A SicN em «mode» espasmódico
E de repente a esquerda bem compostinha rejubilou. Sampaio
da Nóvoa, o exemplo acabado da grandiloquência vã, mas que parece surtir efeito,
foi tido como tendo dado uma sova em Marcelo no respectivo debate. Não deu.
Limitou-se a debitar naquelas banalidades em cascata, tudo num discurso redondo
que é a forma adequada que encontro para me expressar quando uma coisa não tem
ponta por onde se lhe pegar, exactamente pela redondeza das formas.
Mas as pessoas gostam e excitam-se. Na festa de aniversário
da SIC, enquanto o jornalista (um excelente jornalista, aliás) fazia perguntas
alternadas a Nóvoa e a Marcelo, a estação televisiva teve um acesso espasmódico de
comentários em rodapé (é assim que se diz, não é?) todos eles dizendo que
finalmente Nóvoa tinha aparecido em todo o seu esplendor e tinha esmagado
Marcelo.
Enfim, sinal dos tempos. Tempos que Nóvoa afirma querer substituir
por um «tempo novo». Pena que ele contribua, decisivamente, para o tempo velho.
Um pormenor delicioso, e porque lá atrás falei de excelentes
jornalistas, recordo o seguinte diálogo entre Ricardo Costa e Tino de Rans:
- Tenho uma certa dificuldade em perceber. Afinal o que está
aqui a fazer?
- Foi a SIC que me convidou.
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Etiquetas: debate, Marcelo Rebelo de Sousa, Sampaio da Nóvoa
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