Agora, sim, está tudo esclarecido
António Costa explicou ontem, com a inabilidade do costume e
a quase inintegibilidade das palavras comidas a meio que lhe enformam o
discurso, que os argumentos da oposição eram “parvos”. Entre outras pérolas,
mentiu também, sobretudo naquela jogatina que metia datas, número de vítimas
ministério público, etc. Toda a cena se passa entre o secretário de estado (aquele
que chora com Marcelo), a imóvel, queda e muda Constança e a comandante
Patrícia, aquela senhora que todos os
dias nos vem dizer que as coisas estão difíceis, mas que temos não sei quantos homens
no local, mais não sei quantos meios aéreos, mais não sei quantos meios
terrestres, mais não sei quantos espanhóis, mais não sei quantas mudanças de
direcção de vento, baixas de humidade (e vá lá que não tem havido raios, nem os
relâmpagos do Baldaia) e nos explica como se estabelece as prioridades nos
ataques dos incêndios.
À noite, a SicN dá uma entrevista com Pedro Nuno Santos,
aquele fulano de barba esbranquiçada e bem aparada que se senta quase sempre à direita
de Costa, aquele que disse não pagamos, os alemães que se pusessem a pau que
ele ia lá e partia-lhes as pernas, não sei se foram estas as palavras exactas,
mas qualquer coisa por aí. E para mim, valeu o jornalista ter aflorado o fato
de Costa ter dito e repetido que o número de mortos de Pedrógão Grande era assunto
esclarecido e que afinal não estava nada esclarecido. E é aqui que o fulano que
diz que vai dar umas caneladas aos alemães e não paga diz que Costa disse isso,
sim, mas depois disso o Ministério Público listou as vítimas e agora o assunto
estava esclarecido (!!!).
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Etiquetas: delícias do socialismo
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