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Alfredo Barroso é um exemplo acabado dum progressista anquilosado pelas desilusões da vida e que faria melhor figura num frasco de formol, ainda que lhe deixassem o nariz de fora para respirar, ninguém deseja a morte do homem.
Mas este exemplar mumificado pelas suas próprias idiossincrasias, incrustadas num corpo já (presumo) cansado pelas evidências, insiste em verbalizar séries infindáveis (só mandando-o calar ele pára…) de ideias que aprendeu em pequenino e para as quais não encontrou os respectivos meios de reciclagem.
Não é que Alfredo Barroso está eriçado porque o campeonato mundial de futebol não é mais que um desfile de futebol europeu onde apenas um grupo privilegiado de futebolistas africanos consegue vencer, ficando muitos deles sem emprego, sem segurança social, sem solidariedade e sem futuro?
Felizmente que o Francisco José Viegas lá lhe explicou que nunca como agora tantos futebolistas africanos dispuseram de tantas oportunidades de brilhar no firmamento futebolístico europeu e que, ao contrário de Alfredo Barroso, ele achava que o futebol europeu estava a exercer uma meritória acção globalizante, abrindo as portas do sucesso àqueles que, como em qualquer outra profissão, demonstram qualidade e estrutura para isso.
Mas Alfredo Barroso não ficou muto convencido, resmungou qualquer coisa e deve ter continuado a pensar que os europeus deviam pedir desculpa a África por proporcionarem emprego (excepcionalmente remunerado) a muitas centenas, quiçá milhares, de futebolistas africanos.
Não há condições para esta gente. Para o Alfredo Barroso, entenda-se. Para os futebolistas africanos há sempre. Desde que saibam dar uns pontapés na bola, claro.
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