Um biquini para a Câncio e uma passagem de férias, rapidamente e em força.
A f. pertence a um grupo selecto de gente que se eriça de
cada vez que se bule com a tradição
islâmica e inicia um processo capcioso de argumentação em que mistura liberdade
com laicismo, liberdades, respeito, democracia, reaccionarismo e, em última e inevitável
análise, com o «fassismo» que atormenta as mentes iluminadas que o vêem em tudo
o que mexe.
Presta-se aqui a f., como alguns elementos da nossa atenta,
veneradora e obrigada comunicação social, a um exercício retórico que mais não
pretende que objurgar os mentores das últimas medidas contra o burqini porque
isso contende com as liberdades e o respeito pelas tradições de outrem. Chega
mesmo a considerar a proibição do burqini como histeria, perseguição e
xenofobia disfarçadas de laicidade e feminismo. Não o faz por menos.
Se não houvesse argumentos sólidos e honestos para contradizer
a f., bastaria dizer-lhe que o uso do burqini, mais do que seguir uma tradição é
uma opressão machista sobre a mulher, menor e parideira, como ela deve ser
nestas sociedades e um meio de clara provocação dos decadentes infiéis.
E olhe f., aqui as mulheres de burqini são impedidas de
estar na praia e multadas. O que configura uma matriz que poderia ser comparada
com o que lhe fariam a si se a f. usasse um bikini numa praia de uma pais
islâmico. É uma questão de experimentar e, se se safar, poderá depois escrever
uma crónica bonitinha como esta que produziu num momento de enlevo
politicamente correcto.
Nota: A talhe de foice, entrei uma vez num avião comercial em
Rihad com destino a Londres. O avião era da BA. Logo, território inglês no seu
interior. Ainda o avião estava em terra e era um corrupio de jovens a correr para
as casas de banho do avião e tirar aquelas roupas que só deixam ver as mãos e a
cara e substitui-las por T. shirts e jeans. Umas patuscas aquelas saudis.
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Etiquetas: burquini, não há pachorra
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