguentem.


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Quartel General em Abrantes



[5469]

Uma pessoa vem de um período de ausência, quando apenas lhe chegam os ecos das trapalhadas maiores como a CGD (uma atitude absolutamente indigna por parte da geringonça…) e consequentes tremedeiras internacionais, a atitude pirosa da D. Fernanda no banquete e a palhaçada do costume dos palhaços bloquistas do costume e a erecção mental, que varreu a nossa comunicação social pelo passamento de um ditador que se entretinha a matar gente e a formatar os cérebros das criancinhas que iam nascendo no período “revolucionário” e regressa ao dia a dia da intriga nacional. E a primeira impressão é que nada mudou. Calhou-me em sorte a comemoração do 1º de Dezembro, onde tanto o Presidente como o inenarrável primeiro não conseguiram evitar as alfinetadas do costume ao governo anterior. A Marcelo, pareceu-me mal a birra que ele mantém com PPC desde que lhe chamou catavento. Não conseguiu conduzir a cerimónia sem frisar que feriados destes não se suspendem, não me recordo se foram estas as palavras, mas era mais ou menos isto. E quanto ao lamentável Costa, também não disfarçou o conforto intestino (patológico) de referir que este feriado, «…ao contrário do que outros menosprezaram e “apucaram”…», etc., etc.

Uma cena lamentável… e não há ninguém que diga à criatura que deve ao anterior governo ele andar a fazer as flores que faz. E, já agora, lhe dissesse que não é “apucar”, de apoucar, o étimo do termo é “pouco”, diminutivo poucochinho, que é um termo que ele gosta e que representa bem o que lhe vai na cabeça. E que pare de aproveitar qualquer episódio para enaltecer a geringonça e “apucar” o anterior governo. E lhe lembre que se ele lá está a ele o deve.


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quinta-feira, dezembro 01, 2016

Bequinbizeness

[5468]

Return to routine. Safe, happy and sound.




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