E a página que nunca mais se vira...
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Aquele Passos Coelho é tramado. Arranjou para aí uma
trapalhada que obrigou os jovens a emigrar. O que valeu foi ter aparecido o
Costa mai-la a sua geringonça, para virar a página. A tal página da
austeridade.
Não sei onde é que ele molhou o dedo para virar a página, mas
o facto é que mais uma filha abalou. Fartou-se do sol e dos vestidos frufru
e aí vai ela para a neve e temperaturas subzero.
Ainda lhe disse para dar tempo
ao tempo, deixar o Costa fazer o trabalho e virar a página toda, mas as
trapalhadas com que ela (a filha) passou a ter de lutar todos os dias,
incluindo corte de remunerações que lhe eram devidas pela custódia de uma filha
pequena e a opinião mais ou menos segredada de uma funcionária que lhe disse
que estas situações são provocadas e que as pessoas têm de esperar meses até se
“desenrolarem”, por absoluta falta de verbas, ou cativações, como se diz agora, fez com que a referida filha
resolvesse não esperar pelas sacanices (desculpem o plebeísmo do termo, mas
trata-se de sacanices, mesmo…) da geringonça e foi à vida. Trocou o tal sol e a
imperial pelo fim de tarde com os amigos, pela neve e um bife de rena
(blharrrgggg!...) ao jantar.
Boa sorte, filha, o pai (na circunstância, eu) cá fica, que
já lhe doem os ossos de tanta emigração, embora mantenha um estado potencialmente
apopléctico de cada vez que vejo na TV o sorriso alarve daquela criatura que continua
a virar a página… vai dando notícias, que ainda cá tens uma irmã. Quem sabe lhe
salta a tampa também, que aquele Passos Coelho é danado.
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Etiquetas: coisas tristes, delícias do socialismo, emigração, neo-socialistas, socialismos
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