sábado, maio 09, 2015

Que ninguém se atreva... que o PS dá tau-tau


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Angustia a constatação de que continuamos nas mãos de gente impreparada para assumir os destinos de uma nação com a honra e orgulho de ser quase milenária e de ser parte de pleno direito da União Europeia. Gente impreparada e, porventura, o que é pior, votada a desígnios caldeados em ideologias caducas, que manejam com os conhecidos tiques socialistas. Uns porque lhes estão nas tripas, outros porque aprenderam na cartilha que adoptaram como bíblia e que glorificam, veneram e acatam com a lassitude de um cachorro fiel.

Ainda não li a entrevista de Costa e, provavelmente, não lerei. Bastaram-me estes títulos do DN (ver na imagem a cima) para sentir que no fundo nada muda e que a catástrofe socrática está aí à espreita para daqui a poucos meses. Costa dá-lhe forma e usa-a como se fosse uma coisa boa. E em moldes que nos apouca e estupidifica. Dizer que ninguém pense em comprar mais de 49% da TAP ou, ainda, que ninguém se atreva a pensar na privatização da Carris ou do Metro contra a Câmara de Lisboa é um bom exemplo da génese trauliteira dos socialistas e da míope visão de liberdade com que, de resto, lidam mal, e enunciam por razões puramente estratégicas.

Para falar só da TAP, não há uma razão plausível para acreditar que o caderno de encargos não preveja medidas estratégicas, sem  risco de acabarmos com as rotas de África e América, para onde os aviões continuam a voar, como «caravelas ostentando a cruz de Cristo». Qualquer acordo seria estúpido em eliminá-las, mesmo sem caderno de encargos. Por outro lado, pela amostra, tenho fortes razões para acreditar que Costa não sabe sequer do que fala. Fala na TAP, porque sim. Provavelmente com a mesma ligeireza com que pôs um burro a competir com um Ferrari na Calçada de Carriche.

Insisto. Há uma cumplicidade muito grande da CS relativamente a Costa e ao PS. Não que me repugne o facto de uma jornal ou uma TV terem uma inclinação política própria. Acho até que o deviam manifestar abertamente. Mas isso não deveria ser razão para objectivamente esconderem, alterarem ou mentirem em favor do embuste permanente da maioria dos socialistas.

A. Costa, apesar de tudo, tem conseguido uma coisa extraordinária. Fazer-me aumentar o meu capital de simpatia por Seguro.

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sexta-feira, maio 08, 2015

Gente excitada é outra coisa


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O «tesão» da esquerda (passe o termo, no Brasil é aceitável e tem um sentido saudavelmente mais lato que um mero prenúncio de orgasmo) pelas eleições tem muito a ver com as sondagens. Leva meses entretida com a sua galopante subida na intenção de voto dos cidadãos o que, desde logo, reflecte uma considerável melhoria do seu Q.I., certamente devido à acção clarividente e pedagógica dos socialistas. E durante esse tempo, espuma de alegra, salta, pula, ri e, de dedo em riste, ameaça a reacção, a direita, os poderosos, o capital, diz que lhes parte as fuças e que quem se mete com eles leva.

Depois, inevitavelmente, chega o dia de encararem a realidade. Mesmo quando circunspectos órgãos de comunicação social e universidades prestigiadas andaram semanas ou meses promovendo os indícios claros de uma, finalmente, esclarecida sociedade pronta a votar na esquerda, os votos caem na urna e, afinal, não é nada como a inteligentzia previa.

Por cá, o especialista em estragar as sondagens é o CDS-PP. Na Europa em geral, a direita vai-se encarregando de arrefecer os ânimos da esquerda excitada e vai carrilando as coisas na racionalidade. Como agora se viu no Reino Unido. Andei semanas a ouvir que o Labour e os Conservadores estavam empatados, com diferença de um deputado. Afinal… não é bem assim. E parece, até, que Cameron tem claras possibilidades de atingir a maioria absoluta.

Por cá, as coisas fiam mais fino. Passos Coelho é odiado e ele próprio se esforça consideravelmente por derrubar muito do seu capital de méritos, por ter arrancado Portugal ao descalabro em que os socialistas nos meteram. Por isso, há uma forte possibilidade de Costa vencer. O que aterroriza. Mas isso não vem ao caso, nesta modesta reflexão.

Nota: A nossa CS já está ocupadíssima em explicar à grei que a vitória dos Conservadores se deve ao medo pelo aumento de deputados do SNP. Vai daí, os eleitores deram o voto ao Cameron, não vá a Escócia esticar-se em demasia. Não fora isso e os Trabalhistas ganhavam de cabazada.

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Gente azeda


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À falta de actualidade interessante, como as eleições britânicas, o «expresso» do Mediterrâneo, Katmandu, posicionamento português nas previsões europeias e outras banalidades avulso, o trio da «Quadratura» entreteve-se a glosar o livro de Passos Coelho. E digo trio, porque o Carlos Andrade participou activamente no delírio, apenas Lobo Xavier manteve uma postura civilizada e congruente perante mais uma manifestação desajeitada (mais uma) de Passos Coelho.

Jorge Coelho e Pacheco Pereira levaram o programa dizendo da sua justiça com a verrina habitual, Coelho usando a sua habitual vacuidade e Pacheco Pereira manejando a sua inegável mestria no domínio do verbo. Apenas Lobo Xavier argumentava com clareza e honestidade, mas por poucos segundos, porque de imediato se instalava a algazarra, para não o deixar falar. Um dia deixo mesmo de ver aquela treta, entenda-se a «Quadratura». Cada vez me convenço mais que a Comunicação Social está entregue a gente de medíocre pensamento como Jorge Coelho ou, mais grave, gente azeda, como Pacheco Pereira, que acorda zangada, passa todo o dia irritada e à noite deita-se com azia. Levam toda a vida neste desconforto e isso era lá com eles, não fosse chatearem meio mundo enquanto por cá andam. E quando um dia morrerem, como acontece às pessoas, ainda acabam por poder surpreender os presentes no velório com um arroto derradeiro de uma derradeira volta do duodeno, zangado por não poder continuar zangado mais vezes.

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quarta-feira, maio 06, 2015

Até que enfim...


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Farto-me de falar nisto. Mas de cada vez que o faço, cai o Carmo e a Trindade estremece. Quando me perguntam porque reajo mal às barbas que, vinda sabe Deus donde e porquê, cobrem as caras de tantos portugueses aponto mil razões. Que vão de razões levedadas em fantasias psíquicas, uma afirmação de manhood (gosto deste termo), posturas recalcitrantes perante o mainstream, genes remotos de uma arabesca mania (praticamente todos os árabes usam barbas e, em muitos casos, é mesmo obrigatório) e o facto incontroverso de possivelmente camuflarem um esquerdismo discreto. Razões mais comezinhas como a comichão no pescoço, desgaste prematuro das golas das camisas ficam, frequentemente por referir. Também reconheço um detalhe importante, qual seja o de um certo corporativismo. É ver-se a quantidade de comentadores políticos, apresentadores de TV e «esquerdófilos» que são de esquerda porque sim, para o perceber. O facto de, inapelavelmente, a barba reter fragmentos residuais de uma caldo verde ou de uma feijoada à transmontana após um almoço também é importante, não há como escamoteá-lo, não vejo como um guardanapo possa substituir um duche em que se possa ensaboar e enxaguar convenientemente uma barba. Nenhum destes motivos é suficiente para que alguns dos meus amigos barbudos, e mesmo escanhoados, quase me acusem de nazismo ou me perguntem que é feito da minha noção de liberdade.

Há ainda um factor supinamente irritante, que é o da barba aparada regularmente, por forma a não crescer demasiado. O resultado é uma face ou um mento barbudos tipo «há três dias que me esqueço de fazer a barba, mas amanhã faço-a com certeza». Confere ao barbudo um ar «blasé» que se confunde, com elegância, com pretensa modernidade e diferenciação perante as plebeias barbas mais longas e geometricamente aparadas. É o caso, a título de exemplo e que nada tem a ver com a greve dos 10 dias, da quantidade de pilotos e assistentes de bordo da TAP. Com excepção dAs assitentes, é difícil lobrigar uma cara escanhoada.

Finalmente, a razão que faltava. A matéria fecal. Está aqui, tudo bem explicadinho. E, depois de lerem, atrevam-se a contar à mulher ou namorada e de seguida tentem beijá-la.


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sábado, maio 02, 2015

Degradação da nossa vida pública


[5246]

É, realmente, o pináculo da degradação política deste país. Uma manipulação torpe dos cidadãos e o convencimento dos socialistas que podem e, mais grave, devem fazer aquilo que entendem sobre a opinião nacional, E já agora, sobre o seu comportamento. Vai daí, tiram coelhos da cartola como se estivessem num número de magia, representando para uma imensa plateia de papalvos. É, realmente, degradante.

Ler, a este propósito VPV:

«...Tacticamente tudo se percebe. Do ponto de vista da baixa táctica política até a coisa parece habilidosa.
Desde 2011 que nenhuma sondagem dá maioria absoluta ao Partido Socialista. Donde se segue que para aguentar um governo minoritário – principalmente um que se pretende reformista – é preciso um Presidente cúmplice, muito mais cúmplice do que foi Cavaco com o CDS e o PSD. Mas para ser elegível esse Presidente não pode ter a mais leve animosidade do PC, do Bloco e da poeira dos pequenos grupos da extrema-esquerda. Ora, como ao fim de 40 anos não há gente dessa, a franja radical do PS acabou por inventar uma não-pessoa, um saco vazio onde venha donde vier qualquer militante ou simples simpatizante não se importará de meter o seu voto: no caso o sr. Sampaio da Nóvoa.
Meia dúzia de homens de músculo político agarraram na criatura e resolveram enfiar a dita sem grande cerimónia pela goela aberta de um povo miserável e de uma “classe dirigente” sem destino ou vergonha. Claro que os socialistas nunca na vida mostraram o menor escrúpulo em organizar esta espécie de operação. Basta lembrar que o dr. António Costa tomou o partido de assalto com uma grande dose de brutalidade e demagogia, perante a equanimidade e o deleite dos seus queridíssimos camaradas. Agora, a ideia é fazer o mesmo com o país: a tradição ajuda. Soares como Sampaio estão ali para o trabalho sujo. Sampaio com o vácuo de uma cabeça onde nunca entrou nada; Soares com ar rusé, que de quem continua a puxar os fios da intriga. E Manuel Alegre com a sua insofrível jactância e pretensão moral.
O candidato, esse, não conta. Cita Sophia de Mello Breyner, “Zeca” Afonso e Sérgio Godinho, e com esta mistura de um lirismo torpe faz declarações sem propósito ou consequência. Promete (imaginem só) não se “resignar” à “destruição do Estado Social”, à pobreza, ao desemprego, à “exclusão” ou à mais leve força que “ponha em causa a dignidade humana”. Como tenciona fazer isto, não confessa. Promete “agir” com “integridade e honradez”, coisa que deve tranquilizar a populaça já com muito pouco para espremer. E promete, para nossa perplexidade e espanto, não assistir “impávido” à “degradação da nossa vida pública”. Não percebe ele que a sua própria candidatura, fabricada por meia dúzia de maiorais do PS, à revelia dos portugueses (que nem o conhecem), é o mais grave e humilhante sinal da “degradação da nossa vida pública”...»?

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Quando lhes salta a tampa



[5245]

Corre por aí um bruaá por mor de um sms enviado por António Costa... a propósito de uma crónica deste jornalista no Expresso. Uma crónica que li e onde não descortinei quaisquer laivos de acinte ou má-educação. António Costa reagiu à la PS e muita gente se admirou e verberou a sua atitude.

As pessoas deviam saber, ou não se esquecer, que o PS tem uma relação muito má com a liberdade. E porque é hipócrita por, na sua essência, resultar de uma ideologia totalitária amenizada mais pela necessidade de fazerem o jogo democrático de um regime parlamentar, do que propriamente pela sua essência dita democrática. Daí que, ciclicamente, a água lhe ferva e a tampa da panela lhe salte. Acresce que esta má relação com a liberdade se conjuga com uma generalidade de quadros de reconhecida incompetência e má índole, tudo isto caldeado por um autoconvencimento de que os seus próceres são gente iluminada e de uma estirpe que lhes é exclusivamente reservada. Um outro exemplo, para além das tampas saltadas, é a emulação permanente de personalidades, sobretudo depois de mortas, levadas à potência máxima na construção de mitos e caracteres, como recentemente aconteceu com Herberto Helder, por exemplo.

Num segmento mais corrente, são conhecidas reacções do tipo de que quem se mete cm o PS leva, do partir as fuças à reacção ou do hadem pagar por isto. Geralmente isto acontece quando o argumentário se desvanece na incompetência e incultura dos socialistas e se alimenta na sua insuportável arrogância.

Daí que não entenda, verdadeiramente, a surpresa que vai por aí pela reacção de António Costa. Ela é em si do mais reaccionário no mercado e era bom que as pessoas começassem a perceber a plenitude do significado do reaccionarismo. Mas é perfeitamente expectável numa «alma» socialista. É, ainda, acintosa, malcriada, e de coxa convivência com a liberdade. Nada que não seja corrente na generalidade dos mais conhecidos socialistas.


Por estas e por outras é que eles, sempre que chegam ao poder (o que, neste desgraçado país, é realmente fácil) nos atiram regularmente para a falência e só recentemente alguns deles começaram a ir para a cadeia. E nos intervalos, manifestam a sua permanente má índole, a sua insuportável arrogância a sua, enfim, verdadeira natureza, porque, repito, provinda de uma linha de pensamento totalitário como a do Partido Comunista, de que um exemplar episódio de Mário Soares a berrar com polícias é um acabado exemplo. O SMS de Costa é uma brincadeirinha de crianças, comparado com outros dislates recorrentes e bem mais preocupantes.

Ler, ainda, aqui.


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