Quem é que exclui o quê?
Invasão de propriedade privada, ameaças e destruição de bens, levada a efeito pelo Bloco de Esquerda em Silves, não há muito tempo. Em baixo, um tal Gualter Batista, com um sorriso também cativante a que os portugueses parecem ser muito sensíveis, noticiado como um dos principais responsáveis pelo crime e de quem nunca mais ouvi falar. Será que foi excluído pelo arco de governação?
[5323]
Começa a ser cansativo a intensidade e a frequência com que vários
agentes da esquerda, em televisões, jornais, blogues e comentários profusos nas
redes sociais, insistem na ideia de que não se pode pura e simplesmente excluir
o BE e o PCP das opções democráticas. São dois Partidos com representação
parlamentar e, portanto, com total legitimidade para participarem no jogo
político e se intrometerem no chamado «arco da governação», expressão que a
extrema-esquerda usa com o mesmo tom pejorativo com que se referem à peçonha.
Ora eu acho que é preciso pôr as coisas no seu devido lugar.
Qualquer pessoa com sentido plural, democrático e cívico não exclui nada nem ninguém
do lugar que legitimamente ocupam na Assembleia da República. Quem se exclui
são os próprios Partidos da extrema-esquerda por ideias e actos completamente
descontextualizados da nossa realidade geopolítica e da própria liberdade com
que eles, manifestamente, não sabem conviver. Acresce que a generalidade dos
agentes de ambos os Partidos em apreço são habilidosos e mentirosos. Eles sabem
que o que dizem raramente corresponde à verdade factual, mas fazem-no com a
aparente convicção de que estão a dizer e a fazer o que deve ser feito, em nome
dos princípios que defendem. E para além da mentira, todos sabemos, também, que
se prestam a um rendilhado de acções não democráticas e, frequentemente, ilegais.
Será eventualmente muito extensa e até estulto listar muitas dessas acções, mas
uma análise honesta da questão nos conduzirá a um punhado dessas acções. Algumas
delas violentas e quase todas ilegais.
Portanto, chega de bater no ceguinho. Ninguém exclui nada
nem ninguém. O PC e o BE é que se excluem por via da sua continuada acção e
estratégia. E deviam dar-se por felizes por vicejarem num regime realmente
democrático e tolerante que lhes permite (frequentemente com demasiada benevolência)
dizer e fazer o que lhes dá na gana.
Vale a pena ler esta crónica do João Taborda da Gama. Além
de ser uma peça de raro sentido de humor, serve para mostrar um pouco do
Manifesto Eleitoral destes dois Partidos.
*
*
Etiquetas: Ai Portugal, Bloco, PCP
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home