quarta-feira, setembro 28, 2011

Ó senhor Vitorino, desligue lá aquilo... já estamos no Outono




[4428]

Para aqueles que se esquecem da nossa vertente terceiro-mundista (nem acredito que disse isto) aí está este Setembro quente, abafado, pesado e na casa dos trinta graus. A coisa torna-se particularmente grave porque é nestas alturas que vem ao de cima um dos grandes preconceitos das lusas gentes sobre o ar condicionado. Uns porque espirram, outros porque acham que se constipam e outros porque são alérgicos. Também há quem diga que os ácaros são mais e mais activos no Outono. Nos restaurantes, os aparelhos de ar condicionado continuam a ser apreciados objectos de adorno e ai de quem os ouse ligar. Há sempre alguém que diz não, como o poeta Alegre. Uns porque o ar condicionado lhes bate na cara, outros porque a sopa arrefece e outros ainda porque…estamos no Outono, soit disant, que o Outono é estação já para umas camisolinhas de lã, quem sabe um cachecol fininho para proteger as nossas frágeis e sensíveis gargantas. O resultado é andarmos todos nesta estufinha morna e peganhenta, suados no colarinho e suportando um desagradável e inominável odor que, a acreditar na minha pituitária, se encontra algures entre as virilhas cozidas e as virilhas azedas. Há casos também, em que cheira a fénico (nunca soube, desde miúdo, o que é cheirar a fénico, mas o meu avô dizia-o com frequência), peúgas calçadas com ténis durante quinze dias, concentrado de atmosfera de metropolitano e, em casos mais graves, a cabelo com caspa de gente que nunca lava a cabeça porque acha que vai ficar careca.

Preparado para mais um dia de 30 graus com sinal vermelho para o ar condicionado, aqui vou eu trabalhar. Vale-me o magnífico, saudável, fresco e revigorante ar condicionado do meu carro que me confere e armazena paciência e denodo para mais um dia de 30 graus e de gente prestes a constipar-se. Mas isto sou eu, que tenho a mania!
.

Etiquetas: , , , , ,

quinta-feira, janeiro 28, 2010

Almocinho à pala


[3612]

Esta história, para além do absurdo e da pesporrência que fez escola (e que parece que ainda faz) nos nossos serviços públicos, tem a particularidade de ser um bom indicador dos hábitos alimentares dos portugueses. Sobretudo se em serviço, logo, portanto, por conseguinte, “à pala”. Uma expressão favorita do xico-esperto lusitano.
.

Etiquetas: ,

sábado, outubro 20, 2007

Era o que faltava...


[2100]

Maria Madalena estava para ser apedrejada quando Jesus resolveu interceder em seu favor diante da multidão. E Jesus disse:

- Quem nunca errou, que atire a primeira pedra...

Um português, presente em todos os lugares e épocas, empolgou-se, pegou num enorme calhau e acertou em cheio na testa da Maria Madalena, que caiu redonda. Jesus, entristecido, foi direito ao portuga, olhou-o bem nos olhos e perguntou:

- Meu filho, diz-me a verdade! Nunca erraste na tua vida?


O português respondeu :- A esta distância, não!

Com um grande beijinho para a Zabeloca e para Coimbra

.


Etiquetas:

quarta-feira, agosto 08, 2007

O senhor Saraiva da Boalhosa



[1934]

E já agora, oiçamos isto. Até pode ser que seja um arranjo. Mas arranjo ou real, é um bom espelho do nosso país. Ora "ôiçamos" o senhor Saraiva, da Boalhosa, ali em frente à casa do Sr. Aleixo, que comprou um telemóvel e reclamou para a TMN porque queria telefonar ao senhor Francisco a mandar vir uma "caminete" de betão mas o númaro é cumprido como ó c... e não entra no ecrã.


.

Etiquetas: ,