As paixões do socialismo
Ou, talvez com mais propriedade, as paixões dos socialistas.
Uns apaixonam-se mesmo, outros nem se apaixonam nem deixam de se apaixonar,
limitam-se a achar que é assim e que toda a gente deve achar o mesmo e assumir a
obrigação moral, o dever cívico de votar nas pessoas correctas com paixões
correctas.
O problema reside no facto destas paixões serem como que uma
espécie de erecção matinal e de os socialistas acharem que elas são as «boas
práticas». E então apaixonam-se imenso, sem respeito por nada nem por ninguém,
muito menos reflectindo sobre as gravosas consequências destes estados de alma.
Quando a erecção lhes passa, vão-se embora. Uns vão cuidar de refugiados por
esse mundo fora, outros vão estudar filosofia para Paris. Uns calam-se, outros continuam na sua tagarelice idiota, imoral e obscena em frente de uma
qualquer câmara de televisão. Às vezes mesmo em televisão estatal.
A tragédia é que as paixões podiam aparecer, passar e as
coisas retomarem o fio normal da sensatez e do respeito pelos interesses das
pessoas. Mas ainda a poeira não assenta e começam logo a aparecer mais apaixonados.
Mesmo quando, como no momento presente, não se sabe bem de apaixonados por quê ou por quem.
Etiquetas: angústias do socialismo, educação
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