Para que não se pense que passo a vida a dizer mal, desta
vez vou dizer bem.
Ontem saí do duche, escorreguei no tapete, bati com a nuca
no degrau separador do recinto do duche e, ao que parece, desmaiei. Recuperei os
sentidos e assustei-me com uma poça de sangue ao meu lado. Em poucos minutos estava no hospital de Cascais (a
ambulância do INEM parece que demorou exactamente 4 m a chegar…), onde:
1 – Fui tratado de imediato;
2 – Fui sujeito a uma bateria de testes (TAC; análises,
exame de medicina interna, electrocardiograma e, pelo meio, uma simpática e
risonha enfermeira aplicou-me quatro pontos na nuca que, ao que parece, tinha
uma fenda maior que a Tundavala (para quem conhece Angola);
3 – Às 22 horas deram-me alta e submeteram-me a uma série de
medidas protocolares, incluindo como devia passar a noite e como devia
permanecer hoje em casa;
4 – Todas estas operações foram executadas com extrema
cordialidade, eficiência e num meio rigorosamente asséptico, asseado e
ordenado;
5 – À saída dirigi-me ao guichet para pagar, fosse o que
fosse, e o mocinho viu a minha pulseira de internamento e perguntou: Foi
trazido pelos bombeiros do INEM não foi? Fui, disse eu. Então não paga nada.
Sabe bem sentirmo-nos apoiados por esta eficiência em
cadeia. Sobretudo para quem conhece um bocado de mundo e sabe como as coisas
correm por outras latitudes. O Hospital de Cascais está na lista das minhas
boas referências.
NOTA APARTE: Pelas dores e terríveis tonturas que tive durante o dia,
questionei-me sobre aquelas cenas recorrentes de vários filmes em que “o herói”
leva uma coronhada do bandido, desmaia e passados minutos levanta-se e desata
aos socos outra vez…
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Etiquetas: cair no duche, dizer bem, Hospital de Cascais