Retornados, outra vez?

a velha mala de porão
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Via Tomás Vasques tropecei num blogue novo e dei de caras com um post sobre retornados. Ou melhor, o post não é bem sobre retornados, mas também. É um tal Ricardo Noronha, que deve ser jovem, já que refere ter um avô que regressou no 25 de Abril. E parece também saber imenso de História já que, a ser ele, se vai doutorando na mesma.
Mete-me sempre muita aflição de cada vez que me saem ao caminho estes paraquedistas da história distribuindo alegremente conceitos e teorias sobre “retornados”, “colonialismos” e assim. Na maior parte das vezes não merecem sequer o tempo que levaria a retorquir sobre situações específicas que os historiadores da matéria usam para os habituais florilégios sobre o colonialismo português. Deste blogue retenho, mesmo assim, a confusão de Ricardo Noronha, estabelecida á volta do facto de os retornados não poderem ser chamados de coitadinhos, que a questão hoje, só existe no grupo de leitores do Diabo (não sabia que ainda havia este jornal…) e que os retornados são hoje gente próspera e bem instalada na vida, E, ainda, que o avô “retornou” mas o irmão do avô ficou. O que prova que os retornados tiveram opções que puderam, em boa verdade, considerar.
Tudo isto é simplista e redutor, mas não me apetece ter de explicar aqui um punhado de coisas a Ricardo Noronha, provavelmente ele acabará por lá chegar, no seu doutoramento
Etiquetas: bloggers, retornados