Ó xô guarda venha cá, venha ver o quisto é...
Hoje há um dado adquirido de
que a popularidade de um governo se faz por via de estafadas bandeiras de “esquerda”:
formação de um exército tão grande quanto possível de funcionários e atribuição
de aumentos ridículos de salários e pensões. Paralelamente, a demonização do patrão,
a actividade privada e as grandes negociatas são igualmente imagens de marca de
sistemas e regimes que devem ser postergados, mesmo correndo o risco de os
eleitores percebendo que o Estado é o principal artífice desta corrupção,
através dos seus mentores e, com assustadora frequência, dos seus próprios governantes.
Isto explica de algum modo que,
apesar dos acontecimentos das últimas semanas, Pedrógão, Tancos e crescente número
de agentes constituídos arguidos, a popularidade do governo continua em alta. Porque
as pessoas estão naturalmente e sempre mais interessadas no seu benefício pessoal
do que na sanitização da vida política e os seus resultados numa sociedade realmente
mais justa, com menos desigualdade social e mais desenvolvimento e qualidade de
vida.
Costa sabe disto. Por isso me
enerva verificar como a comunicação social, amestrada e/ou castrada por uma
cadeia de benefícios atribuídos e que podem ser retirados de supetão e vários
outros agentes disseminadores da ideia de que Costa é um político hábil, continua
a fazer escola. Porque Costa está longe de ser um político hábil. É um indivíduo
grosseiro, inculto, malcriado e que não hesita em pôr em prática aquilo que mais
facilmente aprendeu. Cultivar e alimentar a felicidade popular por via de
medidas adequadas, basicamente referidas acima e, ainda a manutenção de
clientelas (é um termo estafado, mas é o mais adequado) estabelecidas sem a
menor hesitação ou decoro, como acontece na esmagadora maioria das instituições
que são imediatamente inundadas de “boys”, no início de cada legislatura (o
exemplo da defesa civil em Pedrógão é flagrante). Mesmo quando, como o pateta
Guterres fazia simultaneamente com o aviso de que a partir dele “no jobs for
the boys”, uma frase que os jornalistas aplaudiram freneticamente.
Por isso eu acho que Costa
não é hábil. É esperto, o que é muito diferente. E se esperteza nem sempre é “pecado”,
neste caso particular é. Porque Costa prossegue uma estratégia adequada a manter
a sua popularidade, mas mantendo os eleitores num atávico estado de espírito de
alegria e conforto que os conduz a uma quase permanente preferência pelo socialismo
e pelos socialistas. Com as inevitáveis consequências de aviltamento e
carências na maioria dos serviços públicos, dos transportes à saúde, passando
pela justiça e outros. Vistas bem as coisas, nada disto é diferente daquilo que
Salazar era acusado, como manter a iliteracia, o caldo verde quentinho a
fumegar na tigela, o S. José de azulejo e duas rosas no jardim, orgulhosamente
sós. È uma questão de adequação à época e ver o que realmente é diferente –
nada. Manter as ovelhas apascentadas, agora com o auxílio dos meios modernos
como as selfies e o advento de afectos cúmplices.
Costa percebe isso e não
hesita em comprometer os destinos do país para regalar o corpo e o espírito com
o “panache” de ser primeiro-ministro. Acolitado por um séquito de “puppies" que se
lhes tirassem o tacho e tivessem de ir para o mercado de trabalho não sabiam
fazer a ponta de um… isso. Por isso Costa não é apenas incompetente. É mau,
também. Má índole e mau carácter. Não é pelo que aprendeu na cartilha
internacionalista que ele age. É por ele. À custa de todos nós. E isso dói.
Etiquetas: António Costa., mudam-se os tempos mantêm-se as vontades, novos tempos, socialismos
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