Ó senhor Vitorino, desligue lá aquilo... já estamos no Outono
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Para aqueles que se esquecem da nossa vertente terceiro-mundista (nem acredito que disse isto) aí está este Setembro quente, abafado, pesado e na casa dos trinta graus. A coisa torna-se particularmente grave porque é nestas alturas que vem ao de cima um dos grandes preconceitos das lusas gentes sobre o ar condicionado. Uns porque espirram, outros porque acham que se constipam e outros porque são alérgicos. Também há quem diga que os ácaros são mais e mais activos no Outono. Nos restaurantes, os aparelhos de ar condicionado continuam a ser apreciados objectos de adorno e ai de quem os ouse ligar. Há sempre alguém que diz não, como o poeta Alegre. Uns porque o ar condicionado lhes bate na cara, outros porque a sopa arrefece e outros ainda porque…estamos no Outono, soit disant, que o Outono é estação já para umas camisolinhas de lã, quem sabe um cachecol fininho para proteger as nossas frágeis e sensíveis gargantas. O resultado é andarmos todos nesta estufinha morna e peganhenta, suados no colarinho e suportando um desagradável e inominável odor que, a acreditar na minha pituitária, se encontra algures entre as virilhas cozidas e as virilhas azedas. Há casos também, em que cheira a fénico (nunca soube, desde miúdo, o que é cheirar a fénico, mas o meu avô dizia-o com frequência), peúgas calçadas com ténis durante quinze dias, concentrado de atmosfera de metropolitano e, em casos mais graves, a cabelo com caspa de gente que nunca lava a cabeça porque acha que vai ficar careca.
Preparado para mais um dia de 30 graus com sinal vermelho para o ar condicionado, aqui vou eu trabalhar. Vale-me o magnífico, saudável, fresco e revigorante ar condicionado do meu carro que me confere e armazena paciência e denodo para mais um dia de 30 graus e de gente prestes a constipar-se. Mas isto sou eu, que tenho a mania!
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Para aqueles que se esquecem da nossa vertente terceiro-mundista (nem acredito que disse isto) aí está este Setembro quente, abafado, pesado e na casa dos trinta graus. A coisa torna-se particularmente grave porque é nestas alturas que vem ao de cima um dos grandes preconceitos das lusas gentes sobre o ar condicionado. Uns porque espirram, outros porque acham que se constipam e outros porque são alérgicos. Também há quem diga que os ácaros são mais e mais activos no Outono. Nos restaurantes, os aparelhos de ar condicionado continuam a ser apreciados objectos de adorno e ai de quem os ouse ligar. Há sempre alguém que diz não, como o poeta Alegre. Uns porque o ar condicionado lhes bate na cara, outros porque a sopa arrefece e outros ainda porque…estamos no Outono, soit disant, que o Outono é estação já para umas camisolinhas de lã, quem sabe um cachecol fininho para proteger as nossas frágeis e sensíveis gargantas. O resultado é andarmos todos nesta estufinha morna e peganhenta, suados no colarinho e suportando um desagradável e inominável odor que, a acreditar na minha pituitária, se encontra algures entre as virilhas cozidas e as virilhas azedas. Há casos também, em que cheira a fénico (nunca soube, desde miúdo, o que é cheirar a fénico, mas o meu avô dizia-o com frequência), peúgas calçadas com ténis durante quinze dias, concentrado de atmosfera de metropolitano e, em casos mais graves, a cabelo com caspa de gente que nunca lava a cabeça porque acha que vai ficar careca.
Preparado para mais um dia de 30 graus com sinal vermelho para o ar condicionado, aqui vou eu trabalhar. Vale-me o magnífico, saudável, fresco e revigorante ar condicionado do meu carro que me confere e armazena paciência e denodo para mais um dia de 30 graus e de gente prestes a constipar-se. Mas isto sou eu, que tenho a mania!
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Etiquetas: alergias, calor, correspondência, frios, pontadas, tugas
9 Comments:
Ténis é desporto. Tudo o mais são sapatilhas. Em português do genuíno, daquele que deriva do latim.
Está cientificamente provado que o ar condicionado tem riscos para a saúde
Tu e os ares condicionados.
como eu te compreendo... e pasme-se como o amanhecer tem estado nubaldo já tenho visto pessoas de casaco de lã. às que conheço pergunto: quando chegar o Inverno o que vestes?. Eu continuo de vestidinho de Verão.
Eu sabia que um dia descobriria a origem de minha ojeriza pelos ares condicionados. Ah este meu sangue Tuga! :)*
Isto hoje está muito anónimo :)))Ao anónimo das sapatilhas ainda direi que há quem diga que vestiu uns caquis (por ter vestido umas calças de tom amarelado e aspecto rústico, ainda que caqui seja a designação bresleira para o diospiro...), que tem um problema de rodas (porque está sem carro)e poderia citar mais uns quantos exemplos para fugir ao rigor do comentário :)))
ana
Eu sei que sempre que quiser um comentário teu basta-me escrever qualquer coisa sobre os calores serôdios ou frio temporão dos Outonos («isto» ainda se escreve com maiúscula???) ou, ainda, sobre os jacarandás :)))
Beijinho amigo
P.S. Um abraço ao senhor Baleia, quando é que ele escreve qualquer coisa?
Dulce
Vou reter a respiração e esperar pelo significado de oje... oj...quantos? xacaver... ojeriza :))))
:)*
Caqui (cor)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A palavra caqui (português europeu) ou cáqui (português brasileiro) deriva do persa khak que significa pó, e khaki que significa poeirento, empoeirado ou cor de terra. É utilizada por vários exércitos do mundo para efeitos de camuflagem.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Caqui_%28cor%29
cáqui
Significado de Cáqui
s.m. Espécie de brim castanho-amarelado com que se fazem geralmente uniformes.
http://www.dicio.com.br/caqui_2/
Rusticidade http://eipenafiel.blogspot.com/2011/07/mocidade-portuguesa.html
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