sexta-feira, março 31, 2006

Paridades e engenharia blogoesférica


[896]

45,5% dos blogues assinalados na minha lista de links são macho, 35,5 são fêmea, 19% são hermafroditas. Julgo assim estar correctamente parametrizado, no sentido de que ninguém me pode vir a acusar de INJUSTIÇA PARITÁRIA. Isto é um palavrão, isto da injustiça paritária mas como toda a gente percebe o que quero dizer, vai assim mesmo que também sabe bem dizer uma asneira de vez em quando.

Preocupa-me agora outros factores de equilíbrio. A esmagadora maioria dos blogues que linquei pertence a gente que nunca vi mais gorda, daí que desconheça se são brancos, gordos, de direita, homossexuais, se usam bigode, fumam ou são vítimas de violência doméstica. No fundo, no fundo, linquei-os porque gostei deles, do que escreviam, obedeci a uma matriz de análise em que o mérito (o mérito, por sua vez, espartilhado noutras vertentes, como a cultura, o humor, o engenho, a elegância literária entre outros) me forneceu a necessária massa crítica (em dois dias é a segunda vez que digo massa crítica, tenho ido a muitas reuniões…) para proceder à referida lincagem.

Aterroriza-me, porém alguma injustiça que decorra dos meus padrões de análise. Não seria melhor eu levar a coisa ao rigor dos 33,33% por cada grupo? Assim sendo, e num universo de 100 blogues, eu teria de deslincar 12 blogues e 1/5 de um 13º de blogues macho, não sei bem como seria mas alguma coisa se deveria arranjar. Já nos blogues fêmea a coisa não é tão dolorosa, basta desquitar dois blogues e 1/5 de um terceiro e os almejados 33,3 % são atingidos. Nos hermafrofitas, a coisa fia mais fino. A coisa aqui peca por defeito pelo que terei de desencantar 14 blogues e 1/3 de um 15º compostos de braguilha e soutien em regime simultâneo e não estou bem a ver como.

Lá darei conta do recado. Não quero é que alguma das minhas amigas (sobretudo estas) me caia em cima (salvo seja e não desfazendo dessa feliz contingência) a acusar-me de alguma injustiça, sei lá.

NOTA: Bom fim de semana para todos. Dificilmente estarei aqui, mas vou andar por aí, como o outro. Uma vez mais, bom fim de semana para todos.

Ufff...

[895]

O meu "hit-counter" ontem até ia gripando, tal o ritmo das visitas provindas do
Insurgente. Tudo porque aquele blog fez um link a este meu post o que , aliás, já acontecera duas ou três vezes antes e foi sempre o mesmo corropio.

É nestas alturas que me sinto… assim tipo casa portuguesa com certeza, pão e vinho sobre a mesa, caldo verde fresquinho a fumegar na tigela e um vasinho de alecrim ao parapeito da janela, vizinho pobrete da casa rica.

Um abraço ao
Insurgente que, de resto, leio todos os dias.

quinta-feira, março 30, 2006

Simplex - O saber não ocupa lugar





[894]

Foi preciso um primeiro ministro empreendedor para eu ficar a saber que Simplex pode ser:

- Uma janela mecânica

- Uma forma de Herpes labial ou genital

- Um insecto

- Uma marca de preservativos

- Entre cerca de 57.700 resultados possíveis do Google...

- Complicadex, não?

Engenharia utópica da sociedade

[893]

"...As eleições, a partir de agora, não são inteiramente de livre escolha, são como um puzzle: passa a haver caixinhas percentuais para cidadãos que são mais iguais, num sentido orwelliano, do que outros. Começou com as mulheres, mas não há razão para que, a prazo, outras quotas não se venham a impor, por cor da pele, religião, orientação sexual, região ou classe social de origem. Para quem tenha uma concepção liberal da política, na velha tradição da liberdade, há uma perda de qualidade da naturalidade democrática a favor do artificialismo, da engenharia utópica da sociedade. É um caminho péssimo e esta lei não é um exercício “fracturante” menor. Atinge o coração da ideia da democracia e da liberdade..."

JPP in Abrupto

Ler o post completo aqui.

É o Rosas, senhor!


[892]

Eu fui almoçar cheio de boas intenções. Até mandei vir leitão de Negrais com batatas fritas às rodelas, salada e pickles o que era um sintoma seguro de bom estado geral e de afabilidade. Mas depois o caldo entornou-se. Como estava sozinho abri o jornal. E eu que já vinha já com uns "ameaços" do Forum da TSF… falava-se da judiciária, de competências, António Costa vs Alberto Costa, orçamento da Judiciária disponibilizado a 40% (de repente lembrei-me de Guterres a dizer que não havia dinheiro para o combustível das fragatas da Marinha, do que me havia eu de lembrar…), influências, Casa Pia, enfim, o rosário de temas edificantes do costume e que me faz sorrir de desdém ou desdenhar dos sorrisos de quem não faz a mínima ideia do que vai por aí.

Dizia eu que abri o jornal e percebo que Fernando Rosas (e o Bloco, deuses, o Bloco…) estava preocupado, mas muito pre-o-cu-pa-do, porque, aparentemente, os elementos da GNR que estiveram no Iraque, e cito Fernando Rosas, "são quem vai patrulhar as zonas de maior risco de crime na grande Lisboa" e, lógico, elementar, "poderão estar em causa direitos fundamentais dos cidadãos". Imagine-se bem as malfeitorias deste governo. Pôr "regressados do Iraque" a patrulhar zonas problemáticas. Não lembra ao careca!

O que se me afigura mais extraordinário é estas afirmações serem produzidas na Assembleia da República e ninguém se rir. Tudo com ar sério e semblante de preocupação pelos putos que têm de ir nascer a Badajoz, porque a maternidade de Elvas não dá rendimento. Já na rádio, Ana Drago (está ficar mais gira que a Joana Amaral Dias, têm reparado?) soltou um "securitário" qualquer, não ouvi bem, o securitário ouvi, pelo que deduzo que deveria estar a referir-se à possibilidade real daqueles vilões fardados pós Iraque (no fundo também eles vítimas, coitados, dos desmandos de Durão Barroso, Aznar e comandita) desatarem para aí à chapada na Cova da Moura e aleijarem alguém.

Este país é absolutamente extraordinário. Se algum dia alguém nos tentar perceber e quisermos explicar, o melhor que temos a fazer, msmo, é abrir o manto e dizer: - É o Rosas, senhor…

Sinais dos tempos


[891]

Antevisão dum diálogo íntimo na era moderna e civilizada da Educação Sexual nas escolas. A leitura do texto não é aconselhável a menores de 6 anos. Daí em diante, ao que me dizem, não chocará ninguém.

A acção passa-se em ambiente de penumbra, os dois na cama dos pais dela e falando baixinho.


Ela: Hmmm...! Gosto quando me beijas no pescoço...

Ele: No fundo, estou apenas a estimular as tuas zonas erógenas para facilitar o coito, segundo as regras básicas da excitação sexual.

Ela: Eu sei. Agora, vou estimular-te por sexo oral. Parece-me que dois minutos e meio de estimulação é a duração adequada ao teu estado neurológico e sensorial. Que achas?

Ele: Acho bem. Segundo os estudos de Dickinson, estás certa. Ahhh...! Onde é que aprendeste a fazer isto tão bem?

Ela: Foi no livro obrigatório do 5º. ano, o "1001 Maneiras de Enlouquecer um Homem na Cama".

Ele: Sempre gostei de sexo oral. Na escola, tive a melhor nota da turma no teste de cunnilingus...

Ela: Ohh!... Adoro ouvir-te falar Latim...

Ele: Vamos fazer alguns exercícios de Kegel: melhoram o funcionamento do músculo pélvico e facilitam o orgasmo.

Ela: Para além disso, protegem contra a incontinência urinária. É preciso preparar o futuro! Às vezes penso como seria penosa a vida do nossos pais, que não sabiam nada disto...

Ele: Podes crer! Eu nem sei como eles conseguiram conceber-nos!

Ela: Ahh!... Pára!... Obtive já uma boa lubrificação vaginal. Estou suficientemente excitada para a chamada penetração peniana. O bastante para sentir prazer e não ter irritação vaginal pós-coito. E tu, que tal o afluxo sanguíneo?

Ele: Vai indo. Queres um orgasmo simultâneo?

Ela: Não sei. Há várias teorias sobre isso. Ahh, continua...Inclino-me mais para as teses de Bancroft, que sustentam que homem e mulher têm tempos diferentes e por isso é muito mais comum que cheguem ao orgasmo em tempos diferentes.

Ele: Como são os teus orgasmos: clitorianos ou vaginais?

Ela: Tu ainda estás nessa? A minha professora diz que o orgasmo, como resposta fisiológica, é basicamente o mesmo, independentemente da área estimulada. É tudo psicológico!

Ele: A tua professora deve ser frígida!

Ela: Não brinques com coisas sérias! A frigidez é um problema grave.Pode ter origens orgânicas, como dispareunias ou alterações hormonais, mas na maior parte dos casos tem origens psicológicas. Ahh, não pares!... O que se diz para aí sobre a frigidez é uma treta.

Ele: Não me digas que o Ponto de Grafenberg também é uma treta....!

Ela: O quê, tu deste isso? Porra, o teu professor ainda segue o programa do ano passado! Desculpa lá que te diga, mas andas a foder pelo método antigo.

Ele: Por acaso não gosto nada do meu professor. Na semana passada, repreendeu-me por não ter feito o T.P.C. (Tocar Punhetas em Casa), prática de que ele não abdica dentro do sistema de avaliação contínua.

Ela: Hmm...! Isso... adoro-te!

Ele: Olha, acabei de ejacular! Agora, vou esperar um bocado para que as artérias contraiam e as veias relaxem. Isso reduzirá a entrada de sangue e aumentará a sua saída, tornando o pénis flácido. Depois voltamos à sala, está bem?

Ela: Sim, rápido. Tenho que apagar as 12 velinhas do meu bolo de aniversário!

Com um beijinho de agradecimento a uma boa amiga que me manda os mais divertidos mails ao norte do Equador!...

quarta-feira, março 29, 2006

É por estas e por outras que eu gosto da Luna


[890]

Tou Tramada...

Agora vou ter que esperar que percam para a semana ou lá quando é que é para se calarem!

Fervor


[889]

Fervorosamente anti- CPE.
Converti-me…

Manifestante em Bordéus (Foto do Le Monde, 27/03/06)

Nada de novo

[888]

Há uma dinâmica muito própria na vida da blogoesfera. Tal como os mercados, todos os blogues têm uma linha que define a massa crítica (esta aprende-se agora na faculdade, no tempo da minha o palavrão ainda não existia, mas já sabíamos o que era, agora é um bocadinho ao contrário, fala-se frequentemente nela e poucos sabem o que verdadeiramnete significa)) como se de um produto se tratasse. E a linha sobe (crescimento), mantém-se num plano horizontal (período de estabilidade ou de cash cows) e, depois, começa inexoravelmente a descer.

Neste momento há muitas linhas descendentes, provavelmente até a deste vosso humilde criado, mas eu não conto, porque o
Espumadamente é um blogue de puro entretenimento. Há mesmo blogues a fechar e esboça-se até discussões mais ou menos académicas sobre o momento dos blogues, entre as "feras" do ramo.

Curiosamente vejo que um dos parâmetros de análise do fenómeno que mais preocupam vários bloggers é a questão de um desejável equilíbrio entre os chamados blogues de direita e os de esquerda. Tal como se se tratasse de uma versão mediática da antiga guerra fria. Eu nunca entendi a necessidade de se criar, manter ou equilibrar esta dicotomia esquerda direita em tudo. Se há mais blogues de direita é porque há mais gente de direita. Se há mais blogues de esquerda é porque há mais gente de esquerda, ou porque a esquerda é mais militante e organizada. Tão simples como isso. É que vejo blogues de direita reclamarem-se ser responsáveis pela simples razão de existiram, nos tempos áureos do Barnabé, por exemplo, como já vejo agora gente preocupadíssima porque, aparentemente, o
Aspirinab anda com dores de barriga. É opressiva esta nossa forma tutelar de analisarmos a coisa política.

No fundo isto é um bocadinho como os jornais. Quase todos os directores de jornais se sentem compelidos a ter gente de esquerda e de direita a escrever no mesmo espaço(normalmente, a esquerda ganha, açambarca, oprime e exclui…). E se deixássemos o "mercado" político funcionar, não adulterando a essência das coisas com patéticos exercícios de equilíbrio político? Porque não, inclusivamente, jornais de pensamento político de direita e jornais de pensamento político de esquerda, à semelhança, aliás, do que se passa em tantos países? Em vez desta permanente e quiçá patológica tendência para sermos politicamente correctos? E nos blogues.... se ao AspirinaB lhe der um fanico que mal virá daí ao mundo?

P.S. É importante registar que não estou a misturar blogues com pessoas. Uma coisa é um blogue acabar, outra, bem diferente, é deixar de ler o Zé Maria ou a Maria José...

As Simplex as that

[887]

É assim. O referendo disse não à regionalização mas o Governo acha que devia ter dito sim porque os portugueses estavam mal informados. O próprio Jorge Sampaio ajudou à festa, ralhando connosco dizendo umas coisas e vertendo uma lágrima nas vésperas de se ir embora. Ora, para não ferirmos a consituição mas na estrita obediência daquilo que é melhor para os portugueses (e ninguém melhor que o PS sabe o que é melhor e mais simples para os portugueses), o Governo para já, assim como quem não quer a coisa vai "centralizar" 18 capitais de distrito. Centralizar porque é preciso descentralizar, como se sabe. Mas como são muitas capitais, "fazem-se" cinco capitais das "futuras regiões". Ainda não se sabe bem quais são as regiões mas há uma ideia, depois logo se vê. Isto manterá o governo ocupado a despedir governadores civis (ou reformar, se for caso disso) e a admitir assessores e nomear comissões até mais ou menos 2009. Nessa altura, "logo se vê" outra vez, mas em princípio faz-se outro referendo para ver se os portugueses estão mais esclarecidos ou se ainda não atinam com o pagamento do selo do carro pela Internet. Dependendo do referendo, "logo se vê" como é que a coisa se faz.

Simplex, não é?

terça-feira, março 28, 2006

Lá traque ser outra vez...


[886]

Hoje lá serei do Benfica durante hora e meia. Aliás, com excepção do Manuel Serrão, Pinto da Costa, Emplastro e Tino de Rãs, acho que todo o país vai ser do Benfica logo à noite.

Agora os lampiões que digam que não estão a ser levados ao colo até à final da Champions league. Vá, digam, andem lá…

segunda-feira, março 27, 2006

100.000




[885]

Counter Start DateSeptember 11, 2004

Um muito obrigado a todos. Sobretudo àqueles que me visitam todos os dias e me privilegiam com a sua amizade. Abraços para eles, beijos para elas, obrigado a todos. De alguma forma, vocês fazem hoje parte do meu mundo, também.

Ideo precor


[884]

A pedido da
Carlota, e com todo o gosto, aqui vai mais um post confessional.

Quatro empregos que tive na vida

1) - Técnico adjunto Ordinário (já desconfiava…) de 2 ª classe do Quadro Complementar do Ministério do Ultramar destacado na Junta Provincial de Povoamento e Terras na Brigada Regional do Planalto Central (Uffff).
Na prática, o objectivo era instalar colonos em terrenos incultos fornecendo-lhes os meios necessários ao seu estabelecimento, isto no tempo em que éramos todos portugueses de Minho a Timor. Depois achei que o título era maior do que o cargo e arranjei um emprego a sério (Angola, ainda como estagiário);

2) - Technical officer da Fisons Industries, London UK, stationed in South Africa at subsidiary Union Wedkillers Pty, responsible for research and development (R&D) of new industrial herbicides in the Natal area and co-responsible for the Cape Peninsula natural reserve weed control;

3) - Country Manager for Ciba Geigy SA Basle, Switzerland, expatriated in Moçambique for Agro Division, Animal Health, Pharma and Dyes Division.

4) - Senhor engenheiro, em Portugal. Depois de ter feito tanta coisa vim para Portugal há 10 anos e descobri que era engenheiro. E é o que faço actualmente, engenheiro-me loucamente por aí. E ainda me pagam por cima…

Quatro sítios onde vivi

Está mais ou menos implícito no ponto anterior, mas há mais. Como só me pedem quatro, respondo assim:

1) - Luanda
2) - Maputo
3) - Pinetown, um subúrbio de sonho na parte sul de Durban, South Africa
4) - Cascais (morada actual)

Quatro filmes que posso ver vezes sem conta

1) - Deliverance (Fim de semana alucinante)
2) - A gaiola das doidas (a versão americana com o Robin Williams e o Gene Hackman)
3) - As pontes de Madison County (e não me perguntem porquê, não vá eu dizer…)
4) - Out of Africa (mas sou suspeito)
Tenho de referir que há bastantes mais filmes que eu poderia ver vezes sem conta, muitos mesmo, citei quatro aleatoriamente).

Quatro pratos favoritos

1) - Salmonetes grelhados com aquela caquinha preta na barriga;
2) - Uma posta de bacalhau de qualidade, cozida com batatas e grão, mas tudo muito bem apresentado e BEM seco de águas escorrentes. Bom azeite, bom vinagre e o inevitável "jardim";
3) - Sável frito com açorda OU filetes de cherne com arroz de grelos, MAS na condição de ser servido no Entráguas, um restaurante perto de mim OU um robalo ao sal no Porto de Santa Maria, depois de fazer um crédito pessoal, bem entendido;
4) - QUALQUER refeição, desde que em boa companhia.

Quatro séries que nunca perco

Que nunca perco é um bocadinho exagerado, mas há umas que tenho de mencionar, i.e. Seinfeld , Fawlty Towers (above all), Allo Allo (Can you iarremi?) … são as que me ocorre.

Quatro websites que visito diariamente

Os blogs (muitos…) a CNN, a BBC e, malgré tout, o site da minha empresa.

Quatro sítios onde gostaria de estar agora

1) - Baixo Danae
2) - Canal de Santa Maria
3) - Ponta Abril
(E tirem o cavalinho da chuva, nem que eu fosse agora dizer onde é que "isto" fica…)
4) - Dinamarca, porque não conheço os países nórdicos e dava… oito tostões para conhecer a Dinamarca.

Quatro vítimas que se seguem

A
Formiga Rabiga (pode ser que se comova e regresse)
O
Ideiafix (idem)
A
Madalena
A
Luna

Sacanas dos Canadianos


[883]

Afinal, os repatriados do Canadá são cerca de 200. Não são bem os 10.000 de que se falava. 10.000 são os que ainda lá estão, clandestinos, tudo bem, mas desta vez ainda escapam. Isto porque a economia paralela do Canadá precisa deles, segundo ouvi nas notícias da RTP. Com aquela mesma voz que costumava anunciar que o Bush se levantava todos os dias a pensar quantos pretos é que ia matar à pala do Katrina.

Maldito capitalismo paralelo e canadiano que precisa tanto dos nossos clandestinos. Bandidos.

Não vás...


[882]

Há bastantes blogues a fechar. Mas tu
Vieira… tu fazes falta, Sofia. Porque te conheci Vieira, porque te conheci Sofia e qualquer delas faz falta.

Quem é dado a estas coisas de Deus, costuma dizer que cada um sabe de si e Deus sabe de todos. Tu lá saberás de ti, mas em tudo o que souberes e te tenha levado a fechar o
Controversa acrescenta lá esta ideia modesta de quem costumava ler-te sempre, mesmo que pouco comentando, com o prazer com que se desfruta a singularidade das coisas boas. E ler-te era deliciosamente singular.

Fazes falta Sofia!

domingo, março 26, 2006

Sol




Clicar na imagem. Já agora...

[881]

O Sol vem aí. Gradual mas consistentemente, começamos a preparar-nos para nos deixarmos acariciar pela estrela do nosso contentamento.

Pois que venha o tal sol. Já chega de casacos, de roupas pesadas e dermes tapadas. Oxigenemos a pele e cantemos o corpo. Escondido há muito tempo.

Bom resto de fim de semana para todos (com sol e tudo).

Foto indecentemente roubada daqui, um blogue que consegue provar como o erotismo pode ser elegante!

"Ainda sem dentes e já delinquentes"


[880]

«Não deve haver muitos países onde um político de extrema direita tenha direito a 45 minutos quinzenais para doutrinação política, a solo, num canal informativo de televisão».

Daniel Oliveira, Choque e Pavor. Jornal Expresso, 25/3/06

Não consigo levar este Daniel Oliveira a sério. Sério. Aparentemente, o "Expresso" consegue.

Pastelinhos de bacalhau e desenrascanço


[879]

O drama de alguns milhares de emigrantes portugueses clandestinos no Canadá tem-me causado muita impressão. Tanto quanto o drama pessoal de cada um dos atingidos pelas recentes disposições do governo canadiano, choca-me e ofende-me saber que muito do que se passa radica no amadorismo, incompetência e indiferença de muitas das nossas representações diplomáticas e consulares por esse mundo fora.

Uma das missões, por exemplo, que deveriam ser prioritárias seria a de explicar aos nossos emigrantes da absoluta necessidade de nos encontramos legais nos países de acolhimento, colaborando activamente no esclarecimento dos nossos compatriotas, ajudando-os a que não se vejam, aqui e ali, confrontados com o que está acontecer agora no Canadá. Colaborar activamente na legalização das pessoas, ajudando aqueles que mais dificuldades têm em perceber os meandros da burocracia, instilando nas pessoas, enfim, um sentido de rigor, de sentido de legalidade que as ponha a coberto de situações como a que agora se verifica. A isso se chama representação consular dos interessados, dos cidadãos na diáspora, em vez de se pensar que celebrar o 10 de Junho com pastelinhos de bacalhau e presunto de Chaves é a forma mais adequada de o fazer. Sei bem do que falo, porque comi muitos pastelinhos de bacalhau e assisti, ao mesmo tempo, ao atropelo dos mais variados interesses de cidadãos nacionais, sempre que era preciso uma voz mais firme de um embaixador ou um documento mais ríspido de um cônsul.

Outra coisa que choca é, a posteriore, este coro de choradinho em que as próprias autoridades alinham com os lesados. Não só não resolve nada como cimenta esta ideia que temos de que as situações, por mais complicadas que sejam, são para se irem resolvendo e, com jeitinho, a “gente desenrascamo-nos”. Embaixadas e consulados incluídos.

Aqui está uma situação em que Freitas do Amaral, um cidadão circunstancial, no dizer de Maria José Nogueira Pinto, poderia e deveria falar com a mesma firmeza com que verberou a bondade ou compreensão de ataques terroristas.

Simplesmente deplorável o que se está a passar no Canadá onde, só do que se sabe e só em Toronto, há mais de 10.000 cidadãos portugueses ilegais
.

Fernando Gil


[878]

Aproveitei o remanso do fim de semana para ler alguma coisa sobre a vida e a obra de Fernando Gil. Mais a vida do que a obra, coisas que eu conhecia mal, de resto.

Registo a forma como me colei à leitura do pensamento político e filosófico deste homem à medida que fui lendo. De notar como de quase tudo que vem publicado depois da sua morte quase se escamoteou o seu posicionamento perante o capitalismo liberal dos Estados Unidos, o marxismo da ex-União Soviética e a social democracia da Europa, hoje vulgarmente designada por modelo social europeu. E, sobretudo, a defesa circunstancial da intervenção americana no Iraque, os “impasses na alma do Ocidente e uma espécie de fatalismo das elites europeias frente ao terrorismo”.

sexta-feira, março 24, 2006

Hipatia


[877]

Quis deixar-te aqui um mimo e não me perguntes porquê, gostei desta foto.
Tu, tal como vieste ao mundo, a espalhar as flores todas.

Um grande beijinho de parabéns e que contes muitos, com alegria e saúde e joie de vivre.

Quiet week-end

[876]

Vou fazer um fim de semana de cota. Tenho tido algum movimento em demasia, o que nem sempre é bom. É assim como trabalhar demais para o meu feitio.

Farei uma pequena excepção hoje para ir ver os dj’s do c****** e, mesmo assim, vou ter que inventar qualquer coisa para fazer até à meia noite. Depois sigo para casa e vou ler, ler, ler, ler, escrever um post outro (e esperar que não me comam as visitas), andar de bicicleta, amanhã vou à Casa das Quintas comer o melhor caril de camarão ao norte do Equador, vou ver futebol (se não entrar o Olegário Benquerença) e, finalmente, ver o Truman Capote, apesar de embirrar com o homem, com a história e com a voz. Entre estas voltas verei o mar. O mar sempre fez parte de mim, sabe-o quem me conhece e, no Inverno, ele tem um fascínio especial. Ainda me vai sobrar tempo para dar uma de pai arrumado a uma filha que insiste em ser mais desarrumada que o pai, o que só lhe fica bem e, ao mesmo tempo, lhe dá aquela gracinha de ser minha filha. A
Cristina não tem aparecido, suponho que ande com problemas ou a mudar de pele. As gatas estão devidamente "pilulizadas" e a casa está cheia de fruta, de bom queijo, excelente café (aqui iam bem os cigarros, não é?) e broinhas de mel. No Domingo ainda deve dar para passar no "Amor aos Pedaços" para um café ou jantar nos "Prazeres da Carne" onde, há quem saiba, mas também há quem não saiba, se serve um fabuloso strogonoff de gambas.

Resumindo, o cenário está montado para um fim de semana pacato e que me está particularmente a apetecer. Sem correrias e que me permitirá estar um bocadinho comigo. Que os homens, não parece, mas também têm mariquices destas!

Bom fim de semana para todos.

Saudade

[875]

As saudades não morrem por si, meu querido amigo. Nós é que as matamos. Ou tentamos matar. A questão é que às vezes pensamos que estão mortas, mas acabamos por ouvi-las a rogar, das entranhas, que as libertemos.

É aí que, normalmente, as calcamos e dizemos que elas estão é mal enterradas.

É o sistema. Só pode...


[874]

Imagine-se que acabei o pequeno almoço e quando ia para o duche oiço na RTP (é um programa de notícias matinais que me explora uma costelinha masoquista que devo ter dentro de mim) que o nosso ranking (sic) na Europa passou de décimo catorze (dito com a maior ligeireza) para décimo… huh…hen…huh… hesitação… décimo oitavo. Não está mal. Eu pensava que nós já estávamos para aí em décimo dezassete.

Isto só pode ter a ver com o sistema. Árbitros, comissários e assim. A gente esforcemo-nos, a gente trabalhamos que a nossa política é o trabalho e depois amandam-nos lá para a cauda do pelotão.

Décimos catorzes… tsss… tss… pode lá ser!

quinta-feira, março 23, 2006

País das maravilhas


[873]

Mais do que ajudar uma velhinha a atravessar uma rua, não deitar beatas para o chão ou andar de autocarro todos os dias, eu acho que ouvir o Fórum TSF no período da manhã é um estimável exercício de cidadania. Eu sei que para ouvir o Fórum TSF não se pode andar de autocarro, é impossível ajudar a tal velhinha e apetece fumar imenso, mas não se pode ter tudo e, a haver opção, optemos então pelo Fórum.

O Fórum é um espelho. E um espelho de primeira água, nada daquela quinquilharia de feira onde a imagem se deforma à vontade do dono. Estamos ali, cidadãos lusos, escarrapachados, cuspidos e escarrados, para usar uma terminologia que fez época ao tempo de algumas telenovelas brasileiras, antes do evento do José Eduardo Moniz e do José Castelo-Branco (olha,
Carlota, cá está um hífen…). Ouvir um Fórum da TSF é conhecermo-nos melhor, é sabermos quem somos, é um exercício formidável de ginásio para as meninges, é, enfim, aquilo a que me atreveria mesmo chamar um factor de indispensável cultura para todos aqueles que não gostam ou não querem passar distraídos por este mundo.

Para já, o "ouvinte-opinante" luso tem uma forma única de se manifestar. Qualquer coisa entre o servilismo (bom dia senhor doutor Manuel Acácio), a arrogância (nós exigimos que o governo…), a estupidez (normalmente não fazem a mínima ideia do que se está a tratar), a ilegalidade partilhada (Ó senhor doutor Manuel Acácio, estou em viagem, tá-móvir bem? – enquanto se ouve nitidamente o vrrruumm da viatura na auto-estrada), a “broncocultura” (ainda hoje pelo menos três ouvintes achavam que o governo tinha uma fobia pelo plano tecnológico e, pelo contexto, percebia-se que queriam significar exactamente o contrário, que o governo e Sócrates gostavam muito do plano tecnológico) e, finalmente, o delírio do ridículo e da parolice.

É certo que estas particularidades são enquadradas por um ramalhete de opiniões de gente mais conhecida, de acordo com os temas, o que acrescenta (ou deveria acrescentar) uma certa credibilidade à coisa. Por exemplo, se é economia, fala o Peres Metello, se é comunicação social fala o António José Teixeira, se há dificuldades em arranjar convidados, e independentemente do tema, fala o Francisco Anacleto Louçã, que está sempre à mão e inteiramente disponível.

Ainda hoje se falava no “plano de desburocratização” da Administração Pública. Para além da forma hilariante como todos os ouvintes NÃO conseguiram articular foneticamente o vocábulo, foi absolutamente espantoso verificar a forma como muitos deles (quase todos funcionários públicos) estavam pre-o-cu-pa-dí-ssi-mos com a perda de receitas do Estado, porque se deixava de vender impressos. E eu seja ceguinho, como dizia o Vasco Pulido Valente quando tinha mais graça e era menos pessimista, se não ouvi esta!

E depois há uma coisa extraordinária. É flagrante a forma tutelar como as pessoas ainda funcionam. Seja porque se revêem num regime político que fez escola neste país durante cerca de quarenta anos, seja porque somos mesmo assim, vem-nos das tripas e não há nada a fazer. Desde fechar uma marquise numa varanda ao registo de abertura de um café de bairro. Para isso se fizeram as repartições, os impressos, os selos e um exército de gente atenta a dar vistos, pareceres e cobrar emolumentos. E esta faceta hoje foi patente na forma como os ouvintes se insurgiam contra muitos aspectos do tal plano de desburocratização. E todos acham que as pessoas têm que ser ouvidas e consultadas, o que sugere já alguma promiscuidade entre o tal sentido de tutela que referi há pouco e a prerrogativa que todos hoje nos arrogamos de ser ouvidos, seja no que for.

“Isto” começou com quê? Ah, com o Fórum da TSF. Vão por mim. Oiçam-no pelo menos uma vez. Cereja em cima do bolo, e se aguentarem, é ouvir também uma “Bancada Central”. Nada que um bom duche e uma boa refeição, a posteriore, não mitiguem.

Mais cómodo


[872]

Já recebi dicas simpáticas e total disponibilidade para me ensinarem a pôr música no blogue. O que faz pôr o mail no template…

A coisa afinal é fácil. Tão fácil que eu lá para o Natal sou capaz de conseguir. Mas tenho andado a pensar: - Eu, um permanente crítico da música nos blogues vou pôr música no meu? Será que me estou a tornar volúvel? Um vulgar exemplo daqueles que não sabem o que querem?

Hummm, vou esperar um tempito, sobretudo porque tenho seguido a dica da
TI e o Pandora me acompanha em permanência.

Eurobites


[871]

Há quem sonhe com o amor, com uma casa de praia, com uma viagem, com um carro de desporto. Eu sonho um dia poder dever € 740.000 ao Fisco. Cá pelas minhas contas, dever esta quantia ao fisco é, indubitavelmente, um sinal de progressão de vida, de sucesso e, sobretudo, um indicativo seguro de uma massa crítica doméstica que nos permite uma dívida deste tamanho. E depois, há sempre a possibilidade de que se arranje uma trapalhadazita qualquer (daquelas em que somos exímios), um litígio apropriado e a coisa prescrever. Ou, pura e simplesmente que expire o prazo de pagamento, que foi o que parece que aconteceu a Carrapatoso. Pelo menos, ainda não vi desmentido.

É nestas alturas em que eu acho, genuinamente, que tenho a minha costela de “loser”. Em contrapartida, parece que tenho muito jeito para contar anedotas

Superherói


[870]

Estive a dar uma volta (muito rápida aos blogues porque hoje vou ter pouco tempo. Enquanto dei a tal volta fui ouvindo as notícias. O mote hoje é incontornável. Baía foi um herói e Olegário Bemquerença tem um problema de malquerença em relação ao Sporting. Quanto ao árbitro passo por cima da coisa já que é recorrente. Já a forma como se emula um guarda redes que defende um penalti, o cortejo de manifestações e admiração e endeusamento de um homem que conseguiu defender um penalti releva bem da nossa necessidade em ter alguém sempre à mão para ser venerado. Tanto quanto deitado abaixo nas horas más. É… somos pequeninos, mesmo!

quarta-feira, março 22, 2006

Andam-me a comer as visitas...


(clicar na imagem para aumentar)


[869]

Quem me lê sabe que não sou muito dado a esta coisa das estatísticas de blogues. Pouco ou nada falo no assunto, vou andando, mas ultimamente andava com uma certa excitação pelo limiar das 100.000 visitas, que devem acontecer dentro de cerca de uma semana.

Pois bem, a verdade é que ontem o meu blogue andou estranho, esquisito, convulsivo, aparecia, desaparecia, entrava “em manutenção” e só lhe faltava tossir e coxear. Ontem, como aliás era normal todas as semanas, o gráfico das visitas ia a roçar as 400 visitas, de resto na linha da curva habitual da semana. “Baixa” no fim de semana e depois começava a subir a partir de segunda-feira. A verdade é que hoje de manhã verifiquei que me “comeram”, salvo seja, as tais cerca de 400 visitas de ontem. Tudo ao zero, como se pode ver pela imagem acima, para eu não ter a mania.

Alguma coisa se passou, mas a verdade é que isto de me andarem a comer as visitas é um sinal de abuso extremo que eu não posso calar...

Esperemos que tudo tenha voltado ao normal e que as pessoas visitem o blogue e regressem sãs e, sobretudo, inteiras, sem faltar pedaço nenhum.


terça-feira, março 21, 2006

Finalmente

[868]

O
Espumante passou a ter um endereço de e-mail, tal como consta no template. Levei 21 meses, mas acabei por lhe conceder um.

Mais vinte e um meses e ainda acabo a pôr música no blogue.

Faz-me o favor


[867]

Para que não passe o dia da poesia sem dizer nada...

Faz-me o favor de não dizer absolutamente nada!
Supor o que dirá
Tua boca velada
É ouvir-te já.

É ouvir-te melhor
Do que o dirias.
O que és não vem à flor
Das caras e dos dias.

Tu és melhor -- muito melhor!--Do que tu.
Não digas nada. Sê
Alma do corpo nu
Que do espelho se vê.


Mário Cesariny

Pois...

[866]

A ler
este post do João Miranda.

A mim o que me parece grave não é tanto haver quem tenha perfeita consciência desta utopia, mas mais o facto de a usarem em seu próprio proveito pessoal, disseminando este tipo de conceitos como a solução correcta de todos os males e, trágico, contribuir para se manter um rebanho de simples na triste ilusão do milagre da multiplicação dos pães.

Atchim e que Deus me abençoe


[865]

Chegou a Primavera. Já o li uma boa dezena de vezes numa boa dezena de blogues só esta manhã.

Como toda a gente cantou a excelência do momento nos respectivos blogues, pelas flores que vão desabrochar, pelas cores que vão enriquecer a paleta da vida e pelo sol que vai fazer aumentar o calor e, ainda, pela matéria de facto (estrofes e estrofes) de que os poetas vão dispor em maior abundância, que me seja lícito fazer uma alusão à circunstância de eu manter uma união de facto com um grupo de polipos nasais que odeiam a Primavera. Irritam-se com os pólens e provocam-me sessões embaraçosas de espirros nas condições mais inesperadas e, até, humilhantes.

É só por uma questão de verdade dos factos, que é para as amendoeiras em flor não se ficarem a rir…

segunda-feira, março 20, 2006

Jornalismo de causas


[864]

A coisa funciona por marés. A RTP anda novamente absolutamente cometida ao “jornalismo de causas”. As notícias são fátuas, parciais, ditas em tom gravoso e reflectivo e todas elas orientadas no sentido de passar a imagem ao comum cidadão que estamos aqui todos (os portugueses em geral e os jornalistas da RTP em particular) para salvar o mundo. Está a tornar-se verdadeiramente insuportável esta total ausência de profissionalismo e, mais importante, HONESTIDADE, no desempenho de uma missão que deveria ser sublimada no respeito pelos cidadãos que pagam impostos, incluindo o IVA dos televisores.

A última reportagem sobre o dia a dia no Iraque (um trabalho do enviado especial Castro, um mocetão cheio de visões salvíficas do destino tenebroso que os americanos nos andam por aí a arranjar) e a reportagem da manifestação no Largo de Camões com cerca de 300 pessoas a representarem 56 organizações (cerca de seis pessoas por organização!...) são um exemplo vivo deste estado de coisas. De registar sobretudo, aqueles apontamentos de reportagem a adolescentes que balbuciavam pérolas do género: - Aquilo são ratazanas, pá, os americanos são ratazanas e aquilo é uma sarjeta. O que atesta bem o nível e o conhecimento de causa dos manifestantes.

A liberdade é um bem que nem se discute, o que se passa é que a RTP é um bocadinho minha, pelo que sinto ter a prerrogativa de achar que “aquilo” está entregue a meia dúzia de maus jornalistas, politicamente desonestos. Para além de incultos e de falarem mal o Português. Para isso é que há iniciativa privada, donde esta gente poderia muito bem registar uma empresa de comunicação social (agora leva vinte e quatro horas…) e depois vinham para a rua dizer o que lhes desse na gana e, militantemente, dedicar-se ao tal “jornalismo de causas”. E quem quisesse saber notícias, ligava então para o serviço público da RTP, que é para isso que o serviço público existe.
E para o qual se paga.

domingo, março 19, 2006

Serviço público Espumadamente



[863]

Minha querida amiga
Sinapse.
Já percebi que vais a Bazaruto. Sem embargo dos muitos amigos blogosféricos que, desde logo (não me canso de dizer que este “desde logo” aprendi com os telejornais e com os chefes dos grupos parlamentares) se prontificaram a prestar-te assistência sobre a tua invejável estada naquele arquipélago, venho comunicar-te que os meus dotes de “médio” (o meu pai sempre disse que eu havia de ser um excelente jogador de futebol mas eu pensei, pensei, e acabei por me dedicar a estas coisas do esotérico) estão acima de qualquer suspeita e é assim que já quase há um ano atrás eu sabia que um dia te viria a conhecer, um dia abririas um blogue, um dia eu ficaria a saber que ficas desolé cada vez que tens de andar de avião, eu sabia que um dia haverias de ter de ir numa avioneta de nove lugares a Bazaruto. A comprová-lo deixo-te aqui o link de
um post que fiz há muito tempo, mais propriamente o post nr. 407, no dia 4 de Junho de 2005, (repara "há que tempos”) para que saibas exactamente onde vais e fiques a conhecer um bocadinho do que te espera. E, pela amostra verás que a hora e meia de avioneta vale a pena. Hora e meia para lá, de regresso a Maputo é apenas uma hora e um quarto porque é a descer.

Espero, assim, ter ganho o teu reconhecimento e, se por acaso acostares à Ilha de Benguera, give my best regards to Jack and Lisa, both new zealanders who are a happy couple and owner of the motel and responsible for the most exquisite extravaganza in the Indian Ocean, second to none. Este bocadinho vai a inglês que o homem já lá está há dez anos e, de português, só sabe dizer f words, ainda que efes no mais vernáculo e saboroso português. E lê o post,
aqui, que ficas com uma ligeira amostra.
Enjoy your trip.

Ahhh e quanto a tubarões… não há problema. Há por lá um casalinho ou outro, mas nada de muito grave!

Novos links

[862]

Este blogue tem sido recentemente objecto de muitos links, o que só me desvanece, sobretudo tratando-se de um blogue amador, feito com amadorismo, sem planeamento, sem estratégia, nada mais subsistindo que um bom pretexto de ocupação “espumante” e auto-entretenimento (Laura, aqui vai o hífen) que vai espumando aqui e ali e, aparentemente, com uma bolha ou outra com graça. Acontece que me tenho apercebido de que muitos blogues (sobretudo recentes) me têm lincado, mas eu nem sempre o reconheço a tempo, já que o Technorati não parece ser muito fiável. Em todo o caso, e porque tem aumentado o número de links ultimamente, não quero deixar de referir e agradecer os mais recentes, a saber:

Rabinho de fora
AMC-porque
Postais de Bruxelas
O Espelho
A Causa das coisas
Palavras para quê
Sharkassimétrico
Palavras de Ursa
Passarinha
Agripinas

Oportunamente actualizarei, também, a minha lista de links à direita. Peço desculpa por alguns que, certamente estarão a passar, mas procurarei estar atento. A todos a expressão sincera do meu reconhecimento.



Bom humor... made in USA, para os mais cépticos.

[861]

Vem um bocadinho atrasada, mas só agora descobri. Vale a pena ouvir
aqui um acabado exemplo de bom humor, relativamente à caçada de Dick Chenney. Absolutamnete hilariante. Com o Jon Stewart.

Expresso chato



[860]

Só hoje tive oportunidade de ler o Expresso. Está cada vez mais chato, tão chato que até os prognósticos dos jogos de futebol estão chatos.

Refiro-me àqueles prognósticos up-grade feitos por um grupo daquelas fundamentais pessoas que hão-de receber vacinas para a gripe das aves. Ou "aviária", como se convencionou dizer…

sexta-feira, março 17, 2006

Vou ali e já volto



[859]

Um excelente fim de semana para todos, que na segunda está tudo a trabalhar outra vez (a menos que me saiam os 52 Mio… aí, sou capaz de fazer uma extravagância e andar durante uma semana a jantar fora, Sábado ir à matinée e Domingo ir ver o Sporting!).

Este homem conheceu-me, de certeza

[858]

Começo a conhecer-me. Não existo.
Sou o intervalo entre o que desejo ser e os outros me fizeram,
ou metade desse intervalo, porque também há vida ...
Sou isso, enfim ...
Apague a luz, feche a porta e deixe de ter barulhos de chinelos no corredor.
Fique eu no quarto só com o grande sossego de mim mesmo.
É um universo barato.


Álvaro de Campos

Collision


[857]

Ontem fui ver o premiado “Crash” e percebo facilmente porque é que o Óscar rodopiou dos cowboys para este superior documentário sobre a vida de cada um de nós. O filme tem um fio de história, tem enredo, apesar de as personagens não se conhecerem entre si, mas é um verdadeiro documentário de uma sociedade onde as pessoas mais do que “se cruzarem” umas com as outras, “colidem” entre elas (o título, em português, é mesmo esse, “Colisão”).

Paul Higgis excede-se e oferece-nos uma obra que nos prende do princípio ao fim, nos encanta pela mestria do desempenho de cada uma das personagens e, sobretudo pela realidade, pela verosimilhança de cada uma e todas as situações do filme. Filme que não tem fim, nós abandonamos as cadeiras e a história continua…

Ocorreu-me esta pequena descrição do filme que fui ver ontem porque… está a chover. E se há lugar no mundo e situação no tempo em que o termo “colisão” é literalmente aplicável aos portugueses é quando chove e lhes metem na mão uma viatura. Sobretudo aquelas viaturas de rede ao meio que serpenteiam entre o trânsito. Hoje é um dos tais dias em que os portugueses absolutamente “marram” um com os outros, sem remissão. Aqui está um exemplo em que a Internet podia ajudar um bocadinho. Marrávamos virtualmente. Ninguém se aleijava e a conta de bate-chapa era incomparavelmente mais baixa. Ou mesmo inexistente…

Entretanto, devo confessar que não fora os tais carros de rede ao meio e as bichas que vou apanhar até Lisboa, eu até gosto do ar primeiro-mundista desta chuvinha miúda que nos molha os ossos mas lava a alma!

quinta-feira, março 16, 2006

Garnizé


[856]

Assim que me lembre, deixa cá ver… hummm, pois… hummm…ná. Galinhola saltitante, é mesmo
a primeira vez que me chamam. Não sei se ria se chore, mas cheira-me que para a OPA deve ser bom!

Tenerlos. Tereilos?


[855]

Hoje ganhei um link rosa cueca.

Um beijinho para
ti, obrigado pela simpatia e prometo dizer asneiras só às segundas, quartas e sextas!

Fertilidades


[854)

Isto anda a ficar complicado cá por casa. A minha filha mais velha teve uma bebé, a minha empregada está grávida (um rapaz, esperado para Junho), o namorado da minha empregada (outro rapaz, mas mais crescidinho que o que está para vir) vai ser pai e, as voltas que o mundo dá, a minha mãe (não, não vai ser mãe, fiquemos calmos…) vem a saber que o namorado da minha empregada vai ser pai em Junho e avô em Julho. Isto, diz a minha mãe, porque o namorado da minha empregada tem um filho de 19 anos que vai ser pai, por isso o filho do filho do namorado da minha empregada quando nascer já é tio do filho da minha empregada. A acrescer a este evidente descontrole emocional da deusa da fertilidade, a minha filha mais nova (sosseguem, não está para ser mãe…) anda a moer-me o juízo porque há duas gatas cá por casa… virgens. Já têm 4 anos e, imagine-se, são virgens, o que é uma extrema violência, explicou-me ela que teve aulas de educação sexual desde o 5º ano de escolaridade. A minha filha já falou com o tio (meu irmão e que, que eu saiba, não está para ser pai) que é veterinário e disse à minha filha que as gatas já andam a tomar a pílula há muito tempo e podem ter caroços. Nada que uma felina queca não resolva e acabe numa meia e oportuna dúzia de gatos. Perante isto, alguém me ajude e diga o que devo fazer… engravidar, talvez? E, já agora, quem?

NOTA IMPORTANTE: Como é que a minha mãe soube destas andanças de gravidezes em cadeia por parte da vassalagem cá de casa? Elementar… o namorado da minha empregada, além de ucraniano é pintor, pinta casas e assim, a minha mãe quis pintar a casa dela, eu indiquei o homem, ele conversou com a minha mãe sobre o orçamento e… está explicado, não é?

A desvergonha


[853]

Não há direito. É a
força do grande capital desumanizado, é a hostilidade sem barreiras, é o atropelo dos direitos e garantias dos bloggers, é o desejo despudorado do lucro desenfreado e, sobretudo, a mordaça continuada das minorias desprotegidas à mercê da ganância dos grandes senhores da blogoesfera.

É tempo para uma micro-causa JÁ, um abaixo assinado daqueles que vêm na net com muitas assinaturas de intelectuais, políticos e passageiros da TAP em exercício a ver se podemos continuar a ler a
Miss Pearls sensibilizada com as alcinhas da capital – leia-se as verdadeiras e legítimas preocupações de uma blogoesfera de bem.

quarta-feira, março 15, 2006

Cavaquismo e silvismo


[852]

De Paulo Gorjão julgo saber que é de Setúbal, presumo que é jornalista e sei que tem um
blog à séria, daqueles eminentemente políticos, sérios, sisudos e, frequentemente, chatos. O que não invalida o valor intrínseco do blog, aí está uma das maravilhas da blogoesfera, cada um escreve sobre o que lhe apetece e ninguém tem nada com isso. Se até eu escrevo…

Como deploro alguns dos nossos políticos mas gosto de política, tal qual deploro grande parte dos nossos jornalistas mas não poderia, nunca, viver sem jornais, sigo avidamente os blogues políticos. Muitos deles oferecem-me uma plena identificação de pontos de vista, outros irritam-me e outros ainda fazem-me rir saudáveis gargalhadas, o que é sempre um eficaz e barato tratamento ao fígado. Mas leio todos os que posso.

Isto tudo para dizer que o
Bloguítica é um dos blogues que leio, coisa que não deve fazer diferença nenhuma a Paulo Gorjão, lê-lo ou não. Mas leio. Frequentemente entendo-o, outras vezes fico com dúvidas, aqui e ali discordo mas acho que é isso mesmo que, tudo junto e somado, contribui para que eu leia o Bloguítica com agrado e com apreço. Mas desta vez… vejo (aparentemente não sou só eu) que as escolhas de Cavaco Silva para o Conselho de Estado têm merecido ácidos comentários a Paulo Gorjão. Ele acha que são más, ele acha inclusivamente que estas escolhas podem comprometer a reeleição (Laura, eu pus hífen, mas deu erro…) de Cavaco Silva daqui a cinco anos e, cruzes, acha que as escolhas são, segurem-se, “cavaquistas”. Isto quando deveriam ser “silvistas”, o que significaria um rompimento com o passado cavaquista que acabou por derrotar Aníbal nas presidenciais com Jorge Sampaio. Eu sei que isto é tudo um bocado confuso e eu até percebo o “substrato” (!...) da coisa, a nuance da diferença entre cavaquismo e silvismo. Mas uma coisa se configura em pertinência no meu cérebro. Tomando o termo cavaquismo à letra, Cavaco Silva haveria de escolher quem? Soaristas? Guterristas? Sampaístas? E nós não sabemos fazer nada sem “ismos”? É assim tão esquisito Cavaco Silva ter feito escolhas baseadas na competência e confiança dos escolhidos, dentro dos seus próprios critérios? Ou os critérios deveriam ser de outrem? E depois, Marcelo, Ferreira Leite e Lobo Antunes, para citar só três, são cavaquistas ou são figuras de reconhecido gabarito e seriedade?

Há coisas extraordinárias de se perceber…

Ser pai de uma mãe...


[851]

A bebé acabou de mamar…
Acabei de mudar a fralda à bebé…
A bebé já engordou um quilo…
A bebé acabou de adormecer…
A bebé está a chorar…
A bebé não está a chorar…

Estas são algumas das 23.567 mensagens "sms" que estou a receber por dia, a partir de Maputo.

Enjoy your trip, kid!

Leave the kids alone


[850]

Hoje acordei cheio de vontade de dizer qualquer coisa sobre um grupo de jovens que anda a partir cadeiras lá pela Sorbonne, provavelmente nem eles sabem bem porquê. E também sobre as manifestações da extrema esquerda (???) em Milão. Mas fenece-me a vontade.

Ainda por cima ouvi logo de manhãzinha um apresentador da RTP a ensinar os portugueses que entre as frases “Um dos que mais contribuiu” e “Um dos que mais contribuíram”, a segunda é que está certa porque tem de haver concordância entre o predicado e o sujeito e, neste caso, o sujeito é o “que” que representa “dos”, plural. Nada mais certo e este é talvez o mais frequente erro de português na comunicação social. Até aqui, tudo bem. O pior é que depois da lição, escassos segundos depois, o apresentador, a propósito de um acidente de viação disse “este é um dos feridos que “ficou” em estado grave.

Em vez de uma Entidade Reguladora da Comunicação Social, não poderia o Governo nomear uma professora de português em full time para as estações de rádio e televisão?

“They left the kids alone” e agora é o que se vê…

Primavera em Lisboa


[849]

Cheia, cheia, não digo. A
Miss Pearls é uma exagerada. Em cinco minutos de porfiados esforços só consegui lobrigar (como é que há vocábulos destes?) esta. E mesmo assim, levou-me um minuto e quarenta e cinco a conseguir convencê-la a deixar-se fotografar!

sábado, março 11, 2006

Frozen


[848]

Frozen, que é o estado em que este blog se encontra. Voltará a dar um ar da sua graça (se alguma tem) logo que se reúna as condições para isso.

Um abraço e beijos para todos os que costumam visitar-me.

11 de Março em Madrid


[847]

Hoje passam dois anos sobre o atentado em Madrid em que duzentas pessoas morreram e mais de um milhar ficaram feridas.

Espero que Freitas do Amaral arranje uma deixa para poder reafirmar o seu pensamento. De que o ataque foi condenável, mas compreensível. E, claro, explicar a coisa um pouco melhor aos ignorantes!

quarta-feira, março 08, 2006

Como é que nunca a vi?


[846]

Passei em Potchefstroom, no norte, percorri o Highveld até Pretoria dos jacarandás, saltitei na zona por Hartbeerspoortdam, Krugersdoorp, Sun City e Lost City, vim por Belfast abaixo até ao Lowveld, onde comi em Sabie, dormi em Hazyview, passeei em Nelspruit e White River, subi aos morros de Barberton a espreitar a Swaziland, atirei-me para o reef, andei por Johannesburg (que conheço como as minhas próprias mãos), não parei quieto em Kensington, Sandton, Marlboro, Kyllarney, Rivonia, Randburg, saltei para Alberton e Heidelberg, comi hamburgers em LadySmith, esquentei no Orange Free State, HarrisSmith e saltitei ainda pelo Northern Natal, Dundee, Newcastle, Vryheid, Pongola, palmilhei a pé a elegante e vetusta Pietermaritzburg, nadei e comi caril em Durban, vivi em Pinetown e visitei amigos em New Germany, percorri a Wild Coast, o Transkei, fiz a Garden Route, estive em East London e na brumosa Port Elizabeth, cheguei ao Cabo, estive em Strand, Gordon’s Bay, Mossel Bay, Cape Agulhas, Cape point, Hout Bay, Stellenbosch, Paarl, galguei Ceres e o Karoo, ziguezagueei no Drakensberg, fiz tudo isto de carro, de avião, a pé, sozinho, acompanhado, conheci gente, fiz amigos, trato a África do Sul por tu. E nunca, mas NUNCA, tropecei nesta mulher…

Foto: Charlize Theron, estonteante de bonita, vestida (a avaliar pelo que li em reputadas confrades aqui pela Blogos) por Christian Dior na cerimónia dos Óscares 2006.

Elementar

[845]

A propósito do meu post anterior e do que li
aqui, aqui e aqui, gostaria de referir que o Artigo 13º da Constituição da República Portuguesa de 2 de Abril de 1976, cerca de um ano depois de as Nações Unidas terem adoptado oficialmente o dia 8 de Março como "Dia Internacional da Mulher", consagra o princípio da igualdade da seguinte forma:

"Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica ou condição social."

Isto é um princípio fundamental de igualdade e direitos comum à maioria dos países civilizados. Todos os atropelos e desvios da lei deverão ser tratados em instâncias próprias e com o recurso aos instrumentos jurídicos apropriados e não sob a guarida do habitual folclore de politicamente correcto. Sem embargo do reconhecimento de que ainda hoje existem muitas situações de injustiça a necessitarem de acção imediata e eficaz.

É a minha humilde opinião.

"Dias de"


[844]

Desde que acordei que já ouvi para aí umas vinte vezes nos noticiários da TV que hoje é "dia internacional da mulher". Vou, assim, sair, de casa já devidamente industriado sobre um dia que provavelmente um homem ou um grupo de homens decidiu que seria o dia "delas". Vão suceder-se artigos na imprensa, notas na rádio e reportagens na televisão sobre salários desiguais, violência doméstica e o mais que se lembrarem, do arsenal do politicamente correcto, disponível por aí. Posts, assim de relance, já vi dois…

Eu acho que as mulheres são como eu. Muito mais bonitas, muito mais sensíveis, quiçá mais inteligentes e, sim, vítimas de séculos de injustiças históricas que, feliz e visivelmente se têm diluído, mas são como eu. Elas crescem, brincam, estudam, trabalham, alcandoram-se a lugares na sociedade a que têm tanto direito como eu. E isso hoje é um facto, com vergonhosas excepções em países atávicos e crueis que conhecemos bem.

Estragar esta saudável tendência com “dias de mulher” é um retrocesso que só serve aqueles ou aquelas que porventura não terão outros meios de celebrarem a formidável condição de ser feminina que não seja debitarem um punhado de lugares comuns sobre as mulheres. Na maioria dos casos, da cátedra da sua “superior condição” masculina.

Vivam as mulheres, vivam os homens e viva a feliz possibilidade e suprema felicidade de ambos se completarem.


Gravura: "Dancers" de Franz von Stuck

terça-feira, março 07, 2006

A girl it is


[843]

Às 07:00 de hoje (hora portuguesa) nasceu um indivíduo do sexo feminino no Private Hospital de Nelspruit, Western Transvaal, South Africa, a quem foi posto o nome de Stela. A mãe está babada, está
Passada e encontra-se bem, devendo regressar a casa na próxima 6ª Feira. O pai está semi-catatónico, mas a recuperar bem. Está tudo bem, tudo de saúde e tudo feliz.

Só agora dou a notícia por que estou “outboundaried”, e só agora consegui encontrar, de fugida, um computador.

A
Passada deverá estar de volta a Maputo na próxima 6ª Feira e agora deixem-me ir que ainda tenho de voltar a casa.

Já volto


[842]

Vou ali e já volto. Be right back!

segunda-feira, março 06, 2006

Coabitação


[841]

Coabitação, sim. Frankenstein político, não!

Imagem recebida por e-mail

Anjinhos e diabretes


[840]

Tenho o meu diabinho e o meu anjinho da guarda ao estalo desde ontem. Idiotas, patetas, que não se entendem. Estou aqui a trabalhar, a preparar até uma viagem relâmpago para amanhã e eles não param quietos.

Apetece-me tomar partido e dar um piparote no anjinho, mas depois lembro-me que já sou crescidinho e não devia dar ouvidos ao diabrete. Muito menos, confiar nele. Mas se sou, frequentemente, como ele? Que fazer? Porque será que os dois não poderão entender-se? A coisa tem mesmo de ser assim? Ou um, ou outro? Não dá para eles irem tomar uma imperial e (hummm… pois, o anjinho não bebe…) e fazer um plano qualquer (hummm, pois, o diabrete não faz planos, primeiro faz as coisas e depois pensa…)?
Pois, parece que não!

O melhor mesmo é deixá-los ao estalo. Lá mais para a noite logo vejo quem fica por cima e quem perde por assentamento de espáduas. Mas depois, já sei que amanhã começam outra vez…