domingo, outubro 31, 2010

Quotas para as "curitas". Já


Um bom exemplo do sentido prático dos americanos. Um popular «burger» com recheio do mais fino caviar, não esquecendo a equidade cromática alusiva a Barack Obama e a Sitting Bull. A. Lincoln está representado no guardanapo de papel.


[3950]

Fico com a ideia de que a f. acorda todas as manhãs angustiada com a causa a eleger apara a sua luta do dia. Porque tem de ser causa, tem de fracturar e tem de apontar o dedo às consciências pesadas. Como aquelas que desta vez acharam por bem criar um estereótipo injusto ao denominar a cor dos pensos rápidos como sendo cor de pele, sendo estes normalmente bege rosado ou mel (também há pensos transparentes, mas a f. esqueceu-se). A injustiça é flagrante porque, como se sabe, há negros na Terra e ninguém se lembrou de fazer «curitas» pretas, um despautério que reflecte bem a facilidade e superficialidade com que estes assuntos são tratados. Com desfaçatez e total alheamento dos direitos e liberdades das minorias. No fundo nada de muito diferente de expressões tipo, o futuro está muito negro, a ovelha negra da família, a coisa aqui está preta (no Brasil) e outras que não me ocorre agora, mas que são por demais conhecidas.

Tenho de admitir que as angústias da f. não são contas do meu rosário, cada um acorda com as suas e ninguém tem nada com isso. Mas que esta dos pensos rápidos não lembra ao careca é verdade. Penso mesmo que a f. deveria, já, promover um abaixo-assinado para o estabelecimento de quotas para a cor dos pensos rápidos. E que rapidamente se produza adequada legislação na AR. Por forma a que ninguém se sentisse constrangido se lhe venderem na farmácia um penso de uma cor de pele que notoriamente não seja a sua.

.

Etiquetas: ,