segunda-feira, junho 18, 2012

Respigador matinal



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A gente senta-se ao computador e a TV vai dando as últimas. Assim, tipo ficando no ouvido,

EURO I – Ganhámos. E ganhámos bem. Foi muito bom e não vejo razão para que tanta gente fique tão abespinhada com a vertente alienante do futebol, como muitas elites bem pensantes se abespinham. Ao menos façam como o João Gonçalves que odeia o futebol mas todos os dias lá faz o seu apontamentozinho sobre a competição;

EURO II – Empate técnico nas eleições gregas, como se diz agora. É bem feito. Porque mais do que a expressão eleitoral do Syriza, espanta-me muito mais que tanto eleitorado se reveja naquele Louçã grego sort of thing. Já não me espanta que o PASOK se recuse a fazer governo com a Nova Democracia. Eles querem radicais de esquerda incluídos na coligação. Acho que fazem muito bem em querer. Porque a única coisa que os socialistas europeus fazem bem é querer qualquer coisa… depois logo se vê. Apetecia meter aqui a França ao barulho, mas não me apetece, que ainda tenho a boca a saber ao croissant matinal!

VIOLÊNCIA – Ontem nenhum marido matou a mulher à pancada, facada ou tiros de caçadeira. Matar a mulher por ciúmes parece estar a tornar-se no desporto nacional. O que não admira quando há mulheres que se queixam 48 vezes de ser espancadas pelos companheiro e um juiz cordato vai dizendo ao energúmeno (por 47 vezes, presume-se) que não se pode aproximar a menos de trezentos metros da queixosa. Umas chatas estas mulheres espancadas!

BAIXA DE COMBUSTÍVEIS – Lá veio a gasolina mais um cêntimo por aí abaixo, o que me vai permitir uma economia de €0,55 por mês e quase me dá para um café. Eu fico sempre preocupado com estas descidas frequentes de €0,01, porque normalmente umas quantas descidas consecutivas precedem uma subida de €0,10. Logo se vê, que é uma máxima que aprendi com os socialistas.

GREVES – Hoje não há barcos. Ou comboios… ou metro… não, parece que é barcos, mesmo. Numa terra onde a desordem e a balbúrdia se vão tornando a ordem do dia, quanto toda a gente faz greve por isto, por aquilo ou por coisa nenhuma, apetece-me dizer palavrões. Hoje, para variar, os directos da TV mostram gente chateada, em contraponto àqueles que ficam sem transporte mas que acham muito justa a luta dos trabalhadores.

Mário Soares – Já nem linko… desta vez o homem fez uma discursata com os lugares-comuns do costume, mas apeteceu-lhe chamar estúpidos aos europeus em geral e a Merkel em particular que quer expulsar a Grécia do Euro. A presença quase constante deste homem a mandar bocas desta natureza começa a raiar a pornografia. E ninguém se lembra de lhe dizer qualquer coisa sobre a sua Fundação (TOTALMENTE paga pelo Estado e que se dedica a uma data de coisas que ninguém sabe bem o que é e que guarda a correspondência da criatura. Porque é que o homem não abre um blogue e lhe diz o que lhe vai na alma? Saia-nos mais barato e só o lia quem queria.

Tirando isto não me pareceu haver nada mais digno de registo. Ah! As sardinhas. Este ano estão gordas, saborosas, atrevidas, coquetes, deliciosas. E depois a gente mete a faca pelo rabinho e destaca-lhes a casca inteirinha do corpo. É assim que eu gosto delas (Honi soit…)!
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8 Comments:

At 6:29 da tarde, Anonymous Alexandra disse...

Quanto à violência doméstica, a que precede os tiros ou as facadas e, mais propriamente, a morte da artista, lembro-me sempre dos meus verdes anos, em que em estágio no Tribunal de Cascais, a defender (ossos do ofício e do estágio) um desses energúmenos, recebi uma lição de moral do juiz que o não pode absolver, porque o mesmo havia confessado, e que foi rematada: "Entre marido e mulher não se mete a colher"...

 
At 9:11 da tarde, Anonymous Anónimo disse...

Como é que é essa de destacar a casca do corpo ??? :)

 
At 1:33 da manhã, Anonymous Anónimo disse...

Qui mal y pense...mon cheri?:)))*

 
At 11:28 da manhã, Blogger Nelson Reprezas disse...

Alexandra

Lá em cima no comentário «... não o pode absolver?...» ou «... não o pode condenar?...»

Sempre me interessei por este fenómeno da violência, de resto transvesal a muitos países... sempre achei que decorre bastante de um sentimento de cobardia. Ou seja, quando mais cobarde é o homem mais violento ele se torna, já que bater quando pode, sem risco que lhe «vão à cara», lhe dá uma realização imensa...
Gosto, como sempre, em «vê-la» por aqui!

 
At 11:30 da manhã, Blogger Nelson Reprezas disse...

É isso mesmo... antes que algum realizador desate a fazer filmes. Que meta sardinhas, descasques,coqueteria, delícias e outras gastronomias :)))*

 
At 7:43 da tarde, Blogger Nelson Reprezas disse...

Este comentário responde ao Anónimo das 1:33 e não ao das 9:11. Não que aquela expressão «...algum realizador desate a fazer filmes...» não fosse suficientemente esclarecedora, mas prontes, fica tudo bem explicadinho, tá? :)))*

 
At 8:04 da tarde, Anonymous Anónimo disse...

Nada como tudo bem explicadinho...claro que é só por uma questão de rigor...ops onde será que aprendi esta expressão.:)))***
Anónimo/1:33

 
At 1:24 da tarde, Anonymous Alexandra disse...

Foi mesmo não o poder absolver, que era o que o juiz pretendia (já que entre marido e mulher não se mete a colher). Todavia o réu havia confessado a agressão e aí o juiz, malgré tout, teve mesmo que o condenar (diga-se de passagem, que para mim foi óptimo, pois, na altura. só recebíamos se os réus fossem condenados :( )

 

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