sábado, novembro 30, 2013

Não vá o nubente cansar-se…


Um casal angolano de noivos. O Ivano e a Laigueza

[5039]

Nada como os angolanos para criarem «tradições de agora» (*). As Sextas-Feiras passaram a ser, tradicionalmente, o «dia das noivas». Pelo menos aqui em Luanda. Porquê? Porque outra tradição, talvez não de agora, é que as Sextas-Feiras são os «dias do homem». Vale por dizer que às Sextas o homem tem a prerrogativa (invejável) de ir sozinho, ou com amigos, mas sem a obrigatoriedade de levar a legítima, curtir o pré fim-de-semana. As noivas, ao que parece, é que começaram a apresentar queixas de que, casando aos Sábados os noivos vinham com ressaca de uns bons copos e, mais grave… «cansados». E tudo se resolve como tudo se resolve nesta terra abençoada por Deus (que só descansou ao Sábado). As noivas juntaram-se e instituíram a Sexta-Feira como o «Dia das Noivas». Casando à Sexta, garantem a robustez e boa conservação do produto e tudo se desenrola na paz do Senhor. Pelo menos até à Sexta-Feira seguinte.

Nota: Luanda estava ontem pejada de noivas bonitas nos seus imaculados vestidos brancos, longos e folhosos. Porque depois das cerimónias, uma outra «tradição de agora» é que as noivas se juntem num local combinado (ontem calhou aqui à entrada do largo da Vila Alice), tirem imensas fotos e se riam imenso também. Certamente pela certeza de que os homens não estarão «cansados».

(*) esta do «tradições de agora» tem direitos de autor. Que eu, naturalmente respeito. *

*
*

Etiquetas: ,

quarta-feira, novembro 27, 2013

Vou ali e já venho

[5038]

Volto já

*
*

Etiquetas:

Já envergonha


Indignadíssimos e conscientes dos seus deveres cívicos e políticos ocupantes de ministérios

[5037]

Faz-me muita confusão (mas não devia…) perceber que o meu país está gradualmente a ficar refém de um limitado número de desordeiros que se entretêm a ocupar ministérios, Assembleia da República, interromper actos públicos e insultando governantes em linguagem de carroceiros (de carroceiros malcriados, porque os há decentes).

A comunicação social resfolega com isso e vai transmitindo estes espectáculos com uma linguagem adequada, qual seja aquela língua de trapos que aprenderam na faculdade ou, de outro ângulo de análise, transmitindo um sentido aos acontecimentos que está longe de ser correcto e verdadeiro. Isto não está bem. O país não é isto e eu diria mais. Os tremendos sacrifícios a que a população em geral tem vindo a ser submetida mereciam deste grupelho de gente comandada pelo PC, por via da CGTP e da anódina e irrelevante UGT, mais respeito. Porque são gente que sofre na pele os efeitos de uma crise para a qual não contribuíram, salvo, quiçá, o voto que depuseram num partido irresponsável como o Partido Socialista e que, em muitos casos, não têm sequer a garantia de um posto de trabalho, como tem a maioria destes ditos sindicalistas e demais figurantes.

Há ainda as elites. As aulas magnas, os novos partidos, as esquerdas renovadas (muito se renovam as esquerdas para dizerem sempre a mesma coisa…) e os intelectuais que nos enchem a cabeça com esta conversa redonda do dia-a-dia e que nos enche as televisões e que, tal como os sindicalistas e outros figurantes, estão bem empregados, ou «pensionados», mas acham imensa graça pairarem na ribalta dos noticiários com ideias mais ou menos arrevesadas sobre a putativa felicidade do povo português.

Já cansa. Os portugueses não merecem esta gente. Merecem que a crise passe depressa, para o que têm já demonstrado uma notável acção participativa e continuam impermeáveis até aos apelos à violência das elites que querem correr o governo à paulada ou dar tiros parecidos com o que matou o rei D. Carlos. E a pergunta, final, é. Na verdade, acções como ocupar ministérios ou fazer greves já nem se sabe porquê, são acções legais? Parece que agora querem pôr mais vinte polícias em cada ministério. E isso significa o quê? Que a ocupação era ilegal e havia polícia a menos? Mas se era ilegal, estão á espera de quê para deter os Arménios que aparecem de dez em dez minutos nas TV’s, os Lourenços pauliteiros ou mesmo as Rosetas ressabiadas?

*
*

Etiquetas: , ,

segunda-feira, novembro 25, 2013

Check list ahead (again)


[5036]

Estou para levantar vôo de novo
E o tempo não é muito. Por outro lado, postar seja o que for nesta altura, passaria inevitavelmente pelas diatribes de Soares e da sua parasitária e comanditada comitiva. Alguns deles (Soares, ele próprio, Roseta e Lourenço) caíram incontrolavelmente na alçada da lei, a menos que me ensinem a ler outra vez. Pelo que do meu ponto de vista, além de cretinos passam a (alegados) criminosos. Basta ler a lei.

Assim sendo, limito-me a dar conta de dua opiniões (o Henrique Raposo e o Alberto Gonçalves que têm bem mais jeito do que eu. E agora vou fazer a mala, que amanhã tenho de fazer o check list outra vez.

*
*

Etiquetas:

Serviço público do Alberto Gonçalves. A Fava (um portento)



[5035]

Manuel Alegre (poeta). Vítor Ramalho (soarista). Carlos do Carmo (fadista). Boaventura Sousa Santos (latinista). Vasco Lourenço (abrilista). Marisa Matias (bloquista). Ruben de Carvalho (comunista). Pedro Silva Pereira (socrático). Jorge Sampaio (sampaísta). António Capucho e Pacheco Pereira (embaixadores do "centro-direita"). Pinto Ramalho (general). Helena Roseta. Maria de Belém. Carlos Zorrinho. Alberto Martins. Ferro Rodrigues. Jorge Lacão. João Semedo. António Costa. Manuel Tiago. Domingos Abrantes. Almeida Santos.

Estas são algumas das personalidades que, através de mensagem de apoio ou presença corpórea, disseram "sim" à convocatória de Mário Soares e iluminaram a Aula Magna a fim de alegadamente defender a Constituição e o Estado "social". Na verdade, o exercício versou mais o ataque ao Governo e ao presidente da República, a quem se exige imediata demissão a bem ou posterior remoção a mal. As sugestões de violência, os apelos à violência e as ameaças de violências foram tantos e tão explícitos que apenas a transmissão televisiva do evento nos lembrou não se tratar de uma reunião da Carbonária a conspirar o regicídio. O Dr. Soares "aconselhou" os governantes (e Cavaco) a regressar a casa pelos próprios pés enquanto podem. Vasco Lourenço incitou que os corressem, cito, "à paulada". Helena Roseta defendeu que "a violência é legítima para pôr cobro à violência". E, visto que as camisas de força nunca chegaram, um longo etc.

Talvez não valha a pena notar que, em 2013, a "família real" em causa foi eleita pela maioria dos cidadãos. Vale a pena notar que ninguém elegeu os revolucionários em questão. Sobretudo ninguém lhes passou procuração. Os amiguinhos do Dr. Soares falam em nome de um "povo" que, abençoadamente, não existe. O "povo" que existe pode não gostar do Governo e lamentar o Prof. Cavaco, mas boa parte da população é capaz de abominar com maior empenho o bando de privilegiados da Aula Magna, que no entender de muitos devia estar na cadeia pelo que outrora fez ao país ou pelas desmioladas soluções que agora propõe.

Sou avesso a excessos. É claro que umas centenas de malucos fechados numa sala (de que infelizmente não se perdeu a chave) não definem o espírito do tempo. O que o define é a importância que se dá à coisa. Assim de repente, os augúrios não são simpáticos: sem discernível ironia, os media dedicaram ao encontro a seriedade que se dispensaria a um encontro de gente séria, e quando se vê comentadores solenes interpretarem as palavras do Dr. Soares como interpretariam as de alguém digno de atenção, é lícito constatar que a democracia não atravessa um período radioso. Não discuto que o Governo não seja um paradigma de incompetência. Digo que enquanto a alternativa reconhecida implicar múltiplas exibições de demência, aliás em nítido desrespeito pelo Código Penal, isto não vai longe.

De resto, não imagino se o "povo" um dia pegará em armas e varrerá a tiro ou à paulada os poderosos. Porém, tenho a certeza de que o "povo" não berra a uma só voz e sem dúvida não pensa pelos cerebelos do Dr. Soares e respectivo séquito de parasitas: o trágico caos que se seguiria à hipotética sublevação varreria também a estirpe de poderosos que inflama as massas por diletantismo ou preservação de regalias. Os Robespierres de trazer por casa já perderam a cabeça no sentido figurado. Vê-los perdê-la no sentido literal seria, para os menos piedosos, o único alívio cómico do caos.

A fava
Enquanto a polícia procurava o psicopata que andou aos tiros por Paris (e pelo jornal de esquerda Libération), inúmeros jornalistas preparavam os teclados para uma história-tipo do solitário de extrema-direita que abomina imigrantes em geral e árabes em particular, além de manter conversas no Facebook com organizações protonazis. Acrescentavam-se dois parágrafos acerca do perigo dos nacionalismos e o artigo estaria pronto. Azar. Saiu-lhes Abdelhakim Dekhar, com um interessante dinamismo em grupos de extrema-esquerda e participação em acções de "okupas", aliás já envolvido em diversos homicídios nos anos 1990. Para cúmulo, é árabe. E, surpresa das surpresas, muçulmano. Não se faz.

Alberto Gonçalves no DN de ontem

*
*
.

Etiquetas: ,

A esquerda fofinha




[5034]


Vasco Lourenço ameaçou com "paulada", Helena Roseta declarou que a violência é "legítima" se for usada contra este governo. Ou seja, a violência é legítima se for de esquerda. Como toda a gente sabe, a violência adquire um sabor diferente quando recolhe o tempero da esquerda. É um sabor divino, um saber gourmet, um sabor que abre as portas do céu aos portadores do tempero. É uma violência boa, dos puros, daqueles que estão acima do resto dos morais, sobretudo acima da escumalha da Direita, essa entidade malévola que permite desumanizar todos os indivíduos que nela encaixem. Ora, a coisa mais curiosa é que esta gente fofa acaba sempre por cair nos pecados fascistas. Estão sempre com o "fascismo" naquela santa boca e, depois, acabam precisamente por entrar numa mundividência que revela impulsos fascistas. É o fascismo do anti-fascismo.


Quando promete correr com estes governantes à paulada, o Marechal de Campo Herr Lourenço está a entrar num terreno fascista e, diga-se, ilegal (código penal, artigo 326). O culto da violência higiénica contra um governo eleito é a primeira marca do fascista. Vem nos livros que o nosso Marechal manifestamente não leu. E, por falar em livros, a Dra. Roseta não deve ler livros desde os anos 70, altura em que a tese da violência selectiva estava na moda. Na época, a esquerda portuguesa via água benta no sangue derramado pela URSS e aliados. Com a sofisticação do costume, a Dra. Roseta limitou-se a actualizou esta pulsão arqueológica. Os bons são bons porque dizem que são bons e, por isso, podem bater nos maus que são maus porque os bons assim o dizem. Não é linda a verdade circular do fascista fofo?

Mas eu não podia acabar esta crónica sem deixar um abraço agradecido à Dra. Roseta, ao Vasco Lourenço e aos demais fofos e fofas que participam nestas actividades de gente boa. É que assim já não preciso da história para explicar a intolerância da nossa esquerdinha. Quando a minha filha me perguntar "pai lindo, o que é o fascismo?", já terei exemplos práticos para lhe dar. Obrigado

Henrique Raposo, no Expresso


*
*

Etiquetas: ,

segunda-feira, novembro 18, 2013

O costume...


[5033]

Tanto «hollandismo», tanto wishful thinking, tanta confiança na derrota da direita, tanto blogue excitado, tantos comentários no Face, tanto tesão… para dar nisto. É galo.

*
*

Etiquetas: ,

Feeling blue

[5032]

Até os gansos... Mesmo «C».

*
*

Etiquetas:

domingo, novembro 17, 2013

Não é fácil ser prior nesta freguesia


[5031]

Por razões óbvias e palpáveis cada vez vejo e oiço menos a legião de comentaristas, politólogos, sociólogos, basicamente «tudólogos» que enxameiam as televisões nacionais. Mas hei-de reconhecer, sem esforço, que ainda vejo Marcelo Rebelo de Sousa e a Quadratura do Círculo, sobretudo por António Lobo Xavier e Pacheco Pereira, mau grado a inanidade «claquista» de António Costa.

E hoje ouvi uma acesa crítica de Marcelo, reverberando o Governo por falar demais. E, excitado, disse que há matérias em que o Governo não deve dizer nada. Repetiu e sublinhou: NADA. Já Pacheco Pereira, a cada passo das suas críticas acusa o governo de nada dizer. Que as coisas têm de ser explicadas e o governo não explica NADA.

Não é fácil ser prior nesta paróquia…

*
*

Etiquetas:

As malfeitorias das redes sociais vs a escola de virtudes dos jornais de referência


[5030]

«Nunca gostei do mundo da blogosfera e das “redes sociais”, que é um repositório de iliteracia e de irresponsabilidade…» diz Vasco Pulido Valente, uma das derradeiras razões para eu comprar o Público ao fim de semana.

Dando de barato que VPV poderá até ter alguma razão no que diz, admira-me aquilo que eu chamaria talvez de pusilanimidade na forma como ele ignora a triste realidade dos jornais, sendo que o Público, onde ele escreve, será mesmo um exemplo vivo das mesmas «malfeitorias» que VFV aponta à blogosfera.

A blogosfera pelo menos é gratuita. Só a lê quem quer e nem é muito difícil acabar por reconhecer onde mora a seriedade, o talento e, ao contrário, a mentira e a manha. São por demais conhecidos os blogues falsos, encapotando personagens sinistras numa espécie de ordem unida por mor dos seus mentores. E, conhecendo-os, passamos bem sem  os ler. Já os jornais custam dinheiro e não vejo em que poderão ser mais meritórios que os blogues, padecem da mesma maleita e acresce o factor não despiciendo de muitos dos jornalistas se ajustarem à verdade do próprio jornal. Uns porque têm medo e precisam do dinheiro. Outros porque anseiam ser putativos «galarós» do regime e outros, ainda, porque são simplesmente cretinos. Enquanto que em muitos dos blogues, as pessoas escrevem porque querem, porque gostam e lhes apetece e não têm medo que lhes cortem a mesada que não existe. Daí que me pareça que VPV se precipitou. Não será por isso que deixarei de o ler, já que o admiro bastante, mesmo quando atacado de nervoso miudinho.

*
*

Etiquetas:

quinta-feira, novembro 14, 2013

Vão chamar pai a outro


[5029]

Esta notícia trata basicamente da matéria do post anterior. A pequena diferença é o Expresso, um exemplo doloroso de cretinice galopante, achar que Soares é meu pai. De mim e de mais cerca de dez milhões de cidadãos. E não se coíbe de informar o pagode. Soares, papá dos portugueses. Ah! E gosta de Sócrates não vão os filhos do homem esquecer-se deste importante estado de alma.

Estamos bem servidos.

*
*

Etiquetas: , ,

Ainda Soares


[5028]

Houve tempo em que este homem foi objectivamente responsável por um período negro da nossa história, no qual demonstrou um total desrespeito pelos mais elementares valores da vida humana, incluindo ela própria, a vida humana. E dizer-se isto era levado à conta de um perigoso «fassismo» e de um desejo encapotado de que os cidadãos residentes nas ex-colónias sonhavam com um Portugal uno e indivisível, com os portugueses de Timor a dançar o vira minhoto. Nada de mais falso, a maioria dos portugueses das ex-colónias tinha a noção exacta da necessidade de mudança, mas que tudo isso se fizesse no respeito absoluto pela vida e valores dos portugueses e dos povos africanos.

Da histeria do momento, e consumada a tragédia que se conhece, Soares ganhou estranhamente a auréola de salvador da pátria por ter mandado uns berros na Alameda e alimentou, sábio, a condição de senador, mau grado as inúmeras trampolinices em que se envolveu e a demonstração da mais cavernosa incompetência na condução dos destinos deste país. Hoje, idoso, goza de uma halo de simpatia e tolerância que lhe permite dizer o que lhe vem à cabeça. Nada de mal viria ao mundo se o que diz fosse minimamente estruturado e honesto. Mas não é o caso. Soares refinou uma dinâmica caldeada no ódio e no ressabiamento e que o leva a demonstrar ser, pateticamente, um imbecil que me faz de corar de vergonha de cada vez que abre a boca. Desta vez acha que isto só vai a tiro. E, entre outras coisas, que Durão Barroso só pensa no dinheiro. E não há ninguém que lhe «explique» que estas coisas hoje não se resolvem a tiro. E, já agora, que Durão Barroso pode até pensar em dinheiro, mas que é dinheiro dele, ganho através da sua legal remuneração e não por via de qualquer «fundação», como a de Soares, que continua a receber uns trocos (!!!) dos contribuintes portugueses.

*
*

Etiquetas: ,

quarta-feira, novembro 13, 2013

Yamm, Yamm, ou uma saudade doce de ter



[5027]
Circunstancialmente, dava para ir almoçar com a minha mãe. Apontei o carro a sua casa e a cinco minutos de chegar liguei para o telemóvel dela. Atendeu-me a empregada, disse-lhe para avisar a mãe que iria almoçar com ela. E a resposta chegou, dando-me conta que não dava porque a mãe tinha ido fazer as unhas e ao cabeleireiro e almoçava num restaurante perto do cabeleireiro.
Este seria um episódio banal se a minha mãe não tivesse 94 anos. Como tem, acho que não é banal, mesmo dando de barato que quando ela sai fá-lo em companhia da empregada. E, por isso, é bom de registar.
Como resultado emergente fui ao Doce Estrela, um restaurante pequeno que tem tanto de mau gosto no nome como de bom gosto (literalmente) na comida e onde regularmente eu almoçava durante cerca de 16 anos em que trabalhei para uma empresa com escritório perto. E acabei comendo um caldo verde daqueles à moda do «caldo verde fresquinho a fumegar na tigela», uns saborosos filetes de linguado e um portuguesíssimo e divinal arroz de legumes. Comi, regalei-me e no fim, já no café, o Sr. Vitorino trouxe-me um pastel de nata com canela. Torci o nariz e perguntei-lhe se ele não tinha reparado que eu tinha pedido um café com adoçante. Ele disse que era à conta da casa. Não havia como resistir e degustei o pastel de nata que é, quiçá, o melhor de Lisboa.

Lamentavelmente, não encontrei nenhum dos meus antigos colegas.


*
*

Etiquetas:

terça-feira, novembro 12, 2013

Ainda o Benfica x Sporting


[5026]

O Sporting está a desbaratar o enorme capital de simpatia que veio acumulando ao longo das primeiras jornadas do campeonato. Belas exibições, organização, um treinador de falas moderadas e educado e uma aparente caminhada no sentido da sua viabilização económica têm avalizado um clima de desanuviamento e alegria nas hostes sportinguistas, nas quais me incluo.

É, assim, despropositado, o estilo guerreiro do seu presidente (ele próprio merecedor de encomiásticas referências pela sua acção) sobre o último Benfica x Sporting. Pela simples razão de que o árbitro cometeu alguns erros, é verdade, mas repartidos pelos dois lados. E no lance mais flagrante, uma mão benfiquista na grande área, o árbitro, manifestamente, não podia ver a falta.

O Sporting fez uma grande exibição e perdeu por causa de um lance infeliz que resultou num «frango» de Patrício que, inclusivamente como que parou esperando que o árbitro apontasse um penálti contra ele próprio.

Leonardo Jardim portou-se bem, apontou esse erro e comediu-se, como é sua norma, mas Carvalho revirou as tripas e disse o que não devia. Esquecendo-se mesmo de uma série de erros de arbitragens de que o Sporting beneficiou nas jornadas anteriores.

Disse.

*
*

Etiquetas:

A «expressa» lógica da batata


[5025] 

O «olhos nos olhos» de ontem» (vídeo ainda não disponível) foi um exemplo preciso do arvorado convencimento de muitos dos nossos jornalistas de que têm a fórmula única e indiscutível da via dos acontecimentos. Trate-se de futebol, política, estética da nobreza europeia, ortografia ou regimes de emagrecimento, eles detêm a via única e o esmiuçado conhecimento dos factos. Ontem, no caso de Judite de Sousa e o insuportável Ricardo Costa, um expresso exemplo desta asserção, foi penoso assistir a Medina Carreira «explicar» pacientemente a inutilidade do PEC IV e o impacto que o seu chumbo não teve, face à escalada da despesa pública a partir de 2005. 

Medina Carreira explicou tudo isto com clareza e factualmente, mas Ricardo Costa insistia que o chumbo do PEC IV foi determinante na crise em que vivemos, por outras palavras, o cartório da nossa situação deve culpas não só a Sócrates mas também à oposição que, com ligeireza e irresponsabilidade resolveu chumbar o programa. Há uma altura em que Medina Carreira se cansa (é o termo) da insistência de Costa e explica uma vez mais e de forma definitiva a irrelevância do chumbo do tal PEC perante a irresponsabilidade criminosa do anterior governo e é quando Costa admite, relutante, essa verdade. Mas não se conforma, não desiste e afirma que, pelo menos, a aprovação do programa teria proporcionado mais tempo, um ou dois meses, até se pedir ajuda internacional e, pelo menos, ter-se-ia levado até ao fim a estratégia. Não se percebe bem o que se ganharia com isso, mas Costa lá deve saber porquê. Ou não. 

Eu sei que é difícil entender este stand by idiota de Costa, ou talvez não. Muitas vezes alguns jornalistas (Costa é um bom exemplo) desprezam a factualidade, em nome das suas teorias, interesses pessoais ou mera vaidade pessoal. Costa, repito, foi ontem um bom exemplo desta afirmação, não se furtando, mesmo, a um sorriso benevolente perante um «velho» a quem era preciso dar algum desconto. Enquanto Judite se ria nervosa e fazia pandam com Costa, atirando com algumas observações a esmo e sem qualquer substância.

*
*

Etiquetas: ,

segunda-feira, novembro 11, 2013

E os «sacanas» dos comerciantes, não querem lá ver?



[5024]

Perdoe-se-me a liberdade de linguagem, mas não vejo outra maneira de o dizer. O socialismo só faz merda e, tragicamente, acha que veio ao mundo para limpar o rabo dos outros. Sempre assim foi e Maduro faz os possíveis para que continuemos a pensar assim. Por isso vai rebentando com a estrutura económica do seu (rico) país e os bens de primeira necessidade vão começando já a faltar. Óleo, sabão, velas, fósforos, lacticínios e outras mariquices que os capitalistas inventaram. O pior é que o povo habituou-se ao óleo, velas e sabão e começa a fazer barulho. Vai daí, socialismo oblige, diz-se que a culpa é dos bandidos dos comerciantes. E invade-se, com soldados e tudo, algumas lojas e atroa-se os ares com tiradas revolucionárias, obrigando os comerciantes a vender os artigos a preços do povo. Claro que Maduro não explica o que é que os comerciantes vão vender quando os produtos a preços revolucionários acabarem mas isso agora não interessa nada.

Enfim, o costume e já vi tudo isto de perto. Lá dentro, sofre-se. Cá fora, acha-se graça e muitos há que gostariam que por cá assim fosse também. Perguntem a Bernardino, agora entretido a presidir à Câmara de Loures.

*
*

Etiquetas: , , ,

Banditismo


[5023]

Pondo-me, pouco a pouco, em dia com a actualidade, após uns dias de retiro, vou tropeçando nos factos do costume. Onde não faltaram as tropelias de Soares, uma figura mais ou menos sinistra para qualquer português com mais de sessenta anos e a que a comunicação social continua a achar imensa graça e interesse.

Desta vez Soares acha que Cavaco pertence ao bando. Será, assim, um bandido. Cavaco faz bem em não recalcitrar. Porque isso é que o Soares quer. E a melhor maneira de ele se ir reduzindo à sua desejável e rápida «anodinização»  é não lhe «passar cavaco». Mas que é lamentável ter de continuar aturando a sua gritaria idiota, é.

*
*

Etiquetas: ,

Pirraça


[5022]

Hoje vou comer castanhas. Não que seja muito dado a tradições. Mas hoje há um toque de pirraça a que não poderei furtar-me. Compro seis e faço-me à marginal, onde as comerei e farei questão mesmo em encher de cascas o tapete do carro. Não gargarejo com jeropiga porque não se bebe ao volante. Mas gargarejo com o mar azul que há-de estar à minha direita.

*
*
.

Etiquetas:

«Avante camarada», diz-me a SIC Notícias às seis da manhã


A candura de Cunhal

[5021]

Acordei às seis da manhã com a SIC Notícias a mandar avançar os camaradas, Avante, avante! Porque Cunhal faria cem anos e isso tem dado lugar ao registo hagiológico do costume a figuras de relevo na luta contra o «fassismo». No caso de Álvaro Cunhal a coisa teria de assumir dimensão para além do suportável e inclui a profusa disponibilização de títulos nas livrarias e uma torrente de comentários radiofónicos e televisivos.

Tenho para mim que a fatia quantitativa de comunistas de cada país reflecte o atraso de cada qual, já que não entendo outra forma de analisar a situação que não seja os comunistas estarem mal informados sobre o comunismo ou, apenas, não informados. Não vejo outra explicação. E dispenso-me do rosário de malfeitorias de um sistema que matou milhões, atirou com outros milhões para a miséria e para a indigência mental e cultural e sobrevive apenas graças à liberdade que lhe é concedida pelos países democráticos. Coisa que um regime comunista jamais acomodaria.

Depois há a esquerda folclórica, intelectual e intelectualmente superior. Acompanham a procissão comunista, sem se benzer mas achando muito bem, e derramando a sua superior complacência através de escritos, palestras e abundantes referências no facebook, twitter e correlativos. Porque sabe que que isso lhe traz dividendos. Enfim, um trágico desiderato que acaba por constituir adequado panegírico a uma figura, Cunhal, que viveu em regime de ódio permanente contra quem quer que fosse que não concordasse com ele e que validou o, provavelmente, mais sanguinário regime político de que há memória. E só o lamentável atraso em que os portugueses insistem em medrar poderá explicar as (ímpias) hosanas que por aí ressoam.

*
*
.

Etiquetas: , , ,

sábado, novembro 09, 2013

Ndapandula


Foto da Ana Maria Pereira

[5020]

A Dulce terá tido a sua mais concorrida apresentação de livro e sessão de autógrafos na Barata. Não precisou de estágios em França, filosofia de pacotilha, zangar-se com a Jerónimo Martins nem de viúvas carpideiras em «mode» laudatório para reunir um numeroso grupo de gente interessada e interessante. Bastou-lhe o seu encanto natural, a sua simplicidade como imagem de marca e o seu talento para escrever coisas bonitas, sensíveis e plenas de significado. O resultado saldou-se pela venda de um elevado número de exemplares autografados e mais de quatro horas de saudável convívio entre a numerosa assistência.

Ndapandula *.


*
*

Etiquetas: , , ,

Back to basics III


[5019]


Sunrise to sunset.

*
*

Etiquetas:

Back to basics II




[5018]


Just landed.

*
*

Etiquetas:

sexta-feira, novembro 08, 2013

Back to basics


[5017]

About to land.

*
*
.

Etiquetas: