Memória curta?
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Calhou acordar acordar hoje com o Daniel de Oliveira e com a pluma caprichosa. Que isto de adormecer com o televisor ligado tem destas coisas. Acordamos com aqueles que menos esperamos, não necessariamente com os que desejamos… depende do programa que estiver a dar. E como o Eixo do Mal passou esta manha entre as sete e as oito da manhã, eis que desperto pelo silvo do DO, cada vez mais sibilino, proclamando que a greve é um direito. A greve é um direito. A greve é um direito dos trabalhadores. Claro que ao DO não interessa saber as razões da greve. No caso, referia-se à greve dos empregados das grandes superfícies que, por acaso e nem de propósito, eu acho que é muito bem aplicada. Por mim, estou disposto a não poder ir aos supermercados esta semana, em sinal de solidariedade para com o que eles defendem, entenda-se 60 horas de trabalho semanais e a expressão que mais depressa me ocorre e apropriada me parece é o badamerda do FNV, que poucas vezes vi tão bem aplicado. Mas isso não legitima o DO à proclamação estridente, entre o didáctico e o enraivecido, de que a greve é um direito dos trabalhadores. Porque se há alguém que não pode e, muito menos, deve falar de greves é a esquerda do DO. Pela liminar razão de que com a esquerda não há greves. Nunca houve. O povo trabalhava pela glória do socialismo, andava feliz, empregado e em busca da emulação, na forma de um papel a conferir-lhe um título do trabalhador mais qualquer coisa, e sistematicamente em carência crónica de bens essenciais e no mais completo silêncio. Por isso, o DOl devia refrear o seu entusiasmo e limitar-se a discutir racional e pontualmente a bondade ou maldade da greve X ou Y. Porque não foi a esquerda que gerou a greve como direito dos trabalhadores, mas sim os regimes que democraticamente a inscreveram nas Constituições dos países livres.
Acabei a falar só do Daniel. Mas a verdade é que a pluma nada disse de relevante. Apitou como o comboio antigo da Beira Baixa, deixou-se levar por raivinhas não sei a quê nem a quem e a única coisa que me ficou foi de que não tinha partido. Pena que não parta de vez do programa…
Calhou acordar acordar hoje com o Daniel de Oliveira e com a pluma caprichosa. Que isto de adormecer com o televisor ligado tem destas coisas. Acordamos com aqueles que menos esperamos, não necessariamente com os que desejamos… depende do programa que estiver a dar. E como o Eixo do Mal passou esta manha entre as sete e as oito da manhã, eis que desperto pelo silvo do DO, cada vez mais sibilino, proclamando que a greve é um direito. A greve é um direito. A greve é um direito dos trabalhadores. Claro que ao DO não interessa saber as razões da greve. No caso, referia-se à greve dos empregados das grandes superfícies que, por acaso e nem de propósito, eu acho que é muito bem aplicada. Por mim, estou disposto a não poder ir aos supermercados esta semana, em sinal de solidariedade para com o que eles defendem, entenda-se 60 horas de trabalho semanais e a expressão que mais depressa me ocorre e apropriada me parece é o badamerda do FNV, que poucas vezes vi tão bem aplicado. Mas isso não legitima o DO à proclamação estridente, entre o didáctico e o enraivecido, de que a greve é um direito dos trabalhadores. Porque se há alguém que não pode e, muito menos, deve falar de greves é a esquerda do DO. Pela liminar razão de que com a esquerda não há greves. Nunca houve. O povo trabalhava pela glória do socialismo, andava feliz, empregado e em busca da emulação, na forma de um papel a conferir-lhe um título do trabalhador mais qualquer coisa, e sistematicamente em carência crónica de bens essenciais e no mais completo silêncio. Por isso, o DOl devia refrear o seu entusiasmo e limitar-se a discutir racional e pontualmente a bondade ou maldade da greve X ou Y. Porque não foi a esquerda que gerou a greve como direito dos trabalhadores, mas sim os regimes que democraticamente a inscreveram nas Constituições dos países livres.
Acabei a falar só do Daniel. Mas a verdade é que a pluma nada disse de relevante. Apitou como o comboio antigo da Beira Baixa, deixou-se levar por raivinhas não sei a quê nem a quem e a única coisa que me ficou foi de que não tinha partido. Pena que não parta de vez do programa…
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Etiquetas: esquerda assanhada, esquerda moderna, tv
2 Comments:
APOIADO!
Já não os vejo!
Achei-lhes muita graça mas desinteressei-me a partir do momento em que todos começaram a falar ao mesmo tempo...xx
papoila
Não perdes nada em não os ver, papoila :)
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