Af..nnl va…. c sclta d plici..a
Andei cerca de uma semana a ver capas de jornal e a ouvir
notícias na TV segundo as quais Sócrates ia votar sozinho. Porque os seus advogados
e ele próprio não se submeteriam ao vexame de que ele fosse acompanhado por
elementos da polícia. E mais, segundo o advogado Araújo, quiçá a figura mais arrevesada
do mundo português, Sócrates não tinha que pedir ao juiz para ir votar. Não
foram uma, nem duas nem três, foram várias as vezes em que ouvi esta notícia o
que me fez pensar sobre o porquê da diferenciação estabelecida entre Sócrates e
outros arguidos, dos quais se sabia que seriam acompanhados por elementos da
PSP.
Há pouco, uma televisão avisava, de fugida, de raspão, assim
como quem não quer a coisa, de que Sócrates iria votar às 14:30, acompanhado
por elementos da PSP até à entrada do local de voto, uma vez que, por lei, não
pode haver armas num raio de cem metros do local de voto.
A comunicação social igual a si própria. Fico apenas na dúvida
se andar uma semana a noticiar que Sócrates ia votar sozinho se devia a mero
sensacionalismo editorial ou se, de alguma forma, isso traduzia uma espécie de
atitude revanchista e de vitória de um homem cheio de carisma e animalidade
feroz. Nesta altura, pouco me interessa o porquê. Limito-me a conferir a
desonestidade da coisa. Sem qualquer surpresa.
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Etiquetas: comunicação social, Sócrates
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