sábado, julho 04, 2015

Decidir que não há decisões


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Não que eu goste de Sampaio da Nóvoa. O que ele disse e me fez ouvir por via da excitação com que a comunicação social que temos chegou e bondou para que eu rapidamente concluísse o que vinha por ali. E se por um lado isso se encaixava com perfeição na noção que tenho do socialismo doméstico, nosso, por outro quedei-me resignado por ver que há coisas que por muito tempero que lhes cheguemos nunca perdem o gosto de estragado.

Afinal, as coisas conseguem ser piores do que aquilo que a nossa condescendência imagina. A. Costa deve ter concluído um competente tirocínio que lhe permite aquela centelha de fazer e desfazer com a maior naturalidade e sempre com artes de ficarmos todos a pensar que a culpa é nossa. Acossado e amedrontado, Costa escolheu «descontinuar» Sampaio da Nóvoa em favor de uma mulher que, se outros méritos não tivesse, ostenta o estandarte colorido de um célebre ministério de igualdade guterrista, uma das coisas que vêm e passam com o tempo e que depois de passarem as pessoas não se lembram mais.

Seja pelo que for, Maria de Belém está aí e Sampaio da Nóvoa fica a fazer contas de cabeça. Bem feito para Sampaio da Nóvoa, mal feito para os que continuamos à mercê dos apetites e humores destes neo-socialistas que, finalmente, parecem ter de todo perdido a noção do que andam a fazer. Que seja pelo nosso bem.

E.T. Entre o tempo de começar a escrever um post e acabá-lo, Costa decide que, afinal, não tinha decidido nada e que, decisão por decisão, há-de decidir sobre a melhor decisão a tomar. Alegre, Edite Estrela e Ana Gomes também acham que não havia decisões e que por estes dias a coisa se decide. A única pessoa que acha que o PS vai de disparate em  disparate é, esse mesmo, Alfredo Barroso, afinal aquele que sempre pareceu fazer mais disparates que os outros todos juntos.

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