Gente da minha terra II

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Hoje estou numa onda musical ou então é só porque a gente da minha terra se presta a um sentido lato de sentimentos. No caso de Rui Veloso, sem embargo do seu valor artístico, é patente uma faceta da gente da minha terra com que eu embirro solenemente. É aquele ar de frete por respirar, o peço desculpa por existir e o esgar de quem sofre de uma úlcera péptica em avançado estádio de desenvolvimento. É um ar, para além da úlcera, do fenómeno da existência e da trabalheira em respirar, de quem parece que lhe devem dinheiro. Que a namorada o trocou pela cabeleireira do bairro. Que o carro avariou às nove da manhã na A5. Que foi convidado a ir à Bélgica jantar com o gang de Bruxelas, na condição de voar na TAP. Ou, ainda que tem de ler o Dr. Vital Moreira todos os Sábados das dez da manhã às seis da tarde. Um pouco de tudo isto.
O Rui tem cara de zangado. De chateado, ressabiado, de não me chateies senão vou-te à cara. Tudo coisas de gente da minha terra. Mas, segundo dizem, é um tipo fixe. E canta bem.
Mariza, neste clip, no Royal Albert Hall, brilha muito mais. Qualquer pessoa que cante ao lado de Rui Veloso torna-se gloomy. Linda de morrer!
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Hoje estou numa onda musical ou então é só porque a gente da minha terra se presta a um sentido lato de sentimentos. No caso de Rui Veloso, sem embargo do seu valor artístico, é patente uma faceta da gente da minha terra com que eu embirro solenemente. É aquele ar de frete por respirar, o peço desculpa por existir e o esgar de quem sofre de uma úlcera péptica em avançado estádio de desenvolvimento. É um ar, para além da úlcera, do fenómeno da existência e da trabalheira em respirar, de quem parece que lhe devem dinheiro. Que a namorada o trocou pela cabeleireira do bairro. Que o carro avariou às nove da manhã na A5. Que foi convidado a ir à Bélgica jantar com o gang de Bruxelas, na condição de voar na TAP. Ou, ainda que tem de ler o Dr. Vital Moreira todos os Sábados das dez da manhã às seis da tarde. Um pouco de tudo isto.
O Rui tem cara de zangado. De chateado, ressabiado, de não me chateies senão vou-te à cara. Tudo coisas de gente da minha terra. Mas, segundo dizem, é um tipo fixe. E canta bem.
Mariza, neste clip, no Royal Albert Hall, brilha muito mais. Qualquer pessoa que cante ao lado de Rui Veloso torna-se gloomy. Linda de morrer!
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Etiquetas: Mariza, música, Rui Veloso