Em defesa da Carolina
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Ainda não percebi os pecados da Carolina. Só comer cerejas sem os caroços que a empregada lhes tirou, preferir uvas sem grainha e não gostar de perder, preferindo fazer batota, entre outras afirmações, são afinal uma imagem de marca dos portugueses em geral e da juventude em particular. Sendo que a juventude tem menos culpas no cartório pois, como se espera, seguir os exemplos dos meus velhos é uma prática desejável.
Já Sócrates deveria limpar as mãos à parede com a escolha que fez. Ou não. Porventura ele próprio se revê na filosofia (!!) da Carolina, habituou-se a comer cerejas descaroçadas (às vezes até se perdem os caroços, depois), uvas sem grainhas e quanto a batota, parece que começou bem cedo com os projectos da Guarda (não vejo que outro nome se possa dar àquilo) ou com os diplomas dominicais (continuo a não ver que outro nome se possa dar àquilo). Isto para nos cingirmos apenas às afirmações da mandatária para a juventude. Porque há mais, evidentemente.
Exaltemos, pois, a Carolina como alguém que não precisa de explicador para aprender bem a matéria. Quanto aos que a escolheram, afinal onde está a novidade? Não são eles próprios batoteiros, com mau perder e dados à cereja descaroçada?
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6 Comments:
bom...a batota é feio mas porque raio se preocupam tanto com as graínhas e a empregada? A menina, que eu não conheço pessoalmente, é filha de uma família à qual se poderia ter encostado para andar "na boa" como tantas e tantos que por aí andam. Não. Trabalha desde há muitos anos, ganha o seu dinheiro, vive na sua casa...porque é que não pode ter, chez elle, o que qualquer pessoa normal procura? Um bocadinho de luxo como seja a uvinha descaroçada e a fruta cortadinha por uma empregada a quem paga?
Ai a a dor de cotovelo.....
margaridacf
este blog está a ficar muito anti "prugre sista", ou seja, muito
- "ri àsse ionário".
ehehehehe
Parabéns.
a "riássão não paçará"!
margaridacf
Vou ter de pedir à Margarida que leia o post outra vez. E perceberá que a minha preocupação não vai um milímetro sequer para o facto de a moça ter empregada para lhe descaroçar as cerejas. Se reparar bem, o título do post é, até, em defesa da Carolina. O sentido do post é bem diferente, pode é estar mal escrito, mal explicado, mal alinhavado, mal muita coisa...
:))
António Torres
Tem toda a razão. Acho que ando a dar demasiada importância a esta gente...
pois...e se me ler bem tb perceberá que me refiro "à geral". Talvez abusivamente utilizei o espumadamente para comentar as diversas coisas que li sobre os caroços não comidos por Carolina, todas em raivinhas mal contidas características da falta de "capital social"...Quanto à batota, é feio, mesmo feio, e fruto do que grassa no país, no mundo....Basta olhar o futebol que nos entra pela casa dentro, para não falar na política , dos negócios, da vida social onde a batota consiste, tembém, no fingir que sempre se teve uma empregada em descaroçamento...
margaridacf
Completamente de acordo! Nem mais uma palavra: tudo dito, lapidar.
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