Má sorte
Ao longo da minha vida já aturei miúdos birrentos; mulheres
caprichosas; estradas escorregadias e pontes perigosas; feras traiçoeiras;
mares bravios e temerosos; carros “subviradores”; climas agrestes; migrações
forçadas; dificuldades económicas; doenças ameaçadoras; acidentes de viação. E
outras situações que requeriam paciência, perseverança e força de vontade. Na
maioria dos casos que referi, porém, a vítima potencial era eu ou, em casos
mais graves, a minha família também. Mas fui-me saindo bem.
Mas ter de suportar uma criatura manhosa e traiçoeira que,
por desígnios que acho que «vejo mas não vislumbro» (como diria o eloquente
Rogério Alves nos seus comentários desportivos), não só me ameaça a mim como o
destino de muitos milhões de portugueses é uma missão tão espinhosa como
inesperada. A. Costa está de cabeça perdida e conduz este país para um beco sem
saída. Provavelmente, seremos recuperados, quando a poeira assentar mas à custa
de imensuráveis sacrifícios e da perda definitiva do prestígio e credibilidade que,
entretanto vínhamos honrosamente recuperando.
Tenho uma vaga esperança de que haja ainda tempo para soprar
uma aura de bom senso que induza este homem a parar e pensar e achincalha-me
bastante ser um comissário europeu que se permite isso mesmo – aconselhar-nos
bom senso. Mas também receio que ferva nesta gente que nos caiu em sorte num
governo não eleito, uma mistura estranha de ódio, incompetência e loucura que
nos há-de levar a um fim trágico. Já que não podemos pensar que o facto de
termos quase mil anos de história acaba por nos resolver tudo. E se isso
acontecer, em nome dos meus filhos, netos e (se lá chegarmos…) bisnetos, nunca
perdoarei esta estranha personagem.
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Etiquetas: Ai Portugal, António Costa.
2 Comments:
Concordo em absoluto...Abraço
Eu também concordo em absoluto, Nelson. É assustadoramente trágico...
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