Nada de novo
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Há uma dinâmica muito própria na vida da blogoesfera. Tal como os mercados, todos os blogues têm uma linha que define a massa crítica (esta aprende-se agora na faculdade, no tempo da minha o palavrão ainda não existia, mas já sabíamos o que era, agora é um bocadinho ao contrário, fala-se frequentemente nela e poucos sabem o que verdadeiramnete significa)) como se de um produto se tratasse. E a linha sobe (crescimento), mantém-se num plano horizontal (período de estabilidade ou de cash cows) e, depois, começa inexoravelmente a descer.
Neste momento há muitas linhas descendentes, provavelmente até a deste vosso humilde criado, mas eu não conto, porque o Espumadamente é um blogue de puro entretenimento. Há mesmo blogues a fechar e esboça-se até discussões mais ou menos académicas sobre o momento dos blogues, entre as "feras" do ramo.
Curiosamente vejo que um dos parâmetros de análise do fenómeno que mais preocupam vários bloggers é a questão de um desejável equilíbrio entre os chamados blogues de direita e os de esquerda. Tal como se se tratasse de uma versão mediática da antiga guerra fria. Eu nunca entendi a necessidade de se criar, manter ou equilibrar esta dicotomia esquerda direita em tudo. Se há mais blogues de direita é porque há mais gente de direita. Se há mais blogues de esquerda é porque há mais gente de esquerda, ou porque a esquerda é mais militante e organizada. Tão simples como isso. É que vejo blogues de direita reclamarem-se ser responsáveis pela simples razão de existiram, nos tempos áureos do Barnabé, por exemplo, como já vejo agora gente preocupadíssima porque, aparentemente, o Aspirinab anda com dores de barriga. É opressiva esta nossa forma tutelar de analisarmos a coisa política.
No fundo isto é um bocadinho como os jornais. Quase todos os directores de jornais se sentem compelidos a ter gente de esquerda e de direita a escrever no mesmo espaço(normalmente, a esquerda ganha, açambarca, oprime e exclui…). E se deixássemos o "mercado" político funcionar, não adulterando a essência das coisas com patéticos exercícios de equilíbrio político? Porque não, inclusivamente, jornais de pensamento político de direita e jornais de pensamento político de esquerda, à semelhança, aliás, do que se passa em tantos países? Em vez desta permanente e quiçá patológica tendência para sermos politicamente correctos? E nos blogues.... se ao AspirinaB lhe der um fanico que mal virá daí ao mundo?
P.S. É importante registar que não estou a misturar blogues com pessoas. Uma coisa é um blogue acabar, outra, bem diferente, é deixar de ler o Zé Maria ou a Maria José...
Há uma dinâmica muito própria na vida da blogoesfera. Tal como os mercados, todos os blogues têm uma linha que define a massa crítica (esta aprende-se agora na faculdade, no tempo da minha o palavrão ainda não existia, mas já sabíamos o que era, agora é um bocadinho ao contrário, fala-se frequentemente nela e poucos sabem o que verdadeiramnete significa)) como se de um produto se tratasse. E a linha sobe (crescimento), mantém-se num plano horizontal (período de estabilidade ou de cash cows) e, depois, começa inexoravelmente a descer.
Neste momento há muitas linhas descendentes, provavelmente até a deste vosso humilde criado, mas eu não conto, porque o Espumadamente é um blogue de puro entretenimento. Há mesmo blogues a fechar e esboça-se até discussões mais ou menos académicas sobre o momento dos blogues, entre as "feras" do ramo.
Curiosamente vejo que um dos parâmetros de análise do fenómeno que mais preocupam vários bloggers é a questão de um desejável equilíbrio entre os chamados blogues de direita e os de esquerda. Tal como se se tratasse de uma versão mediática da antiga guerra fria. Eu nunca entendi a necessidade de se criar, manter ou equilibrar esta dicotomia esquerda direita em tudo. Se há mais blogues de direita é porque há mais gente de direita. Se há mais blogues de esquerda é porque há mais gente de esquerda, ou porque a esquerda é mais militante e organizada. Tão simples como isso. É que vejo blogues de direita reclamarem-se ser responsáveis pela simples razão de existiram, nos tempos áureos do Barnabé, por exemplo, como já vejo agora gente preocupadíssima porque, aparentemente, o Aspirinab anda com dores de barriga. É opressiva esta nossa forma tutelar de analisarmos a coisa política.
No fundo isto é um bocadinho como os jornais. Quase todos os directores de jornais se sentem compelidos a ter gente de esquerda e de direita a escrever no mesmo espaço(normalmente, a esquerda ganha, açambarca, oprime e exclui…). E se deixássemos o "mercado" político funcionar, não adulterando a essência das coisas com patéticos exercícios de equilíbrio político? Porque não, inclusivamente, jornais de pensamento político de direita e jornais de pensamento político de esquerda, à semelhança, aliás, do que se passa em tantos países? Em vez desta permanente e quiçá patológica tendência para sermos politicamente correctos? E nos blogues.... se ao AspirinaB lhe der um fanico que mal virá daí ao mundo?
P.S. É importante registar que não estou a misturar blogues com pessoas. Uma coisa é um blogue acabar, outra, bem diferente, é deixar de ler o Zé Maria ou a Maria José...
4 Comments:
... ou a Maria!
a.leitão
E, já agora, o Manel :)
e tu, como é que te posicionas no meio disso tudo, além da questão do auto-entretenimento?
Odala
Mais lou menos entre o Zé Maria e a Maria José. Mas muito mais chegado para o pé da Maria José (pé, salvo seja...), claro e Thank God...
:)))
Minha querida, não me faças falar a sério... imagina eu agora a ter de explicar aqui e agora o meu... posicionamento...
:))
beijos
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