Conversa de xaxa, p’ra boi dormir
Costa mandou a ministra assegurar o combate aos fogos enquanto ele vai para Montemor-o-Velho acalmar a população sobre as cheias no Inverno, que já não vão ser cheias porque ele... pois
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Quando um país reúne condições legais para ter um fulano
deste calibre como primeiro-ministro, mesmo tendo sido preterido pelo voto
popular, é legítima uma introspecção sobre que país somos e sobre quem somos.
Costa não é estúpido. E nem sequer é hábil, como sói
dizer-se na nossa estuporada comunicação social. Está longe de ser hábil. Pelo
contrário é tosco, bronco, inculto e de má índole. O que Costa consegue é um
discurso que continua a colar numa sociedade vincada por longos períodos de
continuado adestramento ao Estado que tudo faz, protege e promove em benefício
dos cidadãos.
Infelizmente a revolução de Abril, salvaguardada a liberdade
de, por exemplo, eu estar a escrever isto sem ir preso ou lançado no desemprego,
tem agravado este desiderato, através do qual se explora esta faceta popular,
por via da concessão de ridículos benefícios (custeados por elevadíssimos impostos indirectos
e carência de meios em sectores fundamentais da nossa segurança e bem estar) e
de uma retórica adequada, com base num processo de infantilização confrangedor.
Isto é criminoso e repulsivo.
Costa, que não é hábil mas também não é estúpido, sabe tirar
proveito deste fenómeno para se eternizar no poder, qualquer coisa que, no
fundo, tem muito de Maduro, Chávez, Castro ou Morales. De tal maneira que não
hesitou em deitar mão de inescrupulosos agentes da chamada Esquerda, para manter
uma consuetudinária actuação, mantendo e nutrindo os costumes e natureza da
nossa sociedade, o que lhe permite vir papaguear, com sucesso, inanidades deste género, como se verifica no
vídeo. Costa sonha manter-se no Poder, principalmente porque fora dele não há
nada que se pressinta que ele saiba fazer a preceito. E o Poder afaga-lhe o ego
e, já, agora, o proeminente ventre.
Numa altura em que meio Portugal arde, com auto-estradas cortadas,
gente a dormir em instituições sociais, gente destituída de bens materiais e, mais
grave, que perderam familiares mortos por via da mais atabalhoada desorganização
que, tudo indica, poderá ter origem numa descarada acção de proselitismo na
Protecção Civil e outros centros de controle, Costa aparece com um punhado de
comparsas a anunciar o desassoreamento do Mondego, para prevenir… as cheias do
Inverno (ver vídeo). É lastimável, amoral e absolutamente cretino. Independentemente do mérito
de se desassorear o Mondego naquela área que, por acaso, conheço bem, ali bem
perto de Montemor-o-Velho.
Esperemos que na época das cheias não ande toda a gente a
desassorear o rio e falte alguma para limpar as sarjetas lisboetas (embora Costa
já tenha dito em 2014 que não havia solução para as cheias de Lisboa), mas
contemos que lá para Dezembro ou Janeiro, Costa é bem capaz de aparecer em Pedrógão para
avisar os cidadãos que temos de começar a pensar nos incêndios de Verão, enquando o Medina anda de fato-macaco a desobstruir sarjetas em Alcântara.
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Etiquetas: Ai Portugal, António Costa., brincar com coisas sérias, cheias, incêndios
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