sexta-feira, julho 12, 2013

Começo a ficar preocupado


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Há três semanas, ganhei €8 no Euromilhões. Há duas semanas ganhei €3,80 e hoje ganhei €4,25. Estou a achar sorte a mais. Começo a temer pela minha sorte aos amores.
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terça-feira, setembro 22, 2009

Atropelado no dia sem carros


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Já uma vez solenemente o afirmei. Sou um homem azarado. Aquele tipo de gajo que quando o meu barco chegar, eu estarei no Aeroporto. Vale-me não ser supersticioso e ter raiva a quem é. Por isso tanto me faz ter estatuetas de elefante em casa com a tromba para cima como para baixo, passo distraidamente por um gato preto e, sem querer, parto espelhos e passo sob escadotes. Jamais dou uma volta a uma cadeira antes de me sentar e é-me absolutamente indiferente sentar-me a uma mesa de 13. Entro com o pé esquerdo onde tiver de entrar e sei que os azares que tenho são contrabalançados com uma grande sorte na vida. Ser sãozinho de corpo e espírito, amar muito os que me são queridos e saber como eles me amam também. No fundo trata-se de saber amar, apesar da Leonor Coutinho me querer aumentar a dose desde que, naturalmente, vote nela para a câmara da terra onde tenho a sorte (lá está) de viver.

Mas nada disso muda o essencial. E o essencial é que sou azarado. Acontecem-me as coisas mais mirabolantes, algumas delas que, contadas, não se acredita. E de todas elas, talvez a mais bizarra me tenha acontecido hoje. Fui abalroado por um carro no «dia sem carros». Acorda uma pessoa politicamente correctinha que é um regalo de se ver. Vai de comboio para o Cais do Sodré, apanha o eléctrico (olha, eléctrico ainda leva ‘C’, os especialistas devem andar distraídos) para a Lapa e, ao sair do eléctrico, leva com uma pancada do espelho do carro de um energúmeno que não se dignou, sequer, parar. Caí o suficiente para ficar sentado no passeio e motivar um fluxo de gente para saber se estava tudo bem (ao mesmo tempo que me contavam como também já tinham sido atropelados, é uma coisa a que o português genuíno não consegue furtar-se, contar como também já lhe aconteceu a ele, seja o que for), o que é uma coisa que me irrita um bocadinho porque me faz lembrar os velhinhos que caem e que apanham com um grupo de boas vontades para o levantar do chão.

E é assim que me levanto para mostrar a toda a gente que estava tudo em su sítio e limitei-me a insultar mentalmente a mãe do condutor do Corsa branco de rede ao meio que, entretanto, desapareceu.

A história não passa disto e não estou ferido nem magoado, mas o essencial ficou. O azar de ser atropelado no dia europeu sem carros, que é um coisa que eu julgava que já tinha acabado e se resumia, eventualmente, a alguma fotografia avulsa no escritório do Al Gore ou do senhor Ferreira da Quercus. O dia em que eu julgava que o único carro a circular em Lisboa era o Porche do Pedro Couceiro a fazer uma corrida com António Costa, que corria de metro. António Costa ganhou, claro. Mas o atropelado fui eu.

Adenda: Afinal, ganhou um Sousa, de bicicleta. Nem taxi, nem Porche, nem mesmo o metro. Bicla é que é. Pelo menos pela Avenida da Liberdade abaixo.
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sexta-feira, julho 11, 2008

Humor para o fim de semana


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Um sujeito encontra um amigo que não via há muito tempo e querendo ser simpático, inicia a conversa:

- Então Valdemar, tudo bem?
- Péssimo... responde o outro.
- Mas péssimo porquê? Mesmo com aquele Ferrari que ouvi dizer que compraste?
- Olha. Sucata. Perda total num acidente... E o pior é que o seguro não estava em dia.
- Bem, vão-se os anéis, mas ficam os dedos. Então e o teu filho, aquele filhão inteligente?
- Ia ao volante do Ferrari... morreu.


O amigo tenta amenizar o assunto, tão trágico ele estava:

- E aquela tua filha que mais parecia uma modelo?
- Pois é... Estava junto com o irmão. Só a minha mulher é que não estava no carro.
- Graças a Deus! Como vai ela?
- Fugiu com o meu sócio.
- Bem... pelo menos ficaste com a empresa só para ti...
- Ela fugiu com ele porque me roubaram tudo. Deixaram a empresa falida. Devo milhões à banca!
- Pôça, pá, o melhor mesmo é mudar de assunto! Então e o teu clube?
- Sou do Benfica...
- Por amor de Deus, Valdemar! Mas tu não tens nada de positivo?
- Claro que tenho, pá. HIV, desde o mês passado!

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sexta-feira, fevereiro 29, 2008

O azar do Valdemar


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Quando eu era miúdo havia uma banda desenhada nos jornais que se chamava “O azar do Valdemar”. Era uma sequência de situações em que o pobre do Valdemar, de quem guardo uma imagem difusa, tinha sempre o chamado azar do caraças.

Pois os três assaltantes de um bar em Sidney, ontem á noite, devem chamar-se todos Valdemar. Então não é que o bar estava deserto, o trabalhinho a ser feito à vontade e de uma sala perto saem 100 (cem!!!) motards testosterónicos, de braços peludos e pescoços de touro e lhes deitam a mão?

Pior que isto só mesmo aquele tipo que comprou um barco e no dia em que o barco chegou, estava ele no aeroporto.
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sexta-feira, abril 13, 2007

Abrenúncio



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Hoje de manhã, um repórter do Porto da RTP entrevistou uma daquelas senhoras que nascem na casa de Saturno, brincam com o fogo, respiram água e vivem em todo o lado menos na terra, desmentiu categoricamente que Sexta-feira dia 13 seja azarento. Pelo contrário. E explicou: - Porque o 1 está ligado ao Sol, à Sorte e o 3 está ligado a Júpiter, ao Conhecimento e à Comunicação.

Voilá. Estou mais esclarecido. E descansado. Posso ir matar gatos pretos à vontade, passar por debaixo dos escadotes que enxameiam as obras da Estrela e partir um espelho na cara de umas pessoas que eu cá sei, mas não digo, porque um assessor de imprensa do nosso primeiro ministro telefonou-me. Tudo na boa, sem me esquecer de jogar no Euromilhões, para eu poder ir à matiné no Sábado e jantar fora no Domingo.

Boa sorte para todos, mas pelo sim pelo não, se puderem passar no professor Karamba, não hesitem. Ou telefonem à Maya.


ADENDA: Aos meus queridos amigos lampiões, que são alguns. O jogo de ontem estava muito perto de sexta, 13. Para a próxima, mais cuidado com o calendário. Vão por mim!


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