Obesidades, obscenidades
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Já dou de barato não entender por que razão de cada vez que a televisão fala em obesidade aparece a inevitável Isabel do Carmo a dizer umas coisas sobre a dieta engordante (termo dela) dos países ocidentais e o blá blá blá do costume.
Sabendo que há mais endocrinologistas no país, percebe-se que esta insistência da nossa comunicação social em Isabel do Carmo, obesa, não é inocente. Mas esta noite arrepiou-me a forma como Isabel do Carmo se permite já afirmar, e tentarei reproduzir o discurso dela com palavras minhas, que isto já não vai com mentalização e educação. É preciso regulamentar, fazer leis, estabelecer regras… por outras palavras é preciso que a senhora ponha cá fora a sua verdadeira natureza num campo que, ultimamente, se tem mostrado muito fértil no controle dos cidadãos.
A facilidade/naturalidade com que Isabel do Carmo acha que me pode proibir de ser obeso se me apetecer sê-lo, ao mesmo tempo que me apercebo como este discurso deste tipo de gente tem cada vez mais e mais vezes lugar na nossa comunicação social causa-me arrepios. A não ser que a senhora pense que a sua condição de ex-dirigente das brigadas revolucionárias e condenada por actos de terrorismo lhe confira essa condição.
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