segunda-feira, março 29, 2010

Avacalhar


[3714]

Ou ajavardar… ou fazer de um sítio privado (é lá com ele, eu sei…) um duvidoso palco onde se tenta fazer humor sem resquício que seja de respeito pelas vítimas.

Com jeitinho esta “peça” de humor superlativo ainda vai parar ao “Eixo do Mal”. De notar ainda o nível de incontornáveis comentaristas...

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O Portaldele

[3713]

Um senhor chamado Ricardo Silvestre resolveu abrir um Portalateu há cerca de dois anos.Com a “estonteante” aderência de 70 pessoas, a SIC achou que o ateu em questão merecia honras de reportagem e vai daí deu-lhe tempo de antena. O Sr. Silvestre lá desenrolou então uma lista de malfeitorias da igreja, corrigindo depois para o que disse ser a génese do portal, que era o de estar contra todos os deuses. Logo a seguir carrilou a coisa de novo, dizendo que dos deuses todos o pior era o dos católicos porque… falha-me o termo que eu estava meio a dormir… era mais alienante (há outros deuses que mandam matar cães infiéis e fazem publicidade falsa com virgens e assim, mas dá-me ideia que esses é por causas correctas), há que se ter mais cuidado com ele, acho que foi isso. E a igreja católica era, naturalmente a mais perversa porque isto e por que mais aquilo e já agora os portugueses não tinham nada que gastar €200.000 numa missa a propósito da visita do Papa, porque é uma coisa … efémera (SIC e repare-se na excelência do argumento do senhor Silvestre).

Com tanto dislate junto e em tão pouco tempo eu lá acabei por acordar de vez. Já nem sequer me impressionam estes Silvestres que vão surgindo aí pela paróquia… surpreende-me sim e irrita-me profundamente como é que uma estação de televisão se atem a noticiar personagens e instituições deste tipo e fazer disso notícia.

Levantei-me, eu que não sou praticante de nenhuma religião mas conheci exemplos de extrema solidariedade e abnegação de muitos padres cristãos em África, com vontade de ir à missa. Só para chatear o senhor Silvestre. E depois dizer-lhe que deveria ter mais respeito em falar do que não sabe. Ler ou viajar um pouco também não lhe faria mal. Mas o homem mal sabia falar…deve ter sido castigo divino!

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A Li faz anos


[3712]

Com que então caiu na asneira

De fazer segunda-feira

Uns quantos anos… Que tola!

Ainda se os desfizesse…

Mas fazê-los não parece

De quem joga bem da bola.


Não sei quem foi que me disse

Ser rematada tolice

Fazeres anos nesta altura.

Que os tempos não estão p’ra brincar.

Tu tens mesmo é que parar

Com semelhante aventura!


Mas “prontes” já que “quisestes”,

De mim já “conseguistes”

‘ma fraterna saudação.

Por isso aqui fica um beijinho

Gostoso, “repnicadinho”.

Mas com uma condição:


Sabendo que tens dois olhitos

Pestañudos e bonitos,

Afasta um pouco a melena.

Porque cada vez que te olho

Ver-te apenas só um olho

É um desperdício, uma pena!


Uma velha amiga… uma amizade cada vez mais nova, porque continuamente renovada, um beijinho amigo de parabéns

NR

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sábado, março 27, 2010

Assim, não dá...


[3711]

Isto está definitivamente a ficar irrespirável. De duas uma. Ou prendem esta rapaziada ou prendem a Felícia Cabrita. Pela simples razão de que ou estamos a ser governados por um venal sem escrúpulos e o homem tem de ser afastado, e estou-me já nas tintas para as empresas de rating, subidas de juros e o blá blá blá do costume, ou a Felícia Cabrita é uma jornalista irresponsável sem escrúpulos e que acorda todas as manhãs a pensar que campanha negra é que vai armar ao primeiro-ministro. Assim, desta forma e tudo em meias tintas é que não dá…

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sexta-feira, março 26, 2010

O pertoguês esdrúxulo e concurdante


[3710]

A Joana pensava que era filha única na desgraça… só porque apanhou com um exemplar acabado dos muitos portugueses com gosto pela palavras esdrúxulas e com uma peculiar propensão para conjugar o verbo haver. E para que póssamos entender melhor o que digo e não fássamos alguma confusão, é irem ler o que ela escreve neste post. Ide, ide ver e há-dem ver que não exagero.

Hoje calhou-me a mim. Abro a página da TSF e na mesma notícia e num espaço não superior a 24 cm2 (para que fássamos uma ideia, um códradinho assim com o tamanho de um tulfone… o redactor escreve por três vezes 3 – três – 3 (como se escreve nos cartazes das corridas de touros), a seguinte frase: - Seis em cada dez jovens já praticou um acto delinquente.
Perante isto a Joana que não pense que leva a bisscleta que eu também me vejo esdrúxulo com estas permanentes pérolas de pertoguês.
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Lá, como cá

[3709]

"This is a big fucking deal". Ou, como diria o nosso Laurodérmio, "Porreiro, pá"

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quinta-feira, março 25, 2010

Esta gente não é séria

[3708]

Passam-se alguns anos sob a tutela socialista moderna na condução dos nossos destinos, ao longo dos quais o PS promoveu uma consabida acção pautada pela negligência, nepotismo, incompetência e uma repulsiva promiscuidade de interesses, caldeada num discurso populista e pouco sério para assegurar a manutenção dos votos e o resultado está à vista. Portugal é um país mal visto, desconfiável e merecedor das maiores cautelas na concessão de crédito, para não falar da recorrência de medidas excepcionais nesse domínio e que, necessariamente, agravam a vida dos pagadores de impostos. Ao mesmo tempo, os portugueses assistem quase incrédulos a uma das mais perfeitas manipulações de opinião, no sentido de preservar, proteger ou mesmo branquear acções condenáveis, no campo económico, social, político e judicial de algumas das proeminentes figuras do Partido no poder, promovendo e compensando formas de um repugnante proselitismo, dificilmente combatíveis.

Neste quadro, assistir a esta falta de vergonha, ouvindo um ministro das finanças produzir declarações deste género é de levar ao vómito. E mesmo de nos fazer temer sobre o que nos estará reservado num futuro bem mais próximo do que imaginamos.

Esta gente não é séria, não é confiável e está a comprometer o nosso futuro de forma rápida e assustadora.

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Nem de propósito


[3707]

Picada do "Dulcíssimo Amor", com a devida vénia.
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quarta-feira, março 24, 2010

Estamos aqui, estamos nos "pioneiros" outra vez...


[3706]

Pegando ainda na educação. Parece que hoje cai haver uma “manif” de alunos do ensino básico, secundário e superior. Entre outras coisas parece que os alunos do básico vão manifestar-se sobre o Estatuto do Aluno, cujas alterações hão-de ser para pior, diz um senhor chamado Luis Encarnação que eu não sei quem é mas deve perceber imenso de estatutos de aluno e achar que as crianças do básico devem ter uma voz activa na matéria. Mas não só, eles irão manifestar-se pelos ataques à liberdade em democracia e a privatização dos serviços escolares, porque o Estado anda a fazer obras na escola a troco de privatizar o bar, a cantina, a papelaria e o espaço das escolas. Como se vê tudo questões a exigir a opinião abalizada e experiente dos alunos do básico. A tabuada pode ficar para depois…

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Quem quer acabar com a violência nas escolas?

[3705]

É isso! A gente cresce e vai perdendo o grip com a realidade. Cheguei ao escritório dei uma volta pelas notícias e deparei-me com este aliciante programa do Forum da TSF para hoje. Parece que se vai discutir o estatuto do aluno, um documento que estará já a ser revisto e, entre outras coisas, prevê a punição (!!!) das famílias de alunos violentos e agravamento de sanções disciplinares. Os intervenientes no Forum, entretanto, vão ser questionados sobre se concordam com as medidas do governo de voltar a distinguir faltas justificadas das não justificadas (eu seja ceguinho se sabia que faltas justificadas ou injustificadas eram a mesma coisa…), acabar com a obrigatoriedade das provas de recuperação (não faço a mínima ideia do que isto seja mas deve ser alguma coisa importante). A TSF também quer saber se os portugueses concordam com a necessidade de tomar medidas para acabar com a violência nas escolas (hummm… xacaver… talvez deixar tudo como está), com a necessidade de voltar a contemplar o chumbo por excesso de faltas e outras preciosidades inerentes à nobre missão de educar e formar os nossos cidadãos de amanhã.

Que pena eu não poder ouvir este Forum!
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terça-feira, março 23, 2010

Depois admiram-se de quê?


[3704]

Nesta modorra de incipiência mental em que parece termos arrumado efectivamente as nossas angústias existenciais, dos acontecimentos dos últimos dias duas coisas me chamaram a atenção.

Uma é o fenómeno da corrupção. A este propósito tenho ouvido ultimamente uma colecção expedita de especialistas na matéria que debitam um fluxo de teorias e de «medidas» necessárias e urgentes para a conter. A ela, à corrupção. O interessante é a referência que não escapou a nenhum dos intervenientes sobre o momento, qual seja a dos concursos de obras públicas que invariavelmente custam muito mais que o valor dos concursos. Cheguei a ouvir que é prática corrente empresas de construção e obras públicas apresentarem propostas de baixo valor para ganharem os concursos, sabendo que mais tarde poderão não só rectificar esses valores como, ainda, aumentá-los em proporção mais ou menos escandalosa. Ora… parece-me curial que, neste caso, é fácil saber quem são os corruptores, os activos e os passivos. Pelo que de duas uma, ou estará tudo satisfeito com o status e a conversa é conversa mole para adormecer o pagode ou então está tudo doido, uma asserção mais ou menos recorrente que me tem acudido ao espírito neste últimos tempos.

Outra é a forma como os dislates desta energúmena rapaziada das claques do pontapé na bola tem espoletado doutas explanações de sociólogos, psicólogos e, pasme-se, até antropólogos, com um rosário de explicações científicas sobre a facilidade com que esta fauna dos autocarros coloca um cachecol e desata à pedrada, partindo vidros de carros, cabeças de pessoas, montras, postos de portagens e áreas de serviço. Por muito científica que seja a base de reflexão daquelas eminentes criaturas parece que há duas coisas que estão a ser decididamente esquecidas - a impunidade de que se goza (não me sai da cabeça o tom didáctico com a GNR se ufanou de não ter havido detenções durante os recentes distúrbios da recente final de futebol no Algarve) e a alarvidade de alguns dirigentes de futebol, muito provavelmente com Pinto da Costa à cabeça, que exercitam um permanente terrorismo verbal junto dos seus prosélitos, a propósito de tudo e a propósito de nada, mas sempre na base da vitimização a que são votados pelo «poder» de Lisboa. É um caldo de cultura fácil, de efeitos rápidos. Ainda há poucas semanas por exemplo, eu ouvi Pinto da Costa a levar as massas ao rubro a propósito das injustiças de que o F.C.Porto estava a ser vítima, berrando a luta do clube conta tudo e contra todos, glorificando jogadores acabados de ser punidos por comportamento violento e criando um clima de autêntica guerra, para não falar das teorias de gente ilustre que vem a programas de debate (!!!) desportivo, afinadinhos pelo mesmo diapasão, como Pôncio Monteiro e Guilherme Aguiar. Depois admiram-se de quê?

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segunda-feira, março 22, 2010

Ficam-nos muito bem estes sentimentos

[3703]

A assunção de culpas está na moda, faz escola e vai-nos bem com a gravata. Pedimos desculpa por tudo e por nada, sobretudo pela culpa dos outros. Desta vez coube a vez à “Guarda” pedir desculpa porque chegou um bocadinho atrasada. A mole energúmena do costume chegou, “não havia guarda” e compreende-se assim que tenham desatado à pedrada a tudo o que mexia. A culpa foi da Guarda, pois claro, que já lá devia estar. Eu diria mesmo que da Câmara que não mandou tirar as pedras do local de descarga dos adeptos e, em última análise, da Liga que se lembra de organizar finais de futebol.

Do que li e ouvi estiveram envolvidos cerca de 1500 polícias, houve feridos e prejuízos de muitos milhares de Euros. No fim, parece que não há detenções, circunstância que a GNR apregoa com um inusitado orgulho (!!!).

Ou isto anda tudo de pernas para o ar ou então fui eu que fiquei impressionado com esta notícia sobre o Alasca, onde cheguei via Helena Matos.
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domingo, março 21, 2010

Mau perder

[3702]

Do jeito que as coisa estão ao intervalo deste Benfica vs Porto, com o FêQuêPê a perder por dois zero e aquele calmeirão que se irrita imenso lá na defesa do Porto, a única atitude racional é fechar as áreas de serviço todas. Da A2 e da A1.

Violência e mau perder como o que se está a ver só me ocorre a entrevista de Sócrates ao JN.
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A Calçada de Carriche


[3701]

Calçada de Carriche (António Gedeão)

Luísa sobe,
sobe a calçada,
sobe e não pode
que vai cansada.
Sobe, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe
sobe a calçada.

Saiu de casa
de madrugada;
regressa a casa
é já noite fechada.
Na mão grosseira,
de pele queimada,
leva a lancheira
desengonçada.
Anda, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.

Luísa é nova,
desenxovalhada,
tem perna gorda,
bem torneada.
Ferve-lhe o sangue
de afogueada;
saltam-lhe os peitos
na caminhada.
Anda, Luísa.
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.

Passam magalas,
rapaziada,
palpam-lhe as coxas,
não dá por nada.
Anda, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.

Chegou a casa
não disse nada.
Pegou na filha,
deu-lhe a mamada;
bebeu da sopa
numa golada;
lavou a loiça,
varreu a escada;
deu jeito à casa
desarranjada;
coseu a roupa
já remendada;
despiu-se à pressa,
desinteressada;
caiu na cama
de uma assentada;
chegou o homem,
viu-a deitada;
serviu-se dela,
não deu por nada.
Anda, Luísa.
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.

Na manhã débil,
sem alvorada,
salta da cama,
desembestada;
puxa da filha,
dá-lhe a mamada;
veste-se à pressa,
desengonçada;
anda, ciranda,
desaustinada;
range o soalho
a cada passada;
salta para a rua,
corre açodada,
galga o passeio,
desce a calçada,
desce a calçada,
chega à oficina
à hora marcada,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga;
toca a sineta
na hora aprazada,
corre à cantina,
volta à toada,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga.
Regressa a casa
é já noite fechada.
Luísa arqueja
pela calçada.
Anda, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada,
sobe que sobe,
sobe a calçada,
sobe que sobe,
sobe a calçada.
Anda, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.

Há quanto tempo eu não ouvia ou lia este poema… Obrigado, NancyB

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Por dentro e por fora


Clicar na foto para ver por dentro

[3700]

Acordou bonita como sempre, mas com os cabelos desalinhados e sem maquilhagem. Olhou á volta e percebeu que tinha saído de uma noite mal dormida, povoada de fantasmas e de sombras mais ou menos indefinidas. Libertou a testa dos cabelos soltos e percebeu que tinha um dia mais á sua frente. Deixou passar um suspiro fraco, quase se entregando à inevitabilidade de uma modorra impotente que, lentamente, a vinha roendo, até que ouviu uma voz, algo longínqua mas bem perceptível, dizendo-lhe como estava bonita, sem maquilhagem e com os cabelos desalinhados. E como os seus olhos tristes eram o espelho de uma alma tão bonita como a sua figura emergindo de uma noite sacolejada, mas incapaz de a derrubar.

Ela ouviu e gostou. Os olhos brilharam e a sua mão passou dolente pela testa afastando os cabelos que lhe tapavam a visão. E viu melhor. Viu tão bem que o seu rosto se abriu num sorriso sereno e bonito, que dificilmente desaparecerá no resto do dia. Mesmo que o mundo desabe.

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sexta-feira, março 19, 2010

Um mimo de uma filha


Clicar na foto, para ver melhor. "Yellow fin", tunídio muito comum em Moçambique. Na zona de Maputo é possível começar a encontrá-los a cerca de 25 milhas da costa e é mais frequente entre Novembro e Março (época quente)

[3699]

Happy dad's day, de um dos teus filhos, 19-03-10 (foto algures entre a ponta da Inhaca e o Baixo Danae, no Fame).

Ai que saudades, aiai!
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quinta-feira, março 18, 2010

Uma lição de moral *

[3698]

Lisboa, 16 mar (lusa) - A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) garantiu hoje o reforço da prevenção e a colaboração com as autoridades na sequência das recomendações do Papa Bento XVI sobre a abordagem dos alegados casos de abusos sexuais cometidos por membros do clero.

Num curto comunicado, o porta-voz da CEP, padre Manuel Morujão, declara que no seguimento das recomendações por parte do Papa Bento XVI, na abordagem dos possíveis casos de abusos sexuais por parte de membros do clero", o CEP seguirá os mesmos princípios: "reconhecer a verdade e auxiliar as vítimas" e "reforçar a prevenção e colaborar construtivamente com as autoridades".
A CEP promete ainda "uma reflexão sobre esta temática, numa próxima reunião".

O Bispo D. Januário Torgal, ontem numa entrevista, disse o mesmo: a verdade liberta.

O Partido Socialista Português aquando do escândalo Casa Pia viu alguns dos seus destacados militantes e dirigentes envolvidos num escândalo deste tipo. O escândalo ainda dura.

Esconderam, mentiram, apontaram as vítimas como mentirosos, inventaram uma cabala e no fim de contas, os suspeitos ainda foram nomeados para cargos públicos, onde se têm mantido apesar de perderem todos os processos por difamação que instauraram contra os seus acusadores.

Tudo porque não querem perder o poder porque nada mais sabem fazer.

A vergonha deste PS, comparando com a Igreja Católica, é inominável.


* Do José, na Porta da Loja

O que choca é a passagem destes posts pela Blogo, as pessoas lerem, encolherem resignadamente os ombros e acharem que é a vida (lá dizia outro socialista…), perceberem que este PS não tem efectivamente vergonha na cara, se é que cara consegue ter e continuar a ganhar eleições.
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Mas ninguém manda este pateta para Cuba?

[3697]

Quando esta rapaziada acorda, de manhã, o que é que lhes irá pelas cabecinhas?

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Projectos de lei, pois então...


[3696]

A numeração ordinal e o posicionamento relativo aos pontos cardeais são uma forma prática e muito objectiva de orientação num agregado populacional, sobretudo nos grandes centos urbanos. A toponímia é igualmente aceitável e a atribuição de nomes de figuras ilustres, locais de relevo ou outras circunstâncias que ajudem à identificação fácil de uma rua, de um bairro ou de uma zona, parques, largos, pracetas e monumentos. Além de que nomes de figuras ilustres da história de um país são, sem dúvida nenhuma, um factor de enriquecimento histórico e social.

Em Portugal, as coisas não são bem assim. Quase todas as ruas, pracetas, rotundas, travessas, ao lado de grandes avenidas, parques e pavilhões desportivos têm nome de gente. E como as gentes, por cá, mais do que se evidenciarem, são evidenciadas de acordo com as suas claques respectivas, apoiadas em bairrismos, provincianismo ou a deferência habitual que dedicamos a “figuras históricas” como um treinador que tenha dado um título ao nosso clube de futebol, toque bem ferrinhos, cantores pimba e outras individualidades correlativas, ao lado de vultos realmente grandes da nossa história, o resultado é que as nossas aldeias, vilas e cidades são um enorme aglomerado de nomes, cuja maioria esmagadora, na maior parte das vezes, desconhecemos. Para agravar a situação e em obediência ao nosso espírito prático, “há razões que a lusa razão desconhece” e daí às ruas projectadas à rua Doutor José Maria dos Anzóis e Aguiar Pincel abrir parêntesis grande impulsionador do jogo do chinquilho na vila de Desaguizados de Baixo fechar parêntesis data de nascimento e de morte, Lote 6 –B, nº 34 - Bloco C, 3º Frente é um passo que ninguém no mundo se atreverá a tentar, sequer, entender.

Este artigo do Público lembrou-me que há as mais improváveis criaturas vivas que integram já a toponímia nacional. Pinto da Costa, Avelino Ferreira Torres, o impagável ex-ministro Pinho e, segurem-se, José Carlos Malato são nomes que já podem figurar nos nossos cartões de visita.

Daí que eu concorde com esta medida do Partido Socialista. "Quer-se dizer"… concordaria, se ela própria não relevasse também desta mola que irreprimivelmente nos projecta do poder discricionário de organizar, legislar e, de preferência, proibir. Proibir qualquer coisa. Uma herança que nos vem dos tempos do proibido proibir, misturada com o aroma do poder que experimentamos em exercê-lo, ao poder, proibindo qualquer coisa. Um desiderato que nos dá uma noção de poder, ainda que efémero e vai bem com o espírito pequenino que gostamos de emprestar às coisas pífias do ritmo paroquial das nossa vidas. E convencer-nos que, não fôssemos nós e…

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terça-feira, março 16, 2010

Ela faz anos


[3695]

- Está?

- Sim!

- Olha, nasceu.

- Sim? E está tudo bem? Correu tudo bem?

- Sim, é uma menina…

- Pois, já sabia!

- Já sabias? Mas como?

- Sei lá… sabia. Só podia ser uma menina, não é? Nem nunca outra coisa me passou pela cabeça!

Diálogo travado através de uma precária linha telefónica entre o Uíje (onde me encontrava entretido a perder uma guerra) e o Huambo. De repente ocorreu-me que não havia nome para ela. Alguém disso se encarregou e eu gostei da escolha. Ainda andei mais cerca de uma semana a perder a tal guerra, até que pude meter-me num carro e vim pegar nela ao colo. Era linda, rosada como as flores e de pele tão fininha e macia que eu até tinha medo de lhe tocar – Parabéns, Ratona! Um dia destes estarás tu, também, a fazer evocações deste género, com esta pontinha de saudade e nostalgia. E conta muitos.

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segunda-feira, março 15, 2010

Pornografia política


Este homem não dá aulas, ao que julgo saber, há 19 anos. É o stress final! Ele parece que queria dar, mas se desse onde é que ele ia arranjar tempo para o stress dos outros?

[3694]

Há notícias que me “encanitam”, para usar uma terminologia que flui, de vez em quando, aqui pela Blogo.

Esta ideia peregrina de que os professores se “stressam” imenso é coisa antiga e deve-se quiçá aos mesmos que criaram um apropriado caldo de cultura para que o stress medre, livremente entre a classe, através de meios por demais conhecidos de eduquês, politicamente correcto, novas correntes e práticas pedagógicas, posicionamento do aluno, dos pais e encarregados de educação, facilitismo na aprendizagem, instilação de ideologias apropriadas ao desejado homem novo (que há-de morrer de velho), aplicação de pedagogias correctas e toda uma parafernália de elementos que tornam a vida quase impossível aos professores e que vão, alegremente, fabricando inaptos e ignorantes.

Mas, nada disto é muito diferente do que se passa noutras classes profissionais… outras que não têm tantas férias como os professores, nem regalias, progressão de carreira e, pasme-se, nível de salários. Como se cabe, os professores são uma das raras classes profissionais que, em matéria de salários, não devem nada à média europeia. É uma questão de se informarem, lendo jornais e blogues. E nas outras classes profissionais encontram, de certeza, muito quem deva ao exercício do seu mister fortes razões de stress. Não têm é Mários Nogueiras. Experientes, militantes, calculistas e inteligentes.

Esta notícia tresanda. Pelo oportunismo que revela e pelo desrespeito obsceno por muitas outras classes trabalhadoras. Pura pornografia política. Os professores fariam uma boa figura se se demarcassem em definitivo deste senhor Mário Nogueira. Mas, ao que parece, sabe-lhes bem apanhar uma boleia aqui e ali…
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