domingo, agosto 09, 2015

Lagartices idiotas


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Este homem está prestes a conseguir estilhaçar o aforismo de que uma pessoa muda de tudo, de camisa, de carro, de cônjuge, de casa, de hábitos e só há uma coisa de que nunca muda – de clube.

A verdade é que a continuar esta triste figura as coisas podem mesmo mudar. Um genuíno lagarto, como este truly yours, começa a ter impulsos estranhos do tipo desejar que o Benfica ganhe a final desta noite. Porque enquanto as coisas se confinavam a uns meros pontapés na gramática (de resto, quem me conhece sabe que frequentemente elogiei a criatura porque achava que, sendo um homem simples, com escassa formação escolar, só podia ser um homem de verdadeiro talento por ter conseguido o que conseguiu ao serviço do maior clube português), os destemperos do homem eram digeríveis. Acontece agora que as coisas mudam de figura. Tornou-se arrogante, malcriado, deselegante e, ainda por cima, incorrendo em riscos desnecessários. Um dia aparece alguém que lhe diga duas coisas a sério e o homem fica a falar sozinho. Para não falar na possibilidade de voltar a apanhar o Lotopegui mal disposto no fim de um jogo qualquer. Enquanto isso, vai prestando um mau serviço ao SCP. Porque este estilo e esta substância não são, mesmo, imagem de marca de um clube que se pretende moderno, civilizado e elegante.

É. Se calhar perder logo à noite fazia-lhe bem. Por muito que isso me custasse.

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sexta-feira, agosto 20, 2010

Futebol – o costume III


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O Sporting é um caso perdido. O presidente bem se esforça por deitar as maçãs podres fora e manter o nível (baixo) de intervenção de cada vez que a isso é solicitado. Mas a verdade é que a equipa não acerta uma, ninguém se entende no campo e a equipa vai somando derrotas com as equipas mais improváveis.

As paixões raramente se explicam e por isso não me preocupo muito em perceber ou explicar porque é que sou do Sporting. Sou, parágrafo. Daí que posso não perceber nada de futebol, mas que dói esta “desgraça”, dói.

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segunda-feira, março 15, 2010

Down a lion, feel satisfied *


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Há alturas em que o sortilégio de ver futebol de primeira água nos remete para o Sporting. "One and only". Os artistas põem em campo o esplendor de um futebol de gala, a nossa vista regala-se e os golos são surgindo com a naturalidade de um leão "mating" até 100 vezes por dia, mesmo que cada “golo” leve apenas cerca de dois minutos. É aquela fase em que ficamos com a sensação de que se o Sporting não abrandar o ritmo e a vontade acabará por marcar 100 golos com a mesma naturalidade/facilidade com que “down a lioness in heat”.

Vendo actuações como a de ontem (Sporting 3 Guimarães 1) também dá para perguntar como é que o leão pode andar meses sem marcar um golito. “Unzinho” que seja e passe a vida às patadas, rugidos de plástico e números de circo, esquecendo o essencial – marcar uns golitos.

* "Down a lion feel satisfied". Slogan da SAB, South African Breweries na publicidade à sua cerveja Lion.

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domingo, fevereiro 28, 2010

Sporting 3 F. C. Porto 0


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Recebi uma chuva de telefonemas de lampiões. Ao intervalo bem que eu poderia apagar as luzes da sala, tal a “luz” que me entrou pelo telefone dentro. “Prontes”. O Carvalhal é o melhor do mundo e o Sporting é uma grande equipa.

Ah! A nota pateta tinha que vir de um comentador da Sport TV, um tal senhor Quim de sua graça que levou o jogo todo a dizer que o Sporting ganhou bem mas teve a felicidade do jogo. Levou o jogo todo a falar na felicidade do jogo e no comentário final insistiu e insistiu e insistiu. A felicidade do jogo esteve do lado do Sporting e o Porto não teve a felicidade do jogo. É uma rapaziada feliz ao jogo, esta equipa do Sporting. Farta-se de ter felicidade ao jogo.

Ah 2. Pois, falta agora ouvir o Pôncio e o Guilherme Aguiar amanhã.
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quinta-feira, fevereiro 25, 2010

Pois...


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Sporting 3 Everton 0
Mas vocês viram-me bem aquilo????
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quarta-feira, fevereiro 10, 2010

Leão envergonhado


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Um clube que permite os constantes desmandos dos seus jogadores como, ontem, o de João Pereira, se mantém permissivo perante os maus humores do seus jogadores, tem nos seus quadros um treinador gajo-porreiro que parece incapaz de travar as florestrias dos seus subordinados, alimenta claques semi-primitivas e tem dirigentes que não acertam uma e se permitem vir, como no fim do jogo de ontem, desculpar uma humilhante derrota com um árbitro que veio a Alvalade propositadamente prejudicar o Sporting, na linha, de resto, do que parece ter vindo a aprender com a sua incompreensível lua-de-mel com o F.C. Porto, não merece estar mais acima do lugar que ocupa.

Precisa de alguém que vire a mesa, reforme os três comentadores televisivos que se salivam no permanente clímax pelo incompreensível conluio com os portistas no ataque ao Benfica, contrate um treinador que se saiba fazer respeitar e eleja, ou designe, nem sei bem como é que isso funciona, dirigentes suficientemente abalizados para carrilar de novo o Sporting na via a que tem direito. Pelo seu passado glorioso, pelas qualidades éticas que sempre lhe foram associadas e pela qualidade futebolística da sua equipa. Assim, como está, não.
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quarta-feira, fevereiro 03, 2010

Incompreensível


Rui Oliveira e Costa. A politologia em estado puro aplicada ao pontapé na bola

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Estou profundamente acabrunhado com o percurso do Sporting este ano. Arrastamo-nos pelos relvados, perdemo-nos em tricas e sopapos, declarações infelizes, orações de sapiência dos responsáveis e, ainda por cima, assiste-se a uma colagem absolutamente incrível ao F. C Porto, justificando o injustificável, branqueando procedimentos inaceitáveis e formando uma aliança improvável contra o Benfica, deixando no ar a sugestão de que os lampiões compraram a Liga, os árbitros, as empresas de segurança e correlativos para serem levados ao colo até ao fim do campeonato. Sobretudo, confrange a triste figura que Eduardo Barroso e o estratosférico Rui de Oliveira Costa (o auto denominado politólogo, o das sondagens, esse…) vão desfilando às Segundas-Feiras nas televisões. Dias Ferreira é suportável mas como ele tem uma clara dificuldade em se exprimir e fazer-se entender, o resultado é um triste espectáculo em que o Sporting aparece mancomunado com o Porto nesta “guerra santa”.

O Porto agradeceu e ontem espetou-nos com uns amáveis cinco golos. Iria mesmo mais longe, se dissesse que o resultado foi enganador e lisonjeiro. Porque não merecíamos. Se em vez de cinco tivéssemos levado sete ou oito não escandalizaria.

Uma última observação à posição do Zé Diogo Quintela, aparentemente o único sportinguista que, com visibilidade, se insurge contra esta incongruência em curso, seja o alinhamento com posições indefensáveis do F.C. Porto e este acinte incompreensível contra o Benfica, a equipa que este ano melhor futebol joga em Portugal.
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quinta-feira, janeiro 21, 2010

Autofagia


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O Sporting mantém a senda suicidária que tem sido a sua imagem de marca nos últimos tempos. Eu sabia que a atitude populista de convencer a grei de que o clube também tem lendas vivas resultou na contratação de uma pessoa que um dia acordou, meteu-se no automóvel, fez-se à A5 e achou que devia dar uma "carga de porrada" (expressão usada na altura) ao seleccionador nacional de futebol. Um caso premeditado que custou uns murros àquele seleccionador.

O Sporting achou que era de bom-tom ter uma lenda viva no banco e no banco a criatura tem estado, gritando, saltando, refilando com os árbitros e dando palmadinhas nas costas dos jogadores substituídos. Tudo de acordo com os cânones do fenómeno.

Ontem, o caldo entornou. A propósito da desastrosa actuação de um guarda-redes (que, por acaso, também é muito irritável, ralha imenso com os companheiros de cada vez que ele próprio faz uma burrada), a lenda viva andou ao soco com Liedson. E tratou de borrar a escrita que ia tão limpinha com as seis vitórias seguidas do clube.

Autofagia em estado puro.
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segunda-feira, janeiro 04, 2010

Meninos


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Ando a embirrar solenemente com esta coisa dos «meninos». A linguagem moderna contempla o vocábulo com uma frequência inusitada e sempre, mas sempre, envolto em politicamente correcto. É que se se falar em meninos recolhidos em orfanatos e outras instituições sociais ainda faz sentido. Já o treinador do Sporting passar a vida a chamar meninos a um grupo de rapazes de barba rija e que tenta o futuro no pontapé da bola em Alcochete me parece uma expressão idiota. Mas ele lá sabe. Entretanto, já concluíram que os meninos não chegam para as necessidades do clube e há que ir buscar uns matulões ao mercado.
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quarta-feira, dezembro 30, 2009

Business as usual


[3556]

Há pouco tempo atrás, o Sporting Clube de Portugal enaltecia a sua sistemática posição de não embarcar em aventuras na compra de jogadores. Iam jogar com a prata da casa, que para isso é que tinham uma academia. O tempo passou, a equipa apanhou várias tareias, os sócios partiram umas cadeiras, o presidente soltou meia dúzia de ininteligíveis enormidades, as claques disseram uns palavrões e a SAD (ou o Clube, não percebo bem a coisa) desembolsa agora €10.000.000 em novas aquisições.

O que espanta é esta estratégia sui-generis de um clube que primeiro deixa o clube ficar knocked out em termos de campeonato e só depois, quando não há qualquer possibilidade de recuperar a tempo de vir a garantir uns cobres para a próxima época, vir gastar uma pipa de massa. Mas, como soe dizer-se, eles é que tem os livros. Neste caso, os euros…

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segunda-feira, novembro 30, 2009

É por estas e por outras…


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...que pessoas com responsabilidades públicas ou mediáticas como este senhor que escreve no
i prestam um mau serviço à desejável normalidade social. Miguel Pacheco faz uma salada tremenda. Mistura homossexualidade com homofobia, resultados desportivos à conta de treinadores homofóbicos com atribuições de entidades de utilidade pública, lucro, imaginação comercial, marketing, estreiteza de ideias, clubite e só não mete a táctica do 4-3-3 ou do 4-4-2 desdobrável em losango (as coisas que eu vou aprendendo com os comentadores de futebol…) em jogo porque, provavelmente, não lhe ocorreu.

Se não houvesse outras estimáveis razões para entender a
medida do Sporting Clube de Portugal (e há pelo menos um milhão), ocorre-me pensar como é que dois homens provam à entrada do recinto que são um casal. Por mera declaração? Juram com a mão direita sobre a bíblia? Apresentam um atestado da junta de freguesia? Arrolam testemunhas que juram a pés juntos que vivem em comunhão? Isto para evitar que o clube passasse a reduzir as receitas de bilheteira a metade, pois é fácil imaginar que um grupo de 20 amigos passe a 10 casais para pagarem apenas 10 bilhetes.

Até onde conduzirá esta patetice de misturar tudo e tudo valer para falar de homossexualidade e homofobia? Actuar com genuína normalidade em vez de andar à caça de bruxas homofóbicas não seria uma medida muito mais inteligente?
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sábado, novembro 14, 2009

Sporting: um clube de elites?


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As coisas andam mal. 8º lugar no campeonato, uma equipa a arrastar-se pelos relvados, um presidente que já não sabe bem o que diz, mistura caucasianos com visigodos (alguém que pergunte ao presidente se ele não queria dizer suevos) mouros e terrorismo a soldo de alguém que ele sabe, o fracasso na primeira abordagem feita a um treinador e a contratação de um director de futebol que resolve as coisas a murro parecem-me um cartão de vista pouco recomendável para que o Sporting retome o lugar que lhe pertence. Se não nos resultados desportivos, pelo menos no domínio da ética e da elegância.
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Aviso à navegação


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Villas boas que se cuide. Que Sá Pinto, quando se irrita, desata ao estalo. Artur Jorge deve lembrar-se.

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segunda-feira, novembro 02, 2009

A luta continua. Paulo Bento para a rua.


Foto JN
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O poder popular, uma das bandeiras da extrema-esquerda, encontrou ontem devido eco no estádio Alvalade. Cerca de 300 pessoas (populares, como convém), foram «explicar» no fim do jogo entre o Sporting e o Marítimo como é que uma empresa de dimensão multimilionária deve ser gerida. Com gritaria, cartazes e tentativas de assalto lá foram exercendo o poder que lhes escapou há uns anos e devem estar um pouco baralhados, porque a carga policial que sofreram não é consistente com o que lhes apregoam ao ouvido.

No fim, uns tiros para o ar e umas cacetadas acabaram com a sessão de exercício do poder popular. Agora só falta aquela parte de vir para os jornais falar da brutalidade da polícia.

Ler a este propósito o Pedro Correia no Delito de Opinião.
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quarta-feira, outubro 28, 2009

Cautelas e caldos de galinha


[3439]

O Sporting Clube de Portugal, após o empate brilhantemente alcançado, infantilmente consentido… hummm… não sei qual é que deverá ficar…arrancado a ferros… obtido, fica obtido obtido em Guimarães ficou já a conhecer mais uma etapa da sua espinhosa tarefa, na senda dos títulos que tem ao seu alcance. Segue-se agora o Pescadores da Caparica, equipa que, como se sabe, já eliminou o Cinfães.

Paulo Bento vai estudar cuidadosa e minuciosamente vídeos e jornais e tem até preparada uma ida à Trafaria e à Cova do Vapor para recolher opiniões de rua sobre o valor intrínseco do «Pescadores». É que nunca se sabe…


Adenda: Que não se entreleia neste post qualquer subestima pela simpática colectividade da Costa da Caparica. Pelo contrário. Eu próprio sou um incondicional apaixonado pelo mar e pela pesca de alto-mar.
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sábado, abril 18, 2009

O costume


[3068]


Com que direito um sujeitinho de autoridade pendurada numa bandeirinha manda anular um golo limpo ao Sporting?

Nem sou muito destas coisas mas uma equipa que manda duas bolas à barra e depois é espoliada de um golo limpo, entra para a segunda parte com que ânimo para jogar?

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sexta-feira, março 13, 2009

Levámos 7-1 e os alemães é que ficaram de cócoras


[3015]

Logo vi que a humilhação do Sporting em Munique tinha a ver com questões extra futebol.

Sempre achei que este ministro era um águia a negociar. Fiquei agora a saber da sua riqueza semântica e sensibilidade para falar sem saber bem o que diz. Era impossível que os 7-1 do Sporting fossem apenas caso do acaso…

A propósito da ignorância sobre expressões locais ou más traduções, ocorre-me uma notícia que ouvi ontem algures sobre a opinião de um jogador alemão, que terá dito que depois do jogo com Sporting estar resolvido, ele limitou-se a jogar e had fun. O nosso repórter ficou zangadíssimo e achou que o alemão tinha dito que se tinha divertido imenso e gozado connosco.

Fica aqui este exemplo para a Ti-Shelf (se o technorati ainda funcionar, o que me parece não ser o caso…).

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terça-feira, março 10, 2009

Falando de futebol


[3002]

Um jovem alegadamente bonito, penteado cabelo a cabelo e com expressão de quem acabou de lhe roubarem a pastilha elástica, queixou-se ontem aos microfones dos repórteres ávidos, que acompanhavam a saída do Sporting a Munique, de que estava a ser vítima de uma campanha negra. Ou melhor, não era ele, era o Miguel Veloso, sendo que ele era o Miguel Veloso mas, como convém nestas coisas, ele discursava na terceira pessoa.

Caiu o Carmo e a Trindade e os jornais desportivos de hoje fazem capa do acontecimento. Acontecimento que ontem foi igualmente peça de honra no espectáculo burlesco da SIC-N e da TVI24. Por mim, não vejo bem onde esteja o problema. Porque se há-de exprobrar um jovem que se inicia nos meandros da fama, quando os exemplos vêm de tão alto como o primeiro-ministro? Afinal não é a campanha negra uma instituição nacional? Porque é que o pobre do Miguel não pode reclamá-la para ele também? Afinal e vistas bem as coisas, eles até são parecidos. O Miguel e o Zezito.

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domingo, fevereiro 22, 2009

SCP 3 - 2 SLB


[2962]

E quando o alheamento se vai instalando em mim a propósito do futebol nacional, com as suas tristezas e misérias ao sabor da hortofruticultura, eis que o Sporting consegue dar um abanão na coisa e recordar-me que o futebol é um espectáculo soberbo quando o estádio está cheio e o jogo se desenrola com emoção e futebol de fina água. O que ontem se passou no relvado de Alvalade foi um hino ao futebol enquanto jogo, entrega, talento e competência. Como é que um equipa que, aqui e ali, joga um futebol de solteiros e casados consegue arrancar uma fulgurante exibição como a de ontem permanece um mistério.

O Benfica nem jogou mal, mas foi vulgarizado por uma das mais brilhantes jogatanas que vi fazer ao Sporting. Uma equipa destas, a manter o nível exibicional de ontem, chegaria facilmente à final da Champions.
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segunda-feira, janeiro 12, 2009

Só eu sei...


[2877]

Pronto. Acabaram-se os florilégios, salamaleques, ademanes e outras políticas de boa vizinhança decorrente da solidariedade fundada sobre continuado favorecimento ao FêQuêPê. Que me desculpem os meus amigos lampiões (que também os tenho, a tolerância é uma virtude que cultivo de pequenino e um estimável valor democrático), mas tudo deixou de fazer sentido a partir dos jogos de ontem. Golos falsos, penalties não assinalados e paletes de dioptrias de árbitros simpáticos não podem continuar. A partir de agora tudo terá de ser a sério e os lampiões têm de se render á sua insignificância.
Disse.

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