segunda-feira, março 31, 2014

Hieiiiiiiiiii…iupiiiiiiii


[5106]

Há pouco tempo correu por aí uma curta entrevista do actor norte-americano Morgan Freeman, em que ele afirmava que a melhor maneira de combater o racismo era ignorá-lo. Tipo, quanto menos se falar no assunto, mais eficácia se ganha na sua erradicação.

É curioso que sejam os grandes porta-estandartes da paridade a esganiçarem-se no pregão da vitória de Anne Hidalgo na câmara de Paris, façam a festa, deitem os foguetes e corram em histeria a apanhar as canas. Afinal, o que há de estranho numa mulher ganhar um município? E socialista, ainda por cima… não é normal uma mulher socialista ganhar uma eleição qualquer? É que com tanta procissão a propósito, um dia o andor acaba por cair.

Pior que os zelotas da paridade só António José Seguro, mesmo, que até se atrapalha no verbo, com medo de não dar a devida salvaguarda ao merecimento do género. Ainda ontem ele dizia, titubeante (não me contaram, eu ouvi): A todos …e a todas… os candidatos… pausa… e as candidatas do PE, etc., etc. Já deprime. Não bastava a mistela do AO, ainda tínhamos de «apanhar» com isto do todos e todas, portugueses e portuguesas…

*
*

Etiquetas: ,

domingo, março 30, 2014

Ainda faltavam estes


[5105]

Faltava o «Eixo do Mal» para exprobar Rodrigues dos Santos e defender José Sócrates sobre o «atrevimento» e falta de deontologia do primeiro perante o antigo chefe do governo, no recente espaço de tempo de antena que a RTP entendeu por bem conceder-lhe.

O arreganho, grosseiro e malcriado de Daniel Oliveira e patético de Pedro Marques Lopes contra um em defesa do outro chegou a ser insultuoso. DO e PML são dois casos do evidente «desvairo» (neologismo pedromarqueslopês) com que eles se atiram ao bofe de tudo o que mexa contra o mais grosseiro mentiroso e manipulador primeiro-ministro que alguma vez nos coube em rifa.

Dá para perceber que não é tanto o que gostam de Sócrates, mas mais o que odeiam do actual governo que os faz agir assim. Em todo o caso é deprimente e revelador do carácter das criaturas.

*
*

Etiquetas: ,

sábado, março 29, 2014

As voltas da vida


[5104]

Esta manhã deitei para o lixo um frasquinho de iogurte cheio, inteiro, por abrir.

Dei comigo a pensar nas voltas da vida. Só porque percebi que deitei o iogurte fora porque estava fora de prazo. E, de seguida, lembrei-me que nem sequer gosto de iogurte.

*
*

Etiquetas:

«Houveram» já muitas razões para eu não ouvir esta gente…


[5103]

Ontem ouvi uma deputada (daquelas que as televisões mostram imenso, a dar opinião) a dizer duas vezes, em pleno Parlamento, que houveram razões… já nem sei bem para quê, porque já não vai dando para ouvir tudo o que esta gente diz.

Mas ouvi o houveram e pergunto-me se houveram razões para que nenhum jornal, rádio, TV, blogue ou um qualquer dos conspícuos facebookers, sempre lestos a malhar na «não-esquerda», se tenha referido a Aiveca. São as gafes boas, ou a ignorância dos justos.

*
*

Etiquetas: ,

Mais tarde ou mais cedo, a preguiça paga


[5102]

A partir de amanhã o relógio do meu carro passará a mostrar a hora certa.

Eu sei que «aquilo» funciona e que posso acertar a hora duas vezes por ano. Mas eu sou assim, alérgico a mariquices de botões modernaços - de cada vez que tento mexer no relógio, carrego para ali nuns botões e o que obtenho é a hora a piscar, o rádio a mudar de onda, o mode do CD a substituir o do rádio...enfim, torna-se mais perigoso que o «drive texting». Assim sendo, decidi manter a hora do Verão (comprei o carro quando os dias são compridos e chatos) e, durante o Inverno, quando olho para o relógio, já sei que é uma hora menos.

A partir de amanhã terei a hora certa – e continuo sem ter que mexer naqueles botões todos.

*
*

Etiquetas: , ,

segunda-feira, março 24, 2014

Go. Went, gone


[5101]

Safe landing! *

*
*

Etiquetas:

domingo, março 23, 2014

O pantomineiro


[5100] 

No mau sentido. O vigarista. Mentiroso. Malcriado. Arrogante. Potencialmente torcionário. Provinciano deslumbrado. Perigoso. Oportunista. Exemplo acabado de um fenómeno social e político, mediante o qual há gente que ainda o emula e que incondicionalmente lhe oferece simpatias adrede e se submerge na mais vergonhosa forma de proselitismo.

*
*



Etiquetas:

domingo, março 16, 2014

Escala técnica


[5098]

Uma breve escala técnica para abastecimento e limpeza de platinados chegou para dar uma oftálmica pela actualidade nacional.

Tropecei nos laivos censórios que Pacheco Pereira descobriu relativamente ao manifesto dos setenta e da raiva que ele acha que o manifesto causou. Por mim, vou gerando alguma raiva é à raiva do próprio Pacheco Pereira que vê raiva neste assunto mas não vê raiva na raiva que o resultado parlamentar sobre a co-adopção (um verdadeiro palavrão…) provocou a gente que para além de meter raiva já mete nojo. Basta ouvir intervenções destas. Em todo o caso, para não fugir ao establishment, percebe-se que para Pacheco Pereira há laivos censórios bons (os disparates ditos pelos que não gostaram que se votasse contra a co-adopção) e laivos censórios maus (os que não gostaram do manifesto dos setenta).

No mais, tudo normal. O costume e o que aos costumes se vai dizendo. Ala que se faz tarde que o meu flight continua, aproveitemos o anúncio da Land Rover e passemos beyond and above. Que ao nível da terra isto continua sem nível nenhum.


*
*

Etiquetas: ,

Mais uma rosa de porcelana


[5097]

Mais uma rosa de porcelana da tua terra. A terra que para ti já não é bem tua, porque adoptaste outra que sentiste amar mais mas que nem por isso deixa de ser a que te viu nascer. Faz hoje já… uns anitos. Lembro-me do telefonema que recebi de manhã no Uíge a anunciar a tua chegada ao mundo e como voei os cerca de 800 quilómetros de asfalto que me separavam do Huambo. Cheguei a tempo. Estavas acordada, rosada e sem chorar. Eras uma bebé muito bonita, o que compensou o choque de o teu irmão ter nascido um bebé feioso e chorão antes de ele, também, se ter tornado um bebé lourinho como o sol e bonito como poucos.

Passa bem o dia. E que por muitos anos mais eu continue a colocar uma rosa de porcelana aos 16 de Março de cada ano. Parabéns filhota.

*
*

Etiquetas: ,

quarta-feira, março 12, 2014

Gone flying


[5096]

Again. And again!

*
*

Etiquetas:

Os quadrantes


[5095]

A esquerda adora quadrantes. E então se pode usar os quatro, entra em histeria. No fundo, a esquerda sabe que é pouco credível e que as suas políticas são consecutiva e inapelavelmente catastróficas. Vai daí, apresentar personalidades de todos os quadrantes significa que os outros três quadrantes avalizam as suas próprias asneiras.

Agora é um grupo de individualidades, mais ou menos acomodáveis num autocarro de turismo, que se lembrou de fazer um manifesto. Há um milhão de palavras que poderiam ser escritas em relação a cada um dos manifestantes mas, para isso, há quem o faça melhor do que eu. Limito-me a passar os olhos de relance pelo grupo e perceber naquelas personagens como que uma espécie de todos os quadrantes de virtualidades, desde os que sabem imenso de dívida nacional até aos que se sentem incompreendidos pelas benfeitorias que levaram a cabo no tempo socialista. Passando por ressabiados, desocupados, ainda que todos eles, empresários, professores, técnicos, economistas, ensaístas e, quiçá, ex-passageiros da TAP. Como convém, porque a esquerda é plural e gosta de acolher todos os quadrantes.

Os quatro quadrantes dão habitualmente o sainete necessário a este tipo de iniciativas. Por mim, que já percebi que morro primeiro que a dívida seja paga, uma dívida alimentada por uma colecção de incompetentes desonestos, do que eu verdadeiramente gostava é que esta gente saísse da frente, como escreveu o Camilo Lourenço. E como é improvável que o façam, ao menos que a comunicação social não se excite muito e não lhes dê a amplitude que não merecem. Ou que mereceriam, mas por outros motivos, que não este tipo de atitudes espúrias.

Nota: Há dia tropecei num dos objectivos de um candidato a deputado europeu pelo «Livre». Levar a Troika a tribunal. Pois…

*
*

Etiquetas: ,

terça-feira, março 11, 2014

Sorrisos


[5094]

Todos os anos os malmequeres nos sorriem, ao longo da berma das estradas. Este ano estão particularmente activos e dão até a sensação que olham e sorriem para nós à medida que passamos com os carros.

Há um deles que tem um sorriso lindo e perene. Não há lei natural que lhe abale a seiva e ele vive sorrindo, mesmo quando não se vê. Mas é quase primavera e ele está aí. Visível. Com aquele sorriso lindo que veste todos os anos, com os primeiros dias de sol radioso. Como hoje. Como amanhã. Já, já, já.

*
*

Etiquetas:

sábado, março 08, 2014

A comunicação social do costume


[5093]

Tenho estado a trabalhar e a ouvir em ruído de fundo um comentário da actualidade feito pela actriz Maria do Céu Guerra. No miolo de tal comentário subjaz algumas das razões que justificam o nosso atraso e o ambiente conflitual em que todos vivemos. Quando uma actriz de reconhecido mérito e cultura afirma que o mundo está complicado porque a culpa dos acontecimentos na Ucrânia é dos poderosos, a primavera árabe surgiu porque os árabes conseguiram libertar-se dos carniceiros que os governavam mas os poderosos também não sei quê não sei quantas… e em África… e os poderosos… e na América latina… os poderosos, embora (este embora é importante no contexto e demonstra bem o grau de entendimento da senhora) a Venezuela seja uma excepção, porque Chávez sabia muito bem o que queria, mas este actual presidente, o Maduro, está um pouco… imaturo, mas os poderosos… enfim, uma cantata de poderosos e , nem por isso, a sonata conduzida pela pivot se opôs muito no concerto porque se complementavam, nunca se opondo. A actriz também falou muito do nosso país, isto está podre e perigoso… veja bem o que aconteceu agora ao banqueiro Jardim Gonçalves que a justiça deixou escapar

De resto este escapar, logrou fugir e outras expressões semelhantes são frequentes hoje na nossa já insuportável media. Aquela velha corrente da presunção de inocência até a condenação transitar em julgado, bem assim como a ilegalidade de provas (ocorre-me, assim de repente, as gravações de Sócrates e Pinto da Costa, apenas para falar em pormenores) aplica-se apenas aos presumíveis criminosos bons, porque aos maus, como Jardim Gonçalves não é aplicável. O homem devia ser preso e, quem sabe, aproveitando até alguns daqueles polícias que telefonam para a SIC dizendo que é preciso começar a matar por aí, apedrejá-lo, castrá-lo e dar o dinheiro dele aos pobrezinhos. E isto não dando sequer confiança à ligeireza com que alguns jornais misturam habilmente condenações com contra-ordenações do Banco de Portugal. Enfim, a miséria da vergonhosa comunicação social que temos.

A propósito de Jardim Gonçalves, ler aqui. E aqui. Vale a pena.

*
*

Etiquetas: , ,

sexta-feira, março 07, 2014

Um momento bizarro


[5092]

Isto é inaceitável. Mas cabe no «arco da demagogia» de um Partido, como o PS, que deveria assumir a sua importância como um dos dois principais Partidos e não se prestar a estas tiradas idiotas.

O PS tem uma abrangente forma de fazer oposição (verdadeiramente, a única coisa que sabem fazer, quando se lhes pedia que também soubessem governar) e que vão desde o «partir as fuças à direita», de Guterres, até ao «quem se mete com o PS leva», tudo isto no jeito truculento e intolerante que lhe é peculiar, passando por esta forma de carpideira de esferovite, como agora fez Maria de Belém, uma figura bizarra bem representativa do ADN socialista da paróquia.

Um dia vai acontecer que esta gente não é levada a sério. Em coisa nenhuma!

Nota: Ouvi as declarações, mas o link é via Vítor Cunha

*
*

Etiquetas: ,

domingo, março 02, 2014

Ó pra mim a falar de futebol...


[5091]

Algumas razões para eu estar irritado com o Belenense vs Benfica:

- O Belenenses é um clube simpático, apesar de estar a ser gerido por um portista confesso… sim, aquele envolvido numa actividade socrática e nebulosa (passe a redundância) e que quando foi chamado ao Parlamento para se explicar, a única coisa que disse em sua defesa foi a de que era do FêQuêPê desde pequenino. Mas o Belenenses não merecia ser espoliado de um golo, como foi, uma decisão do árbitro que não é possível dever-se a erro, mas apenas à intenção deliberada de não permitir que o Benfica não ganhasse;

- Amanhã vou ter que ouvir o José Guilherme Aguiar atropelar tudo e todos sem  deixar ninguém falar, coisa que, de resto, ele faz sempre, mas amanhã imagino que ninguém o trava;

- Não fora a habilidosa arbitragem (para além do golo anulado, ocorre-me uma expulsão de um pobre belenense e faltas absolutamente parciais, inventadas e continuamente prejudicando o Belenenses) e o Sporting estaria, possivelmente, a três pontos do Benfica.

Nota: Já agora e falando ainda de futebol, senti um calafrio quando percebi que um grupo de animais, provavelmente não ferrados, berravam e cantavam durante o minuto de silêncio dedicado a Mário Coluna, no estádio de Alvalade. Mas fiquei verdadeiramente sem fala, quando o comentador desportivo disse que aquilo era comum nos estádios portugueses.

*
*

Convictamente preguiçosos e snobes


[5090]

Tem um deputado, Carlos Enes de sua graça, que me chamou de convicto preguiçoso e snob. Basta ler aqui. Já agora, ler tudo para se perceber um pouco melhor a ligeireza e a lógica de quem se lembra de bulir com a língua portuguesa e, como no caso de Carlos Enes, de fazer claque.

O artigo desta criatura não poderia ser mais elucidativo, mesmo porque são gritantes as incorrecções e mentiras do seu conteúdo. Comparar a reforma de 1945 com o AO de 1990 só pode indiciar um incontido desejo de protagonismo mas, sobretudo, a vulnerabilidade das pessoas perante os humores de um pequeno grupo de iluminados que, à falta de assunto ou consistência das suas acções enquanto peças da engrenagem do poder, se entretém a tratar de temas tão respeitáveis e delicados como o da nossa própria língua, como se estivessem a deliberar sobre a forma, tamanho e consistência dos pepinos do espaço europeu ou do melão branco de Almeirim.

De resto, correm ainda uma série de desenvolvimentos ao nível da Assembleia da República sobre o AO. Não percebo, pois, uma cadeia de procedimentos na implementação do mesmo, ao nível das escolas e da comunicação social. Alguém me deveria, por exemplo, explicar porque é que a RTP tem uma rubrica diária com uma repórter a ensinar aos cidadãos como se escreve, agora, como deve ser.

E, não menos vexatório. Ainda acabamos, literalmente, a escrever sozinhos, já que os outros países da CPLP não parecem estar muito virados para o espetáculo que andamos a dar, com uma sucessão de fatos que só atestam a nossa falta de convicção (conviqueção?) neste setor

*
*

Etiquetas: ,