segunda-feira, julho 07, 2008

Uma questão de higiene


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Andei mais ou menos ocupado durante o fim-de-semana. Não o suficiente, porém, para que não me apercebesse de mais uma tramóia do mundo do futebol. Parece que toda a gente percebeu. Num Conselho de Justiça destinado a pronunciar-se sobre o recurso de um clube de futebol (Boavista) e de um dos seus agentes (Pinto da Costa) torna-se claro ter havido uma manobra claramente encomendada para que a decisão, que se suspeitava ser desfavorável ao clube a Pinto da Costa se tornasse nula. Primeiro no estabelecimento da barafunda da reunião e, depois, por força da barafunda, no encerramento da mesma para invalidar quaisquer decisões tomadas a posteriore.

Para além do embaraço que estas situações nos trazem internacionalmente, o que verdadeiramente me chocou foi perceber que os participantes parece serem juízes. E eu reflicto sobre a qualidade desta gente. A mesma que noutras situações julga divórcios, custódias de filhos menores, disputas, crimes da mais variada ordem. E, naturalmente, sobre a segurança do cidadão sujeito ao arbítrio de pessoas que julgam e aplicam justiça de cachecol do FCP ao pescoço. Porque é disso mesmo que se trata, Não há volta a dar nem doutas explicações a perceber. Nua e crua, a verdade é essa. Por mais voltas que lhe dêem.

Cá por mim, eu acho que a Uefa devia fechar o futebol português. Todo. Incluindo a selecção. Todo e por dois anos. Ou três. Ou pelo número de anos necessário até aprendermos que se quisermos participar temos que não só seguir as regras instituídas como aprender a ser homenzinhos. Ou então tomemos nós essa iniciativa. Reunimo-nos, decidimos a suspensão e faz-se uma “iacta” sobre o assunto. Daquelas de que o presidente do CJ falava. E fazíamos um abaixo-assinado ao Blogger para proibir o CAA de dar explicações durante o tempo que durasse o interregno.
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