segunda-feira, janeiro 25, 2016

Ufffffff!



[5360]

Confesso que cheguei a preocupar-me. Comecei a ver as bandeiras e o folclore em que o PS é exímio, com as arruadas, as bandeiradas e a histeria de aluguer dos figurantes da campanha de Nóvoa. Com tudo a acabar naquela zoada de palavreado barroco e vão, tipo papas e bolos, mas nem por isso menos parolo, de Nóvoa e cheguei a pensar naquela frase de um falecido locutor de futebol que dizia «é disto que o meu povo gosta».

Mas pronto. Enganei-me e ainda bem e Marcelo ganhou. E se nunca me passou pela cabeça que Marcelo pudesse vir a ser o vingador, pelo menos a sua eleição vai poupar-me a qualquer um dos nove pesadelos que o acompanharam na campanha. E verifico, com deleite, que os representantes da gerinconça nem todos juntos chegaram perto sequer da votação de Marcelo. Ou seja, o povo mantém um módico de estimável bom senso e esta votação é a prova provada de que estamos entregues a uma geringonça  sem préstimo que não seja escaqueirar «isto» tudo de novo para depois virem os outros arranjar.

Uma última palavra para a figura execrável de Costa que veio no fim da votação botar faladura. Mas afinal, por quem é que realmente este figurão se toma?


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sexta-feira, agosto 07, 2015

O voto mais ou menos secreto


[5277]

O impulso incontrolável que certas personagens têm em dizer em quem votam. Ou em quem não votam. Como se o facto de as outras pessoas saberem em que se vota ou não vota pudesse ter outra utilidade se não alimentar o ego daqueles que aos costumes dizem nada. Porque no nada está implícita e mensagem de que jamais votarão naqueles em que se esperaria votassem.

E na parte que me diz respeito resta ainda o registo de uma vaidade estúpida que pode apenas relevar de personalidades mal alinhavadas a que tem de se dar o devido desconto. E relativizar a importância que julgam ter.

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A remota esperança


[5275]

O chamado socialismo democrático, uma forma espúria de camuflar a ditadura e, em última análise, conduzir as sociedades igualmente para a penúria, miséria e carência, tem uma característica incontornável. É alimentado pela arrogância dos seus mentores, por uma insuportável manifestação de superioridade moral, pela má-criação e violência e, a finalizar, uma inaceitável e asfixiante incompetência. No caso doméstico, o nosso, são conhecidas as consequências de um socialismo colocado no poder com uma frequência assustadora e que ciclicamente nos mergulha na banca rota. Para depois virem outros repará-la, até os socialistas ganharem de novo e voltarem a pôr tudo de pantanas.

Este pequeno preâmbulo para ilustrar a ideia de que desta vez tenho a esperança, ainda que lamentavelmente remota, de que os socialistas não ganharão o poder. Desta vez parece haver gente com uma noção mais nítida dos acontecimentos, há um reconhecimento mais ou menos consensual das trampolinices e vigarices em que o socialismo medra, para o que o último consulado de Sócrates contribuiu decisivamente, já que que era por demais evidente a torrente de casos em que ele e os seus acólitos se viam permanentemente envolvidos. Bem assim como a inaceitável cumplicidade ou vista larga da justiça. Por contraponto, os portugueses percebem hoje que têm um governo com um elevado número de falhas, mas que provou estar à altura das contrariedades, desde a recusa em aceitar a demissão irrevogável de Portas, à tremenda onda de ataque movida pela comunicação social e, sobretudo, isenta de casos mal cheirosos. Sente-se que o governo é composto de gente séria e não dada à imensa lista de «casos» que pontilharam a legislatura de Sócrates. Por junto e atacado, parece que houve um curso mal tirado e um deputado que se demitiu e pediu isenção de imunidade parlamentar por causa dos vistos dourados. E só não repara e valoriza este estado de coisas quem não quer.

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domingo, janeiro 25, 2015

É hoje


[5222]

Mais logo vamos perceber se os gregos vão ao baú buscar o enlevo, a inspiração e a beleza do Sirtaki (mesmo que de recente adopção do génio de Theodorakis, há cerca de cinquenta anos) e se adoptam
uma postura de dignidade e consciencialização da situação em que se deixaram mergulhar...



 …ou se vão na conversa de arrivistas que se adaptam, que amenizam, que se ajustam, que se moldam para obter um efeito parecido ao de Mr. Bean. Mesmo que apoiados por uma legião de gente excitada (muitos portugueses incluídos) que acham que o advento do Xyriza foi o melhor que poderia ter acontecido à democracia europeia. Quando mais não fosse para meter Merkel na ordem. Imagine-se que até Cohen foram huscar, vão todos cantar «first we take Manhattan and then we take Berlim». A claque delirou com a ideia, bateu palmas e está tudo à espera que tomem Manhattan, Berlim, tomem tudo o que lhes der na gana, mas de preferência que escorram mais uns cobres, coisa que, por sinal, só a partir de Julho e no caso de se portarem como homenzinhos.


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quarta-feira, junho 15, 2011

Foleirices



[4314]

O mínimo que se poderá dizer deste episódio é que algumas almas socratistas mantêm o seu estatuto foleiro, para usar um termo tão do agrado de José Lello. Mais grave é que são foleiros e estão convencidos que estão a ser xico-espertos. O que, por si, para além de foleiro é duma parolice acabada.

Louve-se a atitude de Francisco Assis, candidato a secretário-geral do Partido, que bem procura arrefecer os ímpetos foleiros desta rapaziada.

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segunda-feira, maio 16, 2011

Flecte, insiste!



[4163]

Tavez fosse de colocar de novo este cartaz pelas cidades, vilas, aldeias e estradas de Portugal. Quem sabe se com uns pequenos arranjos ele não iria tocar de novo o coração dos portugueses. Um arranjo simples, tipo:

Adenda: Devido à situação internacional, mudanças no mundo, o PSD não ter assinado o PEC 4 e discurso de Cavaco Silva na tomada de posse, não conseguimos criar os 150.000. Por isso mudamos a promessa para 300.000.

Trigo limpo. Depois, com um punhado de comentários políticos dos paineleiros de serviço na SIC, umas entrevistas a Silva Pereira, umas bocas de Lello no Face Book e um par de programas da Constança Cunha e Sá e uns noticiários do novel duo maravilha nos noticiários da TVI, aquilo são favas contadas. Vão por mim.

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terça-feira, outubro 13, 2009

De espírito aberto e coração limpo




[3402]

Não vi o «Prós e Prós» de ontem, meramente por questões de higiene mental que tenho vindo a impor a mim próprio. Mas não resisti e acabei por «passar» por lá, na segunda metade do programa. Do que vi, e corrijam-me na eventualidade de estar a ficar com a mentalidade distorcida, concluí que:

- A Fatinha perdeu o resto da vergonha e tratou de apanhar convidados pela sorrelfa e à má-fila. José Manuel Fernandes não se apercebeu das virtualidades da nova bufa de serviço e compareceu. Tenho a certeza que ao chegar a casa terá consumido uma caixa de konpensan e tomou uma dose dupla de um sonífero que o ajudasse a reparar os estragos;
- João Marcelino sugere bem a figura do venal que conseguiu fazer tudo menos disfarçar a ideia de que o assunto do mail que publicou cheira mal a léguas e de que participou activamente numa operação alargada e destinada a influenciar a opinião pública, em favor do PS, numa altura crucial da campanha para as legislativas;
- Henrique Monteiro esteve quase a abrir o livro, quase, quase. Não o fez porque parece ter uma dimensão ética muitos furos acima de Marcelino, mas isso não obstou a que se entreolhasse com José Manuel Fernandes, em expressões de «tu sabes que eu sei que tu sabes que nós sabemos que isto foi tudo uma grande merda»;
- José Alberto Carvalho fez o papel do costume, diz umas patacoadas e toda a gente fica sem saber o que é que ele quer, para além da sua evidente atitude de cobertura da «His master’s voice». Foi patética a sua preocupação em declarar que não lhe interessava saber se a fonte do mail era política…
- Apareceu um politólogo que eu não conheço mas cuja resenha aparece abundantemente no Google, André Freire de seu nome, e que a Fatinha se esforçava loucamente para que ele falasse. O homem, às tantas, já não sabia o que havia de dizer, a Fatinha insistia que o queria ouvir e o homem já só balbuciava que «a presidência devia ter feito», a presidência «devia ter dito», a «presidência induziu» a «presidência isto, a presidência aquilo»;
- Paulo Baldaia vestiu bem a pele de director de uma empresa autónoma mas do mesmo grupo do Diário de Notícias. Ficou-lhe bem e ia bem com o fato.

O sufoco da «socialisticalização» (perdoe-se-me o palavrão, mas parece-me adequado) continua com tanta saúde como a que já nos falta, pela submissão permanente à mais patética campanha de doutrinação das massas e da conversão daqueles que um dia destes ainda acabam por ser considerados de «dissidentes». Já faltou mais.

Hoje de manhã, entretanto, a voz melíflua de Sócrates ia-nos explicando como ele agora está dado ao diálogo e é nesse estado de alma que vai formar governo, de espírito aberto e coração limpo. Tenho o dia estragado.
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segunda-feira, setembro 28, 2009

Algumas notas avulso


[3374]

- O CDS ganhou em toda a linha. A competência, dedicação e coerência têm, sempre, de dar alguns frutos.

- Louçã é consabidamente malcriado e inconveniente. Mas desta vez excedeu-se. Anunciou em directo a remodelação da ministra de educação como se tivesse sido ele a fazê-lo. Grave, grave é muita gente acreditar…

- A telegenia é como o tamanho. Toda a gente diz que não conta, mas conta. Ferreira Leite deveria ter, no mínimo, autorizado que lhe mudassem as fatiotas e aprendido um sorriso ou dois, por tímidos que fossem;

- O PC confirma estar confinado a um canto da história e cada vez mais uma seita alimentada pela utopia de ideias e ortodoxia de métodos. Só mesmo num país como em Portugal consegue sobreviver.

- 40 trotskistas/estalinistas/leninistas no Parlamento, diz o JCD no Blasfémias, como razões do nosso atraso. Não foram quarenta mas anda por lá perto. Em qualquer caso, não poderia concordar mais com ele acerca das razões para o atraso. Mas é preciso salientar que talvez os grandes culpados por essas razões não sejam os próprios, mas sim quem os leva ao colo, quem lhes acha graça e quem os usa para disseminar uma mensagem progressista, moderna, justa, solidária e desenvolvimentista, i.e., muitos jornalistas e comentadores políticos e o próprio Partido Socialista.
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Mais Sócrates...


[3373]

A espaços, cheguei a pensar que a decência se impunha à pantomina e a um país formatado pela máquina exímia do Partido Socialista e Sócrates acabasse por ser democraticamente afastado do poder. Não foi. Antes, ganhou e, de imediato, deixou a sua imagem de marca junto dos aclamadores (o atraso da chegada justificado pelo café que foi tomar e pelo elevado número de transeuntes que o quiseram saudar foi um exemplo vivo do Sócrates delicado e querido).

Assim sendo, descontando o milhão de posts e artigos que vão dissecar a questão, nada mais resta senão percebermos mesmo que o país está doente (como disse Jardim em afirmações que o inenarrável José Alberto Carvalho considerou de dogmáticas na RTP) e formatado em duas vertentes essenciais – a extraordinária eficiência da máquina de propaganda do PS e as suas (dele) próprias idiossincrasias, consabidamente voltadas para a mantinha e borralho do Estado, mesmo que este lhe arranque as entranhas em impostos.

É um dia triste mas a verdade é que cada vez mais se entende melhor a sujeição bovina a aforismos estabelecidos ao milímetro para nos manter simples, atentos, veneradores e obrigados por nada.


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segunda-feira, setembro 14, 2009

A velha



[3354]

O epíteto adquiriu forma e estabilizou-se na linguagem corrente da onda socrática que varre o país. Se nada mais desaconselhar o voto em Manuela Ferreira Leite há sempre o argumento de que ele é, está velha. Além do mais é feia, veste mal e fala pior. Estão definidos os factores pelos quais não devemos votar Manuela. Ela não tem filhos de tios mais ou menos suspeitos, formou-se num dia útil, tem um currículo académico e profissional como as pessoas, não gosta da hipocrisia populista (apesar de eu já ter ouvido, em «politiquês», que ela tem a mania que é progressista, mas é divorciada…) nem do ar de comício que se tornou regra para cada um dos actos políticos em curso, por mais simples que sejam, que se tornaram rotina na paróquia. Não é suspeita de nada e, que se saiba, nunca perdeu papéis nem em casa nem em notários, referentes a escrituras. Que me ocorra, tem alguns pecadilhos como o de ter percorrido três centenas de metros num carro oficial quando estava em campanha, ficando por esclarecer se ela sabia disso. Resumindo: No geral, tem as condições necessárias e suficientes para ganhar as eleições. Mas é velha. É feia e veste mal. Fala ainda pior e, como se sabe, quem fala mal é porque pensa mal. Daí que em muito blogues «a velha» ganhou direito a menção corrente, ao contrário de outros velhos do PS que gozaram sempre de imunidade etária, como Soares e Almeida Santos para referir apenas dois nomes que me ocorrem. Sobre Soares há mesmo quem habilmente se refira ao seu espírito maroto com as mulheres e ache as suas sestas famosas pelo desprendimento da coisa política e nunca por cansaço, feitio estouvado ou velhice. Jamais como um velho.

A «velha» vai a votos. Receio bem que perca. É um feeling. Porque é patrulhada ao milímetro e porque, realmente, lhe falta fio de discurso para dizer umas coisas que poderia e deveria dizer e evitar outras que, pela forma como as diz, são imediatamente aproveitadas para a derrubar. E porque de cada vez que fala é sujeita a uma sessão de «tiro ao boneco», sobretudo por uma indecorosa colecção de comentaristas, analistas, politólogos, sociólogos, «economólogos» e «idiotólogos» que enxameiam as televisões com teorias delirantes.

A «velha» é muito bem capaz de perder…



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quinta-feira, setembro 03, 2009

De pequenino se torce o pepino


[3339]

Nada como aprender a ser idiota de pequenino. Independentemente da falta de chá, de educação e de esforçados estágios (coisa agora em moda e prevista em profusão para a proxima legislatura) em matreirice, chico-espertismo e trauliteirismo. Este jovem, Duarte Cordeiro de seu nome e Secretário Geral da Juventude Socialista que, como se sabe, é uma licenciatura com muita saída nos tempos que correm, é disso um exemplo evidente, ao debitar as vacuidades do costume e que lhe servirão de guião para actuações futuras.

É por estas e por outras que a nossa vida política dificilmente perderá aquele ar paroquial que a define, com os reflexos que se imagina no todo nacional.
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quarta-feira, agosto 26, 2009

Reflexão a fechar um dia de férias demasiadamente curtas


[3326]

Afastar Cândida Pinto e ter o processo Freeport resolvido antes das eleições legislativas (em consistência com o vaticínio da própria Cândida Pinto, há algum tempo), como, de resto, processos e questões apendiculares como a – alegada – pressão do presidente do Eurojust sobre magistrados, mais do que um sinal da desejável eficiência da nossa justiça, teria sido um acto de decência e de higiene.

Assim, da forma como tudo está a correr, consolidamos a ideia generalizada de que muito do que temos e somos é pouco confiável. E recorda-nos de que além de pouco já valermos como povo, estamos comprometendo definitivamente o nosso futuro como nação, merecedora do respeito devido enquanto tal, no inevitável concerto regional em que temos necessariamente de estar incluídos.
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domingo, agosto 23, 2009

Em defesa da Carolina

[3321]

Ainda não percebi os pecados da Carolina. Só comer cerejas sem os caroços que a empregada lhes tirou, preferir uvas sem grainha e não gostar de perder, preferindo fazer batota, entre outras afirmações, são afinal uma imagem de marca dos portugueses em geral e da juventude em particular. Sendo que a juventude tem menos culpas no cartório pois, como se espera, seguir os exemplos dos meus velhos é uma prática desejável.

Já Sócrates deveria limpar as mãos à parede com a escolha que fez. Ou não. Porventura ele próprio se revê na filosofia (!!) da Carolina, habituou-se a comer cerejas descaroçadas (às vezes até se perdem os caroços, depois), uvas sem grainhas e quanto a batota, parece que começou bem cedo com os projectos da Guarda (não vejo que outro nome se possa dar àquilo) ou com os diplomas dominicais (continuo a não ver que outro nome se possa dar àquilo). Isto para nos cingirmos apenas às afirmações da mandatária para a juventude. Porque há mais, evidentemente.

Exaltemos, pois, a Carolina como alguém que não precisa de explicador para aprender bem a matéria. Quanto aos que a escolheram, afinal onde está a novidade? Não são eles próprios batoteiros, com mau perder e dados à cereja descaroçada?

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quinta-feira, agosto 20, 2009

Picaretices


[3316]

«...Sócrates não é tipo para "debates". É um solipsista que fala essencialmente dele e para ele. Sem encanto, imaginação, rasgo ou qualquer tipo de sofisticação. Lá onde o outro era uma "picareta falante", este é um falante que gosta de exibir picaretas...»

«...Sócrates, pelo contrário, sabe que o país já mal o pode ouvir...»


João Gonçalves, aqui.

Há um pormenor em que discordo do JG. Quando ele diz que o país já mal o pode ouvir, há que descontar aqueles que não só o ouvem (mesmo que o detestem), como acordam diariamente a pensar na cantata socrática que farão ao longo do dia. Vá lá saber-se porquê.

Um outro pormenor em que discordo é que há muitos que já passaram de nível. Do «nível mal o podem ouvir» passaram ao nível seguinte de absoluta incapacidade de ouvir sequer o seu timbre de voz. Ao ponto de mudarem de restaurante sempre que aquele em que acabaram de entrar tem a televisão sintonizada na SIC, já que esta estação agora resolveu acompanhar o Grande Líder ao milímetro. Vá lá saber-se porquê...
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segunda-feira, agosto 17, 2009

Mais do mesmo, lá dizia Moita Flores

[3308]

Uma das mais recentes estrelas socialistas, tida por muito culta e muito inteligente e muito inteligente e muito culta, não resistiu à tentação de desfiar um rosário de banalidades a favor do Grande Líder. Pode-se dizer que o blog que usou dá bem com o propósito, mas de uma figura confortada pelo ambiente encomiástico e laudatório como é Miguel Vale de Almeida e que recentemente fez ninho no PS depois de visitar várias esquerdas, esperar-se-ia, pelo menos, que se alheasse da vulgata socrática e apresentasse obra asseada. Afinal, aos costumes disse nada.
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sábado, agosto 15, 2009

A República em perigo


Este aurtarca, guionista e ex-polícia não vai votar no PSD. E agora?

[3306]


Alguém me explica o peso específico de um senhor que se chama Moita Flores e é presidente da Câmara de Santarém? É que ando há setenta e duas horas a ouvir o referido autarca em regime «moto-contínuo» na televisão, dizendo que não vai votar no PSD. Interrogo-me sobre em que é que isso contribui para a minha felicidade e, sobretudo, quem é realmente esta criatura que, com um ar seráfico, consegue concitar a atenção das televisões para solenemente nos informar que não vai votar no PSD.

A roçar o divertido é Moita Flores, na última intervenção que lhe ouvi, dizer que não vota no PSD porque está farto de mais do mesmo. Sendo que o «mesmo» dos últimos quatro anos é PS, o jornalista perguntou-lhe, com toda a legitimidade, aliás, se isso significaria que ele também não votaria no PS. Que não sabe, diz Mota, que não sabe ainda, diz a celebridade escalabitana com ar circunspecto e meditativo. Porque está farto de mais do mesmo.

É evidente que com tiradas e lógicas destas quem está farto de mais do mesmo são aqueles a quem as televisões impiedosamente castigam com a opinião sábia de tão ilustres personagens. Com a agravante de que um dia destes o homem ainda escreve uma novela sobre um desiludido da vida que, farto do PS, resolve deixar de votar PSD.

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sexta-feira, agosto 07, 2009

A sanha e o escarcéu...


[3287]

… são, consabidamente, uma forma emotiva e irracional de reagir a qualquer coisa de que não gostamos. Deitamos fora a licitude dos propósitos e ignora-se qualquer réstia de pudor e ponderabilidade para extravasarmos a torrente revolta da revolta dos nossos sentimentos em relação a uma situação ou a uma criatura.

A reacção em cadeia às listas dos PSD (talvez o acontecimento do ano…) poderia e deveria constituir-se em case study da idiossincrasia nacional e tenho a certeza que algumas das considerações finais seriam pouco menos que espantosas.

Mas isto é uma coisa, outra, bem diferente, é a pauta cuidadosa e profissionalmente estabelecida para se pronunciar uma das mais competentes urdiduras conta o PSD. Refogou-se umas quantas características de Manuela Ferreira Leite em unto de um fenómeno mais ou menos indecifrável (leia-se um ódio visceral a uma coisa que se convencionou chamar de cavaquismo) adicionou-se as especiarias em uso na paróquia e eis que surgiu facilmente o pomo da campanha, que de uma campanha se trata, ainda que, em alguns casos, subconsciente. Passos Coelho, um homem pouco fiável nos padrões de confiança de MFL e de quem o mais que sei é que leu um livro que Sartre não escreveu, parece que é bonito e fica bem nas fotografias e na televisão (ah! E foi o MELHOR líder da JSD, segundo me foi fito por um expert na matéria), DEVERIA ter sido escolhido para as listas (que MFL não é dona do Partido), Preto e Helena deveriam estar a ferros numa masmorra qualquer e, céus, o cavaquismo voltou em força. Os velhos. As relíquias. O cavaquismo em peso, aguardando agora os pormenores que, adivinha-se, pintalgarão o universo dos leitores de blogues, revistas e jornais, e onde não faltará uma célebre manta da TAP (estou francamente admirado de ainda não se terem lembrado de tal) que aqueceu Deus Pinheiro nos intervalos das suas snobes partidas de golfe.

Temos, assim, dois aspectos distintos do tema nacional do momento. A bruxa, a velha, a feia, a espanta-votos que se permitiu destruir o que restava do PSD e um conjunto de acções habilmente criadas e geridas para aproveitar a dinâmica do momento para, de uma vez por todas, pontapear o que resta da credibilidade de MFL e afastar para bem longe o espectro do «fenómeno fortuito» da vitória nas europeias, coisa que se tem de evitar a todo o custo. E é assim que temos a esmagadora maioria da Blogo a carpir a fatalidade das escolhas de MFL ou a entreter-se no mais descarado vitupério de que me recordo num passado recente, lado a lado com um desfile de personalidades absolutamente extraordinárias que comparecem à chamada na tareia a MFL. A recente ida á SIC-N da extraordinária Maria de Belém Roseira (mulher que, como se sabe, se distinguiu no seu brilhante desempenho como ministra da igualdade, se bem se lembram e a partir do que ficamos todos iguais…) e do espantoso Ângelo Correia são, de tudo isto, um bom exemplo.

Preparemo-nos, assim, para mais quatro anos de Sócrates. Arrecademos as licenciaturas domingueiras, o bom gosto e a lisura de processos das casas da Guarda. As trapalhadas em que ele, coitado, se viu envolvido na qualidade de Zezito, por causa de um tio trapalhão e de um «filho do tio» mais ou menos estouvado e em mode zen lá pelo oriente, do terceiro-mundismo em que durante quatro anos nos vimos mergulhados por força das campanhas, viagens e inglês técnico do nosso primeiro a vender Magalhães pelo mundo fora, os ralhetes e descomposturas diários a que fomos sujeitos porque, aparentemente, nos portávamos mal, quando não compreendíamos ou nos entretínhamos em campanhas negras contra ele, ele, coitado, razão de umas quantas trapalhadas de pressão de justiça e outras banalidades, o vazio estarrecedor de tudo quanto este homem nos foi dizendo durante anos, em tom e forma de comício, esqueçamos ainda as monumentais trapalhadas em que este homem nos envolveu ou permitiu que nos envolvêssemos mas, por amor de Deus, concentremo-nos no essencial. MFL não é dona do PSD, não tinha nada que ostracizar os PSD’s que melhor saem nas fotografias e na televisão e, céus, muito menos se atrever a fossilizar o Partido com algumas tenebrosas figuras do tenebroso regime do vampirino Aníbal.

Leitura recomendada: “…Declaração de interesse: tenho mais respeito por Kim Jong-Il do que por Pedro Passos Coelho…”
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sexta-feira, julho 24, 2009

Jamais



[3256]

Um blog que vai nascer e é bem-vindo (já nasceu). Para ajudar a recuperar o prestígio, a economia, o emprego, a seriedade. Para ajudar a que nos recomponhamos de um longo período de esquerda (??) tão moderna quanto estéril (leia-se, esquerda nenhuma) e de permanente agressão ao nosso bom senso e inteligência. Para ajudar a perdermos o embaraço (Sócrates e o seu governo embaraçavam frequentemente) e, ainda, na esperança de que a direita possa ganhar as eleições e saber responder, com o voto, a uma forma torcionária (Mas se a maioria relativa for do PSD, supõe a actual direcção do PSD que o conjunto da esquerda (maioritário) permitirá a passagem de um governo seu?) e muito típica de fazer oposição. Forma que, tragicamente, tem resultado.

Post corrigido (12:25)
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sexta-feira, abril 10, 2009

A falta que este Zé nos andava a fazer...


[3056]

Este Zé irrita-me. Aliás, parece que irrita toda a gente pela simples razão de que é profundamente irritante. Mas irritante é também o facto de me parecer que, de repente, toda a gente se irrita agora, passadas que foram algumas das mais conhecidas diatribes do Zé. Porque quando ele cedo se denunciou nas suas capacidades inatas de irritar o mais sereno dos cidadãos, toda a agente andava mais ocupada a irritar-se com Santana Lopes. As pessoas irritavam-se imenso com as sestas, ao mesmo tempo que negligenciavam os tremendos prejuízos, por exemplo, que o Zé ia causando aos munícipes lisboetas com a sua sede de protagonismo e cretinismo militante quando atrasou as obras do túnel do Marquês e provocou milhões de prejuízo a comerciantes e cidadãos em geral, apenas para dar de comer ao seu insaciável ego. Hoje, alguns anos e muitos milhões de Euros depois, o túnel está aí, demonstrando a sua grande utilidade.

O Zé não fazia falta nenhuma e apareceu em cena para irritar, complicar, dar prejuízo e fluir a sua necessidade de protagonismo, mas as pessoas andavam demasiadamente ocupadas em irritar-se com Santana Lopes.

A actual rábula do cartaz do PSD no Marquês marcou um inesperado consenso e chegou a ser deprimente ver a cara do Zé a tentar balbuciar para um jornalista quem seria o responsável por uma lei que ele interpretou ao jeito das sinapses excitatórias que pautam o seu comportamento habitual, sobretudo depois de passar pelo embaraço de até a CNE lhe ter tirado a razão.

Mas não desanimemos. Quando menos esperarmos, o Zé vai atacar outra vez.

Nota: Devo referir que pessoalmente gostaria de ver a Praça do Marquês sem cartazes nenhuns. Mas isso é irrelevante para o caso em apreço.
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quinta-feira, novembro 06, 2008

O Mundo está salvo


[2756]


A melhor das eleições americanas.


Via Leonor Barros, com a devida vénia, no GR.

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