terça-feira, fevereiro 11, 2014

E não há quem lhe mostre o cartão vermelho


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O «Zé faz falta» não faz falta nenhuma. Sobretudo, sai caro. Mas há quem goste, como um tal José Caetano que é presidente da Federação Portuguesa do Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta, um organismo que me faz tanta falta como o Zé.

Convenhamos que é demais. Ele é o túnel do Marquês (custou-nos milhões A MAIS) ele é searas em Sete Rios, ele é pavimentos especiais de corrida no Príncipe Real ele é, claramente, um subproduto da nossa atávica propensão para o disparate e emulação. Uma espécie de bolo daqueles em que vamos dispondo os ingredientes em camadas. No nosso caso, uma camada de gente, uma camada de iluminados que acham que vieram ai mundo para nos ensinar a viver como deve ser, outra camada de dirigentes probos e vanguardistas, que acham que o que faz falta à malta são os Zés que fazem falta. E por aí fora. Normalmente sai um bolo chocho, mal cozido, mal parido. E caro.

E com tanta falta que o Zé faz, não há quem lhe mostre o cartão vermelho!

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2 Comments:

At 6:00 da tarde, Blogger MargaridaCF disse...

Li em diagonal...mas acho bem. Quantas mais ciclovias menos temos de gramar os ciclistas que se atravessam e passam sinais e acham que, finalmente, são os donos da estrada. Não quero matar um. Mesmo que, por vezes, me apeteça dar-lhes uma safanada.

 
At 6:02 da tarde, Blogger MargaridaCF disse...

ah, e 'safanada' não é inventado como fez a Excelência da A.R.(de quem gosto do sotaque transmontano como o das minhas tias velhinhas e solteironas); É "angolano"!

 

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