sábado, julho 15, 2017

Rir é o melhor remédio, dizia o "Reader's"... mas pode dar úlceras, também.




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A propósito do riso alarve com que somos brindados diariamente pelo nosso primeiro-min…isso. Projecto-me nesse riso, de patologia não inteiramente definida, muitas dezenas de vezes nos modestos posts que vou por aqui deixando.

Este post do Alberto Gonçalves (ainda não comprei o livro…) fala no riso com o engenho e a graça que são as suas marcas de água, pelo que passo a “linkar”. O que me dá também a satisfação de verificar que não sou o único a recear uma úlcera duodenal “à cause” do riso alarve da criatura que referi. Deixo uma pequena amostra, mas ler tudo, linha a linha, é essencial. No fim, só não acabamos a rir, porque muito provavelmente acabaremos a chorar. De raiva e desespero.

Nota: A coisa pega-se e torna-se uma imagem de marca. Uma tal Anabela Neves, habitualmente repórter da SicN na AR ainda ontem não resistiu a uma espécie de riso múltiplo quando, com o seu titubeio habitual, noticiava que o CDS pedia a demissão de dois ministros (e aqui solta-se-lhe o riso... mas solta mesmo), mas o primeiro-ministro (nova risada) só demitiu secretários de Estado.

 E então, vejamos:

«…É natural. Já Orwell falava no riso cruel dos ditadores. E um inglês muito antigo atribuía-lhes o “riso artificial”, uma “mistura de hipocrisia, maldade e prazer bárbaro”. Sempre que escorrega para o autoritarismo, ou que deriva do dito, o poder raramente evita a troça alarve. Há anos, por acaso ou delírio, ocupei um serão na companhia da televisão pública de Caracas. Acima da propaganda e da manipulação, o que saltava à vista era o vasto gozo dos indivíduos que mandavam a expensas dos indivíduos que oprimiam. Num “debate”, dois “chavistas” e o “moderador” entretinham-se a escarnecer dos representantes da oposição (evidentemente ausentes) – não porque estes não tivessem razão, mas porque não tinham voz. Por mim, nunca vira em directo tamanha exibição de desumanidade. E não penso que a natureza dos “chavistas” de cá, estimulada por sondagens e a geral irresponsabilidade do sistema, seja essencialmente distinta…»

Ler o artigo todo do Alberto Gonçalves aqui.


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