Ser polido e bem agradecido
De finanças, sei das minhas – e mal. De bancos, banqueiros e
bancários sei manejar razoavelmente o multibanco, o cartão de crédito e
carregar, com destreza, naqueles botõezinhos para nos abrirem a porta, para
serem assaltados só de vez em quando.
Tenho para mim, porém, que o que A. Costa está a fazer é do
mais desprezível que se pode imaginar. Fazer da solução que deu ao Banif, uma
peça de (má) oratória de propaganda contra o governo transacto é absolutamente
perverso, sobretudo vindo de quem vem. De gente que teve anos para resolver ou
ajudar ou controlar, ou o raio que os parta, o sistema bancário e que, todos o sabem,
se viu envolvido nas mais obscuras manobras ao nível das administrações da
Caixa Geral de Depósitos (e outros bancos), para não falar da relação cúmplice
com alguns banqueiros agora a contas com a justiça.
Posto isto, resta perceber que levamos mais um entalão de
milhares de milhões. Com a agravante de, ainda por cima, parecer que temos de
ficar agradecidos a um primeiro-ministro que se alcandorou ao lugar da maneira
que se sabe. No que me diz respeito, é uma sensação assim a modos de estar a
ser sodomizado e ter de pedir desculpa por estar de costas.
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Etiquetas: Ai Portugal, António Costa.