E a criatura não enrouquece…
Não há uma particular dissemelhança entre os guinchos de um
varrasco a ser arrastado para a matança e a inflamação oratória de António
Costa. O homem acha que ó comício é um palco adequado para berrar, agora que é
primeiro-ministro, o que gostaria de ter berrado quando era mais jovem.
Costa adopta uma postura (odeio este termo, mas não me ocorre
outro…) beligerante, tonitruante e que ele, provavelmente, associa ao carisma
que o 44 diz que ele não tem, mas quer ter, ou ao vigor com que ele considera ser
a forma adequada de se dirigir às massas. Acresce que um primeiro-ministro
deveria ser uma personagem vigorosa, pois então, mas com a elegância e a virtude
de quem consegue dizer coisas importantes sem desatar aos berros como o tal varrasco
que pressente ir à faca longa e aguçada da matança
Há ainda a questão da educação. Costa não tem o direito de entrar
aos berros na casa de quem quer que seja, ao ponto de nos obrigar a reduzir
substancialmente o volume do som do televisor. Um primeiro-ministro é suposto
ter um módico de educação e maneiras para não fazer a figura que faz.
Para terminar, escusava de mentir e de ser trampolineiro,
dizendo coisas claramente falsas e encavalitando outras, no seu peculiar português
em que deglute mais palavras do que expele, para não falar na troca de sílabas e
não correspondência de género. Uma desgraça.
Isto poderia vir a propósito de muitas coisas (o homem berra
todos os dias…). Mas foi só porque a criatura me tirou do sério pela forma
grotesca e desabrida como se referiu a Assunção Cristas e como mentiu, dizendo
que Passos Coelho acusava os bombeiros de baixa qualidade. Isto passa-se no
Comício de Verão do PS, mas se fosse na Assembleia era a mesma coisa. Ou pior. Um ou dois dias depois de se permitir pensar em consensos com o PSD.
Costa é uma criatura insuportável. E pouco digna do lugar que
ocupa.
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Etiquetas: Ai Portugal, António Costa., berraria
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