terça-feira, janeiro 31, 2012

Mais tédio

Judite de Sousa - New look


[4534]

Pegando ainda no meu post anterior… nem de propósito. O mais grave é que me cheira que Judite de Sousa é como um amigo meu que nunca vê novelas, as acha uma coisa menor e alienatória, mas conhece as personagens todas. Não só na trama como na vida real.

É! Esta gente dá tédio
.

Etiquetas:

Menoridade

[4533]

Almocei com a personagem. E mais uns quantos. A conversa fluía, despretensiosa, trivial e eis senão quando alguém refere qualquer coisa sobre uma coisa qualquer, com uma qualquer importância que não adiantava qualquer coisa sobre coisa nenhuma. A personagem, impante e segura da representatividade de uma nova estirpe de intelectuais, aparentemente de gente que não suporta blogues e, não chegando, verbera com veemência quem os escreve ou lê, pergunta de imediato:

- Mas porque é que diz isso? Ouviu onde? Espera… leu num blogue, não me diga. Era mesmo o que faltava dizer que leu isso na blogosfera. Ainda não percebeu que a blogosfera é uma coisa menor, completamente ultrapassada pelas realidades e uma feira de vaidades, onde um grupo de gente ainda não reparou que ninguém lhes liga nenhuma?

Eu tenho um blogue. Este. Bom ou mau, é meu. Também me palpita ainda no sangue a máxima de que quem não se sente não é filho de boa gente. A diferença é que esta máxima é do tempo em que a boa gente se sentia porque havia má gente, má, mas ainda assim que merecia um desforço, uma descarga mínima de adrenalina, uma desafronta. Todavia, os tempos andam diferentes. Como as gentes. Já não são o que eram, as gentes, nem merecem desforço nem desafronta. Não valem sequer o trabalho do contraditório. Tornam-se uma maçada. Sobretudo porque quando recalcitram entre duas garfadas de um bitoque, espelham uma pretensa classe média, mas não suscitam a ideia de um vestígio de cultura ou polimento na discussão, e tudo tornam em refrega porque se sentem inflados por uma baforada de poder. Mesmo que efémero. Um tédio, esta gente.
.

Etiquetas:

segunda-feira, janeiro 30, 2012

Futebóis





[4532]

1 - O Sporting ganhou. Depois de andarmos quase um mês a ouvir, diariamente várias vezes por dia, que «o Sporting ainda não ganhou em 2012» vamos andar uma semana inteirinha a ouvir a comunicação social dizer, diariamente e várias vezes por dia, que «o Sporting ainda só ganhou uma vez este ano» e usarão a expressão «Capitão América» várias vezes por dia. Se na próxima jornada o Sporting ganhar, a comunicação social vai andar uma semana inteira a dizer que o Sporting depois de ainda só ter ganho uma vez em 2012, voltou a ganhar e continuarão a falar no Capitão América. Se perder, voltam ao estribilho «ainda só ganhou uma vez em 2012» e começam a diluir o Capitão América na espiral do esquecimento;

2 - O Porto perdeu em Vila do Conde. O treinador disse que culpa foi do árbitro e disse até que o melhor era encomendar já as faixas. Se o Porto continuar a jogar como está a jogar e a perder como há muito mereceria ter começado, estamos à beira de ouvir a linha da frente do Clube todos os dias a acusar os árbitros. Se voltarem a perder, vem a linha da frente, a linha do meio, a linha de trás e acabamos a ouvir Pinto da Costa a recitar o «Só», de António Nobre, num programa da Fátima Campos Ferreira e o CAA a ralhar com toda a gente no Blasfémias. Também é crível que aumentem as vendas de fruta no Bolhão. Ou sem ser propriamente no Bolhão… eles lá sabem onde se compra a melhor fruta;

3 – O Benfica ganhou. Se ganha mais três jornadas seguidas vamos passar a ouvir Jesus a dizer todos os dias que a única equipa que poderá disputar a vitória com Benfica é o Manchester Unait! Rui Santos enfatizará o seu discurso. Desde logo, é assim, mormente, e aquilo que são.

Isto promete.
.

Etiquetas:

sexta-feira, janeiro 27, 2012

Save our souls

[4531]

De repente começa a circular a tenebrosa hipótese de Carvalho da Silva vir a candidatar-se a Belém. A mim, sinceramente, não me assusta que o homem se candidate, coisa, aliás, perfeitamente legítima. O que verdadeiramente me aterra é verificar a percentagem daqueles que acharão que este homem, vergado a uma ortodoxia comunista tipo metade do século XX, poderá vir ainda a conquistar.

Este é um bom exemplo do país que (ainda) somos…
.

Etiquetas: ,

E andou esta rapaziada cerca de 15 anos a «desenvolver» o país, para agora vir este governo e estragar tudo...

[4530]

Chega a ser grotesco ouvir personalidades do Partido Socialista, mormente as que estiveram bem ligadas à personagem de má memória que foi Sócrates, exercer críticas capciosas sobre a actualidade política nacional. Um exemplo? António Costa, na Quadratura do Círculo (onde, de resto, Pacheco Pereira se deixa arrastar também pelos seus ímpetos de reviralho intestino para produzir comentários que deixam muito a desejar, pela sua parcialidade) e vários outros que, adrede, se excitam imenso criticando a actual executivo, sobretudo nas suas vertentes de política económica.

Só um mal intencionado, ou distraído, pensaria que eu acho que ao PS estaria vedado o exercício da análise livre sobre todos os temas da nossa governação. Mas quando oiço socialistas criticar as políticas económicas do governo, depois do molho de bróculos em que nos meteram, enquanto governo, por incúria, incompetência, conúbio, proselitismo, interesse, corrupção e mau carácter, dá-me sinceramente vontade de atirar com uma jarra ao televisor. No mínimo. Acho que esta rapaziada socialista se devia remeter a um período de nojo, pelo menos enquanto devermos dinheiro ao FMI.

Outros há, ainda, mais modernaços, que se divertem imenso na blogosfera e no Facebook. A imagem acima, por exemplo, é uma de várias com que João Soares se entretém a criticar. Tiradas populistas e patéticas como esta servem de pano de fundo ao exercício crítico de João Soares. Para quem nos arrastou para este lodaçal vir agora com estes jogos florais, é preciso, como uma vez disse Freitas do Amaral, topete.
.

Etiquetas: ,

quinta-feira, janeiro 26, 2012

O borralho nacional

[4529]

Toda a minha vida tive uma tremenda dificuldade em entender a verdadeira devoção dos portugueses pelo calor. Desde miúdo. Tal como o horror do frio. Abaixo dos 20º o português encasaca-se, põe peuguinhas de lã, receia as correntes de ar, o gelo torna-se uma coisa mais ou menos exógena, as criancinhas ouvem insistentemente a ordem fecha a janela e os empregados de restaurante são frequentemente instados a desligar os aparelhos de ar condicionado. A água não pode ser gelada, tem de ser natural para não fazer mal às amígdalas ou ao esófago.

O português gosta de calor, mesmo que tenha de andar suado na rua, em atmosferas oprimidas no escritório, restaurante ou autocarro e mesmo no metro, mau grado os odores corporais contidos em camisas de mudança semanal, dormir com o corpo molhado, o português não suporta estoicamente o calor, ele desfruta a bênção que Deus lhe deu, inundando este país de sol quase em regime de permanência.

Daí que a foto lá em cima (Rio de Janeiro, ontem) enforma bem o paraíso na terra para muita gente. Por mim, só de olhar para a foto, apetece-me tomar um duche frio, mergulhar numa máquina de fazer gelo ou ver um filme com muitos pinguins. E pensar como é possível dar ao calor o tratamento mais ou menos iconográfico que nós lhe damos. Basta recordar os nossos apresentadores de rádio quando, em períodos de canícula de Agosto anunciam que o tempo vai continuar delicioso. E fazem-no com aquele arzinho sensual de quem possivelmente vai dormir nos braços daquele abençoado anticiclone centrado a noroeste dos Açores que nos mantém o país em regime de borralho permanente.
.

Etiquetas:

Barulho trincado

[4528]

Desabamento de dois prédios no Rio. O repórter da RTP para um residente próximo:

-...mas diz-se que houve uma explosão. Ouviu algum barulho de explosão?
- Não, senhor. Ouvi um barulho, sim, mas não foi um barulho explodido, foi um barulho trincado.
- Barulho quê? Não se importa de explicar melhor? É que esta reportagem é para Portugal…
- Trincado, ouvi um barulho trincado, não foi explodido, não.

Reconheçamos que a grafia do português brasileiro frequentemente não faz sentido. É preguiçoso e desvirtua grosseiramente a etimologia das palavras. Mas que os brasileiros têm uma criatividade ímpar na sua forma de expressão, têm. Assim que ouvi barulho trincado, percebi exactamente o que o homem dizia, imaginei até o barulho e entendi que o prédio deveria ter desabado por si. Na verdade, na peça seguinte, o repórter anunciava que o prefeito do Rio de Janeiro aventava a forte possibilidade de tudo se ter devido a deficiências de construção.

Sei de muita gente compostinha cá da paróquia que bem podia ir ao Brasil exercitar a sua oralidade (salvo seja…) para evitar figurinhas tristes de cada vez que os repórteres lhes pedem para dar opiniões.
.

Etiquetas:

quarta-feira, janeiro 25, 2012

Pestilência

[4527]

Este «dossiê Isaltino» só não faz história porque no fundo ele não é diferente de muitos outros processos que saltitam por aí em cada esquina.

Paulo Morais tece aqui oportunas considerações sobre esta pestilenta novela mas não é curial que não se faça o mesmo para outras histórias, porventura menos rocambolescas, mas nem por isso menos pestilentas, algumas delas com direito a vivas e aplausos nas escadarias da Assembleia da República.

Talvez fosse de recordar que porventura mais do que o dinheiro que se deve e da nossa precária situação económica, situações como esta (e todo o sistema que lhe subjaz ) contribuem decisivamente para que aos investidores não lhes apeteça muito investir aqui um «bloody penny». Muitas vezes, não porque os investidores sejam, eles próprios, um modelo de virtudes, mas porque talvez ultrapassemos largamente tudo o que é expectável em matéria de conúbio, matarruanice ajuramentada e, naturalmente, um grau de proselitismo dificilmente comparável. Tudo qualidades que têm limites, na Europa.

ET - Acabei de ouvir nas notícias que o problema com Isaltino é que o processo está parcialmente prescrito. Pelas alminhas... alguém me explica esta do parcialmente?
.

Etiquetas:

segunda-feira, janeiro 23, 2012

A «população» solidária com os indignados a enjeitar a extrema-direita

[4526]

Alguém explica à SIC-N que quem se indigna com os «indignados» não tem necessariamente que ser de extrema-direita? E alguém me explica a mim o ar cândido daquele «indignado» que o diligente repórter da SIC-N interpelava, quando afirmou que os tais elementos da extrema-direita foram imediatamente rejeitados pela… população? Mas afinal que treta é esta que estamos a viver? Começo a indignar-me, também!
.

Etiquetas:

A frase infeliz do presidente



[4525]

Há duas pessoas em Portugal, com responsabilidades políticas, que têm uma manifesta dificuldade em se exprimir e em «estar» em público. Cavaco e Silva e Ferreira Leite. Só um comentador/crítico/paineleiro/analista/politólogo mal intencionado poderia escrever «…Mas não, Cavaco Silva preferiu muito simplesmente gozar com o seu povo…». Que é uma afirmação que até podia ir muito bem no cenário obsceno de um programa como o «Eixo do Mal» mas não no contexto desejavelmente sério e credível de um jornal de grande circulação.

Repugna o arraial que vai por aí, dos blogues aos jornais, passando pelas televisões, verberando o discurso de um homem que só mesmo se tivesse perdido o juízo faria as afirmações que fez, no contexto objectivo em que é acusado.

Choca ainda ver João Soares, filho de um ex-presidente que, quiçá, mais vezes se expressou com total desrespeito pelo seu país e pelos portugueses, vir com seus ademanes habituais referir-se a Cavaco Silva. Que bom seria que o João reparasse bem no que vai lá por casa do papá, antes de debitar as patetices do costume.

ADENDA:

Já agora, como diz hoje o Torquato da Luz:

Navegamos num mar de enredos:
mal a onda se esvai, logo outra vem
entre limos, enigmas e segredos
a que não escapa ninguém.
Por mais absurdo que o caso seja,
há sempre quem, por despeito ou inveja,
lhe dê sequência e atenção
para rapidamente o abandonar
em troca do que tome o seu lugar
na infindável sucessão.
E assim vamos gastando os dias
em novelos e ninharias.

.

Etiquetas:

Mais 111.400 razões

[4524]

… para lamentar e entender o nosso «substrato». Um país inundado de gente impoluta, solidária, séria, cumpridora e com um apurado sentido crítico, assim tipo socialista, está bem de ver, afinal acaba de «matar» 111.400 filhos que viviam apenas para que se pagasse menos impostos.
.

Etiquetas: ,

quinta-feira, janeiro 19, 2012

Uma questão de tomates

[4523]

A propósito do Acordo de concertação social e de se ter preservado o 5 de Outubro, insiste-se na designação deste dia como o da implantação da República. De há muito que se manipula a opinião pública neste particular e ainda há pouco Manuel Alegre com a sua jactância habitual e o à-vontade de quem usa o carro do estado para ir à pesca dizia que nem Salazar se atreveu a mexer no feriado da República.

Se a honestidade fosse música nunca muitos republicanos teriam como dançar. Sobretudo se nos lembrarmos que muitos portugueses (a maioria?) desconhecem que 5 de Outubro de 1143 é a data da fundação de Portugal «…Portugal nasceu e cresceu no berço da cristandade ibérica, o Tratado de Zamora realizado a 5 de Outubro de 1143, entre D. Afonso Henriques e o seu primo, Afonso VII de Leão e Castela, conferia a independência à nossa nobre Nação valente…».

Aproveitar a boleia e chamar ao 5 de Outubro dia da República é a mesma coisa que, lá está, ir à pesca no carro do Estado. Mal comparado é o mesmo que um grupo de patuscos americanos começar a comemorar o 4th of July como o dia nacional de uma variedade de tomate que eu conheço.
.

Etiquetas:

Pepe é um idiota (quote)

[4522]

Uma das razões porque gosto da cultura anglo-saxónica é o facto de os seus representantes dizerem curto, simples e efectivamente o que pensam. Pepe, um reincidente agressor dos campos de futebol, pisou ontem violentamente, de propósito, a mão de Messi, caído no relvado. Ao lado de extensas reportagens sobre a matéria em vários jornais, o inglês Wayne Rooney veio à net e escreveu: - Pepe é um idiota.

Apetece ser Rooney quando vejo a onda de incitamento à violência aqui, aqui, aqui e aqui. E embora concorde com a designação insurgente de que estes tipos são maluquinhos, apetece dizer sumariamente. Otelo é um idiota. E os outros também.
.

Etiquetas: ,

Modernices

[4521]

A vertente modernaça do PSD achou por bem apresentar um projecto de técnicas de procriação medicamente assistida, vulgo barrigas de aluguer. Não consigo entender bem porquê, mas o Partido lá terá as suas razões que eu genuinamente espero que não tenha a ver com um pretensioso alinhamento com as questões fracturantes da esquerda, que é o que a esquerda sabe fazer – fracturar.

Que me perdoem as correntes progressistas mas ainda acho que um filho não é só uma criança. É, ainda, um projecto que resulta de um homem e uma mulher que se conheceram, amaram e geraram uma cumplicidade da qual o filho é a melhor prova e desígnio. Burilar a questão e desbravar terrenos em nome de uma qualquer ideologia ou de um qualquer capricho idiota de algumas luminárias que vão enfeitando as câmaras de debate das grandes questões nacionais, na maior parte dos casos Partidos com uma representação meramente residual, é atraiçoar um dos, ainda, mais nobres cometimentos da espécie, como também um total desrespeito pelos indefesos nascituros a quem se lega um futuro armadilhado e se nega uma das mais sublimes realizações espirituais. Com a agravante de, muito provavelmente, os novos indivíduos viverem uma vida inteira numa estratégica ou piedosa mentira.
.

Etiquetas: ,

sábado, janeiro 14, 2012

Glu glu glu glu glu

[4520]

Tenho de confessar não gostar muito do dragonismo do CAA, mas ele ontem excedeu-se, no bom sentido, com a imagem dele, quando pequenino, a investir por um bando de perus, gritar e os perus começarem de imediato a fazer glu glu glu glu glu!

Referia-se CAA, com toda a propriedade à matriz reactiva dos nossos ilustres jornalistas sempre que lhes cai no colo um caso mediático o que, de resto, acontece todos os dias.

Não posso deixar de sorrir perante a imagem, da nossa comunicação social glu glu glu glando todos os dias, de cada vez que há uma gafe de Passos Coelho, um «desabilidade» de Manuela Ferreira Leite, ou uma nomeação de um PSD ou CDS.
.

Etiquetas: ,

De pequenino é que se indigna o pepino

[4519]

Cenário:

- Um sala de uma escola algures

Personagens e figurantes:

- Uma turma de meninos e meninas de sete anos;
- Professora e psicóloga;
- Duas senhoras, não identificadas, mas que poderiam ser professoras. Ou psicólogas. Ou educadoras. Ou… qualquer coisa por aí.

Patrocínio:

Serviço Público da RTP que resolveu perguntar a uma turma de meninos e meninas de sete anos o que pensavam da crise

Peça num só acto:

Meninos a falar com aquela dicção que já lhes vem das tripas e que ninguém parece interessado em corrigir e com a expressão de quem sabe que vai sair na televisão.

- A crise é por causa que os ricos deviam de devolver o dinheiro que o políticos roubaram e dar aos pobres;
- A crise é quando se a minha mãe vai às compras e me quer comprar duas mochilas eu digo à minha mãe que só me deve comprar uma mochila porque uma mochila já chega;
- A crise é porque nós devemos comprar sempre os produtos nacionais de Portugal;
- A crise é porque o governo tira o dinheiro às pessoas para pagar as contas e depois as pessoas não têm dinheiro para pagar as contas deles.

Cai o pano (sujo)

Triste país em que as crianças já aos sete anos estão sujeitas a esta manipulação. Seja por pais estúpidos e igualmente catequizados neste tipo de raciocínio, seja por um sistema pútrido que acha que aos sete anos é já uma boa idade para se incutir este tipo de formulação de pensamento e noção das realidades. Porque nos estamos a tornar num país (já somos?) sem respeito por nós próprios, sem respeito pelas crianças e claramente subjugado por um grupo manipulador, jacobino e idiota que dissemina objectivamente um conceito social totalmente desfasado da realidade do nosso contexto social, económico e político, inseridos que estamos na União Europeia. Não há o direito de se educar crianças desta forma, muito menos usá-las para sessões didácticas desta natureza. Isto não é pluralidade nem liberdade, isto é Chávez, é Castro, é quase Kim Il Sung, isto é o sufoco socialista de que alguns parecem gostar, não obstante a situação em que esse mesmo socialismo nos colocou.

Nota: No Noticiário das 13:00 da RTP. Serviço público para o qual todos os meses me vem uma conta na factura da EDP que, a não ser paga, resulta no corte da energia. A foto em cima é do referido programa, hoje às 14:07.
.

Etiquetas: ,

sexta-feira, janeiro 13, 2012

Os sacrifícios que não fazemos pelos nossos filhos…

[4518]

Pegando ainda no post anterior e aligeirando um pouco o menu, em sede de (como eu gosto deste «em sede de») duplas homossexuais femininas, tenho para mim que se uma mãe faz todos os sacrifícios por um filho, não vejo porque uma lésbica não faça o sacrifício de se sujeitar a uma relação sexual com um homem para poder engravidar. Assim tipo uma vez sem exemplo. Poderá ser um pequeno sacrifício mas, que me lembre, o que é que uma mãe não faz por um filho?

Já no que se refere a duplas masculinas, a minha imaginação fenece! Mesmo assim, uma rapidinha com uma mulher, tipo one night stand, poderia resolver a coisa.
.

Etiquetas: ,

Mexer na pilinha (2)



[4517]

O Bloco resolveu ter um orgasmo outra vez e aí está ele fracturando a pax portucalense com os arremedos de quem não sabe fazer mais nada do que mexer na pilinha (ver, a propósito, este post que escrevi em 2010).

Custa-me a entender a dificuldade em se perceber que nesta questão de barrigas de aluguer há que colocar acima dos interesses dos fautores do «projecto» (entenda-se gerar uma criança) está o interesse da criança em si. Parece que ninguém se lembra ou quer lembrar disto. Não é apenas uma questão ética e social mas sim, quiçá principalmente, uma questão do respeito devido a um ser humano que vai nascer em condições exógenas ao processo. Para além de que do ponto de vista puramente científico me parece que esta via da barriga de aluguer permanece um pouco difusa.

O PSD envereda por uma via aparentemente cómoda e que Pilatos não desdenharia, com esta tomada de posição. Creio ser um caminho errado e sobre isso, ler este post da Helena Matos que explica bem não ser este um caso a ser analisado pelo prisma de se ser homossexual ou heterossexual.
.

Etiquetas: ,

quinta-feira, janeiro 12, 2012

E o mar aqui tão perto

[4516]

Às vezes distraio-me. E não dedico o merecido apreço a uma rotina boa como a de acordar e encher a sala com o aroma inconfundível dos nossos cafés e depois degustar umas fatias fininhas de queijo de Nisa, hoje por hoje um dos melhores queijos do mundo a um preço honesto, com pão estaladiço, sentar-me ao PC e, com um simples movimento, afastar um pouco a cortina e contemplar o Atlântico, azul, magnífico e oceano de tantas proximidades para mim. E pensar que daqui a poucas horas ele será banhado também pela incomparável luminosidade de Lisboa.

Se me lembrar que depois do duche me meto no carro, cumpro uma rotina já longa, a de percorrer a marginal, cheia de luz, cheia de mar, cheia de maresia até desaguar no magnífico cenário de Belém e me embrenhar na cidade para ir trabalhar, concluo que realmente vivo num país de eleição. Com um dos melhores climas do mundo, excelente gastronomia, cenários magníficos, segurança relativamente aceitável e gente bonita. Resumindo, o país é óptimo. Eu sei que nós, os portugueses, nos esforçamos imenso para o estragar e, justiça seja feita, o conseguimos fazer com frequência, mas ele vai resistindo estoicamente e, aqui e ali, encarrega-se de nos recordar que é um país de excelência.

Como hoje, quando uma qualquer «energia» me fez afastar a cortina da vidraça e reparar no mar que me mima, aqui a poucas dezenas de metros.
.

Etiquetas: ,

quarta-feira, janeiro 11, 2012

O Público (não) errou

[4515]

Não errou, mentiu mesmo. Mais rigorosamente, distorceu as declarações de Manuela Ferreira Leite, atribuindo-lhe a catadura de uma economista insensível que acha que se deve deixar morrer um idoso com insuficiência renal, não lhe prestando serviço gratuito de hemodiálise.

É conhecida a deficiente oralidade de Ferreira Leite, mas mesmo apesar das dúvidas de António Vitorino e subsequente clarificação sobre o verdadeiro sentido do discurso de Manuela, para mim, que vi o programa, foi sempre claro que o que ela quis dizer foi que a hemodiálise deveria ser paga por aqueles que o podem fazer. Assim. Tout-court. Mas o Público achou que não. Pior. Eu até acho que o Público achou que sim, tal como achou (e lá estamos nós a achar…) que enviesar as declarações da economista da forma como titulou a primeira página seria um estimável serviço prestado ao estado social, ao mesmo tempo que promovia o linchamento da senhora. Tudo em obediência à matriz habitual da ética comportamental de um jornal em ebulição. Resta saber se de juventude se de evidente má-fé.
.

Etiquetas:

segunda-feira, janeiro 09, 2012

Snappy answers to stupid questions

[4514]

Que alguns dos nossos repórteres deviam pagar uma taxa qualquer de cada vez que abrem a boca eu já sabia. Por isso mesmo lhes tenho devotado alguma indiferença de cada vez que vejo estes jovens de microfone na mão, mas hoje foi demais. Eu conto.

Aumento de combustíveis. O repórter vai saltitando de carro em carro para saber do impacto do aumento e após meia dúzia de respostas em que os portugueses são exímios (desde a imperativa necessidade de aumentar a água na sopa até reduzir no número de bicas) eis que salta aquela que eu considero a pergunta do ano:

- Então, diga-me: Acha que com a gasolina mais cara as suas despesas mensais aumentam?

Estas perguntas são feitas normalmente com o repórter em «mode» de mento crispado de quem acabou de saber do falecimento de três membros chegados da família, que a mãe fugiu com uma amante para o Brasil e que o pai foi despedido e resultam em respostas do tipo que mencionei lá em cima. Menos bicas, mais água na sopa, não sabemos onde é que «isto» vai parar e assim!
.

Etiquetas: ,

Proibido proibir que se proíba. Ou os paladinos das boas práticas

[4513]

Poucas vezes terei ouvido tanto dislate, em quantidade e qualidade como no fórum da TSF de hoje, a propósito da nova legislação sobre a proibição de fumar em lugares públicos. Primeiro foi Francisco George perorando imenso sobre os malefícios que o fumador inflige ao não fumador. Seguiu-se um cortejo de «opiniões» nas quais os portugueses demonstram bem com estão formatados para a mentalidade de fiscal de licença de isqueiros. O português é doutorado em boas práticas (o termo boas práticas, juntamente com o «é assim», «desde logo», «proactivo», «alavancar» e «paradigma», deve ser o mais irritante dos termos adoptados pelo politicamente correcto em uso na paróquia) e a excelência do seu habitat mental consubstancia-se na prerrogativa de poder proibir o que lhe der na gana, sob a premissa de que o pensamento e a sua acção são os pressupostos para uma sociedade asséptica e consentânea com as práticas que ele decidiu considerar de boas.

Ouvi de tudo. Desde proibir que se fume em casa, até proibir que se fume no nosso próprio carro, passando pela imposição imediata de um adicional de 15% na taxa de IRS ao fumador, para que o estado disponha de fundos para o tratar do cancro de pulmão que aí vem, ouvi de tudo. Proibir até que se fume num raio de cinquenta metros da entrada de qualquer restaurante. E quando o jornalista disse que nos USA já é proibido fumar nas praias e nos jardins públicos, a grei exultou, esqueceu-se das maldades dos ianques no Iraque, no Afeganistão e em Guantanamo e achou, por uma vez, que os americanos, afinal, são uns tipos do baril.

Desoladora esta sensação de idiotia patológica que parece assolar esta nação boa praticante, de pensamento correcto e carácter impoluto. Não ouvi nada de semelhante quando se falava da necessidade imediata de se proceder à distribuição gratuita de drogas e seringas nas prisões. Ninguém se lembrou do drogado passivo. Tantas, mas tantas vezes, sujeito a malefícios bem mais gravosos que umas baforadas de nicotina. Mas isso era outra prática. Difícil e penosa, mas boa. Uma prática boa.
.

Etiquetas:

sexta-feira, janeiro 06, 2012

Da maçonaria

[4512]

Eu sei que vivo neste século e que, hoje por hoje, pouca coisa me surpreende, já. Mas tenho de reconhecer algum espanto com o fuzoê (é assim que se diz?) que vai por aí por causa da alegada promiscuidade entre a maçonaria e o poder político. Mas por que carga de água toda a gente se mostra admirada com o facto de assuntos de estado, classificados, secretos, serem verbo corrente ou, ao que parece, moeda de troca entre a maçonaria e o poder político? Também me surpreende o facto de toda a gente, de supetão, mostrar um profundo conhecimento sobre a maçonaria, as sociedades secretas, as «lojas», as dissenssões fratricidas. Afinal toda a gente está por dentro e se revela exímio analista do fenómeno das secretas.

Eu não gosto de colectividades. Sou um venerador incondicional do individualismo, da privacidade, da iniciativa da pessoa, sem embargo de quaisquer acções colectivas que visem o bem-estar de outrem, a ajuda, a solidariedade ou quaisquer acções tendentes a minorar a carência ou o sofrimento. Mas a vida é feita de pessoas colectivas e, muitas vezes, não podemos fugir delas. Eu, por exemplo, tive um barco em Maputo e tinha de ser sócio do Clube Naval para o poder arrumar e cuidar. Que me ocorra, foi a única «colecção de gente» a que me senti obrigado a aderir. Mas sei que os portugueses são de uma índole bem diferente. O português que se preza gosta de pertencer a uma comissão de utentes, a um clube de portadores de bigode. A uma irmandade de fumadores de cachimbo, detentores de uma unha comprida ou a um clube de caçadores. A pesca também tem clubes, o futebol, o hipismo, os atiradores aos pratos e aos pombos. Associações são aos milhares, disto, daquilo e daqueloutro, de datas, de inquilinos, de senhorios, de moradores daqui e dali, de alérgicos ao pó, à poeira, aos ácaros, ao chocolate e à lactose…e há as Academias, uma das que me ocorrem, assim de repente, é a Academia do Bacalhau, perante a qual eu tive de apelar aos mais variados subterfúgios para não ter me submeter à confraria (e se gosto de bacalhau…), em Johannesburg. E ele há grupos, também. São conhecidos os grupos de antigos residentes angolanos, moçambicanos, (no caso de Angola, os grupos estão mesmo subdivididos por cidades, regiões ou províncias), os grupos de atiradores especiais, do Grupo de Artilharia não sei das quantas do ano qualquer coisa na Guiné e não sei mesmo se não existe um grupo de ex-moradores do Bairro da Encarnação ou ex-passageiros do Príncipe Perfeito.

Estes grupos e associações produziram, chefes, responsáveis, líderes, enfim, uma hierarquia muito própria de quem não resiste em ir para a cova sem ser chefe de alguma coisa, uma vez na vida. Por vezes não se chega a ser líder, mas ter ganho uma competição do bigode mais revirado a Norte do Mondego ou ter comido o maior número de arrufadas na estação de Coimbra-B pode proporcionar a realização máxima de um cidadão comum que, não fora o bigode e as arrufadas e se arriscaria a falecer no triste anonimato da gente que faz a barba todos os dias e nunca ouviu falar de arrufadas. E há sobas (dos tais grupos africanos) e grão-mestres (mesmo sem ser da maçonaria), há regulados e reinos e há regiões demarcadas. E há vestes, coroas, ceptros e aventais. Medalhas, anéis e diplomas. A Maçonaria não anda muito longe deste cenário. De vestes fidalgas e desígnios nobres, empunhou a liberdade, a fraternidade e a igualdade como estandarte sendo, que, ao que parece, este será o desiderato mais vilipendiado pelos seus irmãos.

Muitos gostariam de pertencer à maçonaria com a mesma convicção com que gostariam de pertencer à Associação Recreativa, Cultural, Beneficente e Social dos Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António ao Entardecer. Com a vantagem de se tratar de uma confraria secreta, com mais sainete. Para além de que, sabe-se, decorrem vantagens e prebendas e protecção de tal estatuto. Mas outros haverá que, não querendo, a ela têm de se sujeitar.

Por mim, nada tenho contra. Repito: os portugueses gostam de pertencer a qualquer coisa. Porque é que não há-de pertencer à maçonaria? Mas que esta exerça inaceitáveis pressões sobre aqueles que não pertencem ou sobre aqueles que ela acha que a ela devem pertencer ou, ainda, que a maçonaria se torne um autêntico cadinho de interesses, promiscuidade ou espúria conivência, manipulados por «homens de bem» e ao arrepio do interesse ou segurança nacionais é que não. Dêem lá a volta que quiserem mas acabe-se com este treta da maçonaria meter o nariz onde não é chamada. Muito menos onde não é desejada e, notoriamente, se torna lesiva do interesse nacional.
.

Etiquetas:

quarta-feira, janeiro 04, 2012

Un coup de saudade

Clicar na foto para ver bem

[4511]

Olha, está vento Norte! E está calor, a avaliar pela tonalidade da água ali para a Catembe! Olha…a Catembe! Olha a costa a caminho da foz do Maputo… e a foz do Tembe e do Umbelúzi! Ooooolha o 33… e a 25 de Setembro… o BIM… olha a 24 de Julho, a Eduardo Mondlane, é pá!... e a Electricidade de Moçambique ali á esquerda… oooooolha as Torres Vermelhas, pá! E o caniço de Mavalane aqui mesmo… que pena só se ver um bocadinho da Polana… também mal dá para reconhecer a Julyus Nyerere e a nossa Embaixada. Sommershield, Coop , marginal e Caracol é que não se vê nada… mas estão lá. De resto esta cidade pode até não se ver, mas está lá, está sempre lá. Lá e connosco. Basta alguém falar dela como esta Rita Ribeiro que fez a foto e a gente sente logo que a cidade está lá. Lá e connosco, ou não tivesse ela a magia própria de uma das mais belas cidades que conheci e me proporcionou gratas recordações e um período de compensador e muito profícuo trabalho. E onde fiz muitas amizades boas, também. Que se vão esbatendo com o tempo. Esbatendo, mas suficientemente vívidas para permanecerem, perenes, à erosão dos anos e, portanto, estão lá. E cá. Como a cidade, de resto. «Como anima»…!
.

Etiquetas: ,

terça-feira, janeiro 03, 2012

Para o país das túlipas

[4510]

Durante muito tempo a parolice nacional achou que isto da livre circulação de capitais era porreiro-pá e dava para ir comprar caramelos a Badajoz sem a chatice de termos que andar a comprar pesetas. Agora que se vai percebendo que afinal não era bem isso, rasgam-se vestes, berra-se por harmonização fiscal, canta-se a generosidade e fala-se de imbecil ganância http://youtu.be/3nKHalrxQnc e, uma vez mais, achamos que estamos a ser sacaneados. Não tarda, o Bloco está a lançar outro panfleto, o Jerónimo alarga o seu leque de ladrões e o Bernardino faz uma prédica sobre o Querido Líder.
.

Etiquetas: ,

Um ótimo exemplo de espetadores passivos de uma ação criminosa contra o património

[4509]

Pouco a pouco, pé ante pé, «tufinha», de mansinho, assim como quem não quer a coisa, de pantufas, o acordo ortográfico vai-se instalando. Acho que se instalou de vez, mesmo.

E instalou-se de pantufas, à sorrelfa, exactamente porque ele é um exemplo acabado do português formatado na petulância dos medíocres, na má consciência dos que conhecem a dimensão deste crime mas que não resistem ao sortilégio de se verem associados a um acto exemplar daquilo que os portugueses sabem fazer melhor. Gerar ditaduras, após o que os ditadorzecos se entretêm a pastorear a abulia, a passividade do cidadão amorfo e desinteressado que cultiva o tanto se me faz com a mesma displicência com que uma alforreca se deixa arrastar pelas marés.

Os pais do «acordo» sabem que poucas vezes um acto político como este terá provocado um tão alargado consenso de desaprovação. Mas, conhecedores da têmpera gelatinosa da fraca gente, optaram por esta introdução, de mansinho, exactamente porque a passividade reinante ajudará a que daqui a poucas semanas todos nós sejamos espetadores desossados deste espetáculo sem nome e que é, citando Miguel Sousa Tavares, um autêntico crime contra o património.
.

Etiquetas:

segunda-feira, janeiro 02, 2012

Os quistos da democracia

[4508]

Já vi por aí chamarem-lhe demagogia. Eu não concordo. Também ouvi ao almoço que isto é desespero de Louçã por ter perdido metade dos deputados e pelo Bloco se tornar cada vez mais uma representação residual no parlamento. Também não concordo. Isto é terrorismo puro. É uma manifestação condenável de incitamento à violência. A democracia é maravilhosa exactamente por isto. Porque cada um pode dizer o que pensa. Mas isto não é pensar. É raiva. Má formação. Má educação. Bestialidade. Idiotia patológica. E manifesto prejuízo de imagem e da desejável paz social.

A democracia devia saber prever estes «quistos» e ter forma, democrática, está bem de ver, de os extirpar.


.

Etiquetas: , ,

domingo, janeiro 01, 2012

Não emigrem, não e depois queixem-se…




[4507]

Eu sei que é chato abrir o ano a dizer mal… mas começar a manhã (e o ano) ouvindo na SIC Notícias um resumo das festividades de rua na passagem de ano e dar com a menina (repórter) a perguntar às pessoas na Av. da Liberdade se tinham gostado da Standard Comedy, isto pouco tempo depois de ter ouvido uma outra menina, esta da RTP, junto ao Palácio de Justiça de Faro dizendo que estava a reportar em directo junto ao Domus Instituto, faz-me pensar não na conveniência mas na premência de esta rapaziada emigrar, quanto mais não seja para aprender línguas ou, talvez mais apropriado, adquirir um módico de atenção e cuidado ao que se diz, quando se diz e como se diz, sempre que se fala para o público.
.

Etiquetas:

Salve 2012

[4506]

Arquimedes vacilou entre a teoria segundo a qual todo o corpo mergulhado num líquido terá inevitavelmente de morrer afogado se não souber nadar (!!!) e o princípio mais científico, que baptizou com o próprio nome, de que todo o corpo mergulhado num líquido sofre um impulso vertical de baixo para cima igual ao peso do líquido deslocado.

Eu acho que ele se ficou pelo princípio, depois de abrir uma garrafa de champanhe importado e perceber, com júbilo, que a rolha não ia ao fundo.

Hoje toda a gente sabe que as rolhas não vão ao fundo, o que nem toda a gente sabe é como fazer para ser rolha toda a vida, mau grado as rasteiras de física que a vida nos passa amiúde. Felizes daqueles que sabem, porque essa sabedoria releva de um corpo e mente sãos que lhes permitem negociar com êxito essas rasteiras.
.

Etiquetas: ,