sábado, setembro 28, 2013

Vá, portemo-nos bem


[4992]

O Estado, diligente e extremoso, mandou-me reflectir. A sensação é semelhante à dos papás que mandam os filhos para a cama naquela hora certa, para dormirem as horas certas, como aprenderam no manual de instruções.

Esta lei razoavelmente idiota será até razoavelmente acatada, não fora algumas incómodas resultantes. Desta vez, por exemplo, desde que interromperam o desporto nacional de bater em Passos Coelho, as televisões vieram, em força, com o aquecimento global. E aí estão os especialistas, com aquele ar misto de sabedoria e consciencialização política e muitos deles de rosto hirsuto, como agora se usa imenso, explicando quantos graus a temperatura vai subir este século (às décimas), quantos metros o nível do mal vai subir (ao centímetro) e quantos quilómetros quadrados de gelo a calote polar vai perder (ao milímetro). E dizem tudo isto como se estivessem a dizê-lo pela primeira vez. Nem Ban Ki-Moon, aquela criatura estranha e mais ou menos inverosímil, faltou. Os separadores dos programas são, como seria de esperar, muitas chaminés de fábricas a deitar fumo para o ar, cidades atafulhadas de carros num exercício obsceno e continuado de flatulência dos escapes e outras coisas que os capitalistas e os poderosos inventaram.

Ao fim de cerca de vinte e quatro horas de aquecimento global, começo a sentir saudades dos algozes de serviço do Governo, Passos, Portas, Maria Luís, Crato e Rosalino.

*
*

Etiquetas:

quinta-feira, setembro 26, 2013

É disto que o meu povo gosta...


[4991]

…lá diria um conhecido repórter desportivo, falecido há poucos anos, sempre que celebrava e relatava cada golo de futebol.

Antes das campanhas autárquicas, depois das campanhas e durante. E se as feijoadas forem temperadas com uns dichotes sobre a troika ainda sabem melhor e o povo ainda gosta mais (o mastigante da esquerda da foto parece ter deixado cair um feijão, mas estou certo que conseguiu evitar a perda).

Foto via Blasfémias.

*
*

Um fixe chamado Soares


[4990]

Começa a ser penoso ouvir ou ler as declarações de Soares. Ele tornou-se uma caricatura de mau gosto que remete um furioso adepto da bola para a indiferença de cada vez que se resolve a produzir comentários. Merkel não ganhou as eleições porque não teve a maioria e por outras razões que ele alinhava para os repórteres e espectadores numa sessão de campanha.

As declarações deste homem costumam remeter para um grau de senilidade de que, na minha opinião, Soares não sofre. Por mim, acho que não são mais que uma espécie de apostolado da sua acção e pensamento ao longo dos anos. Acho que ele sabe e sente bem o que diz, porque nunca pensou doutra maneira e não sabe viver num espaço de pluralidade de ideias e de actos. Mas aceito que o seu habitual discurso se esteja, ultimamente, a revestir de cretinismo. O que é penoso, para quem o ouve. Cá dentro, por uma questão de decoro, tratando-se de um homem que tanta influência teve nos nossos destinos. Lá fora, porque, no fundo, bem lá no fundo, se achará que Soares é o retrato vivo da mentalidade dos portugueses. E que com portugueses deste tipo é muto difícil tratar seja o que for. Muito menos emprestar-lhes dinheiro.

*
*

Etiquetas: , ,

terça-feira, setembro 24, 2013

O dia mais negro






[4989]

As televisões têm-nos martelado as meninges, desde manhã cedo, com a excitação de Seguro que afirma que hoje (ontem) foi um dia negro para Portugal. Porque não fomos aos mercados.

Há aqui duas questões. Uma, a de que Vítor Gaspar explicou a tempo e horas porque é que não íamos aos mercados a 23 de Setembro. Explicou e não é que as razões eram boas? A outra era dar a Seguro uma noção básica sobre o significado do absurdo (na sua versão mais chã) e evitar todas esta cenografia de um socialista berrar sobre dias negros, depois de 2011. Era um favor que lhe faziam a ele e uma medida de grande alcance higiénico para todos nós.

*
*

Etiquetas:

Serviço público. O clube dos «quatro e meio». A clareza do João Miranda



[4988]

O clube dos “quatro e meio” entrou em pânico. Afinal as agências de rating não acreditam em nós? E os mercados também não? O rating da banca está relacionado com a dívida pública? O financiamento à economia poderá secar? Mas então o limite ao défice não era só uma imposição irracional da Troika para nos prejudicar? O clube do “quatro e meio” entrou em dabandada e agora só temos gente responsável que quer evitar um 2º resgate. O líder da oposição, conhecido por pedir mais tempo e mais dinheiro, e que no início da semana passada pedia um défice de cinco porcento chegou a Domingo a demonizar um 2º resgate (que foi o que sempre pediu quando pedia mais tempo e mais dinheiro). 

Ler todo o post aqui. De tão claro, chega a ser difícil perceber como é que há gente que não percebe.

*
*

Etiquetas:

Lavar e durar



[4987]

«Afinal, o sexo do homem é muito mais honesto, visível e mais facilmente lavável, enquanto o das mulheres é mais sinistro»

(Valter Hugo Mãe, entrevista ao Diário de Notícias, de 23/9/2013)

A sinistralidade aumenta na cama. O que vale é que as vítimas são laváveis. Umas com mais facilidade, outras prazenteiramente mais difíceis. Por mim, que não tenho biblioteca onde floresça este sinistro (e, espero, que lavável) Valter Hugo, abençoo a sinistralidade do gineceu, sem preocupações de maior sobre a dificuldade da lavagem. Lá dizia o Juca Chaves «…lavou, está novo». Já o androceu me suscita uma indisfarçável indiferença. Não conto ter qualquer colisão com ele. Com cama ou sem cama. Por muito honesto e pouco sinistro que seja.

Entretanto, Mãe vai percorrendo a sua via do sucesso. Mais lavagem menos lavagem, chega lá. E como as pessoas gostam, está tudo bem.

*
*

Etiquetas: , , ,

segunda-feira, setembro 23, 2013

Hooliganismo pífio




[4986]

Parece que este fim-de-semana, Porto, Benfica e Sporting foram prejudicados pelas arbitragens. O caldo entornou. Em Guimarães, os nervos vieram ao de cima e Jorge Jesus pareceu mesmo ter sido tocado por «Amok» quando se envolveu-se num sururu com a polícia, com esboços de pugilato, em defesa de um pacato cidadão que achou que invadir o campo e armar confusão era um acto aceitável, aprazível e em estrita consonância com as liberdades, direitos e garantias de cada qual. Mas no Estoril a coisa foi pior. Como de costume, chegou a cheirar mal, como de resto acontece sempre que o Porto não ganha. Os treinadores iam andando ao estalo, na bancada de honra parece que andaram mesmo, o representante da Associação de Futebol de Lisboa alega ter levado uma «palmada» do homem da A. F. do Porto e ser insultado por Pinto da Costa. Este acusou o lisboeta de ser mentiroso e no fim do jogo o treinador do Porto, um rapaz com quem eu até simpatizava, achou que era tempo de exibir os predicados de um dragão à altura e tratou de produzir uma série de dislates, que é o que normalmente acontece quando alguém vai treinar o F. C. Porto. Já com Jesualdo Ferreira acontecera o mesmo.

Leonardo Jardim destoou. À verrina das perguntas os jornalistas sobre o facto de o Sporting ter sido «roubado» de um penálti, Jardim disse, com serenidade, que não comentava arbitragens, pela simples razão de que se hoje o Sporting tinha sido prejudicado, os três grandes são, em geral, beneficiados. 

Vai longe este Leonardo. É refrescante ouvir uma voz serena e racional de vez em quando, no mundo do futebol.

Correcção: 23:55. A alegada palmada em Nuno Lobo, presidente da A. Futebol de Lisboa, foi dada por um administrador da SAD portista, um tal de Adelino Caldeira que por onde vai passando vai «criando incidentes» como este. E não por um elemento da A.F. doPorto, como erradamente escrevi.

*
*

Etiquetas: ,

domingo, setembro 22, 2013

Meteorologia


[4985]

Miguel Sousa Tavares meteu-se a discutir meteorologia. A facilidade com que ele identifica os elementos estruturais da tempestade perfeita portuguesa só é ultrapassada pela destreza com que ele tuteia o Goldman Sachs, Merkel ou… nove em cada dez Prémios Nobel de Economia que ele teve a ventura de consultar. Ah! E aquilo de se achar que a culpa é toda de Sócrates começa a ser uma boa desculpa, acha o MST.

Que pena não se ter pedido a MST para prever a meteorologia, em vez de vir agora comentá-la. Ou ter-lhe oferecido uma marmota e ter parado o tempo nessa altura.

*
*
.

Etiquetas: ,

Há terroristas bons e terroristas maus

[4984]

Comentei há minutos isto num post de uma boa amigaa propósito da habitual crónica de Domingo do Alberto Gonçalves no DN

Acho que estou a envelhecer... os jovens têm uma noção difusa de Isabel do Carmo ou de Otelo, sabendo até que um foi amnistiado e a outra recebeu uma comenda de Sampaio (oh! como me lembro desta comenda e da náusea que isso me causou...). Pelo contrário, sinto-me pertencer já a uma geração para a qual tanto Isabel como Otelo são dois vulgares terroristas. Um perdoado por Soares, outra emulada por Sampaio. Por gente «correcta» e de pretensa superioridade intelectual. Quando li a entrevista do "I" tive duas sensações distintas. Uma foi vomitar. A outra... a de me interrogar como é possível ter-se incutido nos jovens a valência de vulgares terroristas.





Mais do que um comentário, foi um pequeno desabafo. Já à altura, quando foi a entrevista, me apeteceu dizer qualquer coisa. Mas já cansa. É uma batalha perdida e a manipulação tem vindo, reconhecidamente, a vencer a razão. Basta conversar com alguns jovens e questioná-los sobre estas duas sinistras figuras. E aí percebemos duas coisas. Uma, a de que a manipulação é terrivelmente eficaz, sobretudo quando se dispõe de aliados estrategicamente colocados. Outra, a de que, queiramos ou não, há décadas que os portugueses estão «entregues» (é o termo) a figuras de pouca valia e menor recomendação, com uma visão maniqueísta da sociedade, com a agravante de que o lado bom está sempre do lado deles. E convivem muito mal com a liberdade, porque isso os obrigaria a aceitar o lado que eles acham que é mau.

*
*

Etiquetas: , ,

sábado, setembro 21, 2013

Snobíssimo


[4983]

Pacheco Pereira «estragou» a festa da Quadratura do Círculo, depois do inefável Jorge Coelho (há-dem ver como ainda vamos ver Coelho a cantar o Only you outra vez) parodiar os cartazes das autárquicas que andam por aí. PP afirmou que brincar com os cartazes era uma snobeira (SIC) intolerável. Mas, como em tudo em Portugal, há snobeiras boas e snobeiras más, dependendo de quem é snob. E assim, Pacheco Pereira já achou que com os cartazes do porco no espeto se podia gozar à vontade. E como ele gozou. Até levava um exemplar duma festa de porco no espeto e Quim Barreiros (este, felizmente, sem espeto, mas acho que o mote está dado para Barreiros lançar uma nova letra que meta espeto…), organizada pelo PS.

Há necessidade de andarmos atentos às celebridades. E só nos rirmos depois de vermos se podemos. Se são piadas como deve ser.

*
*
.

Etiquetas: , ,

Lisboetas trocistas... trocem, trocem, trocem



 [4982] 

 …o Benfica nunca perde, às vez não ganha, mas o Benfica nunca perde. E os lisboetas vão no passeio cheios de buracos e …trocem um pé (aos 1:37minutos).  


*

Etiquetas: ,

A mesma matriz


[4981]

Começa a ser exasperante a semelhança entre as perguntas feitas pela comunicação social aos políticos e aos homens do futebol. A mesma iniquidade, a mesma atitude mesquinha na procura incessante do supérfluo, em detrimento daquilo que realmente interessa, a mesma impreparação e a mesma maldade.

Curiosamente, esta forma de ser, estar e actuar da nossa comunicação social acaba por criar dinâmicas muito próprias, quais sejam a de se ir definindo alvos que, pouco a pouco, se vão tornando em sacos de pancada à medida das excitações dos, normalmente jovens, repórteres, ávidos das grandes cachas. E o resultado é um rosário de perguntas palermas. E mais curioso ainda é como essas dinâmicas acabam por aglutinar pessoas ou instituições que o bom jornalismo entende submeter à verborreia incontida dos repórteres. Jorge Jesus e o PSD, por exemplo, estão no mesmo saco. Qualquer vírgula de um membro daquele partido ou bocejo de um jogador de Benfica são escrutinados em regime de permanência e são ponto de partida para perguntas com o acinte e a verrina de Cícero do costume.

Já o PS e o FeQuêPê se equiparam na bonomia exasperante concedida àqueles a quem tudo é permitido dizer e fazer. Não só. Citados como exemplos de como as coisas «devem de ser».

*
*

Etiquetas: , ,

Com papas e bolos...


[4980]

Paulatinamente, Sócrates vai regressando à vida política. Apoiado pelos seus esbirros e beneficiado pela inépcia arrepiante de Seguro, aí está ele, pezinhos de lã, pedindo um «encore». Ele é o tempo de antena na RTP, ele é os «estudos» em Paris, ele é as fotos manipuladas ao milímetro, ele é a bonomia cúmplice dos «socratistas» de serviço, ele é, mais recentemente, o livro sobre a tortura (um tema criteriosamente adequado), com a apresentação de Lula e sob a égide (o Expresso não explica bem esta égide, mas o livro é «sob a égide», pronto) da Fundação Mário Soares. A tortura parece ser o tema do mestrado de um homem que há bem poucos meses apresentava sinais iniludíveis de trapaça da grossa na obtenção da sua licenciatura. Mas isso agora não interessa nada, diria a Teresa Guilherme.

Neste país particular onde se misturam as elites que recalcitram com o facto de os portugueses votarem mal, com as massas que, se calhar, dão razão às elites, tudo se passa como as correntes eternas dos cursos de água que acabam sempre por levar água aos moinhos que precisam dela. Relativamente a Sócrates, e no que me diz respeito, já me choca menos o percurso fáctico de um inescrupuloso primeiro-ministro que conduziu este país à conhecida tragédia em que vivemos, do que a facilidade com que as pessoas vão tolerando a possibilidade muito forte de virmos a ter esta criatura, de má memória, nos destinos do nosso país. Faz-me uma grande confusão como é que há gente que não quer, ou não consegue, admitir que este homem foi a causa próxima da situação trágica em que nos encontramos. Porque os outros, a plateia do costume, mormente ao nível da comunicação social, dá para perceber. É, enfim, o tempo das papas e bolos. Para os tolos que todos nós insistimos em ser.

*
*

Etiquetas: ,

domingo, setembro 08, 2013

As paixões do socialismo


[4978]

Ou, talvez com mais propriedade, as paixões dos socialistas. Uns apaixonam-se mesmo, outros nem se apaixonam nem deixam de se apaixonar, limitam-se a achar que é assim e que toda a gente deve achar o mesmo e assumir a obrigação moral, o dever cívico de votar nas pessoas correctas com paixões correctas.

O problema reside no facto destas paixões serem como que uma espécie de erecção matinal e de os socialistas acharem que elas são as «boas práticas». E então apaixonam-se imenso, sem respeito por nada nem por ninguém, muito menos reflectindo sobre as gravosas consequências destes estados de alma. Quando a erecção lhes passa, vão-se embora. Uns vão cuidar de refugiados por esse mundo fora, outros vão estudar filosofia para Paris. Uns calam-se, outros continuam na sua tagarelice idiota, imoral e obscena em frente de uma qualquer câmara de televisão. Às vezes mesmo em televisão estatal.

A tragédia é que as paixões podiam aparecer, passar e as coisas retomarem o fio normal da sensatez e do respeito pelos interesses das pessoas. Mas ainda a poeira não assenta e começam logo a aparecer mais apaixonados. Mesmo quando, como no momento presente, não se sabe bem de apaixonados por quê ou por quem.


*
*

Etiquetas: ,

quarta-feira, setembro 04, 2013

Não ganhar para o susto


[4977]

Um dos homens mais bonitos e inteligentes de sempre, era a chamada de uma blogger que de há muito genuinamente aprecio, a Maria Teixeira Alves.

Cliquei. E por artes desta recente moda de encher todos os interstícios vagos com títulos de notícias e fotos, na pele de um dos homens mais bonitos e inteligentes de sempre aparece-me o Macário Correia. Engoli em seco, recompus-me e lá acabei por encontrar o Alain Delon. Com 77 anos, mas bonitinho e corajoso, como diz a Maria José. Mas não ganhei para o susto, e por um momento pensei que teria de repensar os meus critérios sobre padrões estéticos.

Nota: Nada contra Macário Correia, que acho, até, um fulano simpático. O sentido do post vai na forma como nos «sufocam» com notícias e fotos em evidente salganhada, nomeadamente na televisão. Já alguém reparou que há momentos em que temos disponível cerca de 1/3, não mais que isso, de imagem concreta, estando os outros 2/3 ocupados por títulos, anúncios, legendas e toda aquela parafernália com que pretendem que não abandonemos o nosso «posto de vigia»?

*
*

.

Etiquetas:

O trapalhão


[4976]

A beligerância com que Baptista Bastos trata Pedro Passos Coelho e outros fora do círculo das causas dele é uma estratégia suja, deprimente, absurda e inútil. E sugere várias interpretações. Ou BB desconhece os limites da boa educação e respeito pela liberdade de cada um e será gravemente ignorante; ou conhece-os e tenta contorná-los, com manha e léria, e será abjectamente indecente; ou, então, procura o conflito pessoal, tripudiando a matriz que estatui e defende o primado inalienável da liberdade, educação e bom senso, o que será um comportamento ignóbil. A conclusão lógica a que chegamos, em qualquer dos casos, é: BB não se dá bem com a liberdade e boa educação e arrisca obliterá-la, a fim de existir como entende e deseja. Por várias vezes, algumas vozes se levantaram e objectaram sobre os dislates de BB; decisão que as nobilita e deixou em fúria o trapalhão que agencia em ludibriá-la. Por último, BB, sem atender ao ridículo, diz que falta bom senso a essas vozes.

Este trecho acima, escrito por mim mas com o engenho de BB, em plágio claro, é cerca de um terço do que se poderia escrever, se se concluísse o próprio texto com que BB presenteia os leitores do DN de hoje. Mas não vale a pena continuar, por fastidioso e repetitivo. Poder-se-á, talvez, rematar esta pérola dizendo que BB é um indecente e ignóbil trapalhão. Extremamente autoritário e possuidor de uma criatividade revoltada, não passa de um subproduto mais ou menos decadente de um exemplar de democrata típico da nossa paróquia intelectual. Com uma agravante dolorosa: a de muita gente ainda lhe achar graça e lhe pagar para escrever em jornais. E, ao que parece, ter ainda direito a prebendas camarárias, certamente reservadas àqueles que prestam relevantes serviços à sociedade. Civil.

Ler a crónica completa de BB aqui.

*
*

Etiquetas:

terça-feira, setembro 03, 2013

Piss off


[4975]

No mundo do futebol é mais corrente dizer-se não cuspas no prato que te dá de comer. Na arte elevada, a coisa é mais não faças xixi no dinheirinho e nos políticos que tornam possível as tuas idiotices, traumas, carências ou mera estupidez, em nome do Estado Social que todos nós desejamos. Desta artpiss on money and politics já se terá falado o suficiente. Mas nunca é demais ver e rever este quadro (vale a pena ver o víeo aqui) para que percebamos melhor o que vai na cabecinha desta gente.

No mais, nesta extraordinária arte úrica registei que:

- Há ali homens urinando de cócoras, o que não, sendo trágico, é, no mínimo incómodo e estranho;

- Há ali gente com hemorroidal (o que manifestamente ensombra a beleza e a elevação do momento e retira alguma carga estética ao momento;

- Há por ali mulheres manifestamente apelativas, pelo menos enquanto se descascam e até começarem, artisticamente, vertendo águas (o Bloco de Esquerda que me desculpe, mas isto não é bem um piropo...);

- Há, pelo menos, uma mulher que urina imenso. Deve ter tomado uma dose extra de água do Luso para excecutar tamanha performance. É obra;

- Há quem limpe a «crica» (há que seguir o nível da coisa e adequar a semântica) a uma folha de jornal, mesmo tendo o cuidado de o amarrotar, molhadinho, após a limpeza e o deitar, desdenhosamente, para o chão. Já os homens abam e chocalham, displicentemente, o membro (viril?) com os dedos;

Com tanta petição que vai por aí, acharia muito bem que os subsídios para esta famosa Casa Branca fossem encaminhados para a compra de uns quantos equipamentos que estes artistas indesmentivelmente merecem. Uma rolha adequada para elas e um torniquete bem apertado para eles. Em nome da higiene. Dos sítios por onde vão levando esta tournée artística e higiene mental dos que vão vendo o vídeo. E daí… talvez gostassem, elas e eles, do respectivo equipamento.

Aguarda-se a artshit. Com ansiedade.

Via Blasfémias.


*
*

Etiquetas: , ,