quinta-feira, maio 30, 2013

To whom it may concern...


[4909]

Até uma viagem longa de 1 hora do aeroporto ao hotel (mais ou menos 4 km para percorrer em cerca de 1 hora de gritaria, milhões de carros a «interagirem» nos cruzamentos, onde os próprios condutores saem das viaturas para fazer de sinaleiros, e uma verdadeira prova de perícia para chegar ao destino sem lata amolgada) é exuberantemente eliminada na manhã seguinte ao pequeno almoço com o sabor fresco, revigorante, inconfundível e carregado de sedução de uma fatia de mamão vermelho, como não se vende em Lisboa.*
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terça-feira, maio 28, 2013

Duty calls


[4908]

Vou ali e já venho. Se a pressurosa deputada europeia Ana Gomes e a família Soares não se chatearem muito...

De volta na próxima semana.
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domingo, maio 26, 2013

Vamos longe...


[4907]

A SIC Notícias, um evidente caso patológico em gradativo progresso, anda pelo Jamor a entrevistar «povo» que vai ver a final de futebol e que está de vermelho não porque são benfiquistas, mas porque o vermelho é a cor da força de trabalho. (sic)
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Propaganda socialista paga por todos nas festas de Lisboa


[4906]

Que haja festas, festivais e festejos tradicionais populares é coisa que eu acomodo com alguma facilidade. Que gente supostamente responsável aproveite as tradições e a tendência dos portugueses para o folguedo para veicular propaganda política (ainda por cima, facciosa e idiota) é que já me repugna. Mesmo porque esta política demagoga e manipuladora custa dinheiro público que, ao que parece, nem sequer existiria se o pessoal do «…que se lixe a troika…» conseguisse os seus propósitos.

Alguém devia dizer a António Costa que pôr um burro a subir a Calçada de Carriche é baratucho e aceitável. Mandar um artista mais ou menos ignoto fazer propaganda socialista às festas de Lisboa e a ser pago por todos, mesmo os que nele não votaram, é outra.

E.T. -  A Quadratura do Círculo tem vindo gradualmente a contribuir para minha intolerância ao status quo nacional. Mesmo assim, pasmo como pelo menos Lobo Xavier não traz estes disparates a colação e interpela directamente António Costa. É de uma total falta de respeito pelos contribuintes, é o primado da idiotia e do descaramento sobre a ingenuidade nacional.
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Não nos precipitemos. Esperemos que Seguro «pinte»


[4905]

Jorge Sampaio, em excelente forma, reitera o seu estatuto de figura patética no meio político e no Poder nacionais. Basta que se esqueçam dele um bocadinho para se lançar numa das suas, repito, patéticas tiradas. Jorge Sampaio, na senda da vida para além do défice, despediu Santana Lopes, por razões que só ele saberá explicar mas que nunca o fez cabalmente aos portugueses, apenas e só depois de «encorpar» Sócrates, para usar o léxico que ele usa no Correio da Manhã. O resultado está à vista. Pelo que é injusto culparmos Sócrates sozinho de toda esta desgraça. O intelecto socialista, de que Sampaio é um lídimo representante, é objectivamente responsável pela alhada em que estamos metidos.

Agora Sampaio, não vá andarmos distraídos, acha que de novas eleições não vem mal ao mundo, desde que primeiro se «encorpe» a oposição. E eu pasmo com tamanha desfaçatez. Ou topete, como um dia disse Freitas do Amaral.

Aguardemos, pois, que Seguro «encorpe». Não nos precipitemos. No meu tempo (não, não estou a ser pago pelo anúncio do Continente) dizíamos que um rapaz «deitava corpo» quando começava a «pintar». Coisa que em português trivial corresponde ao aparecimento dos primeiros pelos púbicos. Esperemos que o «encorpamento» de Seguro aconselhado por Sampaio tenha um significado meramente metafórico e nada tenha a ver com o facto de Seguro já pintar ou não.
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quinta-feira, maio 23, 2013

Chapeau, Helena


[4904]

Martim, fizeste mal

Dir-te-ão que em poucos segundos deitaste por terra a arrogância da doutora esquerdista. É verdade. Que és um osso duro de roer notou-se não tanto nesse momento mas um bocadinho antes (4:20),  quando respondeste com um breve mas taxativo “Não achei” à apresentadora do programa que te dizia serem cordiais os risos que tinhas ouvido risos quando falavas de empreendedorismo. Mas com tudo isto fizeste mal Martim. Se queres mesmo ter um futuro assegurado, ter artigos simpáticos nos jornais, passar logo ao estatuto de criador… deixa-te de empresas Martim e dedica-te ao protesto. Diz coisas contra o sistema. Faz uma banda e canta Boaventura Sousa Santos. Acabas logo em tournée por vários festivais no Brasil e na Venezuela. E claro Martim mal entras na faculdade integras um daqueles grupos de estudo e observatórios dirigidos pelos tais doutores muito esquerdistas  e onde
abundam as bolsas para isto e para aquilo. Propões-te estudar qualquer coisa como a orgânica dos movimentos sociais numa perspectiva de género e ficas logo doutorado e professor. Se continuares a apostar na empresa Martim nunca serás intelectual, nunca haverá espaço para ti nos ‘isctes’ e ainda vais ter de os aturar toda a santa vida porque exploras os trabalhadores, porque não pagaste todos os impostos, porque tens uma empresa de vão de escada ou porque pelo contrário tens uma empresa  com alta tecnologia e pouca mão-de-obra. E sobretudo Martim quando a empresa não render o que esperavas e a fazer contas de deve e haver (de merceeiro, como dizem os jornalistas amigos das doutoras raquéis) te cruzares num qualquer aeroporto com os doutores activistas rumando em executiva para mais um colóquio de luta contra o sistema vais lembrar-te desta noite no Prós & Contras e vais pensar que teria sido certamente melhor para ti teres dito à dra. Raquel que o teu sonho era dinamizar um grupo chamado “Com o salário mínimo só saio de casa para a manifestação!”  Tinhas feito o melhor investimento da tua vida. Podes crer.

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Abriu a Feira do Livro


[4903]

A Feira do Livro abriu hoje. De novo. É um local convidativo, sobretudo se banhado pelo sol esplendoroso, como o de hoje, amenizado por aquelas copas frondosas que concedem ao local o bucolismo e a beleza que nos conduzem a fazer as pazes com Lisboa, sempre que com ela nos zangamos.

Há livros, gente interessada e interessante deambulando pelos pavilhões e há, sobretudo, um reconfortante sentimento de paz e bem estar por mil razões que o lugar nos oferece. Uma ou outra espicaça-nos a saudade, também. Saudade que é boa de ter. Mesmo porque se renova de cada vez que é mitigada.

E lá ao fundo, o Tejo mantém o seu curso imutável, cheio de segredos, muito sereno.

É tempo de ir comprar um livro.
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quarta-feira, maio 22, 2013

Amostra sem valor ( 3 )



[4902]

A comunicação social, à noite, ocupou grande parte do seu espaço noticiando um desabafo de Passos Coelho pai, que acha que o filho deve entregar «isto», porque «isto» não tem conserto.

O ar da CS era do tipo de se até o pai diz isto, porque é que ele não se vai embora?
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Amostra sem valor ( 2 )



Não caiu...

[4901]

Antes do Conselho de Estado se iniciar, umas dezenas de manifestantes (não fui eu que contei, foi a repórter que disse) juntava-se perto do Palácio de Belém, chateados porque a polícia não os deixava aproximarem-se mais e lá foram dizendo as baboseiras do costume, à volta do «que se lixe a «troika».

A jovem de serviço à TVI24 andava num remoinho, no seu directo, descrevendo, excitada, a acção dos protestantes que, tirando os suspeitos do costume, se mantinham razoavelmente alheados do que se passava. Mas a repórter, não. Falava como se aquelas dezenas de manifestantes fossem mudar o país e, quem sabe o mundo, com a excitação dos audazes que se colam ao valor facial de uma coisa já sem face nenhuma.
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Amostra sem valor



[4900]

O cenário era magnífico. Já os adereços… eram de uma compungente realidade. No final do Conselho de Estado, os conselheiros iam saindo, circunspectos e altaneiros, com aquela naturalidade de quem sabe estar a ser filmado por mil câmaras. E de cada vez que passavam, ressoava a pergunta mais idiota imaginável no momento. Um ramalhete de repórteres espetava o microfone, ar acima, e perguntava: - Então, senhor doutor, o conselho correu bem? Ainda me mantive na expectativa de ouvir algum dos conselheiros dizer: - Olhe menina, uma chatice, correu tudo mal, uma autêntica bosta. Estamos feitos ao bife

Mas ninguém se manifestou, ocupados que vinham a falar uns com os outros. Apenas Jorge Sampaio disse uma graçola à la mode, dizendo que se admirava como é que os repórteres tinham paciência para ficar ali tanto tempo. Fê-lo com aquele risinho que aprendeu e desenvolveu dos tempos em que dizia que havia vida para além do défice. E Mário Soares, naturalmente, disse que tinha de ir jantar. Porque está doente.
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terça-feira, maio 21, 2013

A resposta do Martim e «da vida e da morte dos idiotas»



A Professora Doutora Raquel a ralhar com o Martim

[4899]

A Raquel não tem culpa. A culpa é do caldo de cultura em que nos mergulharam e onde tudo se confunde, inverte e perverte, em nome de qualquer coisa que não é ideologia, mas que soa bem nas gentes, que somos nós, incapazes de disfarçar um arrepiante complexo de inferioridade, antes tentando mimetizá-lo numa superioridade inata dos povos justos, esclarecidos, cultos e solidários que somos todos nós. Pelo menos aqueles que tiveram a ventura de estudar, mesmo que pelos compêndios do nosso descontentamento.

Por isso, estamos cheios de «Raquéis». Na comunicação social, nos escritórios de advogados, nas enfermarias de muitos hospitais, nas salas de muitas universidades, nos sindicatos em geral e até na tropa. Onde explanamos a nossa imensa superioridade moral através de uma visão distorcida dos valores individuais e do primado da iniciativa, do arrojo e do espírito empreendedor de muitos de nós, rápida e sistematicamente castrados pelas «Raquéis» de serviço.

No fundo, a Raquel é uma bimba. E aos bimbos, qualquer minuto de visibilidade pública vale mais que mil postos de trabalho. E àqueles que vacilam entre se devemos mudar o país ou mudar de país, eu digo que devíamos era mudar de portugueses.

Vídeo da resposta do Martim, aqui
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De volta


[4898]

Faz hoje exactamente um mês que este blogue esteve inactivo. Por razões meramente circunstanciais e, também, pela necessidade que até os gansos têm de um período sabático. Mesmo os mais «charmosos». Está-lhes nas tripas, tal como nos humanos.

Reposta a normalidade «ambiental», não fosse este tornar-se um blogue paranormal gerido por um bloguista debilitado, para glosar o insigne socialista açoreano César ao referir-se ao Conselho de Estado e ao Presidente da República, aqui estou, de novo, atento, venerador e obrigado à fenomenologia do ser, tal como descrevia o Sartre privativo de Sócrates, no tempo em que este se entretinha a fazer-nos a cama e gostava imenso de citações idiotas (mesmo que de harmonia com a sua arrepiante incultura) e não deixar que se cumpram, dentro de cerca de um mês, nove anos de blogosfera, com o blogue em hibernação idiota. Afinal, todos os dias há um motivo novo que pode ser usado, apesar de cada novo motivo ser quase sempre velho de novo, entenda-se cada vez mais iguais.

Uma palavra carinhosa para quem entendeu esta hibernação *, na sua exacta dimensão e lhe deu o tratamento devido.


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