domingo, agosto 27, 2017

E a criatura não enrouquece…



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Não há uma particular dissemelhança entre os guinchos de um varrasco a ser arrastado para a matança e a inflamação oratória de António Costa. O homem acha que ó comício é um palco adequado para berrar, agora que é primeiro-ministro, o que gostaria de ter berrado quando era mais jovem.

Costa adopta uma postura (odeio este termo, mas não me ocorre outro…) beligerante, tonitruante e que ele, provavelmente, associa ao carisma que o 44 diz que ele não tem, mas quer ter, ou ao vigor com que ele considera ser a forma adequada de se dirigir às massas. Acresce que um primeiro-ministro deveria ser uma personagem vigorosa, pois então, mas com a elegância e a virtude de quem consegue dizer coisas importantes sem desatar aos berros como o tal varrasco que pressente ir à faca longa e aguçada da matança

Há ainda a questão da educação. Costa não tem o direito de entrar aos berros na casa de quem quer que seja, ao ponto de nos obrigar a reduzir substancialmente o volume do som do televisor. Um primeiro-ministro é suposto ter um módico de educação e maneiras para não fazer a figura que faz.

Para terminar, escusava de mentir e de ser trampolineiro, dizendo coisas claramente falsas e encavalitando outras, no seu peculiar português em que deglute mais palavras do que expele, para não falar na troca de sílabas e não correspondência de género. Uma desgraça.

Isto poderia vir a propósito de muitas coisas (o homem berra todos os dias…). Mas foi só porque a criatura me tirou do sério pela forma grotesca e desabrida como se referiu a Assunção Cristas e como mentiu, dizendo que Passos Coelho acusava os bombeiros de baixa qualidade. Isto passa-se no Comício de Verão do PS, mas se fosse na Assembleia era a mesma coisa. Ou pior. Um ou dois dias depois de se permitir pensar em consensos com o PSD.

Costa é uma criatura insuportável. E pouco digna do lugar que ocupa.


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