Há terroristas bons e terroristas maus
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Comentei há minutos isto num post de uma boa amiga, a propósito da habitual crónica de Domingo do Alberto Gonçalves no DN
Acho que estou a
envelhecer... os jovens têm uma noção difusa de Isabel do Carmo ou de Otelo,
sabendo até que um foi amnistiado e a outra recebeu uma comenda de Sampaio
(oh! como me lembro desta comenda e da náusea que isso me causou...). Pelo
contrário, sinto-me pertencer já a uma geração para a qual tanto Isabel como
Otelo são dois vulgares terroristas. Um perdoado por Soares, outra emulada por
Sampaio. Por gente «correcta» e de pretensa superioridade intelectual. Quando
li a entrevista do "I" tive duas sensações distintas. Uma foi
vomitar. A outra... a de me interrogar como é possível ter-se incutido nos
jovens a valência de vulgares terroristas.
Mais do que um comentário, foi um pequeno desabafo. Já à altura,
quando foi a entrevista, me apeteceu dizer qualquer coisa. Mas já cansa. É uma
batalha perdida e a manipulação tem vindo, reconhecidamente, a vencer a razão.
Basta conversar com alguns jovens e questioná-los sobre estas duas sinistras
figuras. E aí percebemos duas coisas. Uma, a de que a manipulação é
terrivelmente eficaz, sobretudo quando se dispõe de aliados estrategicamente
colocados. Outra, a de que, queiramos ou não, há décadas que os portugueses
estão «entregues» (é o termo) a figuras de pouca valia e menor recomendação,
com uma visão maniqueísta da sociedade, com a agravante de que o lado bom está
sempre do lado deles. E convivem muito mal com a liberdade, porque isso os
obrigaria a aceitar o lado que eles acham que é mau.
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Etiquetas: comunicação social, socialismos, sufoco socialista
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