terça-feira, janeiro 26, 2016

Sorrisos



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Quem me conhece sabe bem como aprecio uma boa gargalhada. Sabe, também da importância que dou a um sorriso bonito, franco e leal (*), sobretudo daqueles que nos mostram a alma (e, já agora, uns dentes bonitos). E também sabe como gosto de gente que emoldura o que diz com um sorriso sincero, mas apropriado.

Ao contrário, detesto duas manifestações de riso e sorriso. A risada alarve com que alguns dos mastigantes de alguns restaurantes nos importunam, com estridentes gargalhadas que fazem vibrar a colher da sopa ou saltar a tampa do galheteiro e, em matéria de sorrisos, abomino as pessoas que sorriem SEMPRE, seja por que lhes aconteceu alguma coisa de bom, seja por que estão com uma terrível dor de cabeça. Aquelas pessoas que afivelam o sorriso permanente que faz com que nos dêem a notícia de que nos saiu a lotaria ou de que nos morreu um parente próximo, sempre com o mesmo sorriso. Melhor, com o mesmo esgar.

Isto para dizer que o nosso primeiro Costa exibe um sorriso per-ma-nen-te anexado ao seu fácies gorducho. Havia qualquer coisa que eu não sabia definir exactamente mas me chamava a atenção para a expressão dele, para tudo o que ele dissesse. E descobri. É o sorriso, melhor, dizendo, o tal esgar. Aquele homem sorri sempre. Por tudo. Por nada. Pelo que diz, não diz e gostava de dizer. Pelo que faz, não faz e nunca será capaz de fazer. É um exemplo acabado de um «sempre-em-pé» sorridente, aqueles bonecos que havia quando eu era miúdo e que me divertiam imenso por estarem sempre de pé, por mais que os tentássemos deitar. Costa é um sempre-em-sorriso. O homem ri. Sorri. Não sei bem é de quê. Palpita-me que nem ele.




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1 Comments:

At 11:28 da manhã, Blogger Unknown disse...

É ele... e o Centeno, são como a hiena!

 

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