quinta-feira, julho 31, 2008

Assaltado por mais uma dúvida


[2609]

Fui para o banho a pensar no post abaixo sobre as minhas dúvidas á volta da dieta mediterrânica e ocorreu-me que talvez eu tenha sido algo injusto. Além da melancia, outro exemplo a nosso favor é como é que no gelo pré-árctico se pode ir aos figos? Não dá…

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Será do sol?


[2608]

Ainda pegando no post anterior, às vezes dá-me para pensar que sendo as virtudes da dieta mediterrânica tão cantadas, porque diabo os povos do norte, afogados em lípidos e proteínas vermelhas, apresentam níveis de desenvolvimento tão superiores aos nossos. A nós, que nos alimentamos sabiamente de azeite, vegetais, fibras e peixe fresco. Será do sol?
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Trabalho de casa - Redacção


[2607]

Aí vem mais uma revoada de computadores. 500.000, ao que parece. Se, numa primeira análise, a medida tende a colocar-nos em "mode" encomiástico, por outro preocupa-me o facto de os portugueses não saberem falar. Breve chegará a altura em que os nossos miúdos tenham uma ideia do que é manejar um computador na “óptica do utilizador” mas não tenham a mínima ideia do que acabaram de dizer.

É absolutamente confrangedora a forma como a esmagadora maioria das pessoas se expressa nos meios de comunicação social de cada vez que são chamadas a dar uma opinião sobre isto sobre aquilo. Um incêndio, uma rixa, um acidente, uma tempestade ou o estado do trânsito merecem dos respectivos comentadores um amontoado de vocábulos sem nexo, mais ou menos ininteligíveis, sem concordância sintáctica, fonética hilariante e mesmo aplicação de neologismos do momento, só possíveis na nossa cabecinha e que poderiam muito bem constituir um “case study” para linguistas, antropólogos, sociólogos e, porventura, psicólogos. Se pensarmos que esta geração que não sabe falar tem filhos e esses filhos são criados no seio deste cenário aterrador em que as pessoas pura e simplesmente não sabem comunicar, dá para estimar como falarão os filhos desta tal geração que já não sabe falar.

Não sei como é que estas coisas se fazem. Não sou professor, nem pedagogo, sociólogo nem linguista. Mas que alguém devia pensar no assunto, devia. Muito antes de deixarmos Sócrates á solta por aí a distribuir computadores de cada vez que acorda bem disposto. A menos que eu esteja a exagerar e que esteja a sobredimensionar um fenómeno. O da iliteracia e da virtual impossibilidade de comunicarmos uns com os outros em português escorreito.

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O verbo imbecil



[2607]

"...Mas o que sucedia na Quinta da Fonte não era a história que os jornalistas, particularmente os do PÚBLICO, estavam preparados para contar. Na Quinta da Fonte estava suposto que negros e ciganos se davam muito bem e cruzavam flamenco com kizomba. A existir alguma intolerância ela teria de nascer no meio dos brancos, de preferência entre os taxistas que cabem às mil maravilhas no papel de vilão racista nestas histórias. Na falta dum taxista sempre se arranjaria algum branco que, tendo comprado um andar à antiga cooperativa, temia agora que tão colorida vizinhança lhes desvalorizasse o investimento..."


"...Entre Agosto de 1974 e o início de 1975 os portugueses em fuga de África mal se vêem nas páginas dos jornais..."


"Esta é a fase em que os fugitivos são necessariamente brancos pois assim facilmente se integram no estereótipo que deles traçam homens como Rosa Coutinho que os classifica como “elementos menos evoluídos que têm medo de perder as suas regalias” ou Vítor Crespo que os define como “pessoas racistas que não abdicam dos seus privilégios”.
Os jornalistas portugueses usam então tranquilamente expressões como “brancos ressentidos”, “brancos em pânico” ou pessoas que “reivindicam um desejo de viver num mundo que já acabou” para referir a maior fuga de portugueses nos seus muitos séculos de História. Os primeiros a chegar, logo em Agosto de 1974, ainda tiveram jornalistas à espera..."



Um excelente artigo da Helena Matos (que ainda consegue suscitar comentários como este…). Ler o artigo todo aqui.

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terça-feira, julho 29, 2008

Ajustar as tarefas


[2606]

"...Foi um convite muito gentil, muito agradável, puderam ajustar as minhas tarefas e portanto, uma vez que terminaram os plenários e está a abrandar o trabalho na Assembleia da República, foi possível reservar uma tarde para fazer esta incursão num mundo diferente..."

(a propósito do vídeo de Maria de Belém Roseira no post anterior)

Nada como ter alguém que nos ajuste as tarefas...

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segunda-feira, julho 28, 2008

A diva


[2605]

Definitivamente a esquerda caviar está a perder a noção do ridículo e a perder-se num mundo unidimensional, onde o sonho se confunde com a matéria e o bom senso se esvai numa torrente de irresistível vaidade.

Mário Galiano, um fotógrafo que, ao que parece, se especializou como fotógrafo de celebridades, resolveu vestir Maria de Belém Roseira de vermelho, calçar-lhe luvas pretas e pôr-lhe um colar e fazer uma sessão fotográfica sob a égide de diva dos anos 50.

A antiga ministra da Igualdade embora nada habituada a vestir a pele de modelo fotográfico, foi "sem nervosismos"que a deputada Maria de Belém encarou a câmara e mostrou o charme dos seus quase 59 anos (que comemora na próxima segunda-feira, dia 28). Envolta em plumas pretas, revelou que fora da política é "penas uma mulher como todas as outras, que põe a família acima de tudo" Entre maquilhagens e penteados, não escondeu a satisfação provocada por tanta atenção: "ter este tempo todo com alguém a ocupar-se de mim é algo raro na minha vida".

No mais, o vídeo fala por si. E a notícia também.

Via Blasfémias e Corta Fitas

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Becagueine


[2604]

De regresso à intriga da Blogo, observo uma atmosfera morna decorrente de falta de notícias ou, talvez, da modorra “tufinha” que se apodera do cidadão português durante a chamada “silly season”. A verdade é que as notícias são mornas ou morna é a forma de os tratar. Percorrida a lista à direita do template (o que não significa que alguns daqueles blogues estejam à direita seja do que for) mais ou menos em diagonal, no desejo subconsciente de poder aqui deixar post que se leia, percebo que é uma operação “não” ou, quando muito, de “vã glória de querer dizer qualquer coisa”.

Realmente, das poucas coisas que me chamaram a atenção, nada de verdadeiro novo, foi o rebanho madeirense a bater palmas àquele que se há-te tornar um verdadeiro case study da sociologia portuguesa, Jardim lui-même, para não falar no imediato Ramos que eu não ouvia faz tempo e que continua a não saber falar. A propósito de não saber falar ou, pelo menos, da forma de o fazer, ocorre-me a negociação da polícia com um assaltante de armas que mantinha reféns crianças e mulheres. A SIC deu em exclusivo (toma!!!) o monólogo da negociação e a coisa deve ter surtido efeito porque o (alegado) bandido entregou-se. Mas faltou ali qualquer coisa de Bruce Willis, de Samuel L. Jackson ou Denzel Washington. Faltaram os blusões com os dizeres FBI ou NYPD, os telemóveis em "alta-voz" e a palavra firme, ”reassuring”, do negociador. O que ouvi foi um polícia (presumo que era polícia) empunhando um megafone, e a dizer umas coisas mais ou menos ao estilo de mandar cumprimentos da vizinha D. Albertina e a saber se ele, Bruno (assim se chamava o alegado) queria que se fosse dar água ao gato e se queria que se dissesse à família para se ir adiantando o jantar, que iam sendo horas.

Falta ali qualquer coisa. Qualquer coisa que imprima um módico (cá está outro termo que "adoro" e que o Pedro Correia ainda não listou) de seriedade e que mexa com o pessoal que está mortinho que a novela comece mas que, já agora, quer ver o que é “aquilo” dá. Bom, mas tudo acabou em bem o que prova que devemos estar todos bem uns para os outros. Polícias e ladrões.

Ainda reparei no futebol e ou muito me engano ou tanto o Benfica como o Sporting iniciaram já a sua penosa viagem de entrega de mais um título ao FCP. Ou estou muito enganado ou não sai "dali" obra que se veja. Falando de futebol, acho perfeitamente extraordinário o quase silêncio em volta do parecer jurídico de Freitas do Amaral. Mais que ao silêncio, achei graça a alguns eminentes bloggers da nossa praça terem desviado a coisa para o facto de o parecer não ser vinculativo. Vinculativo? Mas quem é que falou em vínculos? Fica o que me parece ser um parecer bem fundado e a retratação clara do presidente do CJ num caso que, como diz Freitas do Amaral, deveria merecer desde já a acção do ministério da Justiça.

E agora vou trabalhar, que não tenho pais ricos.

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domingo, julho 20, 2008

Gone fishing


[2603]

O Espumadamente entra em interrupção estival. Será reactivado possivelmente na primeira semana de Agosto. Até lá procurarei manter-me mais ou menos a par das modas blogosféricas, mesmo que os tis e as cedilhas não colaborem.

Boas férias para todos aqueles a quem tal se aplique.

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quarta-feira, julho 16, 2008

A subir de nível


[2602]

Que me lembre, só uma vez me chamaram de besta. Uma qualquer asneira de trânsito. O rapazola olhou-me de soslaio e rangeu um “sua besta”. Ah! Também já me chamaram marreco. Atraso-me para o cinema, incomodo meia fila e oiço uma voz “rugir”, no tom rufia do lisboeta que ameaça encostar-nos o penteado ao céu da boca se nos portarmos mal, “ó marreco baixa a tola”.

Ocorre-me ainda trengo, morcão e lorpa, todos numa mesma ocasião em que a todo o custo eu tentava sair da Rotunda da Boavista, por ter deixado o carro ir para a faixa interior. É possível que aselha e nabo possam igualmente ter feito parte do meu panegírico privado e mesmo a minha santa mãezinha poderá não ter escapado ao chorrilho do meu descontentamento.

Verdade seja dita que estes nomes terão sido proferidos por gente de manga arregaçada e que muito provavelmente não usa desodorizante. Daí que ser chamado de grandessíssima besta (mesmo parafraseando Eça, o que dá uma certa patine à coisa) poderia em si não fazer grande diferença em relação ao antecedente. A diferença, essa, residirá no facto que desta vez o insulto foi pronunciado por sujeito de colarinho engomado, gel a preceito e que mesmo feiote e duvidosa telegenia tem cara de tomar banhinho todos os dias, usar desodorizante sem álcool e gozar de um inegável mediatismo. Assim vale a pena um insultozinho. Poderei dizer aos meus filhos, quiçá aos meus netos que um dia um senhor que ia muitas vezes à RTPn, e mesmo ao Prós e Contras, desceu do pedestal e chamou-me grandessíssima besta. Não se furtando a citar Eça. Aquele que já há quase um século dizia “...os homens do desporto não conseguem organizar uma corrida de cavalos, pois não há hipódromo à altura, nem cavalos, nem cavaleiros, as pessoas não vestem como o evento exigia, são feias...”CAA deixe-me lá glosar o Eça também...). E direi aos meus filhos que não percebi bem porque é que fui insultado mas com gente truculenta e de mau-perder nunca se sabe, a gente diz qualquer coisa que eles não gostam e eles... pimba. Grandessíssima besta para cima.

Nota: Para os mais distraídos, este post vem a propósito deste insulto, neste post, que por sua vez se referia a este outro post onde, de resto, CAA se entretém a insultar mais gente.

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É simples


As simple as that

[2601]


E quando me arrepiavam a ideia e o convencimento de que frequentemente sou uma pessoa complicada, que sou um cadinho de ideias e sentimentos emaranhados como as linhas de pesca em faina simultânea de dois ou mais peixes fisgados ao “corrico”, alguém que, por isto, aquilo, por tudo e por nada questiona desde as grandes questões macroeconómicas à intolerável prática de se estacionar um carro fora das linhas de parque, eis que a propósito do quarto aniversário do Espumadamente pelo menos dois leitores me chamam (carinhosamente, admito) de simples.

Não sei se é bom se é mau. Mas ser simples é, provavel e simplesmente, isso mesmo. Discordar da imagem simples de escrever um blog em linguagem simples e, para simplificar a questão, não a complicar com explicações e argumentos tortuosos. Seria mais simples obedecer ao impulso, simples, de retorquir com especiosa argumentação ou, simplesmente, não retorquir. Demasiadamente simples seria não dizer nada. Assim, achei que me poderia limitar a, simplesmente, registar o facto. E, simplesmente, fazer um post tão simples como este. Tão simples como isso. Ainda que o "isso" me pareça bem mais simples.

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A lógica intestina


[2600]

Pronto. Está tudo claro. Esclarecido. O Guimarães, que fez uma figurinha triste e o grupo que ostenta a denominação de uma freguesia de Lisboa perderam o “libelo”, pelo que todas as condições estão agora reunidas para que o futebol regresse ao futebol. Mesmo que isso tenha um significado mais ou menos oblíquo e contemple a continuidade de práticas espúrias de cuja evidência ninguém duvida mas presumem uma interpretação enviesada das escutas telefónicas para além de outras patranhas avulsas. Significa isto em dragonês corrente que ganhar em campo continuará a passar pela “fruta”, pelos chocolates, por dinheiro vivo, férias pagas a árbitros (por engano, está bem de ver, entenda-se, a agência de viagens engana-se a mandar a factura e o F.C.Porto engana-se a pagar, tudo gente distraída). Continuará a passar, talvez ainda mais grave, por comportamentos de cariz mafioso em que a intimidação por interpostos "guardas abeis", agressões a jornalistas, escoltas de marginais ao presidente e uma aberrante promiscuidade entre dirigentes, polícias e magistrados será a imagem de marca de um grupo de gente que encontrou no clube da Invicta a catarse adequada à sua necessidade intestina de se imporem no cenário nacional, na visão provinciana e complexa decorrente da opressiva imagem lisboeta.

Para além de ser feio, inquina a imagem da belíssima cidade do Porto, de um clube campeão como é o F. C. do Porto e a de (muitos) ilustres portuenses.

Nota: Sou lagarto.

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terça-feira, julho 15, 2008

A barbearia do senhor Luís



[2599]

Faz um ano que abriu a barbearia do senhor Luís. Embora o Luis Novaes Tito tenha tesourado já por outras freguesias, acabou por se estabelecer e abrir o seu próprio negócio.

Aqui lhe deixo um abraço amigo de parabéns. É que apesar de, aqui e ali, uma tesourada ou outra me deixar uma escadinha no penteado, o cabelo cresce de novo, vai ao normal e o que fica é a vontade de se voltar.

Tchin Tchin
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segunda-feira, julho 14, 2008

Amandados uns tiros legais

[2598]

Os tiros foram “amandados por caçadeiras legais” e o ministro de Administração Interna
fez um aviso muito sério aos disparantes e anunciou que em breve será assinado um contrato com a autarquia de Loures para melhorar a segurança.

Situação controlada, portanto. Há algum défice de alarido por parte da esquerda canapé, mas fica a esperança de que Jorge Sampaio um dia destes repita Carcavelos, se tire dos seus afazeres e ainda dê um pulinho a Loures para deixar um rasto didáctico e de esperança aos disparantes, vítimas da globalização, da falência das políticas de integração, dos lucros da banca, do efeito de estufa, da invasão do Iraque e do Santana Lopes.

Vídeo via Direito de Opinião

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Mimo do Índico


[2597]

O Digital no Índico mandou um mimo lá do paralelo 27, em forma de fotografia e tudo. Foi um gesto muito cortês, muito simpático.

O Digital no Índico é uma montra diária, com fotografias actuais, de uma cidade que nunca esquecerei. O que não significa que não reveja todas as fotos com muita saudade. Mesmo, ou sobretudo, aquelas que para quem não conheça a cidade possam parecer menos interessantes.

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domingo, julho 13, 2008

Político honesto


[2596]

Regozijemo-nos com a franqueza e integridade do Google nestas coisas de prestação de serviço informático. Querem uma prova? Vão ao Google, escrevam ‘politico honesto’ e depois cliquem no ‘sinto-me com sorte’. Vá lá. Vão por mim!

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sexta-feira, julho 11, 2008

Juke box 62

[2595]

Just my imagination
Baby Face + Gwyneth Paltrow
Bom fim-de-semana para todos.

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Humor para o fim de semana


[2594]

Um sujeito encontra um amigo que não via há muito tempo e querendo ser simpático, inicia a conversa:

- Então Valdemar, tudo bem?
- Péssimo... responde o outro.
- Mas péssimo porquê? Mesmo com aquele Ferrari que ouvi dizer que compraste?
- Olha. Sucata. Perda total num acidente... E o pior é que o seguro não estava em dia.
- Bem, vão-se os anéis, mas ficam os dedos. Então e o teu filho, aquele filhão inteligente?
- Ia ao volante do Ferrari... morreu.


O amigo tenta amenizar o assunto, tão trágico ele estava:

- E aquela tua filha que mais parecia uma modelo?
- Pois é... Estava junto com o irmão. Só a minha mulher é que não estava no carro.
- Graças a Deus! Como vai ela?
- Fugiu com o meu sócio.
- Bem... pelo menos ficaste com a empresa só para ti...
- Ela fugiu com ele porque me roubaram tudo. Deixaram a empresa falida. Devo milhões à banca!
- Pôça, pá, o melhor mesmo é mudar de assunto! Então e o teu clube?
- Sou do Benfica...
- Por amor de Deus, Valdemar! Mas tu não tens nada de positivo?
- Claro que tenho, pá. HIV, desde o mês passado!

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Onde é que pára a iacta?


[2593]

Mas afinal, se mal pergunto, em que é que deu aquela trapalhada toda do Conselho de Justiça da FPF? Vai alguém preso? E a iacta? Que é feito da iacta?

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Ele já não gosta de mim...

[2592]

Joe Berardo não gosta que Cavaco Silva não goste dele. À afronta do desgosto sobrevem um sentimento de injustiça para quem, como ele, fez fortuna a pulso na África do Sul, tanta que conseguiu que Pik Botha, reconhecido, lhe desse umas dúzias de cicads para levar para a Madeira, apesar da rigorosa proibição de exportar aquelas espécies tidas como fósseis vivos.

Joe Berardo sente-se, sobretudo porque, diz ele, deu dinheiro ao PSD. E se a dádiva conformava o mesmo sentido cívico de quando ele oferecia uma prótese a uma qualquer menina amputada de Johannesburg e disso se fazia eco durante semanas seguidas no “Século de Johannesburg”, um jornal peculiar em que tanto ele, como Horácio Roque como Alberto João Jardim se entretinham a educar o povo ignaro e madeirense que ainda hoje enxameia os outskirts da cidade ou mesmo lojas mais dispersas pelo reef, já os dinheiros canalisados para o partido não tiveram a necessária correspondência nos afectos do Presidente.

Um mal agradecido este presidente. Ele que não se ponha a pau que ainda lhe carrega com a colecção de arte daqui para fora...
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quinta-feira, julho 10, 2008

Curb her enthusiasm


[2591]

A Clara Ferreira Alves de ontem, na edição extraordinária da SICN (estado da Nação), não era a do Eixo do Mal. Talvez pela companhia, esteve mais contida e sequencial. Às vezes aumentava o torque e começava a ir por ali fora, mormente quando falava do PSD, mas o olhar sereno e algo irónico da Helena Matos e os olhinhos perscrutantes de M. Filomena Mónica curbed her enthusiasm.

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"Comício" Nissan-Renault como terapia da disfunção eréctil


[2590]

Sabe-se como os "apagões" e algumas notícias felizes contribuem para o aumento da natalidade. Há evidência disso mesmo. Ocorre-me o grande apagão de N. York e algumas circunstâncias felizes por esse mundo fora que redundaram num número inusitado de nascimentos nove meses depois.

Dito isto, temo que em Abril de 2009 não nasçam criancinhas no torrão pátrio. Tal como prevejo um aumento de consultas sobre disfunção eréctil no homem e frigidez na mulher para os próximos meses. Porque não é impunemente que se ouve Medina Carreira a falar sobre o estado da Nação, como aconteceu ontem na SIC, praticamente um repositório da entrevista que ele havia dado já a Gomes Ferreira na SICNotícias. Eu sei que o nosso primeiro contrabalançou um pouco a coisa (poucas vezes o termo “a coisa” terá sido tão bem empregue) com o “comício” Renault-Nissan. Sempre anima um bocado ouvir que vamos todos ter carros eléctricos, sobretudo quando o ouvimos pela boca de Sócrates naquele tom e calor de desígnio nacional, assim a modos como se tivéssemos recuperado a independência de algum invasor ou descoberto a chave para a convergência europeia.

Já agora e falando do carro eléctrico, julgo saber que o conceito não é novo. Só reflicto sobre o facto de estarmos nós, os dinamarqueses e um outro país que não me ocorre, sós no desfrute da solução do problema da alta e escassez dos combustíveis fósseis (nem vos passa pela cabeça o gozo que me dá dizer combustíveis fósseis, quase tanto como dizer utentes…). Há-de haver uma razão qualquer. Por outro lado, receio que uma viagem ao Porto de carro demore uma hora a mais, não falando nas paragens para abastecer. Mas que interessa isso? Podemos sempre ir de TGV que leva menos quinze minutos que o Alfa e vai custar muito menos que aquilo que o PSD dizia. Pelo menos foi o que o ministro das finanças disse ontem quando lhe perguntaram quanto é que afinal o TGV ia custar. Muito menos que o PSD dizia, disse dele. Mas mais não disse. E eu fiquei elucidado. Não sei quanto custa a geringonça mas fiquei a saber que o PSD é muito mau em contas.

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quarta-feira, julho 09, 2008

A abulia ataca de novo


[2589]

Não há nada a fazer. Lá vai o tempo em que me sentava ao computador sem fazer a mínima ideia do que ia escrever. E então começava a teclar e quando dava por mim tinha um post feito. Bons tempos os da inspiração, bons tempos os da estamina pela antecipação de abrir o blogger, compor o texto, editá-lo e juntar uma foto. Agora é diferente. Quando dou por mim a ler os post mais recentes dos meus prezados confrades e as noticias mais frescas dos jornais da manhã à procura de assunto é mau sinal. É a inspiração estiolada, é, porventura, o tédio a fazer-se anunciar no dealbar deste 5º ano de blog. É que nem uma viagenzita está para acontecer, o que permitiria o velho banco marcado pelo chapéu a dizer “volto já”, que eu nestas coisas sou muito certinho e não gosto de mentir.

Declaro-me, assim, pois, humildemente, incapaz de fazer um post hoje. Fica a vontade. E uma foto do Digital no Índico com o nevoeiro de Maputo. A fazer-me lembrar um dia frio de Junho em que saí do Naval, aproei o barco à Inhaca e cinco minutos depois navegava no mais denso nevoeiro. Mantive firme os 90º e continuei direitinho a Leste, no pressuposto de que iria inevitavelmente dar á Ilha. Dei. Só que cerca de cinco milhas a Sul do Hotel, entrei pelo Saco de Stª Maria e encalhei. Felizmente a maré estava a subir e pouco depois lá fui às apalpadelas visuais pela Inhaca acima até chegar ao Hotel.

Olha! Saiu um post. Mas isto… ou se passa alguma coisa rápido com o Pinto da Costa, uma “iacta” do CJ, ou correlativos, ou então invento uma viagem de serviço a qualquer lado.

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terça-feira, julho 08, 2008

Um piadão...


[2588]

Desconfio que isto dos quarenta vai ser giro.

Nem imaginas como, minha amiga. Eu achei um piadão. Aos cinquenta é que já ria menos. Os sessenta, então, reservam-te a imagem crepuscular do mais pérfido vocábulo da língua portuguesa. S.e.x.a.g.e.n.á.r.i.o. (a velha história do jovem de sessenta anos que foi atropelado e sai nas notícias “sexagenário atropelado”). Por isso aproveita bem os quarenta. Sobretudo porque daqui para a frente mudas de década in no time. Vai por mim...

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Agradecimento

[2587]

Quero agradecer os inúmeros mails e referências em posts e comentários pelos meu aniversário pessoal e pelos quatro anos do "Espumadamente".

A todos um grande abraço.
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segunda-feira, julho 07, 2008

4 - quatro - 4 anos


[2586]

O “Espumadamente” completa hoje quatro anos. Uma eternidade, acho. Para quem começou a “entreter-se” com um blog e atinge quatro anos a apor posts diários e, ainda por cima, percebendo que os mesmos são lidos, os quatros anos são não só uma surpresa como um motivo de grande regozijo.

Reli alguns posts de cada um dos anos que compõem a provecta idade do blog e apercebo-me que ele está provavelmente mais chato e cumprindo pior a missão de auto entretenimento que lhe conferi à nascença. Tem-se deixado arrastar em demasia pela actualidade deste país resvalando para a crítica social, em desfavor do entretenimento (“entretimento” segundo o ministro Jaime Silva e… ó, lá estou eu!).

Mas o essencial mantém-se. Entretanto, o meu nome passou a figurar no “perfil” de há um tempo a esta parte. Já há muito que o anonimato se perdera, pelo que melhor será em ostentar o nome, mesmo. Por nenhuma outra razão especial que não esta mesma.

Fica aqui, pela quarta vez, a expressão do meu contentamento por ter sido possível manter esta rotina e, naturalmente, o meu reconhecimento a todos os que me visitam. Para todos um grande abraço.
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Uma questão de higiene


[2585]

Andei mais ou menos ocupado durante o fim-de-semana. Não o suficiente, porém, para que não me apercebesse de mais uma tramóia do mundo do futebol. Parece que toda a gente percebeu. Num Conselho de Justiça destinado a pronunciar-se sobre o recurso de um clube de futebol (Boavista) e de um dos seus agentes (Pinto da Costa) torna-se claro ter havido uma manobra claramente encomendada para que a decisão, que se suspeitava ser desfavorável ao clube a Pinto da Costa se tornasse nula. Primeiro no estabelecimento da barafunda da reunião e, depois, por força da barafunda, no encerramento da mesma para invalidar quaisquer decisões tomadas a posteriore.

Para além do embaraço que estas situações nos trazem internacionalmente, o que verdadeiramente me chocou foi perceber que os participantes parece serem juízes. E eu reflicto sobre a qualidade desta gente. A mesma que noutras situações julga divórcios, custódias de filhos menores, disputas, crimes da mais variada ordem. E, naturalmente, sobre a segurança do cidadão sujeito ao arbítrio de pessoas que julgam e aplicam justiça de cachecol do FCP ao pescoço. Porque é disso mesmo que se trata, Não há volta a dar nem doutas explicações a perceber. Nua e crua, a verdade é essa. Por mais voltas que lhe dêem.

Cá por mim, eu acho que a Uefa devia fechar o futebol português. Todo. Incluindo a selecção. Todo e por dois anos. Ou três. Ou pelo número de anos necessário até aprendermos que se quisermos participar temos que não só seguir as regras instituídas como aprender a ser homenzinhos. Ou então tomemos nós essa iniciativa. Reunimo-nos, decidimos a suspensão e faz-se uma “iacta” sobre o assunto. Daquelas de que o presidente do CJ falava. E fazíamos um abaixo-assinado ao Blogger para proibir o CAA de dar explicações durante o tempo que durasse o interregno.
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sábado, julho 05, 2008

5 de julho


[2584]


Entretanto vamos sentindo e percebendo que os sonhos de juventude se tornam num nostálgico contraste com as fantasias do presente.

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sexta-feira, julho 04, 2008

Um filme de terror


[2583]



Ao virar de cada esquina. A não perder. É ver aqui. E chorar. Muito.

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4th of july

[2582]

Inspiring.
14 minutos que valem a pena.

Via Blasfémias

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quinta-feira, julho 03, 2008

O investigador Sebastião


[2581]

Já em novinho eu conhecia a expressão “se não tivesse nascido tinha que ser inventado”. Alguns agentes da nossa gente, que é a forma que me ocorre ser a mais adequada para definir algumas gentes agentes da nossa gente são verdadeiramente extraordinários na arte de dizer coisas como quem manda balões para o ar. Fico, por vezes, com a sensação de que há pessoas que falam:

- sem ter a mínima ideia do que estão a dizer;

- têm uma vaga ideia do que dizem, não percebem bem o sentido mas acham que poderá ter algum impacto e os portugueses são, em última análise, demasiadamente estúpidos para os perceberem;

- ou, ainda, sabem o que dizem e estão convictos que o fazem na defesa do bem supremo do interesse comum, o que normalmente significa defender um tacho muitas vezes arrancado a ferros na conjuntura difícil actual, em que um pobre político se sente em permanente escrutínio pelo que faz ou pelo que diz.

Este arrazoado vem a propósito desta tirada espantosa, surrealista, mas certamente muito para além da minha compreensão, pelo que ficarei a aguardar que uma alma caridosa e mais inteligente que eu ma explique, para eu ter uma noção mínima desta gente (a tal gente agente das nossas gentes). Ora vejam, a propósito da descida do Iva nos ginásios de 21 para 5%:

O responsável salientou que, apesar da Autoridade da Concorrência não regular preços, esta questão justifica uma análise da AdC pois o facto de os ginásios não repercutirem nos preços a baixa do IVA poderá ser entendido como "uma prática restritiva da concorrência".

O responsável é o senhor Manuel Sebastião e é presidente de uma coisa chamada “autoridade da concorrência” e que está a investigar activamente o assunto.

Utentes (como eu gosto deste termo) de ginásios do nosso país. Aguardemos e confiemos na investigação activa do senhor Sebastião. A justiça virá ao de cima.
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O bem supremo da liberdade


Foto daqui

[2580]


Sou particularmente sensível à usurpação da liberdade das pessoas. Quando essa violência inenarrável é feita em nome ou pela afirmação de ideologias, as coisas são ainda mais difíceis de aceitar. Quando se trata de um meio de realização de fundos, então, atinge-se o grau máximo de repugnância.

Conheci de perto alguns casos que se inscrevem neste quadro. Talvez por isso eu seja tão sensível ao tema e me congratule com a operação do exército colombiano que, com o auxílio da inteligência americana, libertou Ingrid Betancourt.

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quarta-feira, julho 02, 2008

A ministra irada


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Confesso que não fixei a estação. Enquanto deambulava pela casa na execução do rol de procedimentos necessários à chegada do trabalho, fui ouvindo, ontem, a ministra da saúde. Falava ela, num tom que soava a irado, sobre a assistência médica pública e privada. E avançava uma série de afirmações em tom de comício na festa do Avante. Coisas como, e cito de cor; "é no serviço público que estão os melhores médicos, os melhores serviços. Os melhores equipamentos". Ela, ministra, disse e ouvi em directo, "numa emergência, nunca (este "nunca" foi dito" num ar de "a reacção não passará") usaria o serviço privado mas sempre o serviço público".

Sendo claro que é consensual que os hospitais públicos portugueses têm melhores equipamentos que os privados, o que verdadeiramente me impressionou foi a sanha com que esta gente fala dos investimentos privados. Na saúde ou noutros sectores. Não percebo porquê, a não ser um posicionamento doutrinário que se aprende numa cartilha já puída pelo tempo e pela história e que defende e emula o sector público. Bom seria que pessoas com as responsabilidades que se exigiriam de um ministro do Estado tivessem opiniões mais sólidas e consubstanciadas em argumentos válidos, em vez deste blá blá blá blá do costume.

E já agora, senhora ministra, também seria bom que se informasse (ou, sabendo, o admitisse com a modéstia desejável nas pessoas de boa formação) da importância das empresas privadas na pesquisa e desenvolvimento da ciência médica. Para não falar na formação e actualização de milhares de médicos sobre o desenvolvimento da medicina, das práticas médicas, do aparecimento de novas moléculas, etc.. Com honrosas excepções ou alguns subsídios aqui e ali, gostava que a senhora ministra dissesse, por exemplo, o que é o sector público tem feito neste aspecto.

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O milagre conveniente


Ana Maria - 4 anos à espera de um milagre

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Afinal, o Cristo crucificado não fez só um milagre, curando Ana Maria. Fez um milagre conveniente, já que Ana Maria tinha de ser de novo presente a uma Junta Médica. Fiquei a sabê-lo depois de ler este apontamento de Ferreira Fernandes.

E acho que sim. Acho que Ana Maria devia pagar uma promessa. Porque milagres destes não há todos os dias e se há coisa que se diga dos portugueses é que somos pobrezinhos, mas mal agradecidos, não.

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terça-feira, julho 01, 2008

O impossível aconteceu

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A Miss Pearls fez um post sobre futebol português.
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Milagres


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Ana Maria protagonizou uma história rocambolesca. Se bem nos lembramos, a criatura era muito doente e com oito meses de baixa supostamente incapacitante via ser-lhe recusada a reforma pela junta médica. E isso fez correr rios de tinta, inclusivamente aqui pela Blogo.

O que ninguém esperava é que Ana Maria Brandão fosse a Braga no feriado do Corpo de Deus. E o milagre deu-se.

"Foi uma graça do Cristo crucificado. Ela bem merecia, depois de quatro anos a sofrer, acamada e sem poder fazer nada", atestou Maria das Dores Lima, uma conterrânea de Ana Maria, contando que o suposto milagre terá ocorrido no feriado do Corpo de Deus.

Recomenda-se que as juntas médicas, antes de qualquer decisão, mandem sempre os candidatos a reforma por doença ao Bom Jesus de Braga. De preferência no feriado do Corpo de Deus.

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Afinal não havia fruta nenhuma


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Como qualquer pessoa, tenho uma lista de coisas que não suporto. Uma delas é o ar chocarreiro, grosseiro e nauseante de um advogado a comentar o arquivamento de um processo de que era patrono, usando uma linguagem que pode estar muito bem para se referir a uma vitória do seu clube, mesmo sem fruta, mas que é totalmente desadequada em assuntos que lhe deviam merecer mais respeito. É verdade que a justiça portuguesa, a cada passo, se presta ao tipo de comentários que o advogado de Pinto da Costa teceu sobre o processo do chamado processo de fruta. Mas, que diabo, já que assim é, deveriam ser os agentes dessa justiça os primeiros a manterem um mínimo de decência e dignidade, antes de virem para o ar dizer que a reabertura do processo foi assim como os balões de S. João, que se enchem de ar e depois estoiram. Tudo num ar daquilo que as suas personagens realmente parecem ser.

Aguarda-se agora a reacção dos chefes das claques.

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