domingo, dezembro 28, 2008

Ainda a hipocondria nacional


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Sobre o tema do meu post abaixo, a Cristina acrescenta alguma coisa, com a riqueza de pormenores habitual, neste comentário/resposta a um outro comentário sobre este post:

"...estamos a falar de idas à urgência completamente desnecessárias. As pessoas tossem, vão pra urgência. Têm febre há 24 horas, vão pra urgência. Têm uma diarreia vão pra urgência. Ficam mal dispostas depois de se empanturrarem com a ceia de Natal (na minha noite, destes, foram dezenas) vão prá urgência. Não conseguem dormir, vão pra urgência. Têm uma tontura, vão pra urgência. Zangam-se com a familia vão pra urgência porque estão nervosos. Têm um calo que doi mais naquele dia, vão pra urgência. Embebedam-se (estes tb são dezenas), vão pra urgência. Não têm familia, vão pra urgência queixar-se da dor nas costas de há 1 mês porque sempre têm "cinema" à volta. Agora veja isto num universo de 700 000 habitantes. 500 estiveram lá na noite de natal. sabe quantos internei? uns 20, talvez. Portanto, veja a gravidade das situações. É disso que estamos a falar e nada mais. Parece que ficou tudo histérico..."

"...uma pessoa com gripe não precisa de ir para a urgência dos hospitais. A não ser que seja velho, ou tenha falta de ar ou tenha alguma outra doença que possa ser agravada. O curioso é que antigamente as pessoas tinham mais noção disso que agora. Tomavam umas aspirinas e coisas quentes, agasalhavam-se, e esperavam que passasse. Agora não, entra tudo em histeria. Que coisa..."

Deprimente!
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