Crescimento do consumo pelo aumento do produto
A geringonça é uma bem-aventurança dos portugueses. Não há
jornal ou revista que não se esgalgue a fazer capas com múltiplas “boas
notícias”. As boas notícias podem ser as coisas mais banais e incríveis, desde
um aluno que foi o melhor num concurso qualquer, ao número de mortos na estrada
que diminuiu, ao aumento do consumo dos portugueses via multibanco, passando pelos
pacotes de férias esgotados para o Natal em países de sol, praia e alegria de
viver. Os hotéis estão igualmente lotados de gente que vai sentar-se em mesas
fartas e na paz do Senhor. São primeiras páginas atrás de primeiras páginas com
as benesses da geringonça. Que nos fez "desausteridizados" e felizes por termos
nascido.
Hoje é o papel higiénico. A Renova aumentou a sua capacidade
de produção e lá foi Costa botar faladura. Como de costume, com o sorriso alarve
que o caracteriza e o verbo típico de que não fosse ele e a Renova não
investiria a ponta de um chavo. Por mim, apetece-me dizer que a renovação da fábrica deve
estar na razão directa da necessidade, pela merda que a criatura tem feito. E
perdoe-se-me a vulgaridade da expressão mas tenho ainda na retina o sorriso do
homem a falar do investimento, do progresso, da confiança e da tranquilidade. Não
ouvi mais porque ele acaba sempre naquele estilo chocarreiro a falar de Passos
Coelho e eu já não consigo ouvir mais.
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Etiquetas: coisas boas, Costa Renova por associação de ideias
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