De espírito aberto e coração limpo
[3402]
Não vi o «Prós e Prós» de ontem, meramente por questões de higiene mental que tenho vindo a impor a mim próprio. Mas não resisti e acabei por «passar» por lá, na segunda metade do programa. Do que vi, e corrijam-me na eventualidade de estar a ficar com a mentalidade distorcida, concluí que:
- A Fatinha perdeu o resto da vergonha e tratou de apanhar convidados pela sorrelfa e à má-fila. José Manuel Fernandes não se apercebeu das virtualidades da nova bufa de serviço e compareceu. Tenho a certeza que ao chegar a casa terá consumido uma caixa de konpensan e tomou uma dose dupla de um sonífero que o ajudasse a reparar os estragos;
- João Marcelino sugere bem a figura do venal que conseguiu fazer tudo menos disfarçar a ideia de que o assunto do mail que publicou cheira mal a léguas e de que participou activamente numa operação alargada e destinada a influenciar a opinião pública, em favor do PS, numa altura crucial da campanha para as legislativas;
- Henrique Monteiro esteve quase a abrir o livro, quase, quase. Não o fez porque parece ter uma dimensão ética muitos furos acima de Marcelino, mas isso não obstou a que se entreolhasse com José Manuel Fernandes, em expressões de «tu sabes que eu sei que tu sabes que nós sabemos que isto foi tudo uma grande merda»;
- José Alberto Carvalho fez o papel do costume, diz umas patacoadas e toda a gente fica sem saber o que é que ele quer, para além da sua evidente atitude de cobertura da «His master’s voice». Foi patética a sua preocupação em declarar que não lhe interessava saber se a fonte do mail era política…
- Apareceu um politólogo que eu não conheço mas cuja resenha aparece abundantemente no Google, André Freire de seu nome, e que a Fatinha se esforçava loucamente para que ele falasse. O homem, às tantas, já não sabia o que havia de dizer, a Fatinha insistia que o queria ouvir e o homem já só balbuciava que «a presidência devia ter feito», a presidência «devia ter dito», a «presidência induziu» a «presidência isto, a presidência aquilo»;
- Paulo Baldaia vestiu bem a pele de director de uma empresa autónoma mas do mesmo grupo do Diário de Notícias. Ficou-lhe bem e ia bem com o fato.
O sufoco da «socialisticalização» (perdoe-se-me o palavrão, mas parece-me adequado) continua com tanta saúde como a que já nos falta, pela submissão permanente à mais patética campanha de doutrinação das massas e da conversão daqueles que um dia destes ainda acabam por ser considerados de «dissidentes». Já faltou mais.
Hoje de manhã, entretanto, a voz melíflua de Sócrates ia-nos explicando como ele agora está dado ao diálogo e é nesse estado de alma que vai formar governo, de espírito aberto e coração limpo. Tenho o dia estragado.
Não vi o «Prós e Prós» de ontem, meramente por questões de higiene mental que tenho vindo a impor a mim próprio. Mas não resisti e acabei por «passar» por lá, na segunda metade do programa. Do que vi, e corrijam-me na eventualidade de estar a ficar com a mentalidade distorcida, concluí que:
- A Fatinha perdeu o resto da vergonha e tratou de apanhar convidados pela sorrelfa e à má-fila. José Manuel Fernandes não se apercebeu das virtualidades da nova bufa de serviço e compareceu. Tenho a certeza que ao chegar a casa terá consumido uma caixa de konpensan e tomou uma dose dupla de um sonífero que o ajudasse a reparar os estragos;
- João Marcelino sugere bem a figura do venal que conseguiu fazer tudo menos disfarçar a ideia de que o assunto do mail que publicou cheira mal a léguas e de que participou activamente numa operação alargada e destinada a influenciar a opinião pública, em favor do PS, numa altura crucial da campanha para as legislativas;
- Henrique Monteiro esteve quase a abrir o livro, quase, quase. Não o fez porque parece ter uma dimensão ética muitos furos acima de Marcelino, mas isso não obstou a que se entreolhasse com José Manuel Fernandes, em expressões de «tu sabes que eu sei que tu sabes que nós sabemos que isto foi tudo uma grande merda»;
- José Alberto Carvalho fez o papel do costume, diz umas patacoadas e toda a gente fica sem saber o que é que ele quer, para além da sua evidente atitude de cobertura da «His master’s voice». Foi patética a sua preocupação em declarar que não lhe interessava saber se a fonte do mail era política…
- Apareceu um politólogo que eu não conheço mas cuja resenha aparece abundantemente no Google, André Freire de seu nome, e que a Fatinha se esforçava loucamente para que ele falasse. O homem, às tantas, já não sabia o que havia de dizer, a Fatinha insistia que o queria ouvir e o homem já só balbuciava que «a presidência devia ter feito», a presidência «devia ter dito», a «presidência induziu» a «presidência isto, a presidência aquilo»;
- Paulo Baldaia vestiu bem a pele de director de uma empresa autónoma mas do mesmo grupo do Diário de Notícias. Ficou-lhe bem e ia bem com o fato.
O sufoco da «socialisticalização» (perdoe-se-me o palavrão, mas parece-me adequado) continua com tanta saúde como a que já nos falta, pela submissão permanente à mais patética campanha de doutrinação das massas e da conversão daqueles que um dia destes ainda acabam por ser considerados de «dissidentes». Já faltou mais.
Hoje de manhã, entretanto, a voz melíflua de Sócrates ia-nos explicando como ele agora está dado ao diálogo e é nesse estado de alma que vai formar governo, de espírito aberto e coração limpo. Tenho o dia estragado.
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Etiquetas: Cada um é pró que nasce, comunicação social, eleições, Prós e Contras
3 Comments:
Parece-me que os "adeptos" do PSD ficaram com azia no final destas 3 eleições. Mas não faz nenhum sentido. O PSD ganhou 2 eleições e perdeu 1 eleição. Porque é que estão tão mal-dispostos e a necessitar de kompensan? Acho que o problema não é da líder, mas sim dos "ferrenhos adeptos" do PPD-PSD. Ou há uma mudança radical de mentalidade nos militantes do PSD ou então há que encontrar outro partido para alternar o poder com o PS.
Anónimo
Eu também acho, anónimo. Cá por mim fazia-se uma lei proibindo «adeptos ferrenhos». São uma chatice, só complicam, uma perda de tempo. Ou então uma lei que nos obrigasse a mudar de mentalidade. Também podia ser...
Pois cá por mim fazia também uma lei "sanitária" a impedir que a grande maioria dos comentadores políticos se aliviasse em público da m**** que lhes enche a cabeça. Pensar que ainda lhes pagam por isso...
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