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A gente senta-se ao computador e a TV vai dando as últimas. Assim, tipo ficando no ouvido,
EURO I – Ganhámos. E ganhámos bem. Foi muito bom e não vejo razão para que tanta gente fique tão abespinhada com a vertente alienante do futebol, como muitas elites bem pensantes se abespinham. Ao menos façam como o João Gonçalves que odeia o futebol mas todos os dias lá faz o seu apontamentozinho sobre a competição;
EURO II – Empate técnico nas eleições gregas, como se diz agora. É bem feito. Porque mais do que a expressão eleitoral do Syriza, espanta-me muito mais que tanto eleitorado se reveja naquele Louçã grego sort of thing. Já não me espanta que o PASOK se recuse a fazer governo com a Nova Democracia. Eles querem radicais de esquerda incluídos na coligação. Acho que fazem muito bem em querer. Porque a única coisa que os socialistas europeus fazem bem é querer qualquer coisa… depois logo se vê. Apetecia meter aqui a França ao barulho, mas não me apetece, que ainda tenho a boca a saber ao croissant matinal!
VIOLÊNCIA – Ontem nenhum marido matou a mulher à pancada, facada ou tiros de caçadeira. Matar a mulher por ciúmes parece estar a tornar-se no desporto nacional. O que não admira quando há mulheres que se queixam 48 vezes de ser espancadas pelos companheiro e um juiz cordato vai dizendo ao energúmeno (por 47 vezes, presume-se) que não se pode aproximar a menos de trezentos metros da queixosa. Umas chatas estas mulheres espancadas!
BAIXA DE COMBUSTÍVEIS – Lá veio a gasolina mais um cêntimo por aí abaixo, o que me vai permitir uma economia de €0,55 por mês e quase me dá para um café. Eu fico sempre preocupado com estas descidas frequentes de €0,01, porque normalmente umas quantas descidas consecutivas precedem uma subida de €0,10. Logo se vê, que é uma máxima que aprendi com os socialistas.
GREVES – Hoje não há barcos. Ou comboios… ou metro… não, parece que é barcos, mesmo. Numa terra onde a desordem e a balbúrdia se vão tornando a ordem do dia, quanto toda a gente faz greve por isto, por aquilo ou por coisa nenhuma, apetece-me dizer palavrões. Hoje, para variar, os directos da TV mostram gente chateada, em contraponto àqueles que ficam sem transporte mas que acham muito justa a luta dos trabalhadores.
Mário Soares – Já nem linko… desta vez o homem fez uma discursata com os lugares-comuns do costume, mas apeteceu-lhe chamar estúpidos aos europeus em geral e a Merkel em particular que quer expulsar a Grécia do Euro. A presença quase constante deste homem a mandar bocas desta natureza começa a raiar a pornografia. E ninguém se lembra de lhe dizer qualquer coisa sobre a sua Fundação (TOTALMENTE paga pelo Estado e que se dedica a uma data de coisas que ninguém sabe bem o que é e que guarda a correspondência da criatura. Porque é que o homem não abre um blogue e lhe diz o que lhe vai na alma? Saia-nos mais barato e só o lia quem queria.
Tirando isto não me pareceu haver nada mais digno de registo. Ah! As sardinhas. Este ano estão gordas, saborosas, atrevidas, coquetes, deliciosas. E depois a gente mete a faca pelo rabinho e destaca-lhes a casca inteirinha do corpo. É assim que eu gosto delas (Honi soit…)!
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