sexta-feira, abril 14, 2017

Nha nha nha nha nha… estou a irritar os ignorantes… lá lá lá lá.



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Ontem fiquei angustiado, crivado de dúvidas e em clara necessidade de auxílio cultural, clássico, e psicologia, básica.

A questão é que já passaram umas horas, já dormi sobre o assunto, acordei em modo normal e bem comigo mesmo, mas ainda não consegui chegar a uma conclusão que me aliviaria de todas as dúvidas.

Queria Pacheco Pereira (PP), ontem na Quadratura, fazer uma sincera e merecida homenagem a  Maria Helena da Rocha Pereira pelos méritos da senhora ou estava mais interessado em afirmar, frisar, reafirmar e, sorrindo um sorriso maroto, repetir à exaustão a tecla de que mais do que a homenagem, o que lhe dava prazer era irritar os ignorantes (SIC)? Não sei se exagero quando menciono que PP quase atingiu o orgasmo quando leu uma passagem em que a intelectual portuguesa referia Sólon, no pressuposto que se contaria pelos dedos de um maneta  os portugueses que conheceriam o poeta grego.

Chapeau a Jorge Coelho que claramente estava a Leste do que se falava mas conseguiu uma saída airosa, chegando mesmo a discordar de PP, dizendo que não senhor, que estes assuntos de gente importante deveriam sempre ser tratados num programa como a Quadratura.

São momentos destes que me levam a concluir que no Reino da Dinamarca está tudo bem. Aqui é que, sem dúvida, está tudo mal.  Sem hipótese de remédio, por muito que a esperança se mantenha e que Marcelo continue a dizer que nós por cá todos bem.


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terça-feira, abril 11, 2017

Vá... É às Segundas



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Eu classificaria os meus compatriotas em duas fatias de gente. Os que nunca vêem novelas ou “bigbrothers” e os que nunca vêm programas desportivos.

Novelas e “bigbrothers”, concordo e aceito a ideia, eu próprio tentei e insisti, com um par de dias a Pantoprazol, mas não deu. Tudo aquilo é demasiado pornográfico, não propriamente pelas quecas que dão mas por aquelas mentes formatadas em coisa nenhuma. Já com os programas desportivos, a coisa é diferente. É digerível, é didáctico e de valor acrescentado para compreendermos melhor o que somos, porque somos e o que provavelmente nunca viremos a ser.

Um programa de comentários desportivos, pintalgados por gente de projecção social como advogados, humoristas, industriais de moda ou directores de canais televisivos é um manancial de informação que nos mostra com crueza e verdade o pano de fundo do nosso “Portugalório” (com licença do João Gonçalves que usou este termo e gostei), na política, nos serviços, na gerência do nosso dia a dia neste país de sol e alheiras e pastéis de nata, mas que, descascado, revela o que somos, o que pensamos (???), como agimos e como nos responsabilizamos perante o estrangeiro e perante nós próprios.


É indispensável, pois, assistir a um “Dia Seguinte“ ou a um “Prolongamento” para nos apercebermos e, com um pequeno esforço, encontrarmos a razão de sermos o país que somos, devendo dinheiro a toda a gente e achando que não devemos pagar, sendo novos ricos incorrigíveis, atrasados de vinte a vinte e cinco anos em relação à comunidade internacional (desde que me conheço que acho isso, desde a independência das colónias e da forma como foi feita, às ideologias que ainda hoje grassam por aqui, orgulhosamente sós, passando pela nossa reverencial chico-esperteza, malandragem, pretensamente cheios de hormonas latinas consubstanciadas em Zezés Camarinhas que após um par de suecas ganham projecção mediática e… pois, já me passava esta… sacanice.

Repito. É indispensável ver um ou todos os programas de comentários desportivos para perceber tudo isto. A forma como as coisas se desenrolam, a sem vergonha como um clube como o F.C. Porto se arroga  em moralista, depois de ter protagonizado uma das maiores sujeiras no futebol nacional e de ter tido nos seus quadros alguns dos maiores sarrafeiros e mentirosos futebolistas, é exasperante. Mais ou menos semelhante, surge agora o Sporting (o clube que, sem que eu saiba verdadeiramente porquê, refiro como sendo o meu clube) com um truculento presidente que desde os mais ridículos números de circo chegou mesmo a mandar todos os não-sportinguistas à bardamerda aos microfones nacionais, com cenas manhosas pelo meio que me dispenso de referir (vejam os programas…) a fazer tandem com o F.C. Porto, apenas porque há indícios de que o Benfica possa vir a ganhar novo título permitem-me entender como as “coisas” funcionam. Inveja, mau perder, sacanice e, sobretudo, uma grossa fatia de cretinismo. Com o Sporting, a cena é agravada, do meu pessoalíssimo ponto de vista, já que se tornou um covil de socialistas do tipo “temos de partir as fuças à direita”, como dizia o, agora, “inactivo Guterres”.

Estamos todos ali. Nos programas e comentaristas desportivos. Não esquecendo os “pivots”. Não precisamos de crianças a partir hotéis,  secretários de estado patéticos em frente ao presidente do Eurogrupo sem saber bem o que dizer, não precisamos de primeiros-ministros mentirosos, governos fraudulentos, de repartições estatais de indizível mau atendimento, de estupidez crassa pela forma como afugentamos o investimento internacional, de esganiçadas razoavelmente histéricas, de branqueamento de crimes capitais (como os de Otelo e Mortágua), de comerciantes chicos-espertos, de polícias venais, de juristas comprometidos com o regime, nem duma mente estranha que um dia alguém conseguirá saber explicar.

“Prolongamento” e “Dia Seguinte”, pois. Está lá tudo. Estamos lá todos. E, mesmo nunca esperando um dia dizer isto, o que se passa neste preciso instante no mundo da bola, a despeito de problemas momentosos como o terrorismo, a economia, as tragédias que salpicam o mundo, o futuro estranho e mais ou menos enegrecido para os nossos filhos e netos, apetece-me dizer: “Je suis Benfica”.





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sexta-feira, abril 07, 2017

Difícil ser Passos Coelho



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Ouvi a entrevista toda de Passos Coelho. Não ouvi a entrevista toda de A. Costa. Por falta de oportunidade, não porque tenha já uma dificuldade intestina em ouvir semelhante criatura. Mas deste, ouvi excertos e transcrições. 

O que me ficou do que vi e ouvi foi que, com tristeza, verifico estarmos mais ou menos num contexto manipulativo de uma maioria de jornalistas seguidistas, oportunistas, incultos ou, mesmo, irremediáveis devedores à natureza de um módico de inteligência que deveria ser uma das condições primeiras para se desempenhar o cargo. 

O período pós entrevistas demonstrou isso mesmo, Os “leads” (agora diz-se assim não é?) de ambas as entrevistas demonstravam isso mesmo. Enquanto que, por exemplo e metaforicamente, Costa dizia que quando uma nuvem tapa o sol se faz sombra, Coelho apontava, com alguma inabilidade e nervosismo, admito, argumentos válidos e sérios para justificar as perguntas, mais ardilosas que interessantes, que lhe colocavam. Um resultado avulso deste cenário foi o arraial feito por Costa ter dito que se alcançasse a maioria absoluta não deixaria de contar com os Partidos à esquerda que agora suportam o governo e a comiseração mostrada, por PPC ter dito que se perdesse as autárquicas não veria motivo para se demitir. Esta última afirmação, então, foi glosada com abundância e com um acervo de críticas, vá lá saber-se porquê. 

Repito. É difícil ser-se Passos Coelho. É preciso ter muita presença de espírito e domínio do Grande Simpático para não mandar um berro e remeter estes aprendizes de feiticeiro para a mãezinha que os pôs neste mundo. Ocorre-me avulso a insistência daquele jovem jornalista que fez parelha com o José Gomes Ferreira que por três vezes insistiu, excitado: - Então felicita o governo, não é? Isto a propósito desses números mágicos que circulam por ai e que produzem o “bem-estar” que, em estilo bovino, desfrutamos. PPC tentava explicar como é que aqueles números tinham sido atingidos (basicamente investimento estatal zero, profunda degradação dos serviços públicos, dívidas crescentes de sectores como a saúde, juros aterradores e crescimento incontido da dívida pública e a insustentabilidade do sistema, já que não será possível manter a mesma engenharia financeira por mais anos, sob pena de o “castelo ruir”, como qualquer cidadão medianamente informado percebe) e o jornalista insistia: - Mas felicita o novo governo? Mas felicita o novo governo? 

Não sou “Coelhista”, votei numa coligação onde ele estava, o que é algo diferente. O que não me impede de reconhecer ver nele um homem sério, isento das trapalhadas e conluios em que o PS é fértil e de uma notável coerência. E que vive num caldo político em que a oposição se faz à Oposição ao invés de ser feita a um governo trapalhão, fraudulento, jacobino, que toma como conteúdo valorativo do seu currículo a sua acção como “resistentes do Estado Novo” ou, frequentemente, filhos desses resistentes, com uma pulsão conducente à submissão do rebanho e que nos conduz alegremente para um beco sem saída e que não nos dignifica no exterior. Entenda-se por “exterior”, termo de onde vamos pedir dinheiro emprestado que achamos que os países ricos têm obrigação de nos proporcionar, sem recalcitrar e achando-nos graça pelo clima, praia e pastéis de nata. 

E quanto a jornalistas, não há muito que dizer. Salvo honrosas excepções, constituem um grupo alargado de maus profissionais. Venais, incultos, que fazem da venalidade e da hipocrisia o seu motto (alguns não saberão o que motto quer dizer, mas podem sempre ir ao Google…). E que por razões que não descortino bem, conseguem campo propício às suas diatribes, por parte de quem lhes paga o ordenado e outras benesses. As televisões são um bom exemplo, com um extenso rol de comentadores e especialistas que, frequentemente, confrange ver e ouvir. É difícil ser Passos Coelho.


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segunda-feira, abril 03, 2017

Era tempo...



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Bequinbizenesse. Just landed. Happy, safe and sound.


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